"Quando olhamos para uma consciência pessoal consciente, vemos que segue três necessidades. No fundo, é idêntica a essas necessidades.
A primeira necessidade é a de pertencer. A consciência cuida desse pertencer. Se faço algo que coloca em perigo este pertencer fico com a consciência pesada, e isso me faz mudar o meu comportamento de tal modo que a pessoa possa tornar a pertencer. A sensação de inocência significa aqui nada mais do que: Tenho a certeza de que posso pertencer. A sensação de culpa significa aqui nada mais do que: Receio ter colocado em jogo o meu pertencer. Essa é a primeira necessidade.
A segunda necessidade é a do equilíbrio entre o dar e o tomar. Essa necessidade possibilita o intercâmbio entre os membros de um sistema. Por estar vinculado a uma necessidade de pertencer, via de regra, se expressa assim: Se recebi algo de bom tenho a necessidade de compensar. Mas quando me sinto pertencente e amo, dou um pouco mais do que recebi. Para o outro é a mesma coia, ele também dá um pouco mais e, assim, o intercâmbio cresce. Com isso, um relacionamento aprofunda.
Mas essa necessidade de compreensão tem também um lado negativo: se alguém me fez algo de mau, tenho também a necessidade de fazer-lhe algo de mau. E porque me sinto com razão, faço, via de regra, um pouco pior do que ele me fez. Então, ele se sente também com razão, e volta a me fazer algo de mau e, assim, aumenta o intercâmbio no mal. Essa necessidade de justiça e de vingança é tão forte que a necessidade de pertencer é, frequentemente, sacrificada em seu nome. Muitas discórdias e desavenças entre os povos também tem a ver com essa necessidade da consciência pessoal.
A terceira é a necessidade de ordem, isto é, que determinadas regras sejam válidas e devam ser obedecidas. Quem as segue sente-se consciencioso, e quem não as segue sente que precisa pagar por isso, por exemplo, com castigo. Essas seriam, portanto, as necessidades básicas da consciência pessoal consciente."
A fonte não precisa perguntar pelo caminho - Bert Hellinger
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Nas constelações familiares, mesmo que o cliente pouco tenha dito a respeito de seu tema, essas necessidades - quando em desequilíbrio - ficam tão claras que não é preciso acrescentar nada verbalmente. O cliente "Vê", e se aberto para isto, as mudanças naturalmente se farão.
Sempre devemos considerar o estado do constelado, pois muitas vezes eles precisam de tempo para processar e compreender o que viram. Mas a alma da família dele, sempre trabalhará para a melhor solução.
As vezes acontecem coisas que se modificam na família e o cliente pensa: que coincidência...
Mas isso é apenas a alma trabalhando pela reconciliação, seja ela qual for.
Semana que vem falarei sobre a consciência coletiva, encerrando este ciclo sobre o que atua em nossos destinos através das consciências.
Forte abraço!
Tais