domingo, 27 de janeiro de 2019

Constelação Familiar vai mudar a minha vida?

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Este texto é simples, direto e objetivo. Ele esclarece as principais dúvidas daquelas pessoas que acham que a Constelação é magica, ou seja, faz-se a constelação e , comodamente, espera-se os resultados...Segue diálogo e explicações:

Cliente:-Só fazer a constelação familiar e ver as dinâmicas ocultas da minha história vão mudar minha vida?

Consteladora Isabela Couto 
-Oi. Acho que essa é a pergunta que mais recebo. Já escrevi um ou outro texto sobre. Também já fiz uns vídeos. 

A resposta é sempre não, claro que não basta.

É um primeiro passo trazer o "não-sabido" à baila, mas não é o suficiente não. 

Bert divide esses instantes em dois: entender e compreender.

Compreender está para além-do-entender. A compreensão é agir. Ir pra prática. 

Pegou a dieta com o nutricionista? Agora vai praticar (agir) conforme novos hábitos e posturas, certo? Bolacha água e sal, queijo magro, alface e pronto.

Além de disciplina é preciso haver submissão. Submeter-se às leis do orgânico. Tantas calorias e mais nada, senão não rola resultado favorável nenhum. 

Além da submissão à sua natureza, nos des-mi-mi-mi-zar é o próximo sinal de que estamos no bom caminho.

Tirar o mi-mi-mi, o lamento. Compreender, de vez, que você não controla tudo e que, contra fatos não há argumentos. Paz na alma frente aos limites impostos.

Meu irmão diz que aqui em casa a gente tem dna de baleia. 

Não, meu irmão não está dizendo que a gente gosta de nadar muito. Ele está se referindo, quando diz algo assim, à nossa dificuldade de nos manter magros. 

Qualquer água com gás nos engorda. Frente a esse dado biológico natural do nosso clã  (que tem a baleia e não o macaco como ancestral), nao há o que fazer a não ser comer frutas e esquecer da lasanha.

Então, repassando:

1) entender (vídeos, livros, consciência,  teoria)
2) compreender (submeter-se, des-mimimizar, praticar)

Nao sei se estou ajudando muito, vou deixar um texto do Bert:

"Quando alguém experimenta ainda criança algo terrivel, isso é freqüentemente reprimido. A psicanálise nos mostrou que é importante trazer à luz, o que foi reprimido. 

Mas a observação mostra que quando algo é trazido à luz isso ainda não é a solução. 

Ainda é necessário um outro passo importante. 

O passo importante é que a pessoa concorde com o que aconteceu sem lamentação. 

Por exemplo, alguém sofreu um acidente grave e talvez tenha ficado paraplégico. 

Ele se recorda disso de qualquer forma. 

Contudo, não existe solução se não concordar com o que aconteceu sem lamentação. 

Este é um passo difícil. Mas, o contrário é pior. Precisa-se somente imaginar o que acontece se ele não faz isso, se lamenta isso.

Entretanto, se conseguir dar esse passo, da impotência que agora vivencia - ele não pode mesmo mudar mais nada - concordar com o que aconteceu, de forma que pode ser como é, alcança, no momento, uma profundeza na alma e uma força que outras pessoas não podem ter, exceto se elas também tiverem vivenciado algo semelhante e concordaram com isso."

Isabela Couto | Psicanalista | Constelação Familiar com Treinamento pelo IDESV
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domingo, 20 de janeiro de 2019

Constelação Sistêmica e o Câncer


Segundo a abordagem sistêmica, tal como as doenças mentais e psiquiátricas, as doenças degenerativas como o câncer também aparecem para revelar ou denunciar algo a respeito do sistema familiar da pessoa doente.

Acontecimentos passados relacionados a membros da família excluídos ou não reconhecidos por outros e que possam ter sofrido destinos trágicos, podem influenciar as gerações futuras.
Inconscientemente, um ou mais membros dessas gerações poderão captar a desordem no sistema familiar manifestada pela exclusão ou não reconhecimento de antepassados que pertencem ao sistema.

Em casos mais extremos esses membros estão tão identificados com as exclusões do passado e com os antepassados, que acabam buscando o mesmo destino deles, assumindo assim o lugar daquelas pessoas. É uma forma infantil de reparar injustiças, sofrendo o que outros sofreram.

Recordamo-nos aqui de uma mulher de seus 40 anos e que tivera câncer de mama e após um período sem doença presente, ela nos procurou no consultório com recidiva da doença.

Ao abrirmos seu sistema familiar por meio da técnica de Constelação observamos uma dinâmica bastante conflituosa na qual um antepassado bem remoto fora fiel a um sistema militar ou a uma milícia. 
Esse antepassado promovera uma grande matança de pessoas, um verdadeiro extermínio.

Através dos movimentos que se sucederam durante a constelação, constatamos que a mulher estava presa a aquelas pessoas que morreram e que passaram a fazer parte do seu sistema. A partir daquele momento tais pessoas passaram a ser reconhecidas e incluídas conscientemente, assim como o antepassado que provocara a exclusão. Isso permitiu uma integração dos membros que faltavam e que se encontravam esquecidos.

Essa cliente teve uma transformação emocional e sistêmica imediata, trazendo maior energia e vitalidade para enfrentar sua doença e os tratamentos.

Assim, acreditamos na importância de manter a memória de nossos antepassados e a de todos aqueles que tiveram uma ligação importante com eles, reconhecendo o lugar de cada um na nossa família e sua importância na transmissão da vida.

A isenção de julgamento e ressignificação dos acontecimentos e dos laços familiares proporciona o restabelecimento do fluxo do amor no sistema familiar. E quando flui o amor, a doença perde seu sentido.

Para refletir
1. Você consegue reconhecer que o dom maior que sua família lhe deu é o da própria vida?
2. Você mantém a memória dos seus antepassados, reconhecendo a importância deles na transmissão da vida que lhe foi dada?
3. Você procura ficar com o que foi positivo nos seus antepassados ou os critica por aquilo que eles não deram conta?
4. Você reconhece a importância de ser no presente um antepassado bem ajustado, preservando no futuro as próximas gerações?
Lilian Tescarolli e Fernando Ab. Gonçalves
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Existe uma crença de que cultuar os antepassados é incomodá-los, não os deixar em paz... Como pode luz e amor incomodar nosso antepassados?

Tomá-los no coração, respeitar suas histórias, não julgar assim como reconhecer que se estamos aqui é graças à eles, é uma forma de inclusão independente do que foram ou fizeram. São da família e pertencem...tem que ter um lugar! Viemos através deles, não?

É muito importante que sejam enviados aos nossos antepassados vibrações mentais da verdade e de amor para que alcancem e assimilem o despertar.

Pois é gente, estar cultuando e possuir esta força misteriosa pelos laços do amor nos fazem sentir viva a sensação de unidade com nossos entes queridos. Podemos comparar essa força como as raízes de uma árvore que mantém o tronco, ramos e frutos com seus invisíveis nutrientes para a preservação da espécie.

E assim entendemos que o culto aos antepassados é uma forma de honrar, venerar, adorar, pois se supõem que esses desencarnados podem sim influenciar a vida dos familiares e esta é uma forma de se desculpar, compreender, mostrar o amor e a gratidão por aqueles que nos antecederam.

Que tal pensarmos juntos na possibilidade da compreensão junto aos nossos antepassados? Aqui fica mais uma dica!
Tais

domingo, 13 de janeiro de 2019

Casamento em crise? 8 Benefícios da Constelação Familiar para casais.

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Você conhece a constelação familiar para casais?

Quando pensamos em falar sobre relacionamentos, dando luz à relação conjugal, podemos analisar diferentes ângulos, seja a partir da visão feminina, da masculina, de dentro ou de fora da situação.

Um ponto de vista bastante discutido, atualmente, é o da constelação familiar para casais.

Segundo Bert Hellinger, compilador da teoria da Constelação Familiar, “o perfeito não nos atrai e só se pode amar o imperfeito, pois somente dele resulta um impulso de crescimento, não do perfeito”.

Ou seja, aceitar a imperfeição do outro se torna um desafio para os parceiros e, a longo prazo, a construção da vida a dois é feita de maneira saudável e, imprescindivelmente, com a participação e crescimento de ambos.

Ainda de acordo com o pesquisador alemão, o homem e a mulher precisam um do outro, pois aos dois falta o que o outro tem.

Dessa forma, cada um pode oferecer o que o outro precisa e, para que o relacionamento de um casal dê certo, o homem precisa cumprir o papel de homem e permanecer assim ao longo da convivência.

Da mesma maneira, a mulher precisa ser uma mulher, mantendo essa postura com o passar dos anos. Ao respeitar o lugar e o modo de ser do outro, cada um cresce entre si e ambos alimentam, juntos, a relação.

Assim sendo, para que um relacionamento dê certo, a energia feminina e a masculina deve ser respeitada.

O homem representa a força do trabalho e a mulher seu apoio. Diferente da visão machista de que o homem é o provedor, Hellinger, na verdade, defende que cada um deve fazer o que lhe cabe.

Ou seja, se o homem tem essa força, logo, ele deverá ter condições de manter sua família, tendo, assim, o suporte da mulher, que é quem dá a vida aos filhos, mas apenas o pai pode mostrar-lhes o mundo, pois é o pai que tem o amor que impulsiona.

Tanto o pai quanto a mãe amará o filho de um jeito e a partir da sua responsabilidade, cumprindo cada um o seu papel.
O Casamento para a Constelação Familiar

Ao tomar uma mulher como esposa e um homem como marido, homem e mulher consumam o amor.

Nesse sentido, essa consumação tem um profundo efeito na alma, pois o homem está assumindo um compromisso com a mulher e vice-versa.

Para Hellinger, apenas quem está disposto a dar e a receber conseguirá se unir a outra pessoa.Se um indivíduo não deseja se casar, por exemplo, ele está dando pouco à relação, visto que ele deseja também a sua liberdade, prejudicando o relacionamento do casal.

Uma pessoa que se casa, se compromete a dar sempre um pouco mais e, consequentemente, a receber também um pouco mais.

Outro ponto importante é a igualdade no relacionamento a dois, que acontece quando se é respeitado o equilíbrio entre o dar e o receber.

Ou seja, a mulher só vai dar aquilo que ela sabe que o parceiro pode retribuir. Então até nesse quesito é preciso que haja um cuidado, pois, se sabemos que o parceiro não pode dar muito, é preciso ir dando aos pouquinhos, para que ele possa crescer e o dar ir aumentando.

Ao mesmo tempo, é possível entender também que existe a compensação ao contrário. Por exemplo, quando um faz um mal ao outro, um mal um pouquinho menor também deve ser feito, para que o processo do dar e do receber seja equilibrado e ambos possam crescer.

Segundo a psicóloga e consteladora, Amanda Marques, em Belo Horizonte, do ponto de vista da constelação familiar para casais, o casamento é entendido como um comprometimento perante a família.

Desta maneira, quando esse ritual é feito, a pessoa se compromete a dar continuidade àquela vida que recebeu, se propondo a passar para frente o que recebeu dos familiares, mesmo com a diferença que existe entre o casal. “Os indivíduos que existem hoje só existem devido à relação entre homem e mulher”, enfatiza.
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Benefícios da Constelação Familiar para Casais 

1-Possibilidade de enxergar um outro ponto de vista o que acreditamos que é a verdade, como, por exemplo, os julgamentos, muitas vezes errôneos, feitos a partir da postura do parceiro. 

2-Conseguir ver a família do outro como diferente, mas não pior ou melhor. 

3-Perceber que há uma força muito maior por trás dessas famílias e que a união acordada tem um benefício para além do grupo familiar de origem. 

4-Entender que através do respeito e da honra por essas famílias tudo é possível, possibilitando, inclusive, que os nossos casamentos sejam mais leves do que os de nossos pais. É um dos benefícios da constelação familiar para casais. 

5-Desmistificar a banalização da relação. Sair da esfera dos defeitos que cada um tem para passar para uma esfera maior, vislumbrando os antepassados, o que cada família deu conta de fazer e tomando a responsabilidade de fazer o seu casamento do jeito que é possível para o casal. 

6-O homem e a mulher aprendem a levar para a família que vão constituir apenas aquilo que for bom para o casal e não apenas o que foi herdado e é bom somente para um dos dois. 

7-O casal também aprende a adaptar tudo o que recebeu de suas famílias e dar um passo à própria família, onde juntos vão criar o modo de ser e de funcionar, honrando os pais, mas compreendendo que não precisa ser como eles fizeram. 

8-Através da constelação familiar para casais, sair dos emaranhamentos, entender que os valores da família de origem são diferentes, mas graças a essa diferença duas pessoas se conheceram e vão poder constituir a própria família. 

Por: Ticinha Medeiros
Fonte: www.esposaonline.com.br
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domingo, 6 de janeiro de 2019

A vida é um jardim: ver é ser livre

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Hoje de manhã, após muita chuva durante a noite, resolvi fazer poda no jardim .

Na medida que eu ia cortando os galhos machucados, escuros, quebrados ia brotando em mim uma sensação de crescimento. E aí surgiu a metáfora que me trouxe algumas percepções: quando tiro o que é inútil, que machuca, que sobrecarrega, que absorve... é possível crescer! 

Compreendi "mais um pedacinho desta poderosa frase"- Ver é ser livre. 

O " trabalho" ao qual servimos, ou seja, aquilo que nos trouxe à essa vida, à missão (?) talvez.... será cumprido de qualquer forma: consciente ou inconscientemente . 

A diferença , para mim, é que se é inconsciente, pode ser com dor, sofrimento, más escolhas, etc... e o resultado é praticamente nada! apenas aumenta a conta dos débitos! Aprende-se muito pouco . 

Por outro lado, quando iniciamos o "trabalho" para nos tornarmos conscientes, tenho certeza absoluta que dói. A transformação tem suas dores, seus "pagos", como dizia um grande mestre que eu tive. Medos, dores físicas e emocionais. Mas, também posso dizer, que vale à pena. 

A metamorfose não é simples nem para a borboleta- antes em seu casulo. 

Claro que este amadurecimento pra nos tornarmos conscientes é contínuo... mas iniciamos , com ele, uma pequena abertura para a liberdade, para escolhas mais acertadas, assim como, para beneficiar o maior número de pessoas... e, mesmo que aos olhos dos "inconscientes" sejamos excluídos, taxados como duros, como sem compaixão para com o próximo...                                       

Percebo que este é o preço da liberdade: VER É SER LIVRE. 

Porém, se estamos conscientes,fazemos o nosso "trabalho" sem sentir o incômodo pela parcial exclusão e porque ganhamos a companhia de "nós mesmos". Um " Eu" mais verdadeiro, mais próximo da realidade, mais satisfeito, mais feliz, mais próspero, mais... mais... 

E, de repente, estamos "acordados", e, vem o sofrimento de ver os mais próximos "dormindo". Aí queremos " ajudar"... esta é a nova armadilha. 

Se, estamos acordados, " ajudamos" apenas os que querem muito. Com estes, não teremos problemas... eles receberão e também se transformarão. Com outros receberemos críticas e até poderemos ser banidos do convívio. 

Portanto, qual sinal de que estamos "dando murros em ponta de faca"? É a reação do outro. Se ele nos contesta, explica, justifica, etc... não precisamos ficar magoados. Apenas nos retiramos e vamos refletir sobre o passo que demos totalmente cego, ou com ego ao nosso lado, ou seja, maior do que o outro estava preparado pra receber. 

Bert Hellinger, ah meu querido Bert, já dizia: 

"Tomar distância do entusiasmo geral e da pressão que ele exerce é uma forma de prezar pela minha liberdade. Com isso vou para um lugar mais amplo" e, 

"Não existe liberdade. O que existe são momentos de " des-cisões que exigem coragem pra seguir o meu destino..." 

Como isso é grande!!!!! e tem múltiplos significados... a cada momento, um olhar, uma percepção... é assim que é!!!!!!!! 

Estar atento-não dormir - em minha linguagem mais simples, é o grande " pulo do gato".... e custa bastante!!!! 

Mas VER É SER LIVRE... e eu creio nisto, e pago o preço !


Tais Fittipaldi Bergstein
Psicóloga CRP 07/1336 
Facilitadora de Constelações Sistêmicas