Muitas pessoas têm depressão ou conhecem alguém que sofre com este sintoma. Os tratamentos convencionais normalmente são realizados à base de medicamentos, mesmo no caso de pessoas com acompanhamento psicoterápico.
A abordagem sistêmica fenomenológica, método terapêutico criado pelo filósofo, psicologo e terapeuta Bert Hellinger, trás uma contribuição importante e inovadora para esta questão.
Ao abordar o tema, em um texto elaborado pela psicologa e psicoterapeuta Brigitte Champetier des Ribes escreve sobre a depressão:"a princípio trata-se de um vazio devido a não querer/poder tomar um dos pais..."
Segundo ela, na visão sistêmica, este não querer / poder tomar a um dos pais normalmente é decorrência de um vinculo com um antepassado ou decorre de um trauma que bloqueou o acesso do filho aos pais.
Pode ser também resultado de um movimento interrompido (ter sido separado da mãe ou do pai de pequeno). Quando os filhos não conseguem aceitar seus pais incondicionalmente e receber/tomar tudo que eles oferecem com amor e aceitação ficam com o sentimento de serem devedores e com o peso deste sentimento.
"Quem se sente endividado se defende do doador e dos seus presentes zangando-se com ele e uma das formas de expressar a zanga é através da reprovação, da agressividade e da critica/ julgamento ou através da depressão.
A depressão imobiliza e deixa um vazio que substitui o tomar, o dar, o agradecer. Liberar o vinculo com o ancestral, ou possibilitar a superação do trauma ou do movimento interrompido são os movimentos que irão permitir uma mudança".
Ao olhar para a depressão do filho de uma cliente numa sessão individual foi possível observar que ele estava vinculado a uma grande tragédia do sistema familiar, na qual se fazia presente um segredo. Ao se liberar deste vinculo o filho pode olhar para seu pai e toma-lo. No dia seguinte à consulta a cliente me relatou que ao chegar em casa à noite o filho ligou para ela convidando-a para jantar na casa dele e, de acordo com ela, se encontrava inusitadamente alegre e contente. Há tempos ela se queixava da agressividade e distanciamento do filho em relação a ela e de um estado de tristeza profunda.
Também há um certo temor de que as pessoas com depressão possam recorrer ao suicídio caso os sintomas se intensifiquem. De acordo com Brigitte " Quem se suicida está totalmente preso ao passado, os vivos não tem nada com isto".
Entre as dinâmicas sistêmicas por trás de um suicídio ela cita as seguintes:
1- eu pago por você (um assassino que não assumiu o dano - um descendente tem que compensar com a própria morte este descendente - sente-se culpado sem saber o porquê, e busca a morte como castigo);
2- eu como você (por amor). Me suicido, como você.
3- alguém quer morrer para seguir um ancestral na morte, um filho- por exemplo".
Ainda de acordo com ela "as pessoas que tentam se suicidar várias vezes não querem se suicidar. Trata-se de um grito de socorro, uma chantagem emocional."
Marcia Paciornik
(Texto escrito com base no curso "Intrincacões Particulares" ministrado por Brigitte Champetier de Ribes)
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Ser positivo é uma das atitudes que auxiliam para seguir o caminho do otimismo e da esperança. Isso porque, ainda que encare uma situação adversa, o otimista vê uma luz no fim do túnel e luta pela solução. E se, ainda assim, as coisas derem errado, ele até sofre, mas logo pensa que tudo vai melhorar.
“Ser positivo permite lidar com o que não foi bom com tranquilidade, pois traz a convicção de que nada acontece por acaso”(coach Heloísa Capelas).
Não é só isso: os momentos de contentamento dos otimistas tendem a durar mais, já que eles apreciam e desfrutam dessas vivências. Até a saúde dessa turma se beneficia: encarar a vida positivamente reduz a chance de desenvolver doenças cardiovasculares e reforça as defesas do corpo. “O nosso pensamento e as nossas crenças desencadeiam respostas fisiológicas. Enquanto o bom humor e o otimismo produzem serotonina, que gera bem- estar, o mau humor e o pessimismo estimulam o cortisol, hormônio do stress, que prejudica o sistema imunológico e pode elevar a pressão arterial” (neurocientista Jô Furlan).Portanto, adote uma postura positiva já!
Uma outra perspectiva é a forma como tomamos as adversidades: desmoronamos ou buscamos soluções?
Tudo que é ruim em nossa vida tendemos a rechaçar... e, na verdade, acolher e aprender com ela é a grande sacada.
Como diz Sophie Hellinger:
Tudo que é ruim em nossa vida tendemos a rechaçar... e, na verdade, acolher e aprender com ela é a grande sacada.
Como diz Sophie Hellinger:
Podemos olhar com bons olhos nossos inimigo e opositores. Por mais doloroso que seja, temos que lhes dizer, apenas internamente:
"Obrigada pelo sinal. Não chego a entender porque fez isto comigo, mas sei que você é um mensageiro e eu sou guiado, porque justamente tocastes meu ponto mais frágil, que tanto dói. Me dei conta de qual foi a sua intenção. Te agradeço e te libero de minha ira". Se essa pessoa se libera da minha ira, então assumo as consequências do meu comportamento.
Foi consumado o que ha muito tempo estava esperando este desenlace. Se não conseguimos isso, pronto chegará uma pessoa que nos proporcione um golpe ainda mais violento."
Boa semana
Tais
Olá Tais.
ResponderExcluirEu tenho depressão desde minha infância. Já foram muitas terapias e medicamentos ao decorrer dos anos. Já me sinto tão cansada de tudo, que tem dias que não tenho mais esperança de melhorar e as vezes quero desistir de tudo. Achei seu texto muito acolhedor, é como se eu o tivesse escrito, sinto que faz parte de mim, apesar de não saber qual parte exata. Já participei de algumas constelações, mas sinto que de nada resolveu.Será que eu não soube o que dizer?
O que eu poderia fazer para melhorar, eu preciso seguir com minha vida e não consigo.
Desde já, obrigada pela atenção.
Patricia, entre em contato comigo por e-mail:
Excluirtais.fittipaldi@gmail.com
Por lá poderemos trocar ideias e, se for o caso, marcarmos para conversar. Fique bem...
Eu tenho depressão , faço constelação familiar ,fiz 3 vezes ...como posso melhorar ?
ResponderExcluirAnonimo...entre em contato comigo por e-mail:
Excluirtais.fittipaldi@gmail.com
É difícil te orientar por aqui!