“Ateie fogo em sua vida. Procure aqueles que gostem de você em chamas. ” (Rumi)
Para os mais desavisados, a afirmação de Rumi pode soar como uma incitação à paixão. Por um lado, pode ser compreendida desta maneira, mas nada tem a ver com as delícias da carne, senão da própria alma.
Rumi nos incentiva a olhar para dentro, ele afirma que todas as respostas estão dentro de nós mesmos, ainda que passemos a vida buscando do lado de fora.
Ele também diz: “Esqueça segurança. Viva onde você tem medo de viver. Destrua sua reputação. Seja notório. ”
As palavras do poeta nos motivam a sermos nós mesmos, independentemente do medo, dos riscos e do que isto possa vir a ser, pois somente nós temos a capacidade de entender para o que viemos nesta vida. Cada um é único, especial e possui a força para viver sua própria jornada, com a essência e fonte em si mesmo.
Nada nos supera quando acreditamos em nós mesmos, quando sabemos que não somos apenas uma onda, mas o oceano inteiro, conectados numa energia sem fim, que se transforma e se renova a todo instante, construindo nossos sonhos a cada passo de nossos pensamentos.
Sabe aquela pessoa que aos olhos de muitos parece obcecada por um sonho ou alguma coisa específica? É disto que Rumi está falando. De sermos pessoas que acreditamos em nossos sonhos e desejos, independente do mundo inteiro desacreditar daquilo que almejamos. Isto é confiança e verdadeira autoestima.
Os grandes nomes da história são de pessoas comuns, que sofreram e foram descreditadas por muitos, antes de atingirem seus objetivos. Antes deles alcançarem suas vitórias, sofreram inúmeros fracassos. Dentre eles, nomes como Walt Disney, Henry Ford, Ludwig van Beethoven, Charles Darwin, Thomas Edison, Albert Einstein, Abraham Lincoln e Steve Jobs. Grandes nomes que, antes de se tornarem reconhecidos, foram desacreditados pelas pessoas à sua volta e, por vezes, ridicularizados e humilhados.
Primeiro somos considerados loucos. E depois heróis de nós mesmos e de muitos. Se seguimos o que desejamos seguir, corremos o risco de sermos sim desacreditados e ridicularizados, mas também corremos o sério risco de nos tornamos exemplo para os que vierem depois. Corremos o risco de virar história. Além do prazer de percorrer um caminho único, dando ao mesmo vida própria.
Mais importante do que pensar em como seremos vistos pela sociedade que nos cerca, é pensar sobre como eu me verei no espelho se abrir mão daquilo que eu acredito.
“Ateie fogo em sua vida”, fuja do lugar comum, faça o que tem de fazer, siga seus sonhos, seus ideais. E “procure aqueles que gostem de você em chamas”.
Não há nada mais recompensador do que acreditar em si mesmo, a sensação que se tem por dentro é inigualável, nem mesmo uma paixão correspondida proporciona tamanha força. O amor que vem de dentro de si mesmo, para si e para a vida.
Se junto a isso encontrarmos aqueles que acreditam em nossos sonhos, nos apoiam e motivam o nosso caminhar, muito melhor.
O grande escritor Honoré de Balzac quando escrevia seus romances, se apaixonava tanto por seus personagens, a ponto de interpretá-los durante jantares, através de gestos, roupas e dos próprios diálogos que escrevia. Ele se transformava na frente de seus amigos. Certamente esses acreditavam nele!
Seja você, procure toda e qualquer resposta em você. Seja você a fonte de si mesmo. Sinta-se. Acredite-se. E siga! E se puder, cerque-se de pessoas que creem em você, por mais loucas que elas e você pareçam!
E então, você terá compreendido do que se trata o fogo e as chamas de Rumi.
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