domingo, 30 de outubro de 2016

A potência do amor; uma linda carta de Albert Einstein


Fragmentos de uma carta de Einstein à sua filha Lieserl

Quando propus a teoria da relatividade, muito poucos me entenderam e o que vou agora revelar a você, para que transmita à humanidade, também chocará o mundo, com sua incompreensão e preconceitos.

Peço ainda que aguarde todo o tempo necessário -- anos, décadas, até que a sociedade tenha avançado o suficiente para aceitar o que explicarei em seguida para você.

Há uma força extremamente poderosa para a qual a ciência até agora não encontrou uma explicação formal. É uma força que inclui e governa todas as outras, existindo por trás de qualquer fenômeno que opere no universo e que ainda não foi identificada por nós.

Esta força universal é o AMOR.

Quando os cientistas estavam procurando uma teoria unificada do Universo esqueceram a mais invisível e poderosa de todas as forças.

O Amor é Luz, dado que ilumina aquele que dá e o que recebe.

O Amor é gravidade, porque faz com que as pessoas se sintam atraídas umas pelas outras.

O Amor é potência, pois multiplica (potencia) o melhor que temos, 
 permitindo assim que a humanidade não se extinga em seu egoísmo cego.

O Amor revela e desvela. 

Por amor, vivemos e morremos.

O Amor é Deus e Deus é Amor.

Esta força tudo explica e dá SENTIDO à vida. Esta é a variável que temos ignorado por muito tempo, talvez porque o amor provoca medo, sendo o único poder no universo que o homem ainda não aprendeu a dirigir a seu favor.

Para dar visibilidade ao amor, eu fiz uma substituição simples na minha equação mais famosa. Se em vez de E = mc², aceitarmos que a energia para curar o mundo pode ser obtido através do amor multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado (energia de cura = amor x velocidade da luz ²), chegaremos à conclusão de que o amor é a força mais poderosa que existe, porque não tem limites.

Após o fracasso da humanidade no uso e controle das outras forças do universo, que se voltaram contra nós, é urgente que nos alimentemos de outro tipo de energia. Se queremos que a nossa espécie sobreviva, se quisermos encontrar sentido na vida, se queremos salvar o mundo e todos os seres sensíveis que nele habitam, o amor é a única e a resposta última.

Talvez ainda não estejamos preparados
para fabricar uma bomba de amor, uma criação suficientemente poderosa para destruir todo o ódio, egoísmo e ganância que assolam o planeta. No entanto, cada indivíduo carrega dentro de si um pequeno, mas poderoso gerador de amor, cuja energia aguarda para ser libertada.

Quando aprendemos a dar e receber esta energia universal, Lieserl querida, provaremos que o amor tudo vence, tudo transcende e tudo pode, porque o amor é a quintessência da vida.

Lamento profundamente não ter sido capaz de expressar mais cedo o que vai dentro do meu coração, que toda a minha vida tem batido silenciosamente por você. Talvez seja tarde demais para pedir desculpa, mas como o tempo é relativo, preciso dizer que te amo e que a graças a você, obtive a última resposta.

Seu pai,
Albert Einstein
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O amor é uma energia que circula
Os elementos ou componentes considerados bons condutores de eletricidade são os que possuem menor resistência à corrente elétrica. Se você pensa  em ser bom condutor de Vida, da Sabedoria e do Amor de Deus, precisa ter mente dócil, sem nenhuma resistência à energia de Deus, a mais poderosa do mundo. E dentre as formas da energia de Deus, a mais poderosa é a do amor. O amor realiza infinitos milagres. Para que o amor de Deus flua abundantemente, é necessário ter vontade de passá-lo adiante, à medida que circule interiormente. Se um fio condutos se recusar a enviar adiante o fluxo de cargas elétricas e cortar a passagem dessa corrente, a eletricidade jamais fluirá nesse fio. O amor é uma energia que circula, de modo que o ato de oferecê-lo ao próximo faz com que inevitavelmente recebamos mais amor.
Então...distribuamos amor das mais diversas maneiras...
Boa semana de amor
Taís

domingo, 23 de outubro de 2016

Informação 3 -Depois de uma Constelação Familiar


 Durante os dias seguintes à sua constelação, você estará em um período de sensibilidade e emotividade intensificadas, com a memória e o inconsciente muito abertos, como se você estivesse energizado ou em um estado alterado de consciência. Por esse motivo, é muito aconselhável, durante estes dias, uma terapia energética (crânio-sacral, acupuntura, polaridade etc.), pois os efeitos da constelação e dessa terapia se potencializarão mutuamente.

Depois, durante várias semanas, inclusive vários meses e, em alguns casos, anos, você continuará processando a informação recebida no dia da sua constelação. Nesse período irão ser elaboradas as mudanças sistêmicas e energéticas que irão ocupar um lugar em você, em outros membros da sua família e nas pessoas que estão em ressonância com você. São mudanças muito profundas e sutis: mudanças de crenças, mudanças de energia, mudanças de "roteiro", que implicam que você irá deixar várias compensações às quais tem muito apego, que irão lhe chegar novos objetivos. 

Algumas pessoas se sentem mexidas,
estranhas, durante uns dias. Assim como depois de qualquer psicoterapia, atravessa a fase de mudanças com ilusão, curiosidade, paciência, senso de humor. Irá descobrir, depois, às vezes logo em seguida, que se sente fluir de um modo novo, cheio de energia e de amor por si mesmo e pelos demais. 

Às vezes se produz uma resolução fisicamente dolorosa, como dores, gripe, cansaço. Cuide-se, são etapas normais de "desintoxicação". 

Não tome decisões precipitadas; você gastaria em vão a energia que, pouco a pouco, vai se apropriar. As decisões virão sozinhas! 

Posteriormente você irá perceber que empreendeu um giro em sua vida e que este giro fluiu sozinho, porque você já está totalmente no aqui e agora, aproveitando e desfrutando do que lhe cabe, usufruindo ao máximo de suas possibilidades. Que flua, não significa que vem sozinho; vem graças à sua entrega, ao seu novo respeito pelo sistêmico e pela vida tal como ela é, à sua tomada de consciência, à sua decisão de assumir suas responsabilidades. 

A constelação continua agindo durante um tempo; é necessário dar-lhe seu espaço. E não existe regra para saber quando constelar de novo. 

Os sistemas aos quais pertencemos irão enviar sinais na forma de nova dificuldade quando eles precisarem que voltemos a constelar;
e, às vezes, isso acontece muito rápido. Pense que não há regra! Seu corpo, suas emoções, sua vida, irão lhe dizer quando. Alguns irão sentir a necessidade de trabalhar sistemicamente diferentes aspectos de sua vida que irão surgindo no cotidiano, e aprenderão a fazer isso sozinhos, tornando-se cada vez mais autônomos. 

Enquanto isso, participar da constelação de outras pessoas é muito recomendável, sempre que você o sinta, que lhe dê vontade. Possibilita novas tomadas de consciência, novas liberações e reforço do processo iniciado. 

Com o tempo, nos momentos de stress, é possível que você observe novamente reações ou sintomas que a constelação fez desaparecer. Aparecem novas camadas da cebola, mas agora você tem mais experiência; o que ainda não está liberado totalmente volta a se manifestar para uma nova tomada de consciência. 

Também tenha em conta que a constelação interrompe o "motor" sistêmico, a origem de nossos problemas, e nos permite viver na energia criativa, mas o cérebro tem gravado estes velhos problemas e, em momentos de cansaço ou dor psíquica, o mesmo cérebro, buscando a economia energética, recorre ao velho conhecido, embora com menos força, mesmo que já não tenha sentido... Então, nos cabe um trabalho de purificação e aceitar-nos como somos... Também nos daremos conta que os apoios terapêuticos periódicos de todo tipo são úteis para "desgravar-nos" e manter-nos energeticamente fluidos. 

Desde que Hellinger se aproximou do amor ao espírito e de seu movimento, a compreensão das constelações tem mudado. Temos nos dado conta que o importante de uma constelação é o movimento que se coloca em curso para o cliente, não a imagem final... Inclusive uma pessoa pode esquecer completamente sua constelação, esquecer as imagens da sua constelação. O movimento interno posto em marcha dentro dessa pessoa e de seu sistema familiar não precisa dessas imagens. Somos movimento... 

Tomo minha vida e meu processo com amor e admiração.

Cada um de nós está a serviço da vida,

vivendo a etapa que nos corresponde viver;

cada um de nós é como temos que ser,

todos juntos

ressoando todos com todos.

Agradeço a todos que me permitiram chegar onde estou,

agora sei que tudo o fizeram por amor.

Agradeço a oportunidade de devolver sua dignidade

e seu lugar às pessoas não honradas.

Alegro-me pelo patrimônio de humanidade

que estou entregando às gerações futuras. 

As Novas Constelações
Também para a saúde física e financeira dos que facilitam constelações 

Estes Workshops irão lhes permitir aprender a constelar a partir da segurança das Novas Constelações, pois as Novas Constelações – Familiares, Sistêmicas, Quânticas – têm uma eficácia surpreendente para o cliente, para o grupo e para o próprio constelador. 

Hellinger nos avisou de que, quando um constelador "usurpa",
mesmo que seja sem perceber, o lugar do movimento do espírito, diferentes fracassos e doenças vão lhe apontando que está indo por um mal caminho, para que se entregue ao centro vazio, se coloque a serviço de algo maior, deixando esse Algo agir através dos representantes. 

Ao participar de um Workshop das Novas Constelações, vocês poderão aprender, através da observação, como dirigir uma constelação sem interferir com as forças de cura, evitando as contra-transferências inconscientes, deixando-se conduzir pelo centro vazio e pelas informações que surjam do campo. 

Verão como preparar o grupo para o centro vazio, de modo que as pessoas participem das constelações sem as possíveis manipulações que poderiam “capturar” o constelador. E como conduzir o cliente e o grupo em ressonância com o centro vazio em direção à vida, soltando (despedindo-se)(*) o passado e a morte com amor, respeito e gratidão à vida tal como ela é, provocando, então, a maior cura em todo o sistema familiar. 

Aprenderão a deixar-se guiar pelo campo e por todas as manifestações corporais dos representantes. 

Brigitte dará as explicações didáticas que estão em ressonância com a cura de cada caso e responderá as perguntas que sejam feitas. 

Algumas palavras de Bert Hellinger
"Ao estar presente neste Workshop, você participa de uma grande alma que lhe abraça se você abre seu coração, se conecta com sua participação interior e se entrega com respeito aos acontecimentos. 

Nas constelações, você pode sentir o impulso de agir, de tomar posição ou consolar a uma pessoa que acaba de constelar. Ao agir assim, você entra em ressonância com sua história e alivia a si mesmo. Portanto, ainda que lhe pareça difícil, é importante deixar os demais na energia deles, sem perguntar-lhes, sem encorajá-los, sem felicitá-los. Deste modo, a constelação de uma pessoa se transformará na de todos! 

As constelações atuam quando as pessoas as deixam exatamente da maneira que as viu. É uma imagem espacial e atemporal, das profundezas, e tem sua força quando se deixa tal qual se mostrou. Qualquer discussão sobre seu conteúdo destrói a imagem. 

O mesmo acontece quando uma pessoa acaba de trabalhar e alguém do grupo se aproxima depois e lhe pergunta: "Como foi?".
"O que você irá fazer agora?". O que estão fazendo é pisotear sua alma. É fatal invadir desta maneira a alma de outra pessoa, como se tivéssemos o direito de fazê-lo. Ninguém tem o direito de fazê-lo. Tampouco serve tentar consolar. A pessoa é forte. Porque, no fundo, a pessoa não quer consolar ao outro e, sim, utiliza o outro para consolar a si mesma. 

Não deve interferir. E isso é válido para todo este trabalho. 

A pessoa que constela tampouco deve agir imediatamente. Assim, não funciona. A imagem tem que descansar em sua alma. Às vezes, durante muito tempo, talvez meio ano ou mais. E a pessoa não faz nada para mudar! As imagens já atuam, simplesmente estando. E ao final de um tempo na alma, se reúne a força necessária para fazer o correto. Aquilo que é correto e bom será diferente do que se acaba de ver. A alma da pessoa sabe muito mais entretanto; e, ao final, a pessoa segue a sua própria alma e, assim, tem toda a força. 

Portanto, não se segue nem ao terapeuta e, nem tampouco, a essa imagem. A pessoa segue a sua alma. Mas essa imagem impulsionou algo em sua alma que, posteriormente, tornará possível ela agir. 

Então, você tem que lidar com essas imagens."

Trecho extraído do site:
Brigitte Champetier de Ribes
Tradução: Eliana Medina, Ana Laura Gortari e Judit Miriam Scheinik

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Como é perfeitamente possível perceber através desta série de informações que publiquei nas últimas três semanas, este é um trabalho de amor, de aceitação, de transformação, de acolhimento e de calma, amadurecimento e respeito.
Se em cada um de nós (constelador, cliente e grupo) houver calma e centramento, no tempo certo para cada um, ocorrerão as mudanças.
Eu confio...mas não basta isso. É necessário o envolvimento, a confiança e a entrega daquele que constela.
Espero ter colaborado, através dos escritos da Brigitte, com aqueles que buscam a compreensão interior deste trabalho.
Meu abraço à vocês, e que esta semana seja muito produtiva dentro daquilo que cada um necessita.
Taís

domingo, 16 de outubro de 2016

Informação 2 - Desenvolvimento de uma Nova Constelação Familiar


Desenvolvimento de uma Nova Constelação Familiar
A pessoa, muito centrada, escolhe se quer trabalhar um tema essencial para sua vida atual ou se prefere deixar que o campo faça surgir a dinâmica inconsciente que tem que ser curada com prioridade neste momento.

O terapeuta lhe diz, então, que escolha, entre os presentes, um representante para si e outro talvez para seu tema.

Os participantes recebem a consigna (orientação)(*) de colocar-se a serviço da vida do cliente, abrindo-se a algo maior, e se deixarão empurrar para a constelação como se já estivessem representando.

Sobre a representação: a constelação não é psicodrama, não é emocional, não tem que representar nada. Poderíamos dizer que é uma terapia corporal; trata-se de deixar-se levar por algo que impulsione nosso corpo independentemente de nossas emoções ou de nosso diálogo interno. É uma meditação ativa!

Os participantes se recolhem internamente, como para estar num estado de meditação e, a partir desse momento,
apenas se deixam guiar por algo que impulsione seus corpos sem que saibam porque. Quanto mais lento for seu movimento, mais curador será. A qualidade da constelação depende muito da qualidade da representação: o representante em estado meditativo, sem pensamento, se deixa levar por um movimento, que é sempre um movimento de reconciliação e de cura.

É importante lembrar que o representante não tem NADA a ver com o que vai representar. É tomado por um movimento do qual simplesmente ela se faz o canal, a ressonância. Em profundo silêncio e respeito.

A partir do centro vazio e do assentimento a tudo como é, o grupo de participantes se coloca à disposição da cura da pessoa que constela, deixando-se agir pelo campo, em completo silêncio e sem saber o que representam, na maioria das vezes. Quando Brigitte o sente, a pessoa introduz frases curativas ou se coloca em sintonia com algo ou com alguém. A dinâmica interna da família vai se mostrando, a intrincação (emaranhamento)(*) surge.

A partir desse momento o constelador irá sentir a necessidade de passar a outro nível: ver tudo, honrar e agradecer a todos os ancestrais, a todos os destinos, e entregar-se à vida agora, despedindo-se do passado com gratidão e escolhendo a vida.

Quando o cliente escolhe a vida, tudo começa a curar-se. Todos, incluindo os mortos, experimentam uma mudança radical. Podemos chamar essa mudança de um salto quântico ou mudança a uma nova realidade que vai acompanhada de uma abertura de consciência. Mais consciência para mais vida!

A constelação pode
acabar assim que o movimento de cura tenha se manifestado, quando a pessoa se sente tomada pela vida e pela força. É o constelador que sabe quando interromper uma constelação. Lembremos que o movimento em curso irá continuar em todas as pessoas representadas, mesmo após o término da constelação.

A constelação não é para ser analisada. Ela coloca em curso um movimento ao qual nos entregamos com confiança e gratidão.

Constelação Sistêmica
Às vezes, o constelador sente que não tem permissão para fazer entrar em cena os ancestrais da pessoa e que a cura virá por ressonância com os vivos. Ou sente que a força curadora, para a pessoa, está na ressonância com os presentes.

A constelação se inicia da mesma maneira que a Constelação Familiar, com um representante ou dois (a pessoa e seu tema). Posteriormente, a consigna (orientação)(*) para o resto do grupo é também de colocar-se a serviço, entregando-se a algo maior. E se acrescenta: "agora vocês vão representar a si mesmo".

O movimento de cura irá se delineando graças à relação profunda que irá se desenvolvendo entre várias pessoas. Esta relação permite que suas ressonâncias vão se sincronizando, até chegar à cura.

Os representantes, na medida em que se entregaram sem colocar nada de sua parte, totalmente recolhidos e em silêncio interno, receberão, em troca, cura. Não se sabe de que maneira, mas irão se sentir diferentes, com mais força e maior consciência.

A sintonia entre duas pessoas vivas faz com que sua energia se duplique. A ressonância de cura que nasce desses encontros no campo, entre vários representantes de si mesmo, é de uma força muito poderosa para todos os que entram em sintonia.

(*) Explicações introduzidas durante a tradução, visando auxiliar a compreensão de um termo utilizado pela autora que não é de uso comum no Brasil

Trecho extraído do site:
http://www.insconsfa.com/br_articulos_as_novas_constelacoes.php
Brigitte Champetier de Ribes
Tradução: Eliana Medina, Ana Laura Gortari e Judit Miriam Scheinik

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Sempre comento nos grupos de constelação que ao participar como representante ou simplesmente assistir, com profundo respeito e em sintonia com o que acontece, sempre recebemos algo curativo que nosso sistema necessita.
Nosso inconsciente sempre nos acompanha e fala através do corpo. Cada vez que o inconsciente quer se fazer presente, o faz através do corpo. Se ele quer nos animar, aprovando o que estamos sentindo ou fazendo, o corpo se expande, fazemos  uma inspiração profunda,e sentimo-nos fortes, realizados.
Cada vez que quer avisar algo, também o faz através de uma sensação corporal atraindo nossa atenção - se estamos conscientes destes movimentos... trazendo uma sensação de desconforto, de acordo com a importância daquilo que quer nos transmitir. Assim, se estivermos atentos podemos redirecionar nossas ações para outra direção.
Gurdijieff através de  seus ensinamentos proporciona um contato muito grande com nosso próprio corpo, para que através dele iniciemos o "conhecimento de si". A primeira razão da escravidão interior do homem é a sua ignorância e, acima de tudo , a ignorância de si mesmo. Sem o conhecimento de si, sem a compreensão de sua máquina (corpo), o homem não pode ser livre. É por isso que nos ensinamentos antigos, a primeira exigência feita àquele que entrava no caminho da libertação era "Conhece-te a ti mesmo" ...
Na constelação, este conhecimento do corpo pode iniciar-se, para assim, sentir e seguir o que é indicado... e todos os presentes podem dar início a este "auto conhecimento" através dos movimentos de seu corpo, do "deixar-se levar" pelo movimento indicado nele. Ainda poder levar este conhecimento para seu cotidiano, através das mais diversas sensações que acontecem em seu próprio corpo a todo momento, como uma "antena" que orienta para àquilo que necessitamos.
Como se pode constatar, a Constelação , na verdade, é uma possibilidade de auto conhecimento e de descoberta de caminhos rumo à Vida.
Bom dia
Tais

domingo, 9 de outubro de 2016

Informação 1 - Antes de constelar

As constelações são um serviço à vida, nos permitem descobrir a dimensão sistêmica oculta que direciona nossas decisões, nossas emoções e nossos destinos. Graças a estas tomadas de consciência, somos capazes de reorientar nosso dia-a-dia para mais vida, mais saúde, mais amor. Para uma maior realização!

Por um lado, permitem uma abertura da consciência que, por sua vez, cura a nossa vida. Nos ajudam a estarmos mais vivos, na força e na responsabilidade do adulto, a estarmos centrados, no respeito e na gratidão. E, com isso, nossas vidas começam a mudar.

Por outro lado, a ferramenta baseada na representação de outros, sem saber nada deles, desde o centro vazio, apenas impulsionados por um lento e silencioso movimento curador, permite uma cura profunda, frequentemente surpreendente e rápida, de qualquer sofrimento de nossa vida.

O Paradoxo
Rejeitar algo só serve para que esse algo cresça.

Temer algo é atrair esse algo.

Somente o assentimento (reconhecer e dizer sim)(*) nos libera das cargas e permite que se inicie a mudança.

Como entender esse Paradoxo?
Nossa vida é energia, é movimento e mudança. Se fluímos com esse movimento, vamos para mais vida. Se nos opomos a ele, a mudança não chega, a estamos bloqueando.

Contudo, uma forte influência sistêmica nos leva a imitar o que já existe. O sentimento de culpa nos impede de sermos autênticos: como vou me atrever a abandonar a tradição?

Além do mais, nossa mente tem medo de mudança: agarra-se ao conhecido e quer repeti-lo várias vezes. Estamos continuamente freando a corrente viva da vida com nossos medos, ilusões, frustrações... Nos custa reconhecer que a vida está nos falando através das provas, problemas, conflitos ou acidentes. Cada dificuldade é necessária para que dela germine algo novo. Mas, para que dê seus frutos, temos que aceitar vivê-la...

Para que nossos problemas nos falem, primeiro temos que aceitá-los. Aceitar todos os limites que configuram nosso destino. Somente, então, a vida voltará a seguir seu fluxo.

No problema, está a solução, está a vida!

O que é o Destino do ponto de vista das Constelações?
Nossas vidas estão determinadas pelo nosso sistema familiar e pelos outros sistemas a que pertencemos. Uma observação sistêmica a qual não podemos ignorar é a seguinte: os menores (que vieram depois, descendentes)(*) têm que terminar o que seus maiores (que vieram antes, ascendentes, antepassados)(*) não terminaram.
Toda emoção segue um ciclo que permite acabar em paz e adaptado a um nível mais alto da realidade. Se um enfrentamento não chegou à reconciliação, se não se agradeceu um favor, se não se terminou de chorar um morto, um descendente terá que viver este mesmo conflito, até que se resolva. Nosso destino está marcado por várias fidelidades a ancestrais que não acabaram algo. E seus conflitos serão nossos conflitos, mesmo que nos neguemos a assumi-los.

A cada dia nosso destino varia, se torna mais fácil quando assumimos algo e piora quando o rejeitamos.

Por isso que o primeiro requisito antes de se configurar uma constelação é assentir ao que nos toca e nos responsabilizarmos pelas consequências de todos os nossos atos, emoções e pensamentos.

O que constelar?
O que é o essencial para mim atualmente?

No caminho da vida que sigo, o que é que realmente preciso?

O que é que tento várias vezes e não consigo?

Existe um padrão de repetição em minha vida, nas minhas atitudes, nas minhas escolhas?

Algo aconteceu, algo que não posso integrar?

A constelação não vai além do que a pessoa oferece. No equilíbrio entre dar e receber, a pessoa assume e agradece sua vida tal como ela é, e a vida irá lhe presentear com uma mudança. A mudança será proporcional ao que nós liberarmos por amor!

O constelador não é o curador; ele apenas se coloca a serviço do seu destino, do seu sistema familiar e da energia, permitindo que outras forças (movimento do espírito, forças de cura, ressonância etc.) trabalhem fazendo emergir uma nova realidade da sua própria vida

Esse movimento de cura respeita o livre arbítrio da pessoa e não irá além do quanto ela se rende ao amor, à aceitação e ao respeito.

Por outro lado, não existe cura individual:
a cura é de todos. A solução é necessariamente uma solução boa para todos. Por isso, não podemos esquecer os detalhes do que queremos conseguir. Somente as forças de cura sabem qual pode ser a solução boa para nós. E nossa abertura à vida, tal como ela é, irá permitir que se desenvolva uma solução totalmente inesperada e boa para todos.

Os que querem controlar o curso de sua vida, o fazem durante um período e logo o controle necessariamente lhes escapará; e irão viver a polaridade do seu controle.

O constelador não vai se fazer
de pai nem de mãe, não é um protetor, nem é um mago: não pode mudar meu destino, nem me liberar de minhas responsabilidades ou de minhas culpas. Tampouco vai poder transformar meus sonhos em realidade. Só vai se centrar, permitindo que o cliente se conecte com seu próprio centro vazio. Aí reside toda a cura!

Na Nova Constelação Familiar, veremos um fenômeno duplo:

Diante do cliente e do constelador vão se manifestar as dinâmicas ocultas que governam a vida do cliente como membro de distintos sistemas.

Os pequenos (descendentes)(*) estão a serviço dos maiores (ascendentes)(*). Nós, os vivos, estamos a serviço dos mortos. Assim que aceitamos esta hierarquia e este serviço, os mortos passam a nos ajudar, permitindo que nossa vida tome um novo rumo.

Aparecem as desordens dos campos(1) (relação de casal, relação com os filhos, relação com os pais etc.) aos quais o cliente está vinculado.

E começa a se manifestar um movimento de reconciliação(2) entre os ancestrais, que vai até onde a atitude interna do cliente o permita.

E, por sua vez, este movimento de reconciliação libera o cliente de sua intrincação (emaranhamento)(*).

O que ocorre entre cliente e ancestrais é totalmente circular, sistêmico.

O cliente está conectado com o campo energético no qual se desenvolve a constelação. O cliente está em interação recíproca com esse campo. Guiado pelo constelador, irá fazendo, internamente, afirmações curadoras, reconhecendo, sem medo, o que existe (sigo você na morte, pago por você etc.) e tomando decisões conscientes (me despeço de você, deixo a culpa com você, honro você etc.) que irão atuar sobre o desenvolvimento da constelação, pois o movimento do espírito mostra o caminho ao cliente, mas não o obriga a tomá-lo se ele não se decide por isso.

Quando acaba a constelação, o constelador se retira e se esquece, deixando o cliente com toda sua força e sua nova autonomia, totalmente aberto à vida e à sua nova consciência.

Quem pode constelar?
Apenas um adulto pode constelar, pois apenas ele assume suas responsabilidades, é capaz de reconhecer o que existe e pode tomar decisões pessoais e autônomas (como dizer sim, despedir-se, devolver algo...).

Um adulto, para o sistema familiar, é o que se mantém, é autônomo, trabalha. Enquanto que um filho que é mantido por seus pais não é autônomo e não pode tomar decisões autônomas, pelo que não pode constelar; mas seus pais podem constelar por ele.

Trecho extraído do site:
Brigitte Champetier de Ribes
Tradução: Eliana Medina, Ana Laura Gortari e Judit Miriam Scheinik
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Durante algumas semanas estarei trazendo artigos do site acima citado, acerca de informações importantes para quem tem interesse em constelar.
Esta autora (Brigitte Champetier de Ribes), tem um olhar maravilhoso sobre as Novas Constelações e é muito didática conforme vocês vão sentir no decorrer das leituras.
Aproveitem, tirem suas dúvidas. 
Contato pelo email:  tais.fittipaldi@gmail.com
Boa semana!
Tais

domingo, 2 de outubro de 2016

A verdadeira consciência - Constelação Familiar de Bert Hellinger



Já falei neste blog , em artigos anteriores, sobre a criação das Constelações Familiares, da primeira lei do amor que trata do Pertencimento, do equilíbrio entra Dar e Receber, sobre Hierarquia e encerro esses artigos falando de algo muito peculiar a todos nós: a culpa.

"O trabalho com as constelações familiares é sempre surpreendente. Vemos dramas humanos expostos de maneira clara e percebemos como nossa consciência estabelece limites estreitos durante uma vida inteira.

Aquilo que chamamos de consciência moral tem bem pouco a ver com uma consciência que esteja de acordo com princípios divinos. Hellinger percebeu que existe nos grupos (nações, comunidades, famílias) uma espécie de consciência primitiva que atua sem que seja percebida conscientemente. É uma consciência inconsciente e só conseguimos perceber sua presença e atuação pelas consequências.

Existem, segundo Hellinger, 3 tipos de consciência: pessoal, a coletiva e a espiritual. Explicarei um pouco melhor o que significam.

A consciência pessoal é aquela que nos faz sentir bem ou mal perante um grupo. Todo grupo tem suas regras, exigências, limites e leis morais. Lá é dito explícita ou implicitamente o que devemos ou não fazer, o que é permite ou não sentir e expressar.

Se sigo as regras do grupo sinto-me adequado, suprindo as expectativas e, portanto, continuo tendo o direito de pertencer ao grupo. Esse sentimento me leva a manter minha sensação de que sou inocente e não infringi nenhuma regra. É muito comum vermos nas famílias que uma pessoa é capaz de cometer verdadeiros desatinos para se sentir pertencendo a um grupo.

Conheço uma história de um rapaz que foi para a guerra e teve suas pernas amputadas. E por esse motivo foi dispensado do serviço militar e voltou para casa. Preferiu não contar o motivo de sua volta até ter a certeza de que sua mãe o pudesse ver pessoalmente. Pediu para que sua irmã o buscasse no aeroporto e lhe fez um pedido:

– Por favor, não conte nada a mamãe sobre minhas pernas. Chegue em casa e conte a história de um rapaz que aconteceu esse problema que tive – falou com lágrimas nos olhos – Gostaria de que sua compaixão com o rapaz a preparasse para o que vai ver quando eu chegar. Você conta essa história e me dá um sinal. Então eu entro!

A irmã compreendeu a preocupação com o coração já enfartado da mãe e atendeu seu pedido. O rapaz ficou com o ouvido atrás da porta. No meio da história a mãe interrompeu o relato da filha e conclamou a Deus “se algo assim acontece ao meu filho, eu morro de desgosto!”. Não foi preciso o sinal da irmã. Ouviu-se um barulho do lado de fora da casa. “Um rojão!”, pensaram. Não era, mas sim um disparo do filho piedoso contra si mesmo que tirara a vida de um jovem para poupar a desdita da mãe.

Essa história com final trágico sinaliza que nem sempre uma sensação de inocência nos conduz a uma verdadeira “boa ação”. Ele seguiu as regras, poupou a mãe em sua consciência e partiu com a sensação de estar fazendo a coisa certa.

A consciência coletiva é aquela que garante o pertencimento de todos os membros do grupo. Como dissemos no segundo artigo sobre as leis do amor, todos tem o igual direito de pertencer.

Essa consciência tem algumas características.

Totalidade: não importa o que a pessoa tenha feito individualmente ela continua pertencendo ao grupo familiar. 
Tenha ela transgredido uma lei ou fazendo algo vergonhoso diante do grupo essa consciência coletiva não permite que ninguém seja excluído. Se isso acontece é sob pena de que outro membro familiar assuma o destino daquele membro excluído.

Para além da morte: ninguém diminui ou perde o direito de pertencer porque morreu. Isso inclui crianças abortadas ou natimortas, os avós, pessoas assassinadas ou que se suicidaram.

Para além da expiação: apesar de não trazer nenhuma solução baseada no amor o indivíduo acredita que se sofrer algo parecido com alguém que sofreu antes dele ou por causa dele irá voltar a ter uma boa consciência. No entanto, esse tipo de sofrimento compensatório não reabilita ninguém perante a consciência coletiva.

Para além da vingança: quando uma pessoa é excluída do grupo familiar por ser condenada moralmente a consciência coletiva busca sua reinclusão. Desta forma algum membro da família que não tem culpa pessoal acaba sofrendo o destino daquele que foi excluído como uma vingança. Mas ela tem um alívio momentâneo que não resulta em nada até que a pessoa esquecida seja reconhecida.

Hierarquia: já comentei sobre essa característica no terceiro artigo dessa série.

A consciência espiritual é uma dimensão mais ampla de entendimento que só surgiu para Bert Hellinger nos anos recentes. Ele notou que essa consciência supera os limites das demais consciências para além do bem e do mal e do pertencimento e da exclusão.

Ela atende a um movimento do Espírito (não no sentido espiritualista de alma individual) que é algo que movimento tudo de maneira criativa e transcende nossos desejos e interesses pessoais. Quando estamos em sintonia com esse movimento do Espírito sentimos uma calma estranha. É uma compaixão desapegada (aparentemente fria) como a de um cirurgião que não se detém pelo medo do paciente e, a contra-gosto, intervém e cura.

Ao mesmo tempo que cura esse movimento aceita a realidade como ela é. Inclusive os destinos mais trágicos e dolorosos. Em essência esses movimentos unem o que antes estava separado, mas não por uma necessidade cega de um amor romântico. Esses movimentos do Espírito até parecem um pouco desumanos se olhados superficialmente. Mas sob um olhar cuidadoso pode-se perceber a magnitude e a sensação de verdadeira abertura espiritual para a vida que o Espírito criativo proporciona."
www.sobreavida.com.br - Frederico Mattos
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Neste domingo frio de eleições aqui em Curitiba , resolvi publicar este artigo do Frederico Mattos sobre consciência.
Para mim consciência e eleições tem tudo a ver... "O termo "democracia" significa "governo do povo", "soberania popular". Nesse sistema o povo torna-se mais importante que o governante, gerando uma situação semelhante à de uma pessoa que anda com a cabeça para baixo e os pés para cima.
Entretanto, o nível de compreensão do que vem a ser o eu, ou seja, o homem, que o povo tem é bastante obscuro. Parece-me que, no conceito da maioria, cuidar bem de si é "agradar o seu corpo físico"e ser fiel a si mesmo é "satisfazer fielmente os desejos de seu corpo físico".
Nota-se que tanto a questão do divórcio, do adultério, como as questões trabalhistas e também discussão contra a ampliação das bases militares iniciam-se geralmente fundamentadas no seguinte: "Que fazer para satisfazer os meus desejos físicos?""(Masaharu Taniguchi em Descoberta e Conscientização da Verdadeira Natureza  Humana)
Em época de eleições, convém olharmos para as consciências ( coletiva e individual), ser objetivo e sincero consigo mesmo , para depois ir às urnas.
Não entendeu nada? Achou esquisito este assunto aqui e desta forma? Busque este livro maravilhoso e tenha uma compreensão mais profunda da verdadeira natureza humana.
Bom voto à vocês...
Taís