(A Família- Tarsila do Amaral)
Muitos problemas surgem porque nós nos agarramos, por assim dizer, ao próximo e ao restrito. Quando olhamos para os nossos problemas, ou para os problemas num relacionamento, ou outro qualquer, então olhamos muitas vezes apenas para o estreito, o próximo, o nítido, e todo o contexto a que isso pertence, nos escapa.Entretanto, o estreito e o próximo só tem o seu significado e sua força na ligação com aquilo que os ultrapassa. Por isso, via de regra, a solução consiste em ir para além do estreito e do próximo para o distante, para o amplo. Então, em vez de olharmos para nós mesmos, por exemplo, para os nossos desejos e para aquilo que vemos como nossos problemas ou como nossas feridas ou nossos traumas, olhamos para os nossos pais, para a família.De repente, estamos ligados a algo mais, estamos ligados a muitos. Então, aquilo que experimentamos como algo nefasto ou que causa sofrimento tem seu lugar em um contexto maior.
Mas quando olhamos somente a família, depois de algum tempo, a visão fica novamente estreita. Precisamos então ultrapassar com o olhar para além dela, e incluir de novo o todo em nossa atenção, percepção e também em nosso amor e abrir-nos. Então existe um caminho para fora daquilo que talvez pareça ser insolúvel na família.
Existe, também na psicoterapia, um desenvolvimento em direção à amplidão. Existe a psicoterapia que se dedica preponderantemente ao indivíduo, por exemplo, aos seus sentimentos. Aí, talvez, tudo seja desmembrado, entretanto o indivíduo não ultrapassa a si próprio.
Existe tammbém a terapia familiar que inclui um contexto maior. Ela pode trazer soluções que não são possíveis na terapia individual. Contudo, a terapia familiar permanece ainda ilimitada.
Então se pode ir além da terapia familiar, para algo maior. Isso se torna possível se nos deixarmos conduzir pelos movimentos da alma (Constelação Familiar), pois esses movimentos caminham em direção a algo maior.
Tenho sentido em minhas experiências como terapeuta, que no método fenomenologico(Constelaçoes Familiares) me exponho a algo, sem intenção, sem medo, esquecendo de tudo que sabia antes de me colocar frente ao cliente. Me exponho ao contexto, e , de repente, apreendo algo daquele sistema.
Quando trabalho com uma família me exponho a ela como é, sem intenção alguma, mesmo da ajuda... Quase sempre me recolho, e vejo para onde ir...mas naturalmente, não é sempre. Também permaneço limitada. Este é o método fenomelogico de trabalho.
Não se apóia em nehuma teoria e tampouco em experiências anteriores, mas se trabalha o momento. Isso não é facil, pois um processo terapêutico é sempre um risco.
O fenomenologico não tem querer, nem saber, nem temor. Olha-se apenas para aquilo que une, que se mostra como solução. Às vezes a solução não é o que o cliente "quer"...mas é o real, o necessário naquele momento. O terapeuta necessita confiar naquilo que se mostra, mesmo que desagrade ao cliente.
Esta abordagem é , portanto, uma aprendizagem constante...inclusive para o terapeuta!
Um bom início de semana.
Tais
Tais, eu ja passei por varias terapias: individual, familiar...e tem algo que sinto que não acesso! Acho que preciso constelar! Vou te passar um email com algumas perguntas. Beijos
ResponderExcluirEu já constelei e coisas incríveis aconteceram a partir disso! Vale a pena!
ResponderExcluirMarcia Pfleger
É, realmente a Constelação Familiar Sistêmica acessa algo vivo e exige do cliente um passo de crescimento.Por isso, depende de que ele seja forte e corajoso para expor-se a isso.
ResponderExcluirAs vezes ele precisa de tempo...mas a Constelação sempre age!