domingo, 22 de fevereiro de 2015

Constelação Sistêmica e as doenças mentais

As doenças mentais e psiquiátricas podem ter relação com problemas sistêmicos vivenciados por antepassados? Veja como a Constelação aborda este assunto.

"As doenças mentais e transtornos psiquiátricos sempre foram cercados de grande mistério e apreensão.
Na Antiguidade as pessoas que apresentavam distúrbios de ordem mental eram, muitas vezes vistas como iluminadas, enviadas com algum propósito grandioso.
Já na Idade Média tais pessoas eram consideradas proscritas, castigadas por Deus ou até mesmo, endemoninhadas.
Após a revolução industrial o louco é visto como alienado, passando a ser recluso em manicômios, onde práticas de toda espécie passam a ser empregadas experimentalmente com finalidade terapêutica.
Com a evolução das pesquisas e estudos relacionados ao sistema familiar, os cientistas descobriram que as relações entre os membros e ocorrências transgeracionais poderiam fornecer indicações consistentes de como as pessoas  desenvolvem muitos distúrbios mentais e de comportamento. 
Estudiosos observaram correlação entre a forma como um surto psicótico ocorre e  um tema significativo para família cujo membro manifestou os sintomas.

Constata-se também que a pessoa que manifesta o surto, em geral, apresenta indícios de ser o mais sensível e inteligente dentre os irmãos de uma mesma família. Além disso, na visão sistêmica, esse membro se apresenta como bode expiatório para reparar um dano físico ou emocional cometido ou sofrido por antepassados e, até mesmo, envolvendo outras pessoas fora do sistema familiar.
Nesse sentido é como se o indivíduo se apresentasse em sacrifício pela família.
Por isso, é necessário olhar com muita consideração e respeito para essas pessoas, que muitas vezes acabam sendo excluídas não só da própria família como também da sociedade.
Durante um dos nossos workshops realizamos uma constelação de um rapaz de seus 30 anos, cujo comportamento apresentava claros indícios de esquizofrenia com características de delírio paranoico.
Ao abrirmos seu sistema familiar encontramos a ocorrência do assassinato de uma pessoa por um membro de sua família. Ficou demonstrado pelos movimentos, que o rapaz ficara aprisionado entre a identificação com a vítima e, ao mesmo tempo, com o agressor. A necessidade de inclusão daquelas pessoas reconhecendo-as como membros do sistema familiar fora captada pelo rapaz que, ao cindir sua personalidade, denunciava a existência de dois lados antagônicos e possivelmente excluídos pela família. A constelação fora conduzida de forma a restabelecer o equilíbrio no sistema, promovendo a aproximação e harmonização entre os dois lados representados por agressor e vítima. Ao final do processo as pessoas foram harmonizadas e incluídas e quase que de imediato percebeu-se uma mudança na expressão e energia do rapaz.
Em muitos outros processos terapêuticos com pessoas portadores de distúrbios mentais e psiquiátricos nos quais, a Constelação fora empregada notou-se a evidência de fatos relevantes e impactantes ao sistema familiar, bem como significativa melhora nos sintomas desses pacientes.
Portanto, é preciso considerar além dos tratamentos tradicionais, a possibilidade de um trabalho terapêutico através da Constelação, pois além do nível orgânico estaremos também tratando a pessoa no nível sistêmico, possibilitando assim, um somatório de recursos para melhora do quadro psíquico."
Lilian Tescarolli e Fernando Ab. Gonçalves
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Harmonizar-se significa integrar-se à ordem.
         Para sermos saudáveis, devemos entrar em relação mútua de ordem com tudo que existe ao nosso redor; o ar, a água, os raios solares, os alimentos, as pessoas, os demais seres vivos etc.
       Ao mesmo tempo em que devemos entrar mentalmente em relação de ordem, em nível de sentimento, devemos também entrar em ordem físico-quimicamente.
Respiração é relação de ordem entre o ar e o aparelho respiratório. Apetite é relação de ordem entre alimento e aparelho digestivo. Banho é relação de ordem entra a pele e a água da banheira.Se for rompida a relação de ordem com o armo aparelho respiratório asfixiará a pessoa; rompendo-se a relação de ordem com os alimentos, comendo ou bebendo em excesso, imediatamente surgirão desarranjos estomacais ou intestinais; havendo rompimento na relação entre a pele e a água do banho, poderão surgir queimaduras ou resfriados.
          Da mesma forma ao haver uma quebra de ordem de uma das Leis do Amor (publicadas neste blog no ultimo mês) , mais especificamente o Pertencimento (todos tem o direito de pertencer ao seu sistema familiar), onde,  ao excluir um antepassado, as gerações vindouras apresentarão sintomas relativos às situações vivenciadas pelo excluído(a).
A Constelação proporciona a possibilidade de realizar esta inclusão do antepassado , restabelecendo assim o direito de pertencer . Naturalmente o sistema volta a funcionar de maneira inclusiva e mais harmônica.
Tais

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Constelação Sistêmica e o Câncer

Segundo a abordagem sistêmica, tal como as doenças mentais e psiquiátricas, as doenças degenerativas como o câncer também aparecem para revelar ou denunciar algo a respeito do sistema familiar da pessoa doente.
Acontecimentos passados relacionados a membros da família excluídos ou não reconhecidos por outros e que possam ter sofrido destinos trágicos, podem influenciar as gerações futuras.
Inconscientemente, um ou mais membros dessas gerações poderão captar a desordem no sistema familiar manifestada pela exclusão ou não reconhecimento de antepassados que pertencem ao sistema.
Em casos mais extremos esses membros estão tão identificados com as exclusões do passado e com os antepassados, que acabam buscando o mesmo destino deles, assumindo assim o lugar daquelas pessoas. É uma forma infantil de reparar injustiças, sofrendo o que outros sofreram.
Recordamo-nos aqui de uma mulher de seus 40 anos e que tivera câncer de mama e após um período sem doença presente, ela nos procurou no consultório com recidiva da doença.

Ao abrirmos seu sistema familiar por meio da técnica de Constelação observamos uma dinâmica bastante conflituosa na qual um antepassado bem remoto fora fiel a um sistema militar ou a uma milícia. 
Esse antepassado promovera uma grande matança de pessoas, um verdadeiro extermínio.
Através dos movimentos que se sucederam durante a constelação, constatamos que a mulher estava presa a aquelas pessoas que morreram e que passaram a fazer parte do seu sistema. A partir daquele momento tais pessoas passaram a ser reconhecidas e incluídas conscientemente, assim como o antepassado que provocara a exclusão. Isso permitiu uma integração dos membros que faltavam e que se encontravam esquecidos.
Essa cliente teve uma transformação emocional e sistêmica imediata, trazendo maior energia e vitalidade para enfrentar sua doença e os tratamentos.
Assim, acreditamos na importância de manter a memória de nossos antepassados e a de todos aqueles que tiveram uma ligação importante com eles, reconhecendo o lugar de cada um na nossa família e sua importância na transmissão da vida.
A isenção de julgamento e ressignificação dos acontecimentos e dos laços familiares proporciona o restabelecimento do fluxo do amor no sistema familiar. E quando flui o amor, a doença perde seu sentido.

Para refletir
1.      Você consegue reconhecer que o dom maior que sua família lhe deu é o da própria vida?
2.      Você mantém a memória dos seus antepassados, reconhecendo a importância deles na transmissão da vida que lhe foi dada?
3.      Você procura ficar com o que foi positivo nos seus antepassados ou os critica por aquilo que eles não deram conta?
4.     Você reconhece a importância de ser no presente um antepassado bem ajustado, preservando no futuro as próximas gerações?
Lilian Tescarolli e Fernando Ab. Gonçalves
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Existe uma crença de que cultuar os antepassados é incomodá-los, não os deixar em paz... Como pode luz e amor incomodar nosso antepassados?

Tomá-los no coração, respeitar suas histórias, não julgar assim como reconhecer que se estamos aqui é graças à eles, é uma forma de inclusão independente do que foram ou fizeram. São da família e pertencem...tem que ter um lugar! Viemos atraves deles, não?

É muito importante que sejam enviados aos nossos antepassados vibrações mentais da verdade e de amor para que alcancem e assimilem o despertar.

Pois é gente, estar cultuando e possuir esta força misteriosa pelos laços do amor nos fazem sentir viva a sensação de unidade com nossos entes queridos. Podemos comparar essa força como as raízes de uma árvore que mantém o tronco, ramos e frutos com seus invisíveis nutrientes para a preservação da espécie.

E assim entendemos que o culto aos antepassados é uma forma de honrar, venerar, adorar, pois se supõem que esses desencarnados podem sim influenciar a vida dos familiares e esta é uma forma de se desculpar, pedir perdão, mostrar o amor e a gratidão por aqueles que nos antecederam.

Que tal pensarmos juntos na possibilidade do perdão junto aos nossos antepassados? Aqui fica mais uma dica!
Tais

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Constelação Sistêmica e a realização profissional


A escolha e exercício de uma profissão ou de um trabalho não é apenas um valor em nossa sociedade, mas uma necessidade de todo ser humano.
Tornar-se útil e produtivo aos sistemas a que pertencemos, através de uma atividade na qual possamos empregar todo o nosso esforço e potencial é num certo sentido promover tanto o indivíduo como também, trabalhar para a manutenção desses mesmos sistemas sejam eles o familiar, organizacional ou institucional.
Independentemente da escolha profissional, ao nos tornarmos produtivos estamos compartilhando nossos dons, habilidades e competências, como também, o nosso tempo, propósito e valores, dando assim, sentido à nossa própria existência no mundo.
Nosso lugar no sistema familiar como filho(a), pai, mãe, nossos papéis sociais como estudante, profissional, os diferentes cargos ocupados numa empresa ou instituição, definem parcialmente nossa identidade como pessoa e membro de um sistema.
Entretanto, nem sempre esse posicionamento diante da vida acontece de maneira tranquila e harmônica.
Muitas vezes, percebemos jovens e mesmo adultos demonstrando uma completa falta de identidade profissional no mundo do trabalho. É comum vermos jovens que se sentem perdidos sem conseguirem escolher uma profissão e sem se apropriarem de suas vidas de maneira autônoma.
Essas pessoas, apesar de já se encontrarem, numa idade produtiva acabam ficando sob a dependência emocional e financeira de seus pais, morando com eles por muito tempo, sem conseguirem vislumbrar objetivos e desenhar um projeto para suas vidas.
Outras vezes, essas pessoas fazem inúmeras tentativas sem conseguir sustentar uma posição definida. Trocam de curso e de faculdade, passam por inúmeras empresas ou serviços, flutuam no mercado de trabalho sem foco. Apresentam muita dificuldade em fazer vínculos com colegas, superiores e com a organização. É como se não houvesse um lugar para elas.
Na verdade quando esses indivíduos apresentam dificuldade de se encontrar no mundo e de ocupar seu lugar é porque eles não sabem e não conseguem enxergar esse lugar como sendo somente deles. Sua identidade pessoal é afetada por não conseguirem encontrar a sua identidade no seu sistema familiar.
A despeito da nossa cultura mais paternalista que influencia a forma pela qual fomos educados pelos nossos pais, percebemos que essa dificuldade de ocupar o lugar que nos cabe tem, muitas vezes, sua origem no próprio sistema familiar.
Sistemicamente observamos que a dificuldade de encontrar e ocupar um lugar no sistema pode estar relacionado ao fato de que algum antepassado não teve também o seu.
Alguns enredamentos sistêmicos tiram a força da pessoa que não consegue seguir a sua vida ou assumir o seu próprio destino diante dela.

Ao constelar um senhor de 64 anos cuja queixa era de frustração em relação a sua vida profissional encontramos na sua história familiar as dificuldades de seu pai, cujo trabalho representava sobrevivência e não realização. Sua família carente de recursos, via nele, como filho mais velho, a possibilidade de crescimento financeiro e material. Entretanto, essa pessoa identificada com o pai, segue o mesmo destino dele não se realizando profissionalmente e ganhando dinheiro apenas para sobreviver. Uma vez que o pai não conseguiu alcançar o objetivo que desejava, ele (filho) também não o fez. Esse processo ocorreu de maneira inconsciente.
Ao trabalharmos esse enredamento com o pai dessa pessoa, foi possível tornar claro o motivo inconsciente que determinou suas escolhas profissionais frustrantes. Hoje segundo relatos dele próprio, de sua esposa e filhos, essa pessoa está se sentindo muito mais disposta, fortalecida e aberta a desenvolver novos projetos de trabalho.
A constelação realizada revelou o amor infantil de um filho por seu pai seguindo-lhe no mesmo destino e possibilitou uma dissociação e reorganização de propósitos, redirecionando a energia psíquica do indivíduo para outros investimentos.
Outro exemplo que pode gerar enredamentos sistêmicos é quando alguém que veio antes não foi devidamente reconhecido e honrado, gerando uma perturbação na ordem hierárquica, um desrespeito a pessoa e à posição que ele ocupava no sistema. Em geral, quem vem depois no sistema poderá apresentar grandes dificuldades em escolher uma profissão ou em ter motivação suficiente para assumir um trabalho.
Como vimos aqui, muitas questões relacionadas ao trabalho e à profissão têm ressonância com o sistema familiar e à força necessária para assumirmos o nosso lugar no mundo. Desde a motivação até a realização e competência profissionais podem sofrer a influência da relação inconsciente do indivíduo com outros membros de sua família.

PARA REFLETIR
1. Você tem dificuldade em escolher uma profissão?
2. Como é a sua motivação para o trabalho em geral?
3. Você sente interesse ou gosta de alguma atividade, mas não se compromete com a sua realização?
4. Você experimenta uma constante sensação de insatisfação ou de que sempre falta algo em sua vida, mas não tem força para correr atrás?
5. Conviver ou participar de grupos sociais ou executar uma função dentro de uma empresa para a qual estava plenamente capacitado é algo muito difícil para você?
6. Muitas vezes você tem dificuldade em concluir um curso ou atividade profissional que começa?
7. Você já perdeu ou ainda perde várias oportunidades de promoção e ascensão profissional?
Lilian Tescarolli e Fernando Ab. Gonçalves
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"Quando alguém faz um bom trabalho, quando alguém consegue fazer algo bom e o que faz também tem efeito, fica feliz. Essa felicidade é sentida como realização.
É independente da chamada sensação de felicidade. Tem algo essencial, algo pleno. Faz a pessoa feliz, mesmo que se encontre numa situação terrível e não esteja feliz nela.
Também existe a sensação de alegria. Isso também é felicidade. Posso ter isso junto com outras pessoas, mas também independente delas. Essa sensação de alegria aparece quando tomei meus pais e eles podem estar vivos dentro de mim como um todo, do jeito que são. Quem toma os pais desta forma, experimenta que tudo aquilo que tem de bom flui deles para si, e tudo aquilo que deles temiam ou negavam fica de fora. Quem consegue isso sente que sua sensação de felicidade aumenta." B.H.
Boa semana!
Tais


domingo, 1 de fevereiro de 2015

Leis Sistêmicas - 3. Dar e Receber

Ola...esta semana vamos para a terceira Lei das Ordens do Amor segundo Bert Hellinger-Lei do Dar e Receber

"A Lei do Dar e Receber, também chamada de Lei do Equilíbrio de Troca, foi observada nos grupos sociais por Bert Hellinger, como algo de fundamental importância para o funcionamento e manutenção dos sistemas de uma forma geral.
Todo ser é dotado da capacidade de troca, oferecendo a outros seus dons, capacidades e habilidades e recebendo daqueles o que for importante para satisfazer suas necessidades de sobrevivência, crescimento e desenvolvimento.
Uma relação equilibrada, quando ambas as pessoas compartilham mutuamente, dando e recebendo aquilo que cada um é capaz, é uma relação que promove o amadurecimento a liberdade e o bem-estar. 
Entre casais cuja dinâmica compromete a Lei do Dar e Receber, um dá mais ao outro do que ele ou ela possam retribuir, prejudicando assim, o equilíbrio de troca. Nesse caso quem deu demais, sente-se no direito de cobrar e quem recebeu demais, sente-se na dívida e tem dificuldade de permanecer na relação.
Muitas vezes, num relacionamento afetivo quem deve e não consegue pagar, acaba indo embora. Isso diz respeito a tudo que se possa dar ou receber: carinho, cuidado, dinheiro, atenção, compreensão, tempo, proteção, tolerância, etc.
Quem deu em excesso também é responsável por sua atitude, pois ao dar demais acabou desrespeitando o outro na sua dignidade.
Isso acontece também quando queremos dar em excesso a algum irmão ou mesmo aos próprios pais. Por exemplo, dando mais dinheiro do que possam receber ou fazendo coisas que eles poderiam e deveriam fazer por si próprios. Muitas vezes ao fazer isso trazemos uma intenção consciente ou inconsciente de sermos vistos, amados, aceitos e reconhecidos. Entretanto, sem perceber acabamos causando incômodo aos outros e o reconhecimento que tanto desejávamos não acontece. Acreditamos então que a outra pessoa está sendo ingrata, ou seja, responsabilizamos o outro por nossos excessos.

Somente numa relação de pais para filhos esse desequilíbrio não se verifica, pois os pais sempre terão dado mais aos filhos do que recebido deles. Os pais deram a vida aos filhos, mesmo que isso tenha acontecido em circunstâncias materiais, emocionais ou comportamentais desfavoráveis. Mesmo que esses pais possam ter se comportando de maneira mesquinha, infantil e hostil, ainda sim, os filhos nunca poderão retribuir aos pais pelo dom da vida que receberam deles.  
Os filhos só poderão caminhar com equilíbrio e força na vida se aceitarem o fato de que receberam mais dos pais e de seus antepassados por terem lhes transmitido a vida.
Ter gratidão pela vida é reconhecer, antes de tudo, que ela chegou a nós por intermédio dos nossos pais e antes deles pelos pais deles e, assim, sucessivamente, independentemente de como eles, fizeram ou deixaram de fazer.
Reconhecimento e gratidão são as únicas retribuições que os pais desejam.
A relação do dar e receber também se verifica em outros sistemas diferentes do familiar, como nos sistemas produtivos ou de trabalho.
Uma organização na qual seus membros cooperam de maneira equilibrada, não gera dissonâncias. Cada um percebe que pode dar e receber de acordo com seus limites sem gerar em si mesmo sensações de dívida ou exploração. A consequência é a satisfação dos membros e a boa produtividade das equipes de trabalho.
Na relação entre empresa e colaborador, a primeira oferece um salário e condições de trabalho compatíveis com as necessidades do segundo. O colaborador, por sua vez reconhece aquilo que lhe é oferecido e retribui com seu esforço colocando suas competências e habilidades a serviço da empresa que o contratou. O resultado dessa troca equilibrada traz realização e sucesso para ambas as partes.
O contrário, porém, uma relação na qual as partes não cumprem com seus deveres e responsabilidades ou quando uma das partes acaba dando muito mais do que a outra possa retribuir, gera conflitos na relação. Essa relação desequilibrada poderá evoluir para o término da relação de trabalho. Assim, temos as seguintes situações:
1. A empresa deu mais ao colaborador do que ele poderia retribuir. A consequência é que uma vez cobrado e não podendo retribuir, o colaborador se sentirá na dívida para com a empresa.
2. O colaborador deu mais a empresa do que ela poderia retribuir. A consequência é que o colaborador se sentirá desvalorizado e com maiores direitos do que a empresa.
Em ambas as situações o desequilíbrio estará instalado e a demissão será inequívoca.
Agora fica mais fácil reconhecer a importância do equilíbrio de troca nas relações e o quanto é importante preservá-lo, pois do contrário nós e nosso sistema sofrerá as consequências.
Lembre-se sempre, ajudar os outros é importante e necessário, assim como solicitar e receber ajuda, mas que isso possa ser feito sempre em equilíbrio.
 Para Refletir
1. Minhas relações de troca são equilibradas ou tenho a sensação de que recebo mais do que posso retribuir ou de que dou mais do que recebo?
2. Na família percebo meu limite na relação de troca com meus pais e irmãos e sei respeitar os deles?
3. Reconheço que as pessoas que mais me deram foram meus pais ou fico no ressentimento daquilo que não puderam me dar?
4. Estou satisfeito (a) com as trocas em meu ambiente de trabalho na relação com a empresa, colegas e superiores?
5. Minhas relações afetivas levam em consideração a minha capacidade de dar, mas também de receber sem que para isso tenha que me sentir devedor ou credor?
Lilian Tescarolli e Fernando Ab. Gonçalves
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Dar e receber parece algo tão obvio e simples, porem grande parte das dificuldades nas relações está exatamente neste desequilíbrio.
Para perceber a aplicação desta Lei e suas consequências nada melhor do que assistir uma Constelação, participar como representante e sentir a reverberação deste trabalho. Trazer esta Lei para o dia a dia e buscar o equilíbrio pode resultar em  muitas mudanças. Experimente, participe e tire suas próprias conclusões.
Semana que vem trarei como tema - A Constelação Sistêmica e a realização profissional.
E fechando tudo isso, lembremo-nos: dás e receberás...
Uma excelente semana
Taís