"O filhinho do papai e a filhinha da mamãe"A ordem do amor entre o homem e a mulher envolve também uma renúncia, que já começa na infância. Pois o filho, para tornar-se um homem, precisa renunciar à primeira mulher de sua vida, que é sua mãe. E a filha, para tronar-se uma mulher, precisa renunciar ao primeiro homem de sua vida, o seu pai. Por essa razão, o filho precisa passar cedo da esfera da mãe para o pai. E a filha precisa retornar cedo da esfera do pai para a mãe.
Permanecendo na esfera da mãe, frequentemente o filho só chega a ser um perpétuo adolescente e queridinho das mulheres mas não um homem. E, persistindo na esfera do pai, a filha muitas vezes só se torna uma perpétua menina e namoradinha dos homens, mas não uma mulher.
Quando um "filhinho do mamãe" se casa com uma "filhinha do papai", com frequência o homem busca uma substituta para sua mãe e a encontra na mulher, e a mulher busca um substituto para seu pai e encontra o marido. Quando, porém, um filho ligado ao pai se casa com uma filha ligada à mãe, eles têm mais chances de formar um par confiável.
De resto, o filho ligado ao pai costuma dar-se bem com o sogro, e a filha ligada à mãe geralmente se relaciona melhor com a sogra. Já o filho ligado à mãe frequentemente se relaciona melhor com a sogra do que com o sogro, e a filha ligada ao pai, melhor com o sogro do que com a sogra.
E como ocorre a reciprocidade em um casal?
Pertence à ordem do amor entre o homem e a mulher que entre eles se estabeleça uma troca em que ambos igualmente dêem e tomem. Pois cada um tem o que falta no outro, e a cada um falta o que o outro tem. Ambos precisam, portanto, no que se refere à troca, dar o que tem e tomar o que lhes falta.
Em outras palavras, o homem se dá à mulher como homem e a aceita como mulher; e a mulher dá ao homem como mulher e o aceita como seu marido.
Essa ordem é perturbada quando um deseja e o outro concede; porque o desejar parece algo pequeno, e o conceder, algo grande. Então um dos parceiros se mostra carente e como alguem que recebe , e o outro, embora ame, se mostra como alguém que ajuda e que dá. É como se aquele que recebe se tornasse uma criança, e aquele que dá se tornasse um pai ou uma mãe. Então o que recebe precisa agradecer, como se tivesse recebido sem dar, e o que dá se sente superior e livre, como se tivesse dado sem receber. Isso, porém, impede a compensação e coloca em risco a troca. Para um bom êxito de uma e de outra, é preciso que ambos desejem e ambos concedam, com respeito e amor, o que o outro necessita e deseja.
Do livro - No centro sentimos a leveza - Bert Hellinger
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Muitas pessoas se surpreendem com esta questão das Ordens do Amor, segundo Bert Hellinger, e é natural, uma vez que recebem conceitos muito diferentes destes ou estão emaranhadas exatamente nessas ordens.
Mas é maravilhoso quando resolvem Constelar suas questões e vêem ali materializada exatamente como foi descrito acima.
"Ver" nas constelações é algo muito tocante para ao sistema da família e, na maioria das vezes, dá-se início a uma verdadeira transformação...
Não é mágica, o cliente também precisa fazer seus movimentos internos. Mas o que se recebe é grandioso e costuma trazer a melhor solução, independente do julgamento do que é bom ou mal para nós!
E como disse Niels Bohr - "Em oposição a uma verdade pode muito bem estar outra verdade"
Boas reflexões é o que lhes desejo!
Tais
Valeu o toque...
ResponderExcluirTais, extremamente interessante este pensar.
ResponderExcluirE ainda vemos casais onde se ouve; adoro meu sogro mas minha sogra e vice versa.
temos muito a refletir.