domingo, 25 de agosto de 2019

A necessidade de compensação nos relacionamentos




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Perdas e danos estão diretamente ligadas ao dar e receber, culpa e inocência.

O jogo da culpa e inocência são iniciadas pelo dar e tomar e regulado pela necessidade comum de compensação. Quando a necessidade é satisfeita, a relação pode terminar ou então ser retomada e continuada, com renovação do dar e tomar.

Culpa é experimentada como obrigação e inocência como alívio e reivindicação, e, estão a serviço da troca.


"No contexto de perdas e danos, 
a inocência é sentida de diversas maneiras.

A primeira delas é a impotência. O agressor age, enquanto a vítima sofre. Julgamos tanto mais culpado o agressor e tanto mais grave o seu ato quanto mais indefesa e impotente for a vítima. Após o fato, porém, ela raramente continua indefesa. Podem agir e exigir do culpado justiça e reparação, colocando um ponto final na culpa e possibilitando um recomeço.
          Quando a própria vítima não age, outros agem no seu lugar, porém, com uma diferença: o dano e a injustiça que causam em seu lugar são muito piores do que se a vítima tivesse exigido justiça e se vingado por seus próprios meios. Ilustro com um  exemplo:

 A dupla transferência

Um casal maduro que estava participando de um curso de desenvolvimento pessoal. Na primeira noite a mulher sumiu, só reapareceu na manhã seguinte, postou-se diante do marido ele disse. "Passei a noite com meu amante ".
           Com as outras pessoas esta mulher se mostrava atenciosa em interessada, somente diante do marido ficava fora de si. Os outros não conseguiam entender porque ela era tão má para ele, pois ele nem se defendia nem se exaltava.
            O que emergiu foi que essa mulher, quando criança, era mandada para o campo com a mãe e os irmãos, durante o verão, por ordem do pai. Ele ficava na cidade com sua amante e, às vezes, ia com ela visitar a família. Sua mulher os servia, sem queixas nem recriminações. Ela reprimia sua raiva e sua dor, e os filhos percebiam isso.
         Aqui, o que alguns chamariam de virtude heroica, tem um péssimo efeito, pois, nos sistemas humanos, a raiva reprimida volta à tona mais tarde, justamente nas pessoas que menos podem defender-se contra ela. Na maioria das vezes, são os filhos ou netos e eles não chegam a tomar consciência disso.
           Nesse caso houve uma dupla transferência da emoção reprimida. Em primeiro lugar, para um outro sujeito: em nosso exemplo, da mãe para filha. Em segundo lugar, para um outro 
objeto: em nosso exemplo do pai culpado para o marido inocente. Também aqui tornou-se vítima a pessoa menos apta para se defender, porque amava ao ofensor. Portanto, quando os inocentes preferem sofrer a agir, aumenta logo o número de vítimas inocentes e de ofensores culpados.
           Em nosso exemplo, a solução teria sido que a mãe da mulher se zangasse abertamente com o marido. Aí ele seria obrigado a tomar uma atitude, o que levaria a um recomeço ou a uma clara separação.
           No caso presente, nota-se ainda que, quando a filha vinga mãe, ama não somente a ela, mas também ao pai, pois ela o imita, agindo com o marido da mesma forma como o pai agia com sua mãe. Aqui atua, portanto, um padrão diferente de culpa inocência, no qual o amor cega a pessoa para que não veja a ordem. A inocência impede a pessoa de ver a culpa, de um lado, e suas consequências, do outro.
   A dupla transferência acontece também quando a vítima não pôde agir depois do ato porque se sentia impotente."
O amor do espírito - Bert Hellinger - Ed Atman
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Para aqueles que me acompanham aqui no blog, nas constelações ou no consultório sabem do que este texto explicita.
Mas, se você não o entendeu, poderá pesquisar ou ler as várias publicações que já fiz sobre este conteúdo. Olhe à sua direita da tela e perceba tem que uma lista de tudo que foi postado aqui, por ano e por mês, desdo o início do blog, há 8 anos.
Como sugestão pesquise sobre as Ordens do Amor (Ordem, Equilíbrio e Pertencimento). Isso facilitará a compreensão.

Bom dia, boa semana.
Taís

domingo, 18 de agosto de 2019

A indisponibilidade dos pais – por Stephan Hausner

"Nossos pais são pessoas bem comuns. Eles, em sua história, também lidam com a influência do sistema e da história de seus antepassados. Por isso, por vezes podem estar indisponíveis em níveis mais profundos em determinadas áreas da vida.

Como pessoas bem comuns. Como todos nós.

Stephan Hausner conta em seu livro “As constelações e o caminho da cura” um caso onde um sintoma do cliente, a hipertensão, o levou a perceber a conexão que havia com o afastamento do pai do cliente.

Esse afastamento aconteceu quando o cliente era muito novo e o impeliu a acusar o pai, sem tomá-lo inteiramente.

Esse movimento, de brigar com a nossa raiz, traz consequências para nossa vida. De certa forma, isso é claro: brigamos com algo que faz parte de nós, emocionalmente e geneticamente.


Ao direcionarmos nossas acusações aos nosso pais, uma parte de nós, inconsciente, ouve isso como uma auto-acusação. Agimos como uma doença auto-imune, sobrecarregando o sistema. Em consequência, nos tornamos menos aptos para a vida e enfrentamos mais dificuldades.

Como filhos, o melhor lugar é o da gratidão pela oportunidade da vida que veio através dos nossos pais. Ao se permitirem serem pais, eles permitem a nossa existência.

E assim temos a chance de experimentar este mundo, ainda que com suas dores e contradições, é um lugar onde também podemos experimentar os prazeres, as conquistas e o crescimento.

Bert Hellinger, em sua obra “As Ordens do Amor”, traz um ensinamento muito importante que também cabe aqui, quando olhamos para a forma como nós, filhos, lidamos com as dificuldades que chegam em nossa vida:

“Algumas pessoas conseguem recuperar em pouco tempo um monte de coisas, quando realmente agem. Já confissões de culpa e lamentações são apenas substitutos para a ação. Elas frustam a ação e enfraquecem”.

Leia abaixo a trancrição do estudo de caso trazido por Stephan Hausner em seu livro.
Doença e Insegurança da criança quanto à sua vinculação, devido a uma indisponibilidade emocional limitada dos pais.
Por Stephan Hausner

Por causa de envolvimentos com membros de sua família de origem, com parceiros anteriores ou devidos a vivências traumáticas pessoais, os pais muitas vezes não estão livres para dedicar-se aos filhos. Estes percebem que algo não está em ordem em sua relação com os pais.

Então ficam inseguros, têm a sensação de que não podem confiar e via de regra, buscam inicialmente em si mesmo a causa da perturbação do seu relacionamento.

O que as crianças não ousam receber manifesta-se geralmente nas constelações quando os representantes dos pais não sentem proximidade em relação aos representantes dos filhos, não os toleram ou até se afastam deles.

A raiva: “Querido papai, eu não estava livre” (Paciente hipertenso)

Um homem de cerca de 35 anos sofre hipertensão há 3 anos. Questionado se nessa época aconteceu algo especial em sua vida responde:

“A empresa onde eu trabalhava foi à falência, e eu tive de procurar um novo emprego. Como tenho uma boa formação, eu não precisaria preocupar-me, mas essa situação me lançou numa depressão profunda. Tive a sensação de que me tiraram o fundamento de minha vida”.

Em muitas constelações verificou-se que a maneira como nos defrontamos com assuntos profissionais costuma estar associada ao relacionamento com o nosso pai. (Como depois se evidenciou, a frase: “Tive a sensação de que me tiraram o fundamento de minha vida” era uma indicação de que o fundamento da vida foi tirada de uma pessoa da família a quem o paciente é ligado e com quem está envolvido.)

Portanto, pergunto inicialmente ao paciente como ele se relaciona com seu pai ou se algo aconteceu nesta relação.

O paciente torce a cara e diz, de mau humor: “Quando eu tinha 17 anos, meu pai abandonou minha mãe”!

Eu continuo: “Por isso você tem raiva dele?

Paciente: “Sim, porque tive de assumir o seu lugar!”

Para não entrar mais fundo na raiva do paciente, decido fazer um comentário mais objetivo: “Em casos de pacientes hipertensos, as constelações revelam que, muitas vezes, a dinâmica condicionante é um amor que foi ou precisa ser reprimido!”.

Essa afirmação toca o paciente que comovido responde:

“Eu sempre amei muito meu pai, mas sempre tive a sensação de que não devia amá-lo, pois ele fez muito mal a minha mãe”.

Meu pai, minha mãe e eu

Nesse ponto peço ao paciente que coloca em cena representantes para o seu pai, sua mãe e para si mesmo. O paciente posiciona o seu próprio representante ao lado de sua mãe. O representante do pai é colocado à parte, afastado de ambos.

Quando peço aos representantes que sigam seus impulsos, o representante do pai, resignado, dá as costas para sua mulher e seu filho. A impressão é que com a sua esposa ele não tem chances.

A representante da mãe percebe que tudo é excessivo para ela, e que especialmente o filho está perto demais. Ela dá um bom passo para trás e sente-se visivelmente aliviada com esse distanciamento.

No entanto, o representante do paciente imediatamente a segue. Quando o filho fica de novo ao seu lado, ela começa a respirar com dificuldade e torna a distanciar-se, dando vários passos para trás.

Quando o representante do filho faz menção de segui-la outra vez, a representante da mãe o encara com olhar severo, manifestando-lhe claramente que não deseja isso.

A restante anamnese familiar revela que a mãe do paciente perdeu o pai aos 5 anos. Com essa perda profundamente ancorada, sente dificuldade de ligar-se permitir proximidade. Talvez o filho também precise representar para ela o pai, por isso ela evita contato.
Quem está indisponível?

Seja como for, volto-me ao paciente e pergunto: “Quem, na sua imagem, foi sempre responsável pelas dificuldades no relacionamento dos seus pais? Ele responde imediatamente: “Meu pai”. Dou-lhe algum tempo para refletir e pergunto: “E o que se mostra na constelação?”

Paciente: “minha mãe!”

Proponho ao paciente: “Olhe para o seu pai lhe diga: ‘Querido papai, sinto muito, eu não estava livre’.” Ele chora ao repetir a frase.

O representante do pai vira-se imediatamente para o paciente, caminha em sua direção, aproxima-se dele e abraça-o. O paciente chora nos braços do pai, colocando uma das mãos no coração e repetindo várias vezes: “Me dói tanto!”


O representante do pai o abraça e tranquiliza com as palavras: “Está bem, tudo vai ficar bem!” O olhar para o filho nos braços de seu pai alivia a representante da mãe. Com benevolência ela olha para ambos.

Na rodada final do curso o paciente comenta: “Por mais que meu coração tenha doído nos braços do meu pai, algo se soltou com isso. Sinto desde então uma leveza que eu desconhecia.

Quando uma mãe tem dificuldade para relacionar-se com o próprio pai e não está harmonia com ele, com destino dele ou com seu próprio destino, seus filhos muitas vezes renunciam ao próprio pai.

Percebendo a dor de sua mãe, não querem causar-lhe de dor por meio de um bom relacionamento ou de uma proximidade com o pai.

A falta da presença dos pais

Na Perspectiva do trabalho das constelações, as pessoas tendem a ficar depressivas quando não podem ou não devem acolher no coração um dos pais ou ambos. Isso provoca o sentimento básico de abandono e o vazio interior, muito encontrado entre os depressivos.

A origem disso reside muitas vezes numa perturbação do vínculo já na primeira infância (Ruppert, 2003), embora o comportamento depressivo, motivado ou não por um fato externo reconhecível, geralmente só se manifeste numa fase tardia da vida."
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"Com as Constelações Familiares aprende-se que um filho revoltado contra o pai ou a mãe, subtrai a própria vida, desenvolve doenças físicas, psíquicas, dificuldade de relacionamento, financeira, profissional.

Compreende-se também que as Constelações não são mágicas. O cliente necessita fazer a sua parte, observar o que percebeu em sua constelação e iniciar seu processo de mudança...

Com o entendimento e ações na vida de acordo com a Espiritualidade e a Constelação Familiar é possível viver em equilíbrio e harmonia, para isto é necessário refletir e praticar alguns ensinamentos da vida como:
  • Ter a certeza e a consciência que a vida é um presente, é uma dádiva dos céus, que deve ser usufruída em tudo que ela oferece.
  • Todos os sentimentos bons e nobres devem ser almejados e mantê-los vivos propicia sucesso nas relações familiares e na vida.
  • O maior abismo do homem é quando ele nega à vida, seu pai, sua mãe. O indivíduo que renuncia o que foi ofertado pelo Divino nega o próprio Criador, desta forma se coloca em uma situação de sofrimento, dor, doença e morte.
  • O que é consagrado pela vida deve ser aceito com respeito e gratidão.
  • A trajetória do ser humano é longa e é determinada pelas diferentes vidas passadas, logo tudo aquilo que ele recebe e atrai na vida esta relacionado ao processo de seu desenvolvimento Espiritual.
  • A gratidão é um sentimento que deve ser cultivado diariamente para que o ser humano possa prosseguir livre para colher os frutos da vida.
  • Entender que a família é um bem imensurável que deve ser cuidada.
  • Tudo que vem da família é certo para cada indivíduo.
  • O filho é sempre devedor de seus pais, só estes ofertaram a vida.
  • A única possibilidade de solução é aceitar pai e mãe assim como eles são, ações que interferem também nas gerações seguintes.
  • Tudo o que é recebido pela família, pela vida é de muita valia para o crescimento Espiritual.
A família é a base para que o ser humano se desenvolva física, psíquica, socialmente e espiritualmente, é o alicerce da formação do SER, do país, do mundo, do universo."

domingo, 11 de agosto de 2019

Faça da felicidade um critério

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Uma pessoa que vive por intermédio da intuição é sempre bem-sucedida? Não, mas ela é sempre feliz, seja ou não bem-sucedida. E uma pessoa que não vive intuitivamente está sempre infeliz, seja ou não bem sucedida.  Ser bem-sucedido não é o critério porque o sucesso depende de muitas coisas. A felicidade é o critério, porque a felicidade depende apenas de você. Você pode não ser bem-sucedido porque os outros são seus adversários. Mesmo se estiver agindo intuitivamente, os outros poderão ser mais astuciosos, mais espertos, mais interesseiros, mais violentos, mais imorais. Portanto, ser bem-sucedido depende de muitas coisas; o sucesso é um fenômeno social. Você pode não ser bem-sucedido .

 Quem pode dizer que Jesus foi bem sucedido? A crucificação não é um sinal de sucesso, é o maior fracasso. Um homem crucificado aos 33 anos de idade — que tipo de sucesso é esse? Ninguém o conhecia. Apenas alguns aldeões, pessoas incultas, eram os seus discípulos. Ele não tinha posição, nem prestígio, nem poder. Que tipo de sucesso é esse? A crucificação não pode ser considerado um sucesso. Mas ele estava contente. Ele estava totalmente feliz — até mesmo ao ser crucificado.  E aqueles que eu estava me crucificando viveriam por muitos anos, mais continuariam sendo infelizes. Então, na verdade quem estava sendo crucificado? Essa é a questão. Aqueles que crucificaram Jesus foram crucificados ou Jesus quem foi crucificado? Ele estava feliz — como se pode crucificar a felicidade? Ele estava em êxtase — como se pode crucificar o êxtase? Você pode matar o corpo, mas não pode matar a alma. Aqueles que o crucificaram continuariam vivendo, mais a sua vida não passou de uma longa e lenta crucificação — infelicidade , infelicidade, infelicidade.

 Portanto, a primeira coisa que eu não digo é que, seguindo o guia interior da sua intuição, você será sempre bem sucedido, no sentido que o mundo reconhece como sucesso. Mas, no sentido que um Buda ou um Jesus reconhecem como sucesso, você será bem sucedido. E esse sucesso é medido pela sua alegria, pela sua felicidade — o que quer que aconteça, é irrelevante, você estará feliz. Não importa que o mundo diga que você foi um fracasso o que o mundo torna uma estrela de sucesso, isso não fará nenhuma diferença. Você será feliz qualquer que seja o caso; você está contente. Felicidade é um sucesso para mim. Se você puder entender que a felicidade é sucesso, então eu lhe digo que você vai ser bem sucedido sempre.

 Mas para você felicidade não é sucesso; o sucesso é outra coisa. Ele pode até mesmo ser infelicidade. Mesmo sabendo que ele vai acabar em infelicidade, você deseja sucesso. Estamos pronto para ser felizes se formos bem-sucedidos. Portanto, o que é um sucesso para nós? O sucesso é a satisfação do ego, não é felicidade. Tanto que as pessoas dirão que você foi bem sucedido. Você pode ter perdido tudo — pode ter perdido a sua alma; pode ter perdido toda aquela inocência que dá felicidade. Você pode ter perdido toda paz, o silêncio que o aproxima do divino. Você pode ter perdido tudo e acabar ficando louco — mas o mundo dirá que você é um sucesso.

Para o mundo, a gratificação do ego é um sucesso; mas para mim não é. Para mim, ser feliz é um sucesso — quer todo mundo saiba a seu respeito, quer não saiba. É irrelevante alguém saber a seu respeito ou não, se você vive totalmente desconhecido, sem ninguém ouvir falar de você, sem ser notado. Mais se você é feliz, então foi bem sucedido.

Portanto, lembre-se dessa distinção, porque há muitas pessoas que gostariam de ser intuitivas, que gostariam de encontrar o guia interior, só para ser bem-sucedidos no mundo. Para elas, o guia interior será uma frustração. Em primeiro lugar, elas não consegue encontrá-lo. Em segundo lugar, mesmo que consigam encontra-lo, elas serão infelizes. Porque o que elas procuram é o reconhecimento do mundo, a satisfação do ego — não é felicidade.

Mantenha sua clareza mental, não viva buscando sucesso. O sucesso é o maior fracasso do mundo. Portanto não tente ser bem-sucedido, ou então você será um fracasso. Pense em ser feliz. A todo momento, penso em ser mais e mais feliz. Então o mundo poderá dizer que você é um fracasso, mas você não será um fracasso. Você terá se realizado.

Com a verdade você vai ser bem sucedido na vida interior; com a inverdade… Eu não sei. Se você quiser ser bem sucedido na inverdade, siga o caminho daqueles que agem com astúcia, esperteza, competição, inveja, violência. Siga o caminho deles, o guia interior não é para você. Se quiser obter alguma coisa do mundo, então não dê ouvidos ao guia interior.

 Mas, por fim, você vai acabar sentindo que, embora tenha vencido mundo inteiro, perdeu a si mesmo. Jesus disse: "E o que um homem ganha se perde a sua alma e ganha o mundo inteiro? " Quem vai chamar isso de sucesso — Alexandre, o Grande; ou Jesus, o crucificado?

Portanto, se — e esse "se" tem de ser bem entendido —, se você estiver interessado no mundo, então o guia interior não será um guia para você. Se estiver interessado na dimensão interior do ser, então o guia interior, e apenas o guia interior, poderá ajudar.

Intuição -O saber além da lógica - Osho-  Ed Cultrix
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A compreensão deste texto já exige um pouco de amadurecimento interior, pois, caso contrário, dirão que viver na pobreza de bens materiais é o que ele prega...
Na verdade, não! Quando se segue a intuição, não importa o caminho, ela sempre nos levará à realização...
E, como confiar nela?- alguns perguntarão. 
Iniciando a busca, experimentando, retornando, quando necessário... Essa busca não é igual para todos. Existem muitos caminhos que nos levam à Verdade. E, enquanto acharmos que apenas um caminho é o correto.... isso também se tornará uma prisão.
Boa semana de experimentação.
Tais



domingo, 4 de agosto de 2019

Felicidade e tristeza

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Pergunta a Osho:

Vejo-me muitas vezes mergulhado em tristeza ao pensar em deixar esta vida. O que posso fazer?

A tristeza é triste porque você não gosta dela. Ela é triste porque você não gosta de senti-la. Ela é triste porque você a rejeita. Até a tristeza pode se tornar um florescimento de grande beleza, de silêncio e profundidade, se você gostar dela.

Nada é errado. É assim que tem de ser, ser capaz de gostar de tudo o que acontece, até da tristeza. Até a morte tem de ser amada; só assim você conseguirá transcendê-la. Se conseguir aceitar a morte, se conseguir amá-la e recebê-la bem, a morte não pode matar você; você a transcendeu.
Quando a tristeza vier, aceite-a. Ouça a sua canção. Ela tem algo para lhe dar. Trata-se de uma dádiva que felicidade nenhuma pode lhe oferecer; só a tristeza pode.

A felicidade é sempre superficial; a tristeza é sempre profunda. A felicidade é como uma onda; a tristeza é como as profundezas do oceano. Na tristeza, você fica consigo mesmo, sozinho. Na felicidade, você começa a acompanhar outras pessoas e começa a compartilhar. Na tristeza, você fecha os olhos e mergulha fundo dentro de si mesmo.

A tristeza tem uma canção... ela é um fenômeno extremamente profundo.

Aceite-a. Aproveite-a. Prove-a sem nenhuma rejeição e você verá que ela lhe traz muitas dádivas que nenhuma felicidade pode trazer.

Se você conseguir aceitar a tristeza, ela deixa de ser tristeza; você dá um novo caráter a ela.Você crescerá por meio dela. Ela não será mais uma pedra, uma rocha no caminho, bloqueando a passagem; ela será um passo.

E lembre-se sempre: aquele que nunca sentiu uma tristeza profunda é uma pessoa pobre. Ele nunca terá riqueza interior. A pessoa que sempre viveu feliz, sorrindo, com frivolidade, não entrou no templo interior do seu ser. Ela não conhece o santuário interior.

Seja sempre capaz de ir para todas as polaridades. Quando a tristeza vier, fique realmente triste. Não tente fugir dela – permita-a, coopere com ela. Deixe que ela se dissolva em você e você se dissolverá nela. Deixe que você e ela sejam uma coisa só. Fique realmente triste: sem resistência, sem conflito e sem luta.

Quando a felicidade vier, fique feliz: dance e fique extasiado. Quando a felicidade vier, não tente se agarrar a ela.
Não diga que ela tem de durar para sempre; assim você a perderá. Quando a tristeza vier, não diga: "Não venha", ou "Se tem de vir, por favor venha logo". Assim você deixa de aproveitá-la.

Não rejeite a tristeza e não se apegue à felicidade.

Logo você entenderá que a felicidade e a tristeza são dois aspectos da mesma moeda. Então você verá que a felicidade também traz em si uma tristeza e a tristeza traz em si uma felicidade.

Então o seu interior fica mais rico. Você pode desfrutar de tudo: da manhã e do entardecer também, da luz do dia e da escuridão da noite, do dia e da noite, do verão e do inverno, da vida e da morte – você pode desfrutar de tudo.

Osho, em "O Livro do Viver e do Morrer: Celebre a Vida e Também a Morte"
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Dois sentimentos que andam sempre juntos: tristeza e alegria. Muitas vezes, precisamos abrir mão de algo que irá nos deixar triste, para ter uma coisa melhor que nos enche de alegria. Balancear os sentimentos e as emoções faz com que tenhamos um equilíbrio emocional regulado e dentro dos padrões. 
Pense nisso! Boa semana: cheia de alegrias e tristezas...para que possamos sempre crescer.
Tais