“Eu sofri por muitas catástrofes na minha vida, a maioria nunca aconteceu.“ A frase do escritor americano MarkTwain. Mas podia ser minha. Ou sua. Quanto ansiedade e sofrimento evitaríamos simplesmente nos livrando dos pensamentos que antecipam problemas e conflitos… Que nunca acontece. Ou, se acontecem, são menores e menos dramática do que suponhamos. Aquietar a turbulência mental deflagrada diante de uma situação difícil é uma das pequenas grandes revoluções pessoais que podemos fazer para viver e trabalhar melhor. Não é fácil calar a voz interna. Ou torná-la mais gentil. Trata-se, afinal, de um recurso de sobrevivência. O Homo Sapiens desenvolveu habilidades de associar eventos presentes e passadas para imaginar (e se precaver de) consequências futuras.
Na vida Moderna, a ferramenta de proteção da espécie virou combustível de ansiedade. No ambiente de trabalho, atinge principalmente as mulheres (que costumam ser implacáveis consigo mesmas) e é uma faísca para o bornout. “ Quando colocamos atenção no aqui agora, interrompemos a espiral dos pensamentos que ampliam atormenta emocional das situações difíceis e recuperamos a clareza para raciocinar” afirma a jornalista e criadora de um programa de Mindfulness , Regina Giannetti. Mindfulness, explica, “ É um estado de consciência que você se coloca quando observa a sua experiência com atenção plena“. Em outras palavras, é o que você sente ao focarem exatamente naquilo que está fazendo. “Imagine que cometeu um erro no trabalho“, diz Regina. “Nossa voz interna trata de antecipar arreveses — o desapontamento do chefe, perda de uma promoção o bônus, o dano na imagem etc“. A Escalada pode chegar até a demissão… Imaginária. “O melhor em interromper a progressão dos pensamentos. Não julga-los,não combatê-los, apenas deixá-los ir.” E voltar ao momento presente. “O que é possível fazer?“ Se a resposta for nada, que seja nada então, página virada.
Aprender a deixar ir a um poderoso antídoto ante-stress, necessária ambientes competitivos. Exige disciplina, comprometimento e Auto compaixão. A prática diária, baseada nos princípios milenários da meditação, consiste em parar, sentar, respirar e permanecer, Por certo tempo, como observador de si mesmo. Quanto mais nos dedicarmos a essa “malhação cerebral”, mas aprenderemos a identificar certos padrões. “Eu sempre penso nisso. E, por que reagiu assim?” “Porque tal pessoa ou situação me deixa nervosa?” Reconhecer modelos negativos é o primeiro passo para mandá-los. Nisso se funda a Neuro plasticidade, a capacidade da mente de se adaptar.
Um exemplo bem prático: se passou muito tempo com raiva ou medo, meu cérebro entende que a saia é super utilizada e, portanto, deve ser “abobada“. Em um processo chamado de poda sináptica, que acontece enquanto dormimos, a “jardinagem cerebral“ se encarrega de estimular as áreas que estamos usando ele reduzir as que entendi como “sem uso“. A poda não tem juízo de valor. Mas nossa consciência, sim. Ela nos leva a oportunidade de escolher como vamos nos comportar. Não é automático nem receita de bolo; é uma reflexão importante. Podemos optar para sofrer menos e trabalhar com mais leveza. E deixar ir o resto.
Cynthia Almeida-jornalista
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Chega a ser paradoxal...quando "solto" a pretensão tudo acontece.
Experimente aceitar tudo que é...como é...e sinta a delícia de poder desfrutar daquilo que nos cabe!
Todos viemos para servir á algo. A que sirvo?
Para "ver e sentir" faz-se necessário soltar.
Boa semana
Taís
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