domingo, 31 de agosto de 2014

Erros que você pode estar cometendo ao buscar o Autoconhecimento



"Ao longo da minha jornada, cometi esses erros e conheci várias pessoas que tiveram suas buscas dificultadas por eles também.

A experiência do outro sempre pode nos trazer novas percepções e diminuir a nossa curva de aprendizado.

O que você está fazendo em relação ao seu próprio desenvolvimento que o está limitando e impedindo de chegar onde você deseja?

A busca por si mesmo é tão antiga quanto o ser humano.
Uma das primeiras mensagens catalogadas sobre o autoconhecimento vem da Grécia antiga com os filósofos, mas podemos até afirmar que desde
os desenhos das cavernas, essa sede já existia. Muitas dessas mensagens foram confundidas e interpretadas como sendo religiosas.

Nos dias de hoje, arrumamos a casa, lavamos o carro, pagamos a conta, culpamos o outro, repetimos resultados, não alcançamos sonhos e objetivos e nem nos permitimos sonhar, trocamos nosso tão dolorido diálogo interno pela bebida, droga ou música alta. Deterioramos nossos relacionamentos, nossas contas bancárias, envelhecemos antes do tempo, não entendemos as pessoas e muito menos elas nos entendem.

E, de repente, ouvimos dizer: todas as respostas e saídas se encontram dentro de você.

Como assim? Não gosto de autoajuda. Não preciso.

O que eu penso sobre autoajuda, desenvolvimento humano, autoconhecimento:

Você está sempre se ajudando ou se atrapalhando. Dependendo das suas escolhas.
Quando você sai de casa todos os dias para ir trabalhar. Pode mandar alguém no seu lugar?
Claro que não. Então, você se autoajuda. Não há substituto para você. Somente você pode fazer o seu trabalho.

Dessa percepção, surge a curiosidade pelo autoconhecimento e muito antes dos filósofos gregos já era assim.
E embarcamos numa viagem que vai de negação da responsabilidade ao consumo excessivo de conteúdo, passando pelo isolamento e a perguntas sobre Deus, religião e o tão conhecido embate entre o pensamento negativo e o positivo.

Quais são os erros primários que as pessoas cometem ao buscar o autoconhecimento?
Aprender com a experiência alheia pode apoiar você a ir além. Vamos?

1. Focar na dor
Boa parte das pessoas que buscam o autoconhecimento ficam presas na dor da descoberta. Elas verificam o que as limitavam antes e focam no tempo que dizem ter perdido com aquela limitação. Quando a grande sacada é olhar pro agora e dizer: sou o que me tornei hoje graças aos erros e acertos de ontem e me transformo numa pessoa melhor a cada dia, a partir de agora.
Na jornada do autoconhecimento, o passado funciona mais ou menos como um espelho retrovisor num carro, você somente olha rapidamente para mudar de faixa e segue em frente. Prender-se no que já aconteceu é um dos erros primários dos que buscam pelo autoconhecimento.

2. Confundir o conceito de Deus com o conceito de religião e o autoconhecimento
Desde as antigas civilizações essa confusão acontece. Muitas pessoas confundem o poder de Deus sobre si com o poder de um Deus castigador e julgador, elas vestem uma roupagem muito humana em Deus.
São os homens que julgam, criticam e comparam. Deus é e sempre será aquilo que você percebe como sendo Deus.
A sua interpretação dessa palavra é o que equivale a Deus para você.
Durante anos eu vi Deus como um ser intocável, acima, no céu, longe, fora.
O meu caminho do autoconhecimento tomou um rumo novo e senti mais paz quando descobri o meu conceito de Deus interno, que a divindade habita em mim e Deus é o meu próprio conceito sobre ele e escolhi conviver com um Deus (ou aquilo que você entende como Deus) amigo, amoroso e protetor. Daí passei a ser mais minha amiga, mais amorosa e protetora comigo mesma.
Enquanto que as pessoas que vêem Deus como julgador, castigador e acusador se julgam, castigam-se e acusam a todo momento.

3. Acreditar em fórmulas milagrosas e cinco passos para a felicidade
A vida é um aprendizado constante. Você precisa experimentar aquilo que você precisa experimentar, o caminho é essencial. Existem dezenas de fórmulas mágicas sendo vendidas no mercado e elas são necessárias porque só aprendemos quando testamos.
O caminho do autoconhecimento não é instantâneo nem prático. E nem precisa ser.
É como ir à academia, um pouquinho mais a cada dia. A auto-observação e a gratificação por cada descoberta e cada autosegredo sendo desvendado é muito mais prazeroso e eficaz do que chegar lá em 5 passos.

4. Culpar os pais
Algumas pessoas que buscam o autoconhecimento têm a tendência de culpar os seus pais por tudo que acontece a elas no agora.
Saibam que nossos pais cometeram os erros que tinham o direito de cometer porque também receberam os erros de seus próprios pais e nós escolhemos os nossos pais para expandir a consciência eterna dentro dessa experiência terrena.
Culpar o outro é livrar-se da responsabilidade de fazer e ser melhor daqui pra frente.

5. Somente receber ou somente dar
A roda da abundância gira com o equilíbrio entre o dar e o receber.
Se você somente consome conteúdo gratuito e não investe na sua capacitação em se autorrevelar, não investe em cursos, em workshops e não faz doações de caridade às instituições que o alimentam espiritualmente.
Não está fazendo a roda da abundância girar na sua vida.
E se você somente doa sem se permitir receber, não sabe cobrar e não permite que lhe paguem pelos seus serviços.
Também não está fazendo a roda da abundância girar na sua vida.
O equilíbrio da abundância está entre o dar e o receber. Exercite-os.

Achar que pensar positivo é ser 'bonzinho'.
O positivo e o negativo são dois conceitos.
E como conceitos somos nós que os definimos através daquilo que achamos ser verdade. A verdade é única e pessoal de cada um e dentro do Todo ela não existe de fato.

Se pegarmos a mesma cena e separarmos três pessoas que assistiram essa cena em salas diferentes, cada uma dessas pessoas contará uma história diferente, porque é uma percepção única.
Sendo assim, o positivo e o negativo também são percepções únicas de cada indivíduo.

Não existe o positivo e o negativo. Tudo simplesmente É.
Ser positivo não significa ser bonzinho, o último da fila, ou sempre dizer sim em razão do outro e em detrimento de si mesmo.
Da mesma forma que ser negativo nem sempre é ser egoísta ao ponto de fazer suas próprias vontades.
Algumas vezes fazer suas próprias vontades pode ser a melhor coisa que você estará fazendo por si mesmo e pelos outros e pelo mundo.

O pensar positivo e pensar negativo deixaram de existir pra mim já algum tempo, desde o dia que assisti o filme "O Efeito Sombra".
Vi que todos os meus lados são combustíveis para o meu cotidiano e passei a pensar produtivo.

6. Exercitar a gratidão sem a arte da apreciação
Como podemos ser gratos sem apreciar o motivo do agradecimento?
Muitas pessoas exercitam a gratidão de forma automática sem realmente sentir a potência e vibração desse sentimento.
A gratidão sem apreciação é somente uma palavra automatizada e não um sentimento verdadeiro.
Se você recebe um presente de alguém e não admira, não aprecia e não gosta do presente e simplesmente diz: obrigado (a).
Não está exercitando o verdadeiro sentimento da gratidão e, sim, sendo somente educado e automático.

Para sermos verdadeiramente gratos e exercitarmos a vibração desse sentimento é preciso que apreciemos o objeto dessa gratidão.
Você só sentirá profunda gratidão por um pôr do sol, por exemplo, se parar alguns minutos do seu dia para observá-lo, e ao observar, você se colocará no agora, no momento presente, entregando-se à arte da apreciação e exalando o verdadeiro sentimento da gratidão que é um ímã essencial para outros motivos de agradecimento.

7. Focar somente nas mesmas práticas
A leitura e o exercício de outras matérias também são importantes. Existe autoconhecimento na Música, na Matemática, Geografia, na História, na prática de esportes e em outras tantas atividades.
A arte e a cultura e a manufatura de elementos, como mandalas, Ojos de Deus, mensageiros dos ventos etc.. Também englobam o autoconhecimento.
Ouvir uma boa conversa, ler um bom livro sobre outra matéria também pode levar você a se autoconhecer e descobrir suas habilidades e potencialidades. A prática de um esporte que tenha a ver com a sua personalidade, encontrar amigos, trocar ideias, conversar com desconhecidos, com os idosos e com as crianças, tudo isso pode apoiar muito você a se perceber melhor.

8. Buscar consumir todo tipo de treinamento teórico sem praticar
A busca pelo autoconhecimento também pode se tornar viciante. Observo que muitas pessoas se encantam por treinamentos presenciais ou online e consomem muito conteúdo gratuito e pago, mas não praticam, não exercitam. Existem dois tipos de pessoas que estão em limitações na vida: aquelas que não conhecem as leis naturais e aquelas que as conhecem e não as praticam.

9. Desistir
A dor da descoberta algumas vezes é delicada de ser superada. Eu imagino que deve ser a mesma dor da lagarta que sai do casulo lentamente para se transformar em borboleta.
Por isso chamamos de sair da zona de conforto, é dolorido. Mas dói só no início e assim como é essencial para a borboleta se espremer e se arranhar na saída do casulo, também é essencial para nós nos espremermos ao sairmos da nossa zona de conforto. Muitos desistem na primeira dor. Mas esse é um caminho sem volta. Ele sempre estará ali, nos cutucando e nos chamando ao aprendizado e a expansão. Então, quantas vezes mais você desistir mais precisará recomeçar.

10. Querer salvar o outro
Encontramos aquela ferramenta, aquele terapeuta maravilhoso, o coach de sucesso, o curso, livro, vídeo espetacular que nos trouxe um tremendo insight, uma cura e um novo modelo de olhar a vida, resolver as questões e ir além. Ótimo!!!
Então, corremos em compartilhar com aquele que amamos e que imaginamos que precisa daquela informação. 
Insistimos, contamos, chamamos e o outro não está interessado.
Porque cada um tem o seu momento de aprendizado e de expansão da consciência.
E algumas vezes espantamos as pessoas do nosso convívio.
A grande pergunta é: o que você precisa ainda curar em você que tem tanta ânsia e desejo de mudar no outro?

A grande sacada de quem está indo em busca de si mesmo é se tornar um exemplo para quem conhece e uma referência para quem não nos conhece.
Quando você se cura, se ama e se desenvolve, você automaticamente cura o outro e todo o universo a partir de você mesmo, sem precisar interferir diretamente nas decisões e na energia do outro.

Cada um de nós está em processo de evolução e estarmos em níveis diferentes é o que nos faz sermos tão especiais.

11. Ter que.
Durante muitos anos eu mesma me persegui com a necessidade de ter que: ter que meditar, ter que pensar, ter que afirmar, ter que respirar, ter que perdoar.

O que me libertou e ainda me liberta foi uma frase que ouvi de um mestre: "o seu jeito é o jeito certo". Frase simples e potente como as melhores coisas da vida.

Eu descobri depois de muitos anos que a necessidade de ter que perdoar estava me impedindo de perdoar.
É paradoxal e uma pegadinha mental, mas foi a minha experiência de vida que me fez pesquisar sobre o perdão e descobrir que esse exercício nada tinha a ver com o outro, eu não precisei ir até o outro ou que o outro viesse até mim para exercitar o perdão.
O perdão é pessoal e intransferível, é a gente com a gente mesmo. Nada tem a ver com o outro. É interno nunca externo.
Mas eu demorei uns 10 anos para chegar nessa descoberta .

Todos esses itens que eu citei acima eu mesma experimentei cada um e encontrei amigos, clientes, alunos, parceiros que também os experimentaram.
Aprendi muito com meus próprios erros e transformei esse aprendizado numa forma de diminuir as dores das pessoas que me procuram.
Eu me perdoei por eles e por tantos outros, exercitando o perdão e me permito não só ir em frente como também usá-los para ajudar você a seguir também nesse jornada."
Jaqueline Salles
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Vivemos cercados de fatos que nos atemorizam: acidentes de trânsito, doenças consideradas incuráveis, assaltos, assassinatos, ameaça de guerra, etc...
Se tudo acontecesse por mero acaso, nada poderíamos fazer para evitar as desgraças. Felizmente, porém nossa vida é regida por uma Lei que diz: "Tudo que ocorre com uma pessoa é produto de alguma causa oculta em sua mente". Se alguém é infeliz, a causa está em sua própria mente. Isto quer dizer que. compreendendo esta Verdade, p ser humano pode dominar o seu destino, transcender o carma e tornar-se senhor de sua própria vida.
A busca do autoconhecimento nos proporciona a possibilidade de "olhar e abordar inúmeros problemas da vida", como em um diálogo interno... podendo assim, "escolher" àquilo que queremos. Mas é preciso também perceber as armadilhas que nosso próprio ego nos coloca, para não trilharmos na contramão daquilo que pretendemos.
Lembremo-nos portanto, que o Agora é o momento certo para você iniciar a sua busca pessoal e vencer todo e qualquer tipo de temor.
Tais

domingo, 24 de agosto de 2014

Se você soubesse que hoje iria morrer - o que faria?


Esta pergunta foi feita a um homem, no século XIII. Era um homem iluminado.

Nascido em berço de ouro, conheceu as delícias da abastança. Filho de rico mercador, trajava-se com os melhores tecidos da época.
Sua adolescência e juventude foram impregnadas das futilidades daqueles dias, em meio a expressivo número de amigos.

Assim transcorria sua vida, quando um chamado se deu a esse jovem.
Então, ele se despiu dos trajos da vaidade e se transformou no Irmão Francisco, o Irmão dos Pobres.
Sua alma se encheu de poesia e ele passou a compor versos para as coisas pequeninas, mas muito importantes, da natureza.
Chamou irmãos à água, ao vento, ao sol, aos animais. Sua alma exalava o odor da alegria que lhe repletava a intimidade.
Muitos amigos o seguiram, abraçando os lemas da obediência, pobreza e castidade. Amigos na opulência, amigos na virtude.

Certo dia, enquanto arrancava do jardim as ervas daninhas, Frei Leão, que o observava, lhe perguntou:
Irmão Francisco, se você soubesse que morreria hoje, o que faria?
Francisco descansou o ancinho, por um instante. Seus olhos, apagados para as coisas do mundo passageiro, pareceram contemplar paisagens interiores de beleza.
Suspirou, pareceu mergulhar o olhar para o mais profundo de si e respondeu, sereno:
Eu? Eu continuaria a capinar o meu jardim.
E retomou a tarefa, no mesmo ritmo e tranquilidade.

Quantos de nós teríamos condições de agir dessa forma? A morte nos apavora a quase todos.
Tanto a tememos que existem os que sequer pronunciamos a palavra, porque pensamos atraí-la.

Outros, nem comparecemos ao enterro de colegas, amigos, porque dizemos que aquilo nos deprime, quando não nos atemoriza.
Algo como se ela nos visse e se recordasse de nos vir apanhar.
E andamos pela vida como se nunca fôssemos morrer. Mas, de todas as certezas que o mundo das formas transitórias nos oferece, nenhuma maior que esta: tudo que nasce, morre um dia.

Assim, embora a queiramos distante, essa megera ameaçadora que chega sempre em momentos impróprios, ela vem e arrebata os nossos amores, os desafetos, nós mesmos.
Por isso, importante que vivamos cada dia com toda a intensidade, como se nos fosse o derradeiro.

Não no sentido de angústia, temor, mas de sabedoria. Viver cada amanhecer, cada entardecer e cada hora, usufruindo o máximo de aprendizado, de alegria, de produção.
Usar cada dia para o trabalho honrado, que nos confira dignidade. Estar com a família, com os amigos.
Sorrir, abraçar, amar.
Realizar o melhor em tudo que façamos, em tudo que nos seja conferido a elaborar. Deixar um rastro de luz por onde passemos.

Façamos isso e, então, se a morte nos surpreender no dobrar dos minutos, seguiremos em paz, com a consciência de Espíritos que vivemos na Terra doando o melhor e, agora, adentraremos a Espiritualidade, para o reencontro com os amores que nos antecederam.

Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita. livro Momento Espírita, v.8, ed. Fep.

domingo, 17 de agosto de 2014

Capacidade de decisão


          Quando encontramos algum problema, o importante para a sua solução é o correto discernimento e a determinação para agir. Se a pessoa sabe qual é a melhor solução, mas fica demorando para agir, acaba perdendo a oportunidade. Mesmo a melhor das soluções, se não for executada na hora oportuna, não conseguirá bom resultado. O tempo é muito importante.
          "Tomar a decisão é renunciar a algo". Ao decidir por A, devemos renunciar a B, isso é DECISÃO. "Decidir levantar cedo de manhã" significa renunciar a "dormir até tarde". Sem renúncia, é difícil tomar decisão. Quem não tem capacidade de decisão é aquele que não consegue renunciar  a algo.
         Para desenvolver a capacidade de decisão, devemos formar o hábito de resolver rapidamente os pequenos problemas que surgem no cotidiano. resolver rapidamente os pequenos problemas do dia a dia, tão logo surjam, não é tarefa difícil. Mas aquele que, ao se defrontar com grande problema, fica adiando indefinidamente a tomada de decisão, é quem negligencia as tomadas de decisão dos pequenos problemas do dia a dia. E, última análise, é aquele que não consegue abrir mão até das pequenas coisas. Ter sucesso é agarrar a oportunidade.
A oportunidade só pode ser agarrada por quem possui a capacidade de decisão rápida. Aquele que demora a decidir não consegue agarrá-la. Dizem que o deus da oportunidade possui cabelos somente na parte anterior da cabeça, mas isso é uma forma figurada de dizer que a oportunidade deve ser agarrada quando a encontramos, pois é impossível agarrá-la depois que passou.
           Capacidade de decisão não é um carater inato da pessoa. É plenamente possível ser desenvolvida com treinamentos.Pessoas sem capacidade de decisão não conseguem decidir rapidamente, por possuir temor "Que farei, se fracassar?". Oportunidade é agarrar aquilo que virá no futuro, portanto não se pode dizer que seja totalmente seguro. Mas se possuir a convicção "Eu consigo", é possível tomar  decisão. Mesmo que seja algo que, considerando a própria capacidade, a carga lhe pareça demasiado pesada, é importante ter a coragem de  aceitar esse desafio. Diz-se "Fracasso é a base do sucesso". Não existe quem tenha conseguido sucesso sem fracassar, uma única vez. Assim é bom ser prudente, mas, se a prudência for excessiva e a pessoa perder terreno para o temor, não conseguirá tomar decisão. Portanto, ter autoconfiança e coragem para vencer o temor é o caminho para ser bem-sucedido.
          Mas a questão é: "De que forma conseguimos essa capacidade?".
        Em primeiro lugar, criando o hábito de tomar decisões rapidamente quanto a pequenos acontecimentos do dia a dia; e, em segundo lugar, livrando-se do temor.
          A seguir, o importante é ter disposição de assumir a responsabilidade por aquilo que decidiu. As pessoas, em geral, não querem se responsabilizar pelo fracasso, quando algo que decidiram fazer não alcança bom resultado. geralmente alegam:
     - Isso aconteceu porque aquela pessoa não procedeu exatamente de acordo com o que eu disse...
     - Estávamos passando por uma recessão...
          Assim tentam transferir a responsabilidade pelo fracasso para outras pessoas ou para o ambiente. Pessoas que têm tal conduta não possuem consciência de que "o homem é perfeito na essência, dotado de capacidade infinita". Conscientizar-se de que o homem é perfeito é estar ciente de que "tudo parte de mim e retorna a mim". Essa conscientização de ser responsavel por tudo significa que a própria pessoa se responsabiliza por todo o fracasso que sofrer. Portanto, isso é muito penoso em comparação ao ato de responsabilizar o outro pelo fracasso. Entretanto, por outro lado, se fizer uma boa reflexão sobre a causa de um fracasso e descobrir que foi seu próprio erro, brotará a confiança e a coragem:"Sim, se fizer assim, terei sucesso com certeza". Portanto, ao observar pessoas bem sucedidas, notamos que alcançam por terem tentado novos meios, sem esmorecer, por mais fracassos que tenham sofrido.
          Quando a pessoa se conscientiza claramente de que é a responsável pelo seu fracasso, sabe que, corrigindo-se, torna-se alguém que não fracassará mais e, assim tem ânimo para tentar  novamente. Então, deixa de temer o fracasso e consegue tomar decisões com maior rapidez. Transferir para outrem a responsabilidade por todos os seus fracassos, significa que por mais que ela mude, não poderá ter sucesso enquanto o outro não mudar, e, assim, não conseguirá tomar decisões a contento. Para conseguir tomar decisões precisas e rápidas, é importante se responsabilizar por tudo, e isso levará ao sucesso. 
Texto adaptado do livro -Todos podem ter sucesso- Katsume Tokuhisa

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Enquanto lia este livro trazia à mente algumas situações de pais, clientes em meu consultório, com queixa sobre irresponsabilidade dos filhos com as lições da escola. Ao trabalhar com a família utilizando diversas técnicas, ficou claro o quanto tinham de dificuldades para tomar decisões e que, por conta disto, faziam tudo pelos filhos. Eles eram impedidos de tomar decisões até em coisas muito simples, como o tipo de roupa que iriam usar em um dia frio ou a escolha de por onde iniciar sua tarefas da escola ou de casa. Por isso as crianças devem ter responsabilidades desde pequeninas e devem também ser treinadas a tomar pequenas decisões, assim estaremos colaborando para que ,quando adultos, esta seja uma atitude corriqueira.
Boas pequenas decisões nesta semana para todos àqueles que entenderam o quanto é vital este hábito, e que nunca é tarde para iniciarmos e assumirmos a responsabilidade por todos os nosso atos.
Tais


         


domingo, 10 de agosto de 2014

Pai, filhos e a empresa


"Algumas pessoas além de ser pai de família também tem a missão de ser empresário. Significa que tem mais um filho: a empresa. Passar por noites pouco dormidas, poucas horas de sono, cair, levantar, cair, levantar e acompanhar até que aprenda a caminhar por si faz parte da rotina vivida pelo empreendedor.


Historicamente coube ao pai o papel de caçador, ou seja, aquele que vai atrás dos suprimentos necessários para os membros da sua família sobreviver. A primeira missão como pai é suprir as necessidades dos seus familiares. No mundo atual os pais não saem à caça, vão ao trabalho, e lá produzem produtos ou serviços úteis às pessoas.



As tarefas e os passos do pai e do empresário são muito semelhantes excetuando alguns deveres como chefe de família. Suprir as necessidades, fazer crescer, acompanhar na infância e na adolescência, até começar a trilhar seu próprio caminho.



Na infância é o pai levantando e segurando o filho para que aprenda a caminhar com suas próprias pernas. Na empresa recém nascida, o empreendedor é o executor das tarefas operacionais, é a força propulsora para levantar a empresa, fazer crescer e caminhar para frente.



Na adolescência o filho não quer mais ser segurado pelo pai. A missão do pai é fazer que o filho siga o direcionamento correto na vida. É uma fase muito difícil, o filho já não necessita dos seus braços, quer trilhar seus próprios caminhos com os seus amigos. O diálogo, a comunicação fica mais difícil. Não há como controlar todos os passos. É preciso confiar que tomará as decisões corretas e seguirá o caminho certo.



O empreendedor nesta fase deixa de ser o executor das tarefas. Mais pessoas fazem parte da empresa. Significa, delegar as tarefas, confiar nas pessoas. É muito difícil direcionar todas as pessoas ao mesmo rumo, objetivo comum a todos. Há a necessidade de dialogar, comunicar, compartilhar as informações.



A terceira fase é da maturidade e certa estabilidade. O filho já adquiriu estabilidade emocional e começa a ganhar a sua independência financeira. Depois de mais algum tempo vai querer caminhar sòzinho. Chegou a hora de deixar ir.



Um dia o filho está pronto, cresceu e vai embora. É uma tristeza? Sim, mas é o momento de se confortar, de entender. Significa que ele (a) ultrapassou o pai e está deixando-o para trás. Não poderia ser de outra forma: o aluno supera o mestre e o filho ou a filha sempre supera o pai.



Se não fosse assim, não haveria progresso: a nova geração supera sempre a geração anterior. Isto faz parte do ciclo da vida, não podemos contrariar a natureza. É uma alegria vê-lo ultrapassando. É verdade que o sentimento seja misto de alegria e tristeza. Não só por ter sido ultrapassado, mas talvez por não conseguir mais acompanhá-lo na mesma velocidade.



Criamos, educamos os nossos filhos para o mundo. Da mesma forma, a empresa não é para servir só ao interesse do dono da empresa. A empresa é da sociedade, da comunidade que pertence, porque se a sociedade perceber que a empresa não tem vontade de servir ao público certamente acabará fechando.



A mais difícil missão é o momento de deixá-lo ir embora, ficar para trás. É preciso soltá-los, cada qual no seu devido tempo: o filho e a empresa. É uma decisão muito difícil e até dolorosa. É difícil saber a hora certa de tomar a decisão, mas chegará um momento em que se não deixá-los ir adiante, significa que estará atrapalhando o crescimento.



De qualquer forma é o momento delicado na família ou na empresa. A sucessão empresarial deve ser pensada, conduzida de forma racional, profissional. Na prática significa separar a família do negócio. A empresa assim como filho já tem a vida própria. Ambos os filhos precisam seguir o seu caminho próprio. Cabe ao pai conduzi-los adequadamente até a conclusão do processo".

Orlando Norio - fonte - http://www.administradores.com.br
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Ser empresário é ser duplamente pai: de família e da empresa. 
Da mesma forma que educamos os filhos para servir ao mundo, desenvolvemos uma empresa para ser útil à sociedade. Um dia ambos partirão deixando-nos para trás. 
Honrar o pai pela vida que ele , juntamente com a nossa mãe, nos concedeu independente de como ele é, ou das "diferenças" existentes entre nós... grande aprendizagem!
Parabéns a todos os pais.

domingo, 3 de agosto de 2014

Como um relacionamento de casal pode fracassar




"Quando nascemos o primeiro sistema a que fazemos parte é o sistema familiar e o modo como experienciamos as relações nesse sistema afeta a forma como interagimos com outros sistemas no futuro. Uma família começa à partir de um casal e a forma como essa relação é vivida afetará as gerações seguintes. Daí a importância de olharmos hoje para as nossas relações a fim de evitar novos emaranhamentos que invariavelmente serão resgatados no futuro. Um emaranhamento é um nó, um desequilíbrio, uma desarmonia no sistema. E se a geração em que esse nó foi criado não o dissolve, alguém de uma geração futura o fará através de seu sacrifício inconsciente em prol de algo maior, o Sistema Familiar.



À partir de observações no campo das Constelações, Bert Hellinger fala sobre algumas posturas que comprometem o equilíbrio na relação de casal. Elenco aqui alguns dos comportamentos que podem desequilibrar a relação e consequentemente o novo sistema que começa neles. Segundo a visão das Constelações Sistêmicas o que pode fazer um relacionamento de casal fracassar é:

- Quando no casal um se sente maior do que o outro. Quando um acredita saber mais que o outro sobre o que é melhor para ambos. Às vezes a mulher inconscientemente age como se fosse mãe do marido ou vice-versa. Num casal equilibrado os dois devem estar no mesmo nível da hierarquia.

- Quando um dá mais que o outro na relação. Isso gera desequilíbrio entre o dar e o tomar. Quando um dá mais atenção, carinho, cuidados ou se dá para a relação mais que o outro consegue retribuir é sinal de problemas mais à frente nessa relação. Nesse caso, aquele que recebe mais do que pode retribuir, tende a querer sair. É comum ver no consultório pessoas que se anularam por uma relação, que deram muito e que foram deixados pelo companheiro ou companheira. É preciso ter o equilíbrio entre o dar e o tomar entre as partes.

- Quando um não toma/aceita o sistema familiar do outro como ele é ou acha que o que vem do seu sistema é melhor do que o vem do outro. Respeitar e acolher as raízes do outro é essencial.

- Quando cada um no casal não toma/aceita seus próprios pais ou família de origem. Problemas não resolvidos na família de origem, acarretam problemas na família constituída agora ou em algum momento no futuro. O passado não podemos mudar, nem podemos mudar nossos pais, o que seria uma inversão e ordem, mas podemos curar dentro de nós as feridas, as mágoas e reivindicações que temos com relação a nossos pais. Isso evitará projeções negativas em nossas relações afetivas.

- Quando não reconhecem e respeitam relacionamentos importantes anteriores do outro, como por exemplo casamentos, noivados ou vínculos afetivos anteriores do outro. Especialmente quando há filhos de uma relação anterior. O desequilíbrio está em excluir alguém que veio antes na vida do outro. O equilíbrio está em reconhecer e acolher os que vieram antes, respeitando a ordem, afinal, o relacionamento atual só está dando certo porque o anterior terminou. Reconhecendo isso com respeito acontece a inclusão dos que vieram primeiro.

- Quando não se oficializa um longo relacionamento. Segundo Bert Hellinger, relacionamentos longos, sejam namoros ou casais que já moram juntos mas que não oficializam o casamento passam a mensagem inconsciente um para o outro: “Estou esperando algo melhor para mim.” Essa relação está em “risco” de fracassar.

- Quando os pais colocam os filhos em primeiro lugar. No sistema familiar quem vem primeiro são o pai e a mãe, os filhos vem depois. Inverter essa ordem, gera um desequilíbrio para toda a família, pois compromete a força que une pai e mãe, da qual depende a segurança dos filhos.

- Quando o casal adota um filho prioritariamente para suprir carências próprias. Nesse caso é como se o filho adotivo fosse um ajudante dos pais adotivos em suas carências. Para Bert Hellinger as adoções de crianças são um problema no momento em que os pais tentam suprir suas carências pessoais através dessa criança e quando tentam substituir os pais biológicos dela. Os pais adotivos são apenas tutores da criança já que seus pais biológicos, por força maior não tiveram condições de cuidar dela. Os filhos estão sempre conectados ao sistema familiar dos pais biológicos e esses pais devem ser acolhidos amorosamente pela família adotiva e no coração dessa criança. Afinal, pela visão sistêmica, todos tem o pai e a mãe certos para si.

- Quando na perda de um filho, os dois não fazem luto juntos. Casais que perdem filhos, mesmo que sejam abortos precisam passar pelo momento de luto juntos, dando apoio um ao outro e vivenciando a dor da perda, da criança que se foi.

Casais sem filhos…
Quando um casal decide não ter filhos ou não consegue engravidar, a forma que tem de equilibrar-se é passando a energia da vida para algo além deles. Como, por exemplo, dedicando-se à causas sociais, artes, espiritualidade ou outras formas sublimes de expressão da vida. A energia da vida que recebemos dos nossos pais deve ser passada para frente, se não for através de filhos, de alguma forma que traga benefícios para outras pessoas, caso contrário acabam por adoecer com a energia criativa que fica reprimida, impedida de seguir seu fluxo.

Casais homossexuais…
Segundo as observações de Bert Hellinger no campo das constelações, em muitos casos, homossexuais estão vinculados a um membro do sistema, talvez de gerações passadas, excluído e do sexo oposto, como por exemplo, amantes, filhos bastardos, esposas abandonadas, pessoas doentes que foram internadas ou mesmo banidas da família e esquecidas. Segundo Bert Hellinger quando se identifica e se dissolve esse emaranhamento ainda na infância da criança, esse vínculo pode ser dissolvido, caso contrário o homossexual deverá viver sua vida e aceitar o seu destino difícil como uma missão. Um homossexual vem como uma cura para um desequilíbrio em seu sistema familiar e deve ser incluído e acolhido amorosamente por esse sistema.

Esses são alguns pontos abordados na visão sistêmica das Constelações por Bert Hellinger e que estão diretamente ligadas às ordens do amor:

- Pertencimento – Todos têm direito a pertencer ao sistema familiar em que nasceram. Ninguém pode excluir ninguém. Todos têm direito a pertencer.

- Ordem ou Hierarquia – No sistema familiar cada um tem o seu lugar e quem vem primeiro tem precedência. Quando um tenta ocupar um lugar que não é seu perde sua força.

- Equilíbrio entre dar e tomar – Para manter o equilíbrio nas relações é preciso dar e tomar em equilíbrio. Apenas nos casos de pais para filhos, nas relações entre níveis diferentes da hierarquia, os pais apenas dão e não esperam nada dos filhos. Estes últimos apenas recebem e agradecem.

As constelações sistêmicas podem nos ajudar basicamente de duas maneiras. Uma forma é através da dissolução de emaranhamentos sistêmicos que estão regitrados em nosso inconsciente. Na constelação o campo revela a origem do desequilíbrio no inconsciente do sistema familiar e gera um movimento para a solução. A outra forma é à partir do entendimento das ordens do amor. Com essa compreensão podemos evitar novos emaranhamentos para o futuro. Uma outra lei bem conhecida da vida é que toda ação tem consequência e não se trata de nenhuma punição divina, mas de leis que estabelecem ordem à tudo o que tem vida. Estamos sujeitos à essas leis que regem os sistemas e, quando estamos conscientes do nosso poder de transformação podemos reorientar nosso comportamento para um destino mais leve em nosso futuro…"
Roberta Dias - Terapeuta Holistica e Consteladora Sistêmica - Fonte RPC
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Temos grupos de Constelação a cada 15 dias. Venha conhecer na prática o que este trabalho pode fazer na vida das pessoas.
Mudam os conceitos, os julgamentos, a compreensão das relações, o respeito aos antepassados e aos que vieram antes... Muitas vezes recebemos relatos de pessoas que só pelo fato de assistir as constelações de outras pessoas e/ou trabalhar como representantes, vivenciaram mudanças substanciais em suas vidas.
Se você quiser mande seu email para    tais.fittipaldi@gmail.com e encaminharei  convite todas as vezes que o grupo for reunir-se para constelar.
Muito obrigada pelo prestígio que  vocês me dão pelos acessos ao blog, afinal já são 17.461 visitas em 3 anos de vida. Fico muito feliz em poder trazer à luz assuntos pertinentes a vida cotidiana e, muitas vezes, despertar a necessidade de olhar para si.
Uma excelente semana à todos
Tais