domingo, 29 de dezembro de 2019

Há um juiz chamado tempo que coloca tudo em seu lugar


Todos nós somos livres para praticar as nossas ações, mas somos responsáveis pelas conseqüências . Um gesto, uma palavra ou uma má ação causam sempre um impacto mais ou menos perceptível e, embora não acreditemos, o tempo é um juiz muito sábio. Apesar de não dar uma sentença imediata, sempre vai dar razão a quem a tem.

O famoso psicólogo e pesquisador Howard Gardner , por exemplo , surpreendeu-nos recentemente com um de seus raciocínios: “uma pessoa má nunca se torna um bom profissional” . Para o “pai das múltiplas inteligências”, alguém guiado exclusivamente pelo interesse próprio nunca alcança a excelência, e essa é uma realidade que também se revela muitas vezes no espelho do tempo.

O tempo funciona no sistema de ação e reação, ou seja, tudo que se promove hoje, terá consequências um dia, seja coisas boas ou ruins. O tempo julga e sentencia, portanto uma atitude desprezível que se pratica hoje, pode retornar como algo muito ruim no futuro. Talvez, quando chegar a conta, a pessoa sequer consiga fazer ligação e entender que o que está acontecendo seja a consequência de uma ação sua praticada tempos atrás.

Nós convidamos você a refletir sobre isso:

Tempo, o sábio juiz

Vamos dar um exemplo: vamos visualizar um pai educando seus filhos com severidade e ausência de afeto . Sabemos que esse estilo de paternidade e educação trará conseqüências, porém, o pior de tudo, é que esse pai busca com essas ações oferecer ao mundo pessoas fortes e com certo estilo de comportamento. No entanto, o que você provavelmente vai conseguir é algo muito diferente do que você pretendia: infelicidade, medo e baixa auto-estima.

Com o tempo, essas crianças se transformam em adultos, ditarão a sentença: fugir ou evitar esse pai, algo que talvez, essa pessoa não consiga entender. A razão para isto é que muitas vezes a pessoa que prejudica “não se sente responsável por suas ações”, carece de uma proximidade emocional adequada e prefere usar a culpa (meus filhos são ingratos, meus filhos não me amam).

Uma maneira básica e essencial para levar em conta que qualquer ato, por menor que seja, tenha consequências, é fazer uso do que é conhecido como “responsabilidade plena”. Ser responsável não significa apenas assumir a responsabilidade por nossas ações, é entender que temos ter jeito no trato com os demais, que a maturidade humana começa por nos tornar responsáveis por cada uma de nossas palavras, ações ou pensamentos que geramos para promover nosso bem-estar e dos demais.
Responsabilidade, um ato de coragem

Entendam que, por exemplo, a solidão do agora pode ser a resposta do tempo de uma ação passada, e é sem dúvida um bom passo para descobrir, que estamos todos unidos por um fio fino onde um movimento negativo ou disruptivo, traz como conseqüência a um nó ou a ruptura desse fio. A partir desse vínculo.

Certifique-se de que suas ações falam mais que suas palavras, que sua responsabilidade é o reflexo de uma alma; Para isso, tente sempre ter bons pensamentos. Então, tenha certeza de que o tempo vai te tratar como você merece

É necessário ter em mente que somos “donos” de grande parte de nossas circunstâncias vitais, e que uma maneira de promover nosso bem-estar e aqueles que nos rodeiam é através da responsabilidade pessoal: um ato de coragem que o convidamos a colocar em prática através destes princípios simples.

Chaves para se tornar consciente da nossa responsabilidade

O primeiro passo para tomar consciência da “responsabilidade plena” é abandonar nossas ilhas de recolhimento, nas quais focalizamos muito do que acontece no exterior com base em nossas necessidades. Portanto, esta série de construções também é adequada para crianças.

• O que você pensa, o que você expressa, o que você faz, o que cala. Toda a nossa pessoa gera um tipo de linguagem e um impacto sobre os outros, a ponto de criar uma emotividade positiva ou negativa. Devemos ser capazes de intuir e, acima de tudo, ter empatia com quem temos diante de nós.

• Antecipe as conseqüências de suas ações: seja seu próprio juiz. Com esta chave não estamos nos referindo a cair em uma espécie de “autocontrole” pelo qual nos tornaremos nossos próprios executores antes de termos dito ou feito qualquer coisa. Trata-se apenas de tentar antecipar o impacto que uma determinada ação pode ter sobre os outros e, consequentemente, sobre nós mesmos também.

• Ser responsável implica entender que não somos “livres”. A pessoa que não vê limite em suas ações, seus desejos e necessidades, pratica aquela devassidão que, mais cedo ou mais tarde, também tem consequências. A frase recorrente “minha liberdade termina onde começa a sua” adquire aqui o seu significado. No entanto, também é interessante tentar promover a liberdade e o crescimento de outros, a fim de alimentar um círculo de enriquecimento mútuo.
**********
Final de ano se aproximando...
Eu gosto sempre da idéia de, durante o ano, ir fazendo bilhetinhos escritos com as coisas boas que nos acontecem. Ao final do ano, ao abri-los podemos nos surpreender, pois o que sempre fica são as imagens e lembranças apenas do negativo. Vou abrir os meus dia 31 de dezembro de 2019.

Os acontecimentos da vida vão ocorrendo ( isto é vida) , e, se você estiver  '"desperto(a)", seguirá de mãos dadas, sem brigar  muito!
Um brinde ao fim, porque no ano seguinte, são os começos que já nos esperam. Tim, tim!!!!
Desejo à todos uma excelente passagem, com a sensação do novo acompanhando cada um de vocês...
Abraços
Tais

domingo, 22 de dezembro de 2019

O poder da vulnerabilidade

Resultado de imagem para vulnerabilidade
"O que lhe vem à mente quando você pensa na palavra “vulnerabilidade”? Possivelmente surgem situações associadas à fragilidade, à fraqueza ou a algo que deveria ser fortemente evitado, não é mesmo? Pensamos que não devemos nos colocar em situações vulneráveis e associamos tal estado a emoções que queremos evitar como o medo, a vergonha e a incerteza. No entanto, existem pesquisas muito interessantes que nos mostram outro lado dessa característica e do poder e impacto que criamos em nossas vidas quando permitimos a expressão da vulnerabilidade. 

Um dos TEDs (palestras disponibilizadas na internet) que mais me impactou é o da pesquisadora americana Brené Brown. Ela relata que, ao iniciar suas pesquisas na área de assistência social, encontrou nas pessoas com dificuldades em estabelecer conexões verdadeiras em suas relações uma forte correlação com a vergonha e que, no âmago deste sentimento, existia uma sensação de vulnerabilidade extremamente dolorosa. Imaginou então que se aprofundasse sua pesquisa na busca de caminhos para diminuir esta vulnerabilidade, poderia reverter a sensação de vergonha e consequentemente ajudar pessoas a fortalecer seus relacionamentos. Com isso, as tornaria mais plenas e felizes. 

Curiosamente não foi o que encontrou. Ao analisar centenas de entrevistas, identificou que no grupo de pessoas capazes de estabelecer conexões fortes e verdadeiras (que também tinham fortes sensações de pertencimento e de valor próprio), duas características estavam sempre presentes: a vulnerabilidade e a coragem, sendo as duas intimamente correlacionadas. 

A vulnerabilidade neste contexto significa a disposição de se expor, de se expressar de uma forma autêntica e franca, de fazer coisas sem garantia, de correr riscos. Quando as pessoas se desarmavam e se arriscavam a tirar a armadura que as protegiam, abriam-se também às experiências que traziam propósito e significado às suas vidas. Para este grupo, a sensação de vulnerabilidade não era confortável, mas também não era dolorosa. Acreditavam simplesmente que esse sentimento era necessário para fortalecer suas relações. 

A segunda característica era a coragem que possuíam. Não em um sentido de bravura, mas a de contar sua estória, mostrando quem se é de todo o coração; a coragem de ser autêntico de uma forma compassiva consigo mesmo e de mostrar suas imperfeições. Para se conectar, é preciso deixar a pessoa que você acha que deveria ser ir embora para dar lugar a quem você realmente é. Ou seja, se não conseguimos ser autênticos com compaixão, não conseguimos nos conectar verdadeiramente ao outro. 

Atualmente, no meu trabalho como consultor de empresas, muito do meu foco e energia está em ajudar grupos de pessoas a encontrar e liberar sua potência, na busca de seu propósito e de seus objetivos. Potência esta que está adormecida em grande parte das organizações. Um dos principais caminhos para encontrar esta potência adormecida vem através da criação de contextos onde é possível se estabelecer diálogos robustos e verdadeiros. Onde o essencial, aquilo que realmente precisa ser dito, vem à tona. 

Minha experiência tem mostrado que momentos mágicos acontecem quando os integrantes destes grupos se despem de suas armaduras, de seus medos de serem julgados, avaliados, de não corresponderem às expectativas dos outros e se expressam nesta forma vulnerável com uma autenticidade compassiva. 

Um ponto relevante é que a maior parte das pessoas não está treinada e habituada com este tipo de expressão. Boa parte dos diálogos que presenciamos no dia-a-dia se manifesta através de julgamentos, críticas e exigências. Outro aspecto é que quando este tipo de diálogo está sendo travado, as pessoas têm um nível de consciência muito baixo de como estão se sentindo e das necessidades não atendidas que acabam gerando estes sentimentos. 

Quando ouvimos críticas e nos sentimos julgados, frequentemente somos levados a um espaço onde não nos sentimos vistos e reconhecidos e assim emoções como raiva, tristeza, culpa ou medo, nas suas múltiplas miríades, naturalmente emergem. E se não sabemos lidar com estas situações, nossas emoções negativas podem tomar o controle e nos ligamos automaticamente, neurobiologicamente na verdade, ao modo que nossos ancestrais das savanas já operavam para sobreviver, lutando, fugindo ou, às vezes, simplesmente congelando. 

Nestes momentos, quando ouvimos críticas ou julgamentos, um bom caminho para reverter a relação destrutiva é o de entrar neste espaço de vulnerabilidade, de autenticidade compassiva, reconhecendo o que estamos sentindo, assim como o que o interlocutor sente e sua necessidade por trás do que expressa. 

Há duas coisas muito interessantes que acontecem quando somos capazes de expressar o que sentimos. A primeira é que quando falamos na primeira pessoa através do “Eu estou me sentindo…”, dizemos algo que é incontestável. Ninguém pode dizer que não está sentindo. Pode no máximo falar que não teve determinada intenção ao usar o “sinto muito”. 

A segunda é que ao expressar nossos sentimentos e nossas necessidades fundamentais criamos um natural campo de conexão. As necessidades humanas fundamentais são poucas em número e todos nós as possuímos em maior ou menor intensidade. Todos nós temos necessidade de sermos reconhecidos, respeitados, apoiados, amados. Temos necessidade de sentir que pertencemos, de sermos criativos, autênticos e de buscar propósito e significado. Quando nos colocamos nesta posição de vulnerabilidade e expressamos tais necessidades, naturalmente criamos uma conexão humana com nossos interlocutores, já que eles também as possuem. 

O mundo em que vivemos está cada vez mais complexo e um dos aspectos mais interessantes da ciência que estuda tal complexidade é que um fator crítico para a evolução de “sistemas complexos”, como nossas famílias, as organizações em que trabalhamos e nossa sociedade, é a qualidade de conexão e da relação entre seus elementos. Assim sendo, se realmente quisermos que cada um destes “sistemas” dos quais participamos, de fato, evolua, é preciso nos colocar mais e mais neste espaço de vulnerabilidade."
Por Ney Silva
**********
Interessantes trazer esta experiência da vulnerabilidade para nossos relacionamentos diários.

Quantas vezes tomamos uma fala em um significado que não era a intenção da outra pessoa? Por que não podemos perguntar "O que você quis dizer com isso? Me traga uma situação onde me apresentei desta forma"...

Falar verdadeiramente de nossos sentimentos e percepções, nunca tem uma resposta ruim. Em minha experiência, trouxe crescimento e oportunidade de me modificar...
Mas não podemos esquecer que quem pergunta e pede feed back da percepção em suas relações, também precisa estar aberto para ouvir, amadurecer e ponderar. 

As vezes não é verdadeiro aquilo que foi dito para mim, então posso perceber que " é do outro, é da forma dele relacionar-se com o mundo", e não tomo como pessoal. Isso proporciona boas relações.Ou pode ser verdade e, então, posso burilar minha postura.

Pessoas lindas, esta semana já é Natal e eu desejo à todos vocês uma excelente comemoração junto aos seus (presentes e distantes), e que possamos apenas agradecer a tudo que é... como é...
Brindemos aos presentes e aos que se foram, com amor!
Abraços calorosos!
Tais

domingo, 15 de dezembro de 2019

O cansaço e as novas frequências

Imagem relacionada
Já estamos entrando na era da Ciência Quântica.

O cansaço e as novas frequências:

O cansaço físico que estamos sentindo é devido às novas frequências eletromagnéticas inteligentes que estão chegando do Sol Central. Estas estão mexendo radicalmente em nossas estruturas físicas, emocionais e espirituais. Como se fôssemos apenas um aparelho de celular ligado a uma bateria de um imenso navio. Há muita energia vindo do mundo espiritual. Sendo assim, há a necessidade de estabilização.

 O QUE FAZER?

Mentalmente:
Vibrar em alta ressonância, de preferência na mais alta energia possível, a energia da gratidão, da compaixão, da generosidade, da benevolência e do compartilhamento mútuo das ideias.

Evitar julgamentos alheios, pois não sabemos realmente o que cada um veio passar nesta vida.

Elevar o pensamento para coisas nobres, ao invés de continuar compartilhando notícias fúteis e terríveis que teimam em multiplicar pela televisão e mídias sociais. Faça diferente, encontre coisas boas nas pessoas e nas situações, elas existem, mas estão sendo esquecidas.

Pare de reclamar e comece a agradecer, a gratidão é a energia que moldará o novo mundo. Quando um pensamento ruim vier, compreenda-o e imediatamente neutralize com outro superior e positivo.

Quando um problema vier a sua mente, transmute a informação, procurando imediatamente a solução e foque nesta. Mude o foco, encontre coisas belas em você, em seu comportamento, pare de se mutilar energeticamente, pois todos nós temos coisas boas e virtudes.

Fisicamente:
Fazer exercícios calmos e concentrados, emitindo, ao mesmo tempo em que os faz, ondas azuis para todos os locais onde sente supostamente dor, desconforto ou fadiga muscular, transformando um simples exercício de alongamento e fortalecimento em um exercício vibracional quântico intensificado.

Beber bastante água mineral, de preferência aquela que sai direto das pedras , pois traz fragmentos minerais puros do centro da montanha, rochas e cristais.

Evitar alimentos industrializados e com condimentos exagerados.

Coloque para dentro do seu corpo coisas bonitas, saudáveis e que possuem vida. Tomar sol e agradecer enquanto faz isso. Mergulhar na água do mar ou na água de rio corrente para entrar na frequência nova da Natureza.

Espiritualmente:
Prestar atenção na intuição, pois esta está chegando com força e é a primeira informação que chega do mundo espiritual para adentrar em sua mente. Ouvir uma música boa, aquela que faz os pelos do seu braço arrepiar, pois esta é capaz de produzir a ressonância com seu espírito.

Prestar atenção nas inspirações, pois elas vêm pura e simples, caso contrário, não conseguimos anotar o que é recebido ou fazer no exato momento em que ela chega, perdemos o contato e o espírito demora para trazê-la novamente. Inspiração é algo que seu próprio espirito lhe envia, não é um espirito terceiro ou uma amparador, é você mesmo em manifestação futura e dimensão divina tentando conversar consigo mesmo.

Relacionamentos:
Não precisa mais gritar com ninguém, seu coração já não suporta mais gritos e discussões, ele só quer harmonia e entendimento, a época dos sofrimentos terminou, quem ainda continuar nesta ideia passará por grandes provações. Se for preciso se posicionar, posicione-se e faça o que precisa ser feito.

Trabalho:
Seu espirito não está mais querendo fazer o que não faz sentido e não preenche o seu propósito de vida. Ele está forçando-o a entrar com força total no seu centro de sinergia, aquele que sintoniza com as forças que vêm do Universo. Se não mudar ou melhorar sua relação com seu trabalho, sua vida vai ficando cada vez mais vazia, mesmo que através dele receba bastante dinheiro, nada disso poderá dar um sentido real para a sua existência daqui em diante. 

Não se preocupe em encontrar o novo mundo, ele não é um lugar, mas sim uma frequência, um estado vibracional em que todos podem estar, se assim o desejarem.

O estado da gratidão pura e silenciosa.

Sintonia é o caminho, sintonia consigo mesmo.

Essa é a verdadeira espiritualidade que os mentores desejam de nós, pois estando completos e conectados, estamos em plena Sintonia com o Todo.
Texto recebido via e mail ( sem autoria)
**********


domingo, 8 de dezembro de 2019

Aprendendo a abrir o coração para a profissão

Resultado de imagem para coração iluminado
"Talvez você acredite na falta de cliente. Não tem pra todo mundo. Tem gente que tem sorte de ter cliente, mas eu… eu não! Afinal, aí está a crise. A concorrência. Ahhh… já sei. É que o outro gasta uma fortuna com publicidade, e eu não! Preciso fazer um trabalho melhor. Atender melhor. Encantar meu cliente. Ter o melhor preço. Pois cliente tem sempre razão!

Já acreditei em todas estas besteiras. Fui ensinado a ser pobre. Meus avós me ensinaram direitinho que a vida é dura, o pobre trabalha e o rico (que no fundo é um tipo de monstro) fica com o lucro. Fui educado pra ser fracassado. Meu pai, talentoso e com empregos maravilhosos, jogou tudo fora através de uma vida de álcool, mulheres, cigarros e muita cultura. É charmoso isso… o culto derrotado! Eu achava demais! Sério mesmo, e até hoje acho isso meio charmoso. Só não percebi que, ao montar o meu negócio, estava envolvido até o pescoço com o passado familiar, as emoções mal resolvidas e as crenças distorcidas sobre prosperidade. Fui programado para fracassar e ainda mais, curtir com isso. Dá um tesão enorme ser derrotado. É charmoso… Pelo menos eu lutei bravamente!

E lógico: não tem cliente pra todo mundo. E é preciso trabalhar duro! Gente… quanta asneira! Passa a régua. Vamos falar de empreendimento, sim, mas vamos falar de espiritualidade… E para eu falar de espiritualidade, sou obrigado a falar, em primeiro lugar, de controle mental. Afinal, em algum momento, tive que perceber que eu não sou o monte de idéias sobre riqueza e pobreza, fracasso e sucesso, esforço e confiança. Deixa eu respirar. Um, dois, três, quatro…

Querido, não sei você, mas minha mente é uma colméia de idéias e emoções. Passam zilhões de pensamentos, idéias geniais pululam como sapos felizes na lagoa em noite de lua cheia. Se eu ganhasse por idéias, estaria sentado ao lado direito do Bill Gates. 

Mas em alguma esquina da minha jornada espiritual, descobri que não sou minhas idéias. Descobri que o ego é somente um enfeite, um disfarce, que encobre minha verdadeira essência. O ego, cujo instrumento principal é a mente, recheada de pensamentos e centenas de estratégias, alimentada por emoções vorazes em busca de prazer, reconhecimento, e fugindo da dor, acaba fazendo acreditar que sou eu o cara que constrói o sucesso. Ford construiu um grande império. Gates auxiliou toda a humanidade e por isso ganha muito. Abílio Diniz é um empreendedor de mão cheia! Sim, sim, sim… não posso tirar os méritos dos grandes empresários, dos gigantes construtores, daqueles que sabem fazer negócio. Mas na verdade, não me interessam eles. Nem um pouco. 

Estou falando de espiritualidade, de consciência. Estou falando em trabalhar com a alma, fazer um negócio onde você se sinta preenchido. Eu estou falando do aqui e do agora. Estou falando em trabalhar em nome daquilo que você considera mais sagrado. Pode chamar de Deus, ou chamar de consciência. Ou quem sabe, sabedoria universal. Tanto faz. E pode crer, irmão, você só está vivo porque dentro de si pulsa uma vida que não foi você quem ativou e nem será você a exterminá-la. Mesmo que você morra, esta vida continua por aí. Seu ego desaparece, aquilo que você pensa que é, que construiu, seu nome, sua família, seus feitos e seus fracassos, tudo isso desaparece. Mas a vida continua.

E vou dizer mais: se você faz um empreendimento, não é você quem está fazendo. É somente esta vida que está se manifestando em forma de empreendimento. Que um dia vai desaparecer também. Você é um instrumento dessa vida. Só isso. E isso já é muito. Por isso, você não pode ser bem sucedido. Nem mal sucedido. Toda questão é afinar o seu instrumento para tocar a maior e melhor sinfonia que você conseguir. Do jeito que você é, sem imitar ninguém. Eu tive que fazer isso, e estou fazendo isso. Afinando o instrumento. Isso quer dizer: tirando a caca da mente. Monte de idéias que impedem que eu possa simplesmente servir. Eliminando a programação do passado que me levava ao fracasso, ao esforço, à luta. E eliminando a programação que faz com que eu queira atingir algo, uma meta. Pra que isso? Só pra ficar ansioso com aquilo que eu não conquistei? Mas nem sempre foi assim.

Durante cinco anos, tive um empreendimento onde tentei criar um modelo: alto padrão de atendimento, bom produto, local privilegiado e de bom trânsito, muita propaganda, simpatia… tudo que a cartilha manda. Mas só tinha um problema: eu tinha medo do cliente. Sentia-me cobrado por ele. Nunca achava que meu preço estava correto, e a tendência era colocar pra baixo. Não reconhecia o meu valor. Lógico, a coisa não andava. 

Perdi muito dinheiro. Gastei o dinheiro da mulher. Não cheguei a falir… só percebi que tinha algo errado, muito errado com tudo isso, e resolvi olhar dentro de mim. Já que fora, estava tudo aparentemente certo. E então fui descobrindo minha raiva do passado, a sensação de ter sido rejeitado quando criança, a competição extrema que tive com meu irmão mais velho, que era sempre mais valorizado… E o meu apego à charmosa figura do guerreiro romântico e derrotado do papai. Estudando a mente, descobri que tracei cuidadosamente um plano para dar tudo errado. Crescer até certo ponto, para depois cair. E assim ser reconhecido como um mártir. Quem sabe, ganharia o carinho que eu tanto queria, quando criança…

Comecei a reestruturar tudo. Limpar tudo. Conceitos, crenças, emoções. Faxina geral. Eu já era espiritualista, e sempre acreditei em algo maior que guia tudo isso. Mas precisei sentir-me totalmente inútil e fracassado para abrir uma porta e permitir que Ele, a minha idéia de Deus, pudesse, finalmente, começar a agir. Enquanto o eu, o ego lazarento, achava que estava no comando, tudo bem! Fui seguindo, aos trancos e barrancos, até chegar a lugar nenhum. Os bons conceitos de empreendedorismo que aprendi de nada serviam, porque minha alma estava impedida de se manifestar, já que minhas idéias e emoções distorcidas mandavam… Ahhh… nada como beijar a lona para começar a se abrir para a fé. E então Deus colocou alguém ao meu lado que mostrou que a mente deve andar em segundo plano quando se trata de missão profissional.

Desde então, o meu principal aprendizado está sendo observar a surpreendente trajetória da minha colega, a terapeuta Theresia Spyra. Venho readaptando muito os meus conceitos de espiritualidade no trabalho, marketing, divulgação e planejamento, observando o seu jeito espiritual, intuitivo e muitas vezes aparentemente aleatório de proceder em relação a projetos profissionais. 

Que planos, o quê? Deus é quem planeja. E eu sigo. Trabalhar duro? Que isso! O meu trabalho é estar conectada! Mesmo que tenha que meditar quatro meses pra isso… Só para esclarecer, embora não fosse necessário, Theresia tem formação como economista e analista de sistema, e teve uma carreira como executiva e empreendedora… até que decidiu se entregar ao caminho do coração… isso quer dizer que ela não é simplesmente uma visionária amalucada…

Com ela, aprendo que não é preciso lutar pelo cliente. Eu e ele somos um só. Aceito que ele venha, e aceito que ele se vá, da mesma forma que aceito que meus pensamentos venham e se vão. Preparo-me para fazer o melhor quando ele vem. E permito que ele se vá, quando for o tempo.
Para que reter? Eu e ele somos um só. Quanto mais deixo de rejeitar partes de mim, quanto mais permito que internamente, eu seja exatamente do jeito que sou, abro-me para que os clientes também “deixem de me rejeitar”, quer dizer, abro-me para que eles surjam, me procurem… 
Quanto mais aceito que está tudo ok dentro de mim, e sei administrar o que ainda não está ok, mais facilidade tenho em atender, lidando com os problemas do cliente e possíveis conflitos. Não há culpa, nem necessidade de ajudar. Quanto mais sou verdadeiro comigo mesmo, aceitando meu lado luz e meu lado sombra, mais transparente sou ao meu cliente, e assim posso renunciar à falsa postura profissional, à máscara de especialista, e ao peso que isso representa: ter que fingir algo, escondendo meus sentimentos, enquanto atendo. Inicia-se um novo nível de trabalho: o trabalho consciente, onde existe um fluxo de paz, amistosidade, autenticidade e troca.

É um processo. É importante assumir a responsabilidade neste processo. E dar um passo."
Alex Possato
**********
Bom dia meus queridos amigos aqui do blog!
De volta de um mês de muita aventura, revisão de conceitos , restabelecimento da ordem e um olhar amoroso sob meus ancestrais (estive na Itália)...voltei!
Este artigo acima (como sempre Alex Possato impecável nas percepções), retrata muito da vida dos clientes, amigos, vizinhos, conhecidos, eu...
Somente quando nos colocamos " à serviço de algo maior, servindo àquilo a que viemos" pra este planeta de aprendizagem, é que a realização vêm...
Desejo pra todos vocês que este texto proporcione um repensar sobre as profissões , escolhas, identificações etc...
Boa semana, e , feliz por aqui estar novamente.
Tais