Hoje de manhã, após muita chuva durante a noite, resolvi fazer poda no jardim .
Na medida que eu ia cortando os galhos machucados, escuros, quebrados ia brotando em mim uma sensação de crescimento. E aí surgiu a metáfora que me trouxe algumas percepções: quando tiro o que é inútil, que machuca, que sobrecarrega, que absorve... é possível crescer!
Compreendi "mais um pedacinho desta poderosa frase"- Ver é ser livre.
O " trabalho" ao qual servimos, ou seja, aquilo que nos trouxe à essa vida, à missão (?) talvez.... será cumprido de qualquer forma: consciente ou inconscientemente .
A diferença , para mim, é que se é inconsciente, pode ser com dor, sofrimento, más escolhas, etc... e o resultado é praticamente nada! apenas aumenta a conta dos débitos! Aprende-se muito pouco .
Por outro lado, quando iniciamos o "trabalho" para nos tornarmos conscientes, tenho certeza absoluta que dói. A transformação tem suas dores, seus "pagos", como dizia um grande mestre que eu tive. Medos, dores físicas e emocionais. Mas, também posso dizer, que vale à pena.
A metamorfose não é simples nem para a borboleta- antes em seu casulo.
Claro que este amadurecimento pra nos tornarmos conscientes é contínuo... mas iniciamos , com ele, uma pequena abertura para a liberdade, para escolhas mais acertadas, assim como, para beneficiar o maior número de pessoas... e, mesmo que aos olhos dos "inconscientes" sejamos excluídos, taxados como duros, como sem compaixão para com o próximo...
Percebo que este é o preço da liberdade: VER É SER LIVRE.
Porém, se estamos conscientes,fazemos o nosso "trabalho" sem sentir o incômodo pela parcial exclusão e porque ganhamos a companhia de "nós mesmos". Um " Eu" mais verdadeiro, mais próximo da realidade, mais satisfeito, mais feliz, mais próspero, mais... mais...
E, de repente, estamos "acordados", e, vem o sofrimento de ver os mais próximos "dormindo". Aí queremos " ajudar"... esta é a nova armadilha.
Se, estamos acordados, " ajudamos" apenas os que querem muito. Com estes, não teremos problemas... eles receberão e também se transformarão. Com outros receberemos críticas e até poderemos ser banidos do convívio.
Portanto, qual sinal de que estamos "dando murros em ponta de faca"? É a reação do outro. Se ele nos contesta, explica, justifica, etc... não precisamos ficar magoados. Apenas nos retiramos e vamos refletir sobre o passo que demos totalmente cego, ou com ego ao nosso lado, ou seja, maior do que o outro estava preparado pra receber.
Bert Hellinger, ah meu querido Bert, já dizia:
"Tomar distância do entusiasmo geral e da pressão que ele exerce é uma forma de prezar pela minha liberdade. Com isso vou para um lugar mais amplo" e,
"Não existe liberdade. O que existe são momentos de " des-cisões que exigem coragem pra seguir o meu destino..."
Como isso é grande!!!!! e tem múltiplos significados... a cada momento, um olhar, uma percepção... é assim que é!!!!!!!!
Estar atento-não dormir - em minha linguagem mais simples, é o grande " pulo do gato".... e custa bastante!!!!
Mas VER É SER LIVRE... e eu creio nisto, e pago o preço !
Tais Fittipaldi Bergstein
Psicóloga CRP 07/1336
Facilitadora de Constelações Sistêmicas
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