domingo, 25 de março de 2012

Benção e maldição


      A bênção vem de cima e flui para baixo. Ela vem para nós a partir de alguém que está acima de nós. Primeiro são os nossos pais.Quando os pais abençoam seus filhos estão profundamente ligados ao fluxo da vida.A sua bênção acompanha a vida que passaram aos seus filhos. Como a vida,  a bênção vai para muito além dos pais. Como a vida, a bênção é também passar adiante algo sagrado que nós mesmos ja recebemos primeiro.
      A bênção é o sim para a vida. Ela a protege, multiplica-a, acompanha-a.  Ela libera o abençoado e o deixa com o que é seu, em sua plenitude. A bênção e a plenitude fluem através dele à outros: por exemplo, a um parceiro, aos proprios filhos, aos amigos. E fluem para uma ação que apóia a própria vida de uma forma abrangente e protetora.      
      Dessa forma, os pais abençoam os filhos na despedida, quando eles se vão. Eles mesmos continuam atrás. Então os filhos ficam independentes. Mesmo quando os pais se despedem, por exemplo, quando morrem, abençoam seus filhos e netos. Abençoando-os, permanecem ligados a eles.
      Por isso pode e deve abençoar, apenas alguém que foi abençoado e está em harmonia com algo maior. Ele passa adiante somente aquilo que o alcança e aquilo para o qual ele próprio se abriu. Por isso, a bênção é humilde. Somente onde existe humildade  é que se desenvolve o efeito que traz a bênção.
      O contrário da bênção, por assim dizer, a sua sombra é a maldição. Através da maldição alguém quer o mal para uma outra pessoa. Ele quer prejudicar a vida do outro, até mesmo, liquidá-la. Similarmente à bênção, que quer não apenas o bem de um indivíduo, mas também de seus descendentes, assim também a pessoa que amaldiçoa o outro quer, muitas vezes,  não apenas atingí-lo,  mas também a seus filhos. A maldição é um veneno no fluxo da vida.
      Muitas vezes as pessoas querem o mal a uma outra sem que ela lhes tenha feito algo de mal. De repente alguém se sente a mercê de uma vontade maldosa, desejo maldoso contra o qual não consegue  defender-se. Não consegue anular isso com a sua própria ação porque pode ser que nem conheça essa pessoa.
Como um indivíduo pode então se proteger e proteger sua a alma de forma que essa vontade maldosa, esse desejo maldoso, não estraçalhe a sua vida, influencie-a ou até mesmo o faça adoecer e tirar sua vontade de viver?
Ele se dirige à fonte da vida, abre-se para a sua plenitude, e a sua força, deixa que fluam atraves de si, bem fortemente, para também  alcançar os outros que limitam essa vida e de certa forma querem opor-se ao seu fluxo.Assim, com a bênção, vai de encontro a essa maldição.
      Contudo também sentimos em nós, algumas vezes, que queremos o mal de alguém, que nos recusamos a lhes desejar realmente o bem. Isso se mostra algumas vezes em coisas pequenas, por exemplo, quando fazemos uma objeção contra aquilo que o outro exige ou faz feliz. Através da objeção os atamos a nós, ao invés de deixá-los livres para a sua própria vida e sua plenitude.
       Como podemos ir de encontro a isso? Nós podemos exercitar sermos uma bênção. Por exemplo, podemos nos perguntar depois de um encontro com as pessoas ou no final de uma dia: "Fui uma bênção hoje?" Então nós nos experimentamos dia após dia, cada vez mais abençoados e abençoantes.
Trecho extraído do livro de Bert Hellinger -Ordens da Ajuda


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Nunca é muito fácil olhar para os nosso próprios defeitos, mas esta prática pode nos proporcionar uma vida muito diferente: mais amorosidade, mais respeito a forma do outro funcionar, maior capacidade de aceitar o que é como é , sem querer ter o controle de tudo ou um julgador sempre à postos para criticar o que é diferente do seu!
Infelizmente a maioria das pessoas não conseguem nem perceber que quando olhamos apenas com os nossos olhos, nada no outro estará bom a partir do momento que seja diferente deste meu olhar.
E para lidar com isso faz-se necessário ter uma busca interior, ter presente a vontade de aceitar que é assim...e com este novo olhar , "apenas aceitar..." 
Então, com essa vontade, haverá a mudança desejada...mas somente apos ter      "um pago" anterior chamado aceitação!
Tais

sexta-feira, 23 de março de 2012

Grupo de Constelação amanhã (24/03/2012)

Amanhã estarei junto com meu grupo de Constelação, onde a alma se movimentará passo a passo. Por isso, quem ajuda (eu-consteladora) dá com ela somente um passo.E, quando o próximo passo está preparado, então a alma trabalha novamente por si e quem ajuda acompanha nesse próximo passo...
Obrigada Bert Hellinger por este trabalho terapêutico tão verdadeiro, obrigada meus pais...obrigada Universo!
Tais



domingo, 18 de março de 2012

O Amor Maior - entenda o processo da ajuda do Terapeuta

     
Atualmente existe um conflito sobre a ajuda certa na relação terapeuta/cliente. Na tradição da psicoterapia, como foi desenvolvida por Freud, estabeleceu-se um determinado modelo de ajuda. Este modelo é colocado em questão através do trabalho das Constelações. Muitos consteladores também provêm da tradição da psicoterapia e permanecem parados em determinado grau. Alguns sentem-se no direito de criticar este trabalho ou o procedimento de Bert Hellinger, porque não está conforme com aquilo que aprenderam em sua formação.
      Na Psicoterapia tradicional um cliente vem a um psicoterapeuta e se apresenta como necessitado ou doente. O que acontece nesse momento? Acontece uma tansferência para o terapeuta, similar ao que acontece com a criança em relação aos pais. E o que aconteceu com o psicoterapeuta? Ele entra na contratransferência e representa o pai ou a mãe para o cliente, como para uma criança. Frequentemente a expectativa do cliente é poder resgatar o que lhe faltou na infância e que, portanto, encontrará no terapeuta um pai ou uma mãe melhor. Alguns terapeutas entram nessa e se sentem realmente como um pai ou uma mãe melhor.
      Imagine o que acontece nas almas. O que acontece na alma do cliente e o que acontece na alma do terapeuta? Uma terapia desse tipo pode dar certo? Ela fracassa, mas nasce um vínculo que muitas vezes parece indissolúvel. Apenas poucos clientes conseguem  dizer no final: "Agora basta". Muitas vezes ficam um pouco irritados porque o resultado foi pequeno. Entretanto, cresceram. A irritação é o sinal de que alguém fracassou em suas experiências infantis. Quem fracassa com isso, fica independente e cresce.
      Na transferência e contratransferência origina-se essa chamada relação terapêutica. O que significa aqui a relação terapêutica? Pais e Filhos, nada além disso.
      Quando  os pais têm filhos pequenos, os filhos podem esperar tudo deles. E os pais dão-lhe tudo, com amor. Contudo, quando os filhos se tornam adultos e querem algo dos pais, como se ainda fossem crianças pequenas, os pais recusam. Então os filhos ficam zangados e independentes.
      Mais tarde vão para um terapeuta e tentam novamente o velho jogo. E como é que se tornam independentes? Quando o terapeuta os deixa frustados. Ele faz, portanto, a mesma coisa que os pais; precisa fazer isso para interromper a relação.
      O que acontece quando o terapeuta entra na transferência de relação de pais? Ele não pode crescer. Não se pode crescer numa posição superior. Também aquilo que oferece é, no fundo, muitas vezes barato, bem barato.
Podemos observar isso num trabalho de grupo/constelação onde o cliente fica tocado, alguns vão até ele e o acariciam, como se fossem os terapeutas bons e certos... Eles se sentem grandes fazendo isso. Contudo, o que isso provoca na alma? Nesse momento fazem do cliente uma criança e tomam-lhe a força. Portanto perceber que a ajuda mais perigosa do ato de ajuda está na transferência da relação de pais e filhos e é uma coisa revolucionária.
          Em meu trabalho , dentro da ordens da ajuda, o que o cliente traz de infância é imediatamente cortado. Por exemplo, quando ele diz:" Eu me sinto tão mal". Toda pessoa que lamenta, não quer agir. Todo consolo para quem se lamenta apóia a sua não-ação. Ter aqui a força de permanecer claro e ver no outro uma pessoa adulta é caracterizado frequentemente como ser duro, mas é o Amor Maior. Ele exige mais, tanto do ajudante quanto do cliente.
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Ja ficou bravo com seu terapeuta ou com seus pais?


Feche os olhos...sinta o momento em que isso aconteceu.
Imagine-o (os) em sua frente...olhe para ele (s), e apenas sinta!
Depois de alguns minutos, ou quando voce achar que é suficiente, diga:
- Agora eu vou. Obrigada (o)


Abra os olhos e volte para suas atividades .
Boa semana
Tais



sábado, 10 de março de 2012

Programa na TV Bandeirantes sobre Constelação Familiar

      Existe em Curitiba vários Grupos de Constelação Familiar que se reunem praticamente toda semana para trabalhar com esta terapia que muitas vezes menciono aqui.
      Em um desses grupo, temos uma jornalista - a Gabriele Hurtado - que ficou muito impressionada com os trabalhos e resolveu contar para o grande público do Paraná/sul do país sobre ele.
Realizou uma série de entrevistas com participantes do grupo, com terapeutas e com pessoas que constelaram seus temas e , que de uma certa forma, modificaram suas vidas ( seja com um "novo olhar"  ou com mudanças no contexto familiar, empresarial ou com os sintomas dos quais eram acometidas).
      Alem de participante de muitos destes grupos, também tenho o meu trabalho como Consteladora e o que acho bem interessante são os laços que nos unem, pois os próprios terapeutas frequentam os grupos de colegas sem qualquer constrangimento, permitindo que o respeito e o não julgamento permaneçam presentes. Afinal, as Ordens do Amor nos mostram que se as respeitamos, crescemos enquanto seres.
      Este grupo onde aconteceram as entrevistas é coordenado pelas Psicólogas Marusa Gonçalves e Vera Boeing.
      As reportagens estão em ordem, sendo apresentadas na Tv Bandeirantes uma vez por semana. Hoje estou postando as duas primeiras ( já exibidas) e nas semanas subsequentes continuarei agregando as outras.
Voce pode acessar pelo link abaixo .
Bom proveito
Tais


Primeira apresentação:

Segunda apresentação:

segunda-feira, 5 de março de 2012

A vida dos outros

Minha sugestão desta semana é este  filme ...
Você tem coragem de buscar e afirmar a verdade mesmo que a mentalidade dominante seja oposta? Mesmo sabendo que isso o afastaria de muitas pessoas? Até que ponto a vida privada não está sendo uma representação, como nos realites shows? O que é válido para se obter uma promoção na carreira? Tudo o que é legal é mortal? Você estaria disposto a arriscar sua carreira em benefício de duas ou três pessoas?  E de um país? Você cederia às chantagens para proteger outra pessoa? Quanto a autoestima interfere na tomada de decisões? A liberdade de pensar não é vigiada e tolhida apenas em regimes totalitários. O sistema materialista produz um tipo semelhante de pressão. Sua lógica inibe a decisão de agir sem visar ao lucro; diminui a relação humana. É uma lógica discriminatória e excludente. A lógica do espírito entende que perder, algumas vezes, significa ganhar, propõe que se perca ou ganhe sempre com dignidade, dar sem esperar retribuição. Produz uma felicidade de dentro para fora, de essência. Não se esvai assim que se consegue comprar algo ou se assume alguma posição social.

Por que ver ou rever este filme:
Como pano de fundo está um momento histórico muito significativo à humanidade, que precedeu à queda do muro de Berlin. O relacionamento humano vivido pelos protagonistas destaca-se desse ambiente pelas questões fundamentais que envolve, tais como a lealdade, os pricípios éticos, a capacidade de ren~uncia, a efetividade dos pensamentos e ações de cada um. A crueldade de um sistema que leva o desejo de uniformidade às últimas consequências traz resultados amargos. É possivel traçar um paralelo entre o momento retratado e o nosso momento cultural e econômico; a sociedade do espetáculo também dissipa a individualidade, censura quem não está incluído no consumo. Importante estar atento: para incluir-se, não é tudo que vale.
  • Gênero: drama
  • Lançamento: 2006
  • País de origem:  Alemanha
  • Direção: Florian H von Donnersmjarck
  • Enredo: em 1984, a Alemanha assegura o poder vigiando seus cidadãos de forma sistemática e cruel, torturando os suspeitos de subversão ao regime. Movido por interesses escusos sobre a bela atriz, o Ministro da Cultura ordena que a Agência de Segurança coloque escutas no apartamento que ela divide com seu marido, um renomado dramaturgo. Mas um agente da segurança começa a perceber a deterioração do sistema de governo e a tomar decisões próprias que podem mudar o resultado da investigação.

Bom programa aliado a reflexão!
Tais