domingo, 25 de dezembro de 2016

Receita de Ano Novo

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Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade  - Jornal do Brasil
**********   
Mais um ano...
Gratidão aos que, de alguma forma, me visitaram, prestigiaram o Blog Vida na Vida, refletiram, mudaram seu pensamento, e até mesmo enviaram críticas. 
Isso é troca e eu aprendo mais que todos com esse blog.
Obrigada leitores,
Obrigada aos escritores , que de uma forma indireta ofereceram seus escritos de forma publica e eu pude reproduzí-los,
Obrigada papai ( mesmo não presente fisicamente) e mamãe, que me ensinaram os valores que hoje tenho.
Obrigada família.
Obrigada clientes, que confiaram em meu trabalho.
Obrigada Bert Hellinger por nos transmitir as Ordens do Amor, que tantas vidas tem modificado ( inclusive a minha).
Obrigada amigos de profissão pelas trocas oferecidas.
Obrigada mestre Masaharu Taniguchi pelo seu sublime ensinamento, onde somente o positivo tem lugar...
E obrigada Deus pela Vida maravilhosa e plena!
Boa Ano Novo para todos nós.
Viva!!!!!!!!!
Tais

domingo, 18 de dezembro de 2016

A herança emocional dos nossos antepassados

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"A herança emocional é tão decisiva quanto intransigente e impositora. Estamos enganados quando pensamos que a nossa história começou quando emitimos o nosso primeiro choro. Pensar dessa forma é um erro, porque assim como somos o fruto da união do óvulo e do esperma, também somos um produto dos desejos, fantasias, medos e toda uma constelação de emoções e percepções que se misturaram para dar origem a uma nova vida.

Atualmente falamos muito sobre o conceito de “história familiar”. Quando uma pessoa nasce, ela começa a escrever uma história com suas ações. Se observarmos as histórias de cada membro de uma família, encontraremos semelhanças essenciais e objetivos comuns. Parece que cada indivíduo é um capítulo de uma história maior, que está sendo escrita ao longo de diferentes gerações.

"A verdade sem amor dói. 
A verdade com amor cura. ” (anônimo)

Esta situação foi muito bem retratada no livro “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez, que mostra como o mesmo medo é repetido através de diferentes gerações até que se torna realidade e termina com toda uma linhagem. O que herdamos das gerações anteriores são os pesadelos, os traumas e as experiências mal resolvidas. 

A herança de nossos antepassados que atravessa gerações 
Esse processo de transmissão entre as gerações é algo inconsciente. Normalmente são 
situações ocultas ou confusas que causam vergonha ou medo. Os descendentes de alguém que sofreu um trauma não tratado suportam o peso dessa falta de resolução. Eles sentem ou pressentem que existe “algo estranho” que gravita ao seu redor como um peso, mas que não conseguem definir o que é. 

Por exemplo, uma avó que foi abusada sexualmente transmite os efeitos do seu trauma, mas não o seu conteúdo. Talvez até mesmo seus filhos, netos e bisnetos sintam uma certa intolerância em relação à sexualidade, ou uma desconfiança visceral das pessoas do sexo oposto, ou uma sensação de desesperança que não conseguem explicar. 

Essa herança emocional também pode se manifestar como uma doença. O psicanalista francês Françoise Dolto, disse, “o que é calado na primeira geração, a segunda carrega no corpo”. 

Assim como existe um “inconsciente coletivo“, também existe um “inconsciente familiar”. Nesse inconsciente estão guardadas todas as experiências silenciadas, que estão escondidas porque são um tabu: suicídios, abortos, doenças mentais, homicídios, perdas, abusos, etc. O trauma tende a se repetir na próxima geração, até encontrar uma maneira de tornar-se consciente e ser resolvido. 

Esses desconfortos físicos ou emocionais que parecem não ter explicação podem ser “uma chamada” para que tomemos consciência desses segredos silenciados ou daquelas verdades escondidas, que provavelmente não estão na nossa própria vida, mas na vida de algum dos nossos antepassados. 

O caminho para a compreensão da herança emocional 
É natural que diante de experiências traumáticas as pessoas reajam tentando esquecer.
Talvez a lembrança seja muito dolorosa e elas acreditam que não serão capazes de suportá-la e transcendê-la. Ou talvez a situação comprometa a sua dignidade, como no caso de abuso sexual, em que apesar de ser uma vítima, a pessoa se sente constrangida e envergonhada. Ou simplesmente querem evitar o julgamento dos outros. Por isso, o fato é enterrado e a melhor solução é não falar sobre assunto. 

Este tipo de esquecimento é muito superficial. Na verdade o tema não está esquecido, a lembrança é reprimida. Tudo que reprimimos se manifesta de uma outra forma. É mais seguro quando volta através da repetição. 

Isto significa que uma família que tenha vivenciado o suicídio de um dos seus membros provavelmente vai experimentá-lo novamente com outra pessoa de uma nova geração. Se a situação não foi abordada e resolvida, ficará flutuando como um fantasma que voltará a se manifestar mais cedo ou mais tarde. O mesmo se aplica a todos os tipos de trauma. 

Cada um de nós tem muito a aprender com os seus antepassados. A herança que recebemos é muito mais ampla do que supomos. Às vezes os nossos antepassados nos fazem sofrer e não sabemos o porquê.

Talvez tenhamos nascido em uma família que passou por muitas vicissitudes, e não saibamos qual é o nosso papel nessa história, na qual somos apenas um capítulo. É provável que esse papel nos tenha sido atribuído sem o nosso conhecimento: devemos perpetuar, repetir, salvar, negar ou encobrir as feridas destes eventos transformados em segredos.

Todas as informações que pudermos coletar sobre os nossos antepassados serão o melhor legado que podemos ter. Saber de onde viemos, quem são essas pessoas que não conhecemos, mas que estão na raiz de quem somos, é um caminho fascinante que só nos trará benefícios. Isto nos ajudará a dar um passo importante para chegar a uma compreensão mais profunda de qual é o nosso verdadeiro papel no mundo."

Edith Casal
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Sempre que posto um texto como este, fico me perguntando se, internamente, as pessoas em geral compreenderam a abordagem da herança familiar.
Muitos clientes que me buscam em consultório, ficam resistentes com esta abordagem...e aí trabalho com sessões de psicoterapia clássica, normalmente num caminho que é mais longo.
Nas Constelações Familiares chegamos ao "ponto" que estartou muitas questões na vida do cliente, e, de forma mais breve, à solução. Convém esclarecer que a Constelação não se trata de mágica...os clientes precisam fazer a sua parte, e, no caso de não acolhimento da trabalho, também torna-se muito mais difícil. 
Nós que ja nos beneficiamos das constelações e vimos muitas vidas completamente modificadas, indicamos a alternativa...e o cliente aceita ou não.
Busque conhecer as Constelações, participem de grupos , sintam o trabalho... Estou sempre reunindo grupos para este fim.
Espero ter deixado um pouco mais clara a influência dos acontecimentos passados em nossas famílias, e, que assim, possamos considerar a alternativa das Constelações - (individual ou grupo) - como uma solução de amor à você e aos seus familiares e decentes.
Tais

domingo, 11 de dezembro de 2016

Como se equilibrar em meio a grandes mudanças vibracionais

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Pedimos uma sugestão de tema para os que acompanham o Vida na Vida, e, pela maioria, hoje vamos falar sobre como se equilibrar em meio a grandes mudanças vibracionais.

"Então antes de mais nada, vamos compreender o que é estar equilibrado.

Algo só está em equilíbrio, quando está em seu estado natural. Por mais que você não aceite isso, por mais que negue a realidade com todas as forças, és Deus, o Todo, e só estará realmente equilibrado, quando se sentir Ele.

E entenda: qualquer sentimento que alude a felicidade, a plenitude, se não oriundo da unificação com o Todo, não passa de um estado de falsa felicidade, fruto do cumprimento das exigências do ego, que por sua vez, não cansará de criar mais e mais exigências.

Nós somos uma nação planetária regida pelo ego. Em algum momento das nossas existências nos esquecemos da realidade, nos esquecemos do amor, e, assim, criamos todos os tipos de traumas, todo sofrimento, todo medo.

Então para se equilibrar, é preciso se autoconhecer. Somente olhando para si, somente se observando, é que se pode ter clareza das origens do seu não-amor, do momento no qual você se equivocou e deixou que o medo fizesse frente à realidade, dando ouvidos ao ego.

Agora vamos entrar na outra parte da questão, que diz respeito as grandes mudanças vibracionais.

Nosso querido planeta, a mãe Terra, foi criado para servir de escola
 primária para consciências que estão no início de sua jornada espi-
ritual. E foi com esse propósito que ela serviu ao Todo durante esses bilhares de anos.

Acontece que tudo que existe está em evolução, e, com nossa casa, não é diferente. Isso quer dizer que a Terra está em ascensão, o que, tecnicamente falando, significa um salto dimensional. O período de escola primária, a permanência na terceira dimensão, dará lugar a um novo patamar evolutivo, uma nova escola, agora de ensino médio, de quarta e quinta dimensões.

Tudo que existe é feito de átomo, e, todo átomo, tem uma frequência de vibração. Nossa realidade está estruturada em dimensões, sendo que, cada dimensão, corresponde a uma faixa de frequência de vibração. A única maneira de aumentar a frequência, é o amor. Então quanto menor a dimensão, mais densa ela será, e, os seres que a compõe, menos evoluídos. Quanto maior, mais sútil, logo, mais evoluídos.

Para quem tem olhos de ver, é perceptível que estamos passando por um momento histórico. Estamos vivenciando o que Jesus, o Cristo cósmico, denominou de fim dos tempos. E o fim dos tempos nada mais é que o salto dimensional que tá rolando a todo vapor.

É de extrema necessidade que se entenda isto: há dois mil anos não dava para falar de átomo, dimensões, faixas de frequência, etc. Foi preciso usar metáforas, parábolas, formas de se comunicar que transmitisse a informação. Tudo que foi dito por Jesus é pura mecânica quântica, com uma roupagem, um linguajar, compatível com a época.

Temos sete  corpos, todos  formados por  átomos, ou seja, estamos
vibrando e temos uma frequência. O tão famoso separar o joio do trigo nada mais é que a separação eletromagnética que haverá entre os habitantes da Terra. São nossos pensamentos e sentimentos que determinam nossa frequência, e, quem manter seus pensamentos e sentimentos nas faixas da quarta e quinta dimensões, irá permanecer na Terra. Quem estiver vibrando na faixa da terceira dimensão, irá continuar sua jornada na terceira dimensão de outro planeta, já que a vida na Terra da terceira dimensão está com seus dias contados.

Esse é o cenário em que você se encontra: com alguns traumas, medos e culpas que te impedem de lembrar quem realmente é, e, de pano de fundo, a transição planetária potencializando todo esse momento.

Só que existe um detalhe, você está despertando.

Vivemos em uma sociedade onde para ser aceito, para ser considerado normal, você deve viver dentro de um “cercadinho” composto por uma série de crenças que dão origem ao paradigma vigente. Acontece que toda limitação, todo “cercadinho”, é um não-amor, pois, no amor, não existem limitações, não existem imposições, e, você, percebeu isso.

A partir do momento que se toma essa consciência, automaticamente, você estará rompendo as barreiras do “cercadinho”. Assim que isso acontecer, todas as luzes serão voltadas para você. A forma como a sociedade está estruturada, o “cercadinho”, é mantido pelas crenças das pessoas que o compõe, são elas as polícias do paradigma não-real que vivemos.

Isso quer dizer que: assim que você iniciar seu despertar, assim que você romper as barreiras, é praticamente inevitável que exista um julgamento por parte de alguém que esteja do lado de dentro da cerca, seja ele um amigo, parente, ou a própria sociedade como coletivo.

E é nesse momento que precisamos agir com calma, com muita paciência, e, acima de tudo, com compaixão.

É preciso compreender que, dentro da cabeça deles, ainda existe o paradigma velho rodando. 
Eles não estão te julgando por “maldade”, eles apenas ainda ignoram a realidade, ignoram o amor. E para mudarmos esse cenário, não existe outra solução a não ser amor incondicional.

A reação natural do recém desperto é querer mudar todas as pessoas ao seu redor. O que é compreensível, pois, ao termos a real noção do quanto estamos vivendo fora do amor incondicional, ao se enxergar minimamente isso, a vontade que impera é a de levar essa informação, e mais, esse sentimento, aos nossos entes queridos.

E é nesse excesso de vontade que acabamos forçando a barra, o que, muitas vezes, acaba gerando um afastamento do assunto que está sendo transmitido. Por isso é preciso ter paciência, é preciso compreender que cada um tem seu tempo, cada um assimilará a informação na sua hora. Mantenha a certeza do amor dentro de você e aguarde, o despertar é inevitável, apenas tenha paciência, apenas desfrute o caminhar.

É preciso que se entenda isso: existe entre nós e as pessoas que mais gostamos, as mais próximas mesmo que não fisicamente, um intenso duto energético onde trocamos informações. Sempre que você pensa em uma determinada pessoa, a partir desse momento, o que você estiver sentindo será enviado ao remetente.

Agora imaginem a situação: a pessoa está despertando, logo, seus assuntos de interesse estão mudando, o foco está sendo direcionado para outras frentes. De futebol, novela, relacionamentos e trabalho, passamos para transição planetária, meditação, autoconhecimento e extraterrestres.

Esses são seus assuntos do momento, então é normal que você queira abordá-los no seu dia-a-dia. Assim que surge a primeira oportunidade, você comenta com alguém da sua família sobre seus novos estudos, seus novos interesses. A chance dessa pessoa pensar que você está ficando louco é muito grande. E mesmo que não te ache louco, a probabilidade de emanar medo nesse momento é praticamente 100%.

Agora vamos a realidade: assim que o ente querido pensar em você e emanar medo, ele estará te oferecendo medo através do duto energético. É óbvio que ele não faz isso de propósito, isso nunca mais será repetido assim que ele tomar consciência.

Uma vez que isso ocorre, é com você. Se você aceitar o medo, se você pegá-lo para si, além de abaixar sua vibração, você estará respondendo ao seu familiar com medo, o que fará com que aumente ainda mais o medo dele, gerando assim um ciclo exponencial de medo.

Se você se manter consciente, observando, irá compreender que o medo dele é do desconhecido, pois, na maioria dos casos, as pessoas não possuem conhecimento nenhum sobre o assunto, elas são completas ignorantes sobre o tema. Pratique a compaixão, perdoe, sirva como fonte de informação para o próximo, esteja disponível para ajudá-lo, sem forçar, e mais importante, sem mudar sua opinião, sem trocar o medo do desconhecido pelo medo de não ser aceito.

É preciso viver o amor incondicional. É fácil enviarmos sentimentos positivos a quem nos envia sentimentos positivos, não exige esforço, não exige atenção. Contra você estará a mente, sempre que alguém lhe enviar algo de negativo ela falará: não deixa quieto não, deseje coisas ruins para ele também, você não pode deixar barato.

É nessa hora que temos que nos manter atento, nos mantermos no amor. Todo sentimento negativo que nos é enviado, é fruto de uma ignorância ao amor. Se respondermos esse sentimento com outro negativo, estaremos sendo tão ignorantes quanto. Se nos mantermos no amor, estaremos elevando nossa vibração, e, consequentemente, enviando bons sentimentos para todos ao nosso redor, isso é amar incondicionalmente.

E além da compaixão, é hora de desapegar, é hora de soltar.

Toda vez que você não estiver atento, toda vez que você não estiver observando, suas decisões serão tomadas pelo inconsciente. E no seu inconsciente, estarão “rodando” os padrões que compõem o local.

Nas grandes cidades como São Paulo, por exemplo, muitas pessoas trabalham muitas horas por dia, isso faz com que elas se sintam cansadas, estressadas, logo, todo esse estresse fica registrado no campo  energético  da  cidade.   Existe muito trânsito, assim, muitas
pessoas acabam entrando nas energias da raiva, da impaciência, que também ficam registradas no campo. É um lugar com um histórico de violência, dessa forma, a energia do medo e da insegurança são emanadas o tempo todo, mais vibrações negativas pro inconsciente coletivo.

O que quero dizer é: se você não estiver consciente, estará vulnerável ao inconsciente coletivo, e, nesse caso, os sentimentos que serão oferecidos serão os de baixa frequência como: medo, raiva, insegurança, etc.

É preciso se manter vigilante, é preciso questionar o tempo inteiro as origens dos seus sentimentos. São frutos dos seus pensamentos, ou dos pensamentos sugeridos pelo inconsciente coletivo? Fique atento!

Agora se observe, você não está feliz em seu trabalho, muitas vezes não pelo que se está fazendo, e sim, como está fazendo. As energias da competição, do interesse pessoal, da injustiça, não fazem mais parte do hall de frequências que você quer cultivar.

Sua roda de amigos não tem mais aquele brilho, os assuntos lá debatidos, os objetivos que eles estão buscando, não condizem mais com o que seu coração está dizendo.

Você se sente um peixe fora da água. A forma de pensar das pessoas ao seu redor, a visão de mundo que elas possuem, não te representam mais. Você está despertando, compreendendo que, na verdade, você nunca foi peixe, e, a água, nunca foi sua casa. Chegou a hora da mudança, de dizer não para o velho e abraçar o novo, um novo mundo, uma Nova Era.

É hora de soltar o trabalho, soltar os amigos, soltar a família.

Não caia na tentação da mente de associar o soltar com algum tipo de abandono, com algo ruim. Você só conseguirá enviar amor ao próximo, quando deixar o amor se fazer em você. E para isso acontecer, é preciso que exista um ambiente favorável.

Se reconecte com a mãe Terra,
busque novamente uma vida alinhada com a natureza. Procure a vida em comunidade, procure os movimentos que já estão ocorrendo. Existem muitas ecovilas e comunidades nascendo e se sustentando a todo tempo. Vá dividir seu momento com quem está na mesma busca que você, vá procurar sua turma.

A vida na cidade grande foi estruturada para te limitar, para te deixar cansado, vibrando baixo, doando sua energia vital para propósitos negativos. E entenda: eu não estou dizendo que é impossível evoluir na cidade, o que quero dizer é que você estará em um local que foi pensado, planejado, para abaixar sua vibração. Se você estiver consciente disso e ser capaz de observar cada pensamento que vem em sua mente, verificar sua origem, se veio da consciência ou do inconsciente coletivo, será possível se manter no amor, mas para isso, terá um custo energético extremamente elevado.

Para enviarmos amor para nossa família, nossos amigos, é preciso que estejamos vibrando o amor. E isso independe da proximidade física que nos encontremos. Se para estar bem, para estar vibrando alto, for necessária a separação física dos entes queridos, faça-a já.

Nessas horas a mente irá jogar sujo. Ela irá lhe propor sentimentos como a ingratidão, o abandono, fazendo com que você, ao acreditar, se mantenha onde está, em uma vida que não lhe traz felicidade, enviando a todos ao seu redor, sentimentos de baixa vibração. Esse é o objetivo dela.

Não caia na conversa da mente, mantenha-se na lógica do amor. Faça o necessário para estar bem, crescendo, evoluindo, pois, somente assim, será possível presentear quem amamos com nosso verdadeiro amor, o amor incondicional.

Não tenham medo da mudança, vocês já sentiram o chamado. Sigam vossas intuições, sigam o coração.

Busque conhecimento, emita amor, seja Luz."
Autor deconhecido
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domingo, 4 de dezembro de 2016

Casar ou juntar?

"Quando minha esposa me convidou (me intimou, na verdade!) para casar, fui pego de surpresa. Já morávamos juntos quase três anos. Compartilhávamos contas, viagens, cursos, trabalhos, família, como um casal compartilha. E francamente, acho que para muitos homens, a palavra casamento tem um peso diferente: significa responsabilidade, que muitas vezes, pode sufocar. Prender. Assustar.

Escolado que sou em olhar para minhas emoções e programações internas, partiu o Alex a entender o porquê desta negação, afinal, casar é só um papel e uma cerimônia, não é? Não. Não era. Este seria o meu segundo casamento. E a separação do primeiro havia sido bem dolorosa, afinal, eu acreditei quase toda a minha vida que um casamento e ter filhos me faria feliz. E ao ver o meu sonho sendo destruído, o conto de fadas se despedaçou.

Os modelos de relacionamento afetivo que tive na família não foram saudáveis. Meus pais se separaram antes mesmo de eu nascer. Não conheci meus avós maternos, mas a notícia que tinha era de um avô alcoólatra, dominador, e uma avó submissa. E os avós paternos, apesar de viverem sempre juntos, tinham uma relação muito ruim. De brigas, confronto, o homem submisso e a mulher mandona e histérica. Exatamente o contrário do lado da minha mãe. Meu pai teve diversas outras relações, em algumas das quais acabei sendo apresentado às brigas, às confusões, no convívio com as mulheres e amantes que papai arrumava.

Enquanto meu casamento ia se despedaçando, comecei a procurar com mais seriedade terapia. E somente então percebi que meu sonho estava baseado na negação do que ocorrera no passado. E duramente entendi que tudo aquilo que é negado, se repete. Neguei as relações conflituosas dos meus pais e avós, dos dois lados, e eis que o conflito bate a minha porta!

Bert Hellinger, meu mestre em constelação familiar sistêmica, diz assim: “Quando um relacionamento termina, isso está sempre vinculado a uma profunda dor. É importante que ambos os parceiros se abandonem a ela. Muitas pessoas preferem se esquivar à dor. Por exemplo, através de acusações ou procurando pela culpa: Quem é o culpado? Agora sou culpado? O outro é culpado? Por trás dessa procura e dessas acusações está a ideia de que poderia ter sido diferente. Ou que talvez pudesse haver uma reviravolta. Entretanto, a corrente da vida flui para a frente, e não para trás.”

Realmente foi muito doloroso. Anos de dor, até conseguir chegar ao divórcio. E um desejo embutido em tudo isso: não quero mais passar por esta dor...

O casamento é um caminho espiritual
Porém, a vida apresenta situações onde somos confrontados a olhar outra e outra vez para nossas emoções desconfortáveis, para que possamos curá-las. E faz isso de uma forma irresistível. Por exemplo, nos faz apaixonar outra vez por uma mulher. Uma mulher que deseja profundamente passar pelo processo do casamento. E se realmente a amo, por que não?
Há como uma relação sobreviver com integridade se o desejo dos parceiros não é visto? Sem que ambos possam estar dispostos a abrir mão das próprias convicções, de forma saudável, dialogada e com as emoções e negações dos dois devidamente esclarecidas? Eu diria mais: há como o amor se manifestar em sua beleza e totalidade, sem que baixemos nossa guarda, nossas certezas, nossas verdades e nos entreguemos verdadeira e profundamente um ao outro? Um homem confiando totalmente numa mulher e uma mulher confiando totalmente num homem?

No fundo, sempre acreditei na união do homem com a mulher como um poder místico. O casamento, para mim, é um caminho de autoconhecimento, fusão e transcendência. Deepak Chopra confirma: “As pessoas se casam por diversas razões, mas acho que a melhor delas é se amarem e se dedicarem um ao outro para realizar um amor e um destino espiritual que não conseguiriam alcançar sozinhos. Pode ser preciso uma vida inteira para atingirem juntos esse objetivo sagrado, mas é bom termos desde o início o máximo possível de certeza de que aquela é a pessoa certa para embarcar nessa viagem e com quem ter desde o início a mesma visão do objetivo”.

Eu posso hoje afirmar que encontrei as pessoas certas. Parte deste caminho foi trilhado na relação anterior. Que teve um prazo de validade. E agora, o universo me mostrava mais uma possibilidade de continuar na estrada. Em outro casamento. Resolvi dizer: sim!

A diferença entre casar ou morar junto
Senti imediatamente a diferença entre casar e morar junto. Não entendia muito a lógica disso, o porquê de perceber um peso diferente ao estar oficialmente casado, e busquei novamente em Bert Hellinger a explicação: “O casamento é a despedida da juventude. O relacionamento a dois sem casamento é a extensão da juventude. Quando um casal vive muito tempo junto e não se casa, um diz ao outro: Estou procurando algo melhor. Isso é ferir constantemente.”

Percebi que uma das barreiras que me impediam de confiar plenamente no casamento e numa mulher  era  ainda    estar
preso, emocionalmente, às dores da relação anterior. Portanto, era mais cômodo estar “namorando”, ao invés da responsabilidade sagrada de dividir a própria vida com uma mulher – e vice e versa. Sobre isso, Hellinger também esclarece: “Um vínculo se cria através da consumação do amor. Esse vínculo é indissolúvel. Ele permanece."

Um segundo relacionamento somente é possível quando o primeiro vínculo é reconhecido. No segundo relacionamento, o vínculo é menos forte do que no primeiro. Em um terceiro relacionamento ele é ainda menos forte. Ele diminui de relacionamento a relacionamento até que praticamente não exista mais nenhum vínculo.

O amor não é a mesma coisa que o vínculo. É importante saber disso. A gente pode amar mais num relacionamento posterior do que num anterior.

Para que um segundo relacionamento dê certo é preciso, portanto, que o relacionamento anterior seja, em primeiro lugar, reconhecido e, em segundo lugar, deva ter sido dissolvido e maneira positiva”.

Pois é... precisei de muitos anos para poder ressignificar toda a relação anterior, o que também significou ressignificar a relação dos meus pais e avós. Posso dizer que um bom trabalho foi feito. Da parte da minha esposa também.

Até que pudéssemos estar razoavelmente libertos para dizer: Sim! A história acaba aqui? Não... claro que não! A história começou antes, e simplesmente, continua! Porque aprender a abrir o coração e se entregar ao êxtase místico e divino da relação a dois é uma jornada para toda a vida."
Alex Possato
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Interessante , neste momento de tantas novas famílias sendo formadas - e com filhos de relacionamentos anteriores - o reconhecimento do vínculo . É claro neste artigo/depoimento do psicólogo Alex Possato, que enquanto se "nega", com críticas, desmerecimento, até mesmo ignorando a existência do casamento anterior, não se pode construir um novo relacionamento. "Dar um lugar"é necessário. Por aí percebe-se por que tantos homens e mulheres ficam de relacionamento em relacionamento, sem construir a família que tantos desejam.
Já aconteceu, em Constelações onde atuava como facilitadora, do cliente perceber claramente o que era necessário fazer em relação ao casamento anterior e simplesmente negar-se...
Enquanto não aceitar, resolver, sentir a dor, passar a raiva e dar um lugar... nenhum novo relacionamento é possível!
Por mais mágoa que se tenha, houve um momento de amor, e é preciso reconhecer este amor...somente aí poderá se ir para a construção de um  novo relacionamento de verdade.
Ressignificar é preciso. "Tomar" é preciso!
Bom dia
Tais