domingo, 15 de fevereiro de 2015

Constelação Sistêmica e o Câncer

Segundo a abordagem sistêmica, tal como as doenças mentais e psiquiátricas, as doenças degenerativas como o câncer também aparecem para revelar ou denunciar algo a respeito do sistema familiar da pessoa doente.
Acontecimentos passados relacionados a membros da família excluídos ou não reconhecidos por outros e que possam ter sofrido destinos trágicos, podem influenciar as gerações futuras.
Inconscientemente, um ou mais membros dessas gerações poderão captar a desordem no sistema familiar manifestada pela exclusão ou não reconhecimento de antepassados que pertencem ao sistema.
Em casos mais extremos esses membros estão tão identificados com as exclusões do passado e com os antepassados, que acabam buscando o mesmo destino deles, assumindo assim o lugar daquelas pessoas. É uma forma infantil de reparar injustiças, sofrendo o que outros sofreram.
Recordamo-nos aqui de uma mulher de seus 40 anos e que tivera câncer de mama e após um período sem doença presente, ela nos procurou no consultório com recidiva da doença.

Ao abrirmos seu sistema familiar por meio da técnica de Constelação observamos uma dinâmica bastante conflituosa na qual um antepassado bem remoto fora fiel a um sistema militar ou a uma milícia. 
Esse antepassado promovera uma grande matança de pessoas, um verdadeiro extermínio.
Através dos movimentos que se sucederam durante a constelação, constatamos que a mulher estava presa a aquelas pessoas que morreram e que passaram a fazer parte do seu sistema. A partir daquele momento tais pessoas passaram a ser reconhecidas e incluídas conscientemente, assim como o antepassado que provocara a exclusão. Isso permitiu uma integração dos membros que faltavam e que se encontravam esquecidos.
Essa cliente teve uma transformação emocional e sistêmica imediata, trazendo maior energia e vitalidade para enfrentar sua doença e os tratamentos.
Assim, acreditamos na importância de manter a memória de nossos antepassados e a de todos aqueles que tiveram uma ligação importante com eles, reconhecendo o lugar de cada um na nossa família e sua importância na transmissão da vida.
A isenção de julgamento e ressignificação dos acontecimentos e dos laços familiares proporciona o restabelecimento do fluxo do amor no sistema familiar. E quando flui o amor, a doença perde seu sentido.

Para refletir
1.      Você consegue reconhecer que o dom maior que sua família lhe deu é o da própria vida?
2.      Você mantém a memória dos seus antepassados, reconhecendo a importância deles na transmissão da vida que lhe foi dada?
3.      Você procura ficar com o que foi positivo nos seus antepassados ou os critica por aquilo que eles não deram conta?
4.     Você reconhece a importância de ser no presente um antepassado bem ajustado, preservando no futuro as próximas gerações?
Lilian Tescarolli e Fernando Ab. Gonçalves
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Existe uma crença de que cultuar os antepassados é incomodá-los, não os deixar em paz... Como pode luz e amor incomodar nosso antepassados?

Tomá-los no coração, respeitar suas histórias, não julgar assim como reconhecer que se estamos aqui é graças à eles, é uma forma de inclusão independente do que foram ou fizeram. São da família e pertencem...tem que ter um lugar! Viemos atraves deles, não?

É muito importante que sejam enviados aos nossos antepassados vibrações mentais da verdade e de amor para que alcancem e assimilem o despertar.

Pois é gente, estar cultuando e possuir esta força misteriosa pelos laços do amor nos fazem sentir viva a sensação de unidade com nossos entes queridos. Podemos comparar essa força como as raízes de uma árvore que mantém o tronco, ramos e frutos com seus invisíveis nutrientes para a preservação da espécie.

E assim entendemos que o culto aos antepassados é uma forma de honrar, venerar, adorar, pois se supõem que esses desencarnados podem sim influenciar a vida dos familiares e esta é uma forma de se desculpar, pedir perdão, mostrar o amor e a gratidão por aqueles que nos antecederam.

Que tal pensarmos juntos na possibilidade do perdão junto aos nossos antepassados? Aqui fica mais uma dica!
Tais

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