domingo, 8 de setembro de 2019

Consciência nos relacionamentos


"Entre as condições que nos são pré estabelecidos para os relacionamentos humanos inclui se:

- O vínculo,
- O equilíbrio,
-A ordem.

Satisfazemos essas três condições sob a pressão do instinto, da necessidade e do reflexo, da mesma forma como satisfazemos as condições do nosso equilíbrio físico, mesmo contra nosso desejo ou vontade. Essas condições são sentidas por nós como básicas porque as experimentamos simultaneamente como necessidades básicas.
    O vínculo, o equilíbrio e a ordem se condicionam e complementam mutuamente. Juntos, são experimentados como consciência. Por conseguinte, experimentamos também a consciência com instinto, necessidade e reflexo, basicamente identificar às necessidades de vínculo, equilíbrio e a ordem.

 As diferenças
Embora estas três necessidades-de vínculo, equilíbrio e a ordem-atuem sempre em conjunto, cada uma delas tenta impor seus objetivos através de um peculiar sentimento de culpa inocência.
    Por conseguinte, sentimos a culpa e a inocência de maneiras diversas, de acordo com o fim e a necessidade aqui servem.

  • Quando estão a serviço do vínculo, experimentamos a culpa como exclusão e distância, e a inocência como conforto e proximidade.
  • Quando estão a serviço do equilíbrio entre dar e tomar, vivenciamos a culpa como obrigação e a inocência como liberdade ou reivindicação.
  • Quando estão a serviço da ordem, vivemos a culpa como transgressão e o medo de punição, e a inocência como retidão e lealdade.

A consciência serve a cada um desses fins, mesmo quando se opõem entre si. Sentimos essas condições na consciência pois, muitas vezes, a consciência exige, a serviço do equilíbrio, o que nos proíbe a serviço do vínculo e nos permite, a serviço da ordem, o que nos impede enquanto serve ao vínculo.
          Por exemplo, quando retribuímos na mesma medida, a afronta que alguém nos fez, satisfazemos a necessidade de equilíbrio e nos sentimos justos. Com isso, entretanto, podemos sacrificar o vínculo. Para satisfazer tanto equilíbrio quanto o vínculo precisamos fazer algum outro o mal um pouco menor do que ele nos fez. Então talvez o equilíbrio sofra, mas o vínculo e o amor ganham.
          Inversamente, quando retribuímos um bem recebido de alguém na mesma medida, obtemos um equilíbrio, mas dificilmente nasce um vínculo. Para que o equilíbrio também gere vínculo, precisamos fazer ao outro um bem um pouco maior do que ele nos fez. Ele, por sua vez, ao compensar, precisará fazer um bem um pouco maior do que terá recebido de nós. Então o intercâmbio do dar e tomar leva o equilíbrio e também uma troca duradoura, ao vínculo e ao amor.

Experimentamos contradições semelhantes entre a necessidade de vínculo a necessidade de ordem. Quando uma criança faz algo errado a sua mãe e a manda brincar Sozinha no quarto por uma hora e realmente a deixa lá todo esse tempo, ela satisfaz a ordem. Mas a criança fica zangada com ela e com razão, porque a mãe, por causa da ordem, foi contra o amor. 
Se, ao contrário, depois de algum tempo ela dispensa criança do resto da pena, vai contra ordem, mas reforço vínculo e o amor entre ela e a criança.
          Portanto, não importa como seguimos a nossa consciência, nós nos sentiremos tanto livres como culpados."
O amor do espírito - Bert Hellinger
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Texto denso, mas real.
Tentar entender com o raciocínio não funciona. Precisamos ler e reler...e deixar que tudo penetre no coração. 
As ordens do Amor são assim. E a partir do momento que iniciamos a jornada percebendo que as necessidades de Equilíbrio, Ordem e Vínculo, precisam ser satisfeitas nas relações, as mesmas vão ficando mais claras... e aprendemos a lidar com a sensação de culpa e inocência de forma um pouco mais equilibrada.
É necessário, para isso, muita humildade e amor.
Boa semana
Tais

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