domingo, 26 de janeiro de 2020

Voltar para casa

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Lembre-se: você não é único que passar pelo sofrimento, todos passamos ou iremos passar, mas podemos agir e levar o legado de amor para todos.

"Certa vez, em uma cerimônia matrimonial, pediram a um monge que desce a bênção ao casamento. Ele então disse: "morrem os avós, morrem os pais, morrem os filhos, morrem os netos." Surpresa geral. É um casamento ou enterro? Ao que ele perguntou: " não é uma benção que os mais velhos possam ir primeiro?" É assim a vida. Todos vamos morrer.

No Japão, disse que alguém que morre torna-se o Hotokesama vira Buda, torna-se Buda. Será que só a morte que nos torna Budas? Será que só quando a nossa mente termina de criar incessantes delusões - delusão é a fantasia sobre a realidade na qual acreditamos - que encontramos o caminho da verdade? Será que em vida não podemos acessar esse caminho, essa " mente Buda "?

O zen budismo diz que sim, que podemos acessar a mente iluminada nesta vida, neste corpo, percebendo nossas delusões, ilusões, insuficiências e melhorando, transformando a nós mesmos, mesmo que seja muito pouco. Nós temos que atravessar o luto. O luto não é algo que se cobre com panos quentes nem uma situação em que se toma remédio para não ficar triste. Temos de atravessar essa tristeza. Ela existe, ela é verdadeira e não será esquecida. Vamos conviver com ela. 

O corpinho daquele menino se foi, mas tudo aquilo que ele despertou no pai em amor, em sentimentos não pode ser deixado de lado para morrer também. Entes amados perdidos tem de continuar vivos nos corações dos vivos para que estes possam compartilhar amor e carinho com muitos outros seres.

Não, ninguém vai substituí-los. Nunca. E é por isso que fazemos preces e cerimônias. No budismo reza se semana após semana, até 49 dias, e depois se celebra a missa de 100 dias para honrar a memória daquele que se foi. Não é esquecê-lo, mas recordar com carinho, com respeito, com ternura e querendo-lhe bem, desejando que esteja em reinos de luz, que todo amor que deu a você continue fluindo e se espalhando para todos o seres.

Então não há porque esconder o sofrimento nem colocar a tristeza no fundo do baú, pois, realmente, a qualquer momento a tampa pode ceder à pressão e vir à tona com força arrebatadora, fazendo sofrer. A dor da perda, sofrimento, a tristeza, o vazio que fica, o mundo de repente perdendo as cores, tudo isso também faz parte do caminho pelo qual temos que passar. A sabedoria é atravessar esse caminho do luto, da saudade sempre homenageando o ente perdido, Em cada momento, com carinho, com uma palavra, com uma vela acesa, com incenso, com uma flor, com uma meditação, com uma oração. Para que aquele ser traga paz em que pode estar agora, porque, afinal, quem ainda não se foi está vivo continua exposto aos venenos do mundo.

Nós nos perguntamos: "Como vou viver sem você? " Eu vou viver sem você, sim, mais quero fazer da minha vida algo digno, inclusive para que possa ajudar outras pessoas que, como eu, sofrem agora. Que eu saiba atravessar o túnel do sofrimento para depois ajudar pessoas que também vão passar por ele. Não há ninguém que não passe ou vá passar por esse túnel. Vivenciar a dor e não escondê-la não significa sucumbir ao sofrimento: não se alimentar, prostrar-se e brincar da própria vida, de cumprir suas tarefas. Ao contrário, é levar o legado de amor para os outros."
Monja Coen
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Existe dentro de todos nós duas pessoas: Uma cheia de verdades e crenças ( papagaio espiritual) que sabe tudo, e  tem uma "aula" pra transmitir e ensinar à todos, sempre. A outra é um ser espiritual oculto, cuja voz sábia e serena você raramente ouviu, e, se ouviu, não a atendeu.
Esta, quanto mais você ouve e segue, sua sabedoria inata vem à tona e pode te dar uma diretriz adequada àquilo que necessitas.
Trazendo este pensamento para hoje, eu o coloco como potencial pleno, onde o fluxo da vida nos mostra quem realmente somos, com todas as qualidade inerentes a nossa pessoa... e também a realidade, às vezes assustadora dentro de nós. Mas, se me entrego, se não quero resistir... começa a transformação.
Te atrai esta possibilidade?
Existe um caminho chamado Andaluz (https://andaluz-educacao.eadbox.com/ ) , onde você pode experimentar e vivenciar seu potencial pleno. 
Aliás , no final do mês terá um workshop online ou presencial, onde o tema será "O dinheiro como caminho de transformação". Se te interessa, entre na plataforma acima mencionada, e busque as informações. Esta oportunidade pode ser o início da transformação de sua vida.
Bom dia, com alegria!
Tais

domingo, 19 de janeiro de 2020

O pai e o caminho para o mundo


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"Cresci ouvindo que meu pai não prestava. Inclusive pessoas da própria família dele, como vovó e vovô, desciam a lenha no papai. Sim, ele teve algumas relações. E deixou seus filhos e outras mulheres pelo caminho. Mas quando um filho aprende que seu pai não presta (poderia ser minha mãe, que por sinal, foi execrada também pela família), este sente a dor nele mesmo. Eu não presto, pensava. E realmente me senti muito mal, durante toda minha infância e adolescência. Baixa autoestima que avançou pela juventude. ⁠

O julgamento que adquiri em relação ao meu pai, foi ensinado quando eu era criança, e não tinha nenhum senso crítico para barrar o que me falavam como verdade. Lógico que tive minhas dores em relação ao meu pai, mas vou dizer que nenhuma delas tinha a ver com o perfil namorador dele. Sentia a falta da presença. Dos conselhos. Da proteção. Do sustento. ⁠

Quando fazemos terapia, em algum momento iremos começar a entender: existe a nossa dor - verdadeira e real - e existem as crenças que nos induziram a acreditar. A terapia nos auxiliará a separar o que é dos outros, do que é nosso. 

Em posse somente das minhas dores, já consigo lidar com mais maturidade. O problema não fica tão pesado. Foi o que aconteceu comigo. Aprendi a olhar como adulto para a história do meu pai. Mesmo aprovando algumas coisas e reprovando outras, o vi como ser humano. Um homem inteligente e hábil. Mas também frágil, deficiente em diversos aspectos, que não tinha condição emocional de cuidar nem de si, nem das famílias que ele fez. Homem que encontrou também mulheres fortes em parte, e frágeis em outras partes. 

E assim é a vida. E assim é minha família. Sem laços cor-de-rosa. Nem glamour. Nem satanização. Uma família como outra qualquer.⁠"

Alex Possato
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"Olhe para seu pai e perceba: há um convite na sua mão estendida. Pais nos levam para o mundo, apresentam oportunidades, complementam nossa coragem quando necessário. Nos fazem seguir em frente.

Pais são nosso símbolo máximo de autoridade, e talvez por isso, muito incompreendidos e julgados, para que possam nos prover de segurança e disciplina.

Nos permitem crescer, mesmo que para isso arrisquem o papel de heróis, que nós filhos, tão infantis no nosso amor, desejamos.

Pais são heróis, mas não pelos motivos que acreditamos. Em tudo que fazem há uma disposição para cuidar, prover e ajudar a crescer. São heróis por suportarem o limite que precisamos, mas não queremos enfrentar. Se aceitarmos, teremos o melhor ambiente para crescer. Se não, a vida o fará com menos carinho.
Um pai e uma mãe

Há, com certeza, algo especial em como um pai e uma mãe se complementam. Seus papéis podem variar, mas não existe um pai sem haver uma mãe e vice-versa. A concepção precisa destes dois papéis

Enquanto a mãe alimenta, o pai cuida da segurança. Num primeiro momento, o trabalho mais pesado é da mãe. É de quem o filho mais precisa nos primeiros anos.

Mas o tempo passa, e garantida a sobrevivência dos primeiros anos, será o pai que guiará o filho para o mundo, para a descoberta, para o vôo.

Pais são nossos referenciais para o masculino. Para um filho homem, é onde ele encontra a força para ser o que seu papel permite. Através da vivência com o pai, um garoto cresce e vive o que há de mais poderoso no mundo masculino, e aos poucos vai encontrando sua identidade e suas possibilidades.

O mesmo ocorre com a filha mulher, com a diferença que após os primeiros anos com a mãe, a filha deve ir para o pai, aprender a caminhar no mundo e então, voltar para a mãe, onde ela deve tomar todo o feminino que precisa para seguir adiante.

Nos dois casos, o pai é essencial para o bom desenvolvimento dos filhos e para que o movimento deles para o mundo seja realizado com sucesso."
https://iperoxo.com
O Pai, por Bert Hellinger
(trecho adaptado do material da Hellinger LebenSchule)

Dentro do sistema familiar, o homem e a mulher têm prioridades iguais. Eles criam a família juntos, eles são equivalentes.

Em relação aos filhos, o homem e a mulher são igualmente grandes. Porém é dentro da mãe que começa a vida. Dentro dela somos concebidos, dentro dela nós crescemos. Ela é tudo pra nós, com ela experienciamos a unidade, até que nascemos.

O que então ainda resta ao pai?

Bert Hellinger diz:

“Somente na mão do pai a criança ganha um caminho para o mundo. As mães não podem fazê-lo. O amor dele não é cuidadoso nesta forma como é o amor da mãe. O Pai representa o espírito. Por isso o olhar do pai vai para a amplitude. Enquanto a mãe se move dentro de uma área limitada, o pai nos leva para além desses limites para uma amplitude diferente.”

Para ajudar a compreensão, descrevemos aqui uma imagem sugerida pela consteladora do Ipê Roxo, Maria Inês Araujo Garcia da Silva em um dos nossos cursos de formação. Ela disse:

“Para percebermos a diferença da forma como o pai e a mãe lidam com o filho basta imaginar um passeio com as crianças num parque, por exemplo. A mãe, preocupada e cuidadosa, a todo o tempo fala para o filho: ‘não suba na árvore’, ‘cuidado para não cair’, ‘não corra’… E sim, desta forma realiza com grande eficiência seu trabalho de cuidar dos filhos. O pai, ao contrário, ao chegar em um ambiente assim, verifica os possíveis riscos e se coloca de uma forma a preservar o filho longe deste lugar perigoso. Atento, o deixa livre para explorar.”

Essa liberdade é necessária para que o filho possa perceber o mundo, e mais tarde caminhar para a vida de forma completa.

Por isso o progresso vem principalmente do pai. Quando a mãe quer manter os filhos longe do pai, ela os mantém longe do progresso. O movimento vai através da mãe para o pai e através do pai para o mundo. Assim o filho fica completo.

E os pais que nos foram difíceis?

“Eu não consigo aceitá-lo.”

Não aceitar ao pai é não aceitar a sua realidade, o que já compõe você. Nós como filhos, temos dificuldades de encarar os pais como os seres humanos que são. Imaginamos e esperamos deles coisas que atravessam o limite do justo e possível.

O pai, dentro do sistema familiar, tem o papel da ordem, da rigidez e da autoridade. No mundo, temos uma dificuldade de compreensão com esse papeis. Quando este assunto entra em nossa casa, na figura de um homem do qual esperamos somente o amor idealizado na nossa mente, o conflito se instala.

Um bom caminho de volta aos braços do pai é ver o que verdadeiramente o move. O Amor escondido em atos de humanidade. É dar a ele o tamanho devido, não imaginário.

Bert Hellinger nos instrui a deixar com os pais o que pertence ao destino deles, com tudo o que faz parte e tudo que faz falta. É necessário reconhecê-los como pessoas normais e comuns e que vieram de seus próprios emaranhamentos.

Aqui talvez valha olhar para si próprio e as dificuldades que não conseguimos resolver. Se estamos neste caminho de vida, em algum momento podemos nos tornar pai e mãe, e carregaremos para esta experiência o que nos compõe hoje, com todas as dores e amores. Nossos pais estiveram nesta mesma posição, por vezes influenciados por algo que não conseguiram escapar.

De uma coisa temos certeza: O filho que se alinha ao pai, independente do destino que lhe coube, é mais apto e leve para seguir adiante. Com o tempo as peças se ajustam e o nosso caminhar prospera com ele no coração.

Boa semana!
Tais

domingo, 12 de janeiro de 2020

Vícios têm origem em traumas

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Vícios têm origem em traumas e não estamos atacando as causas do problema, diz o médico Gabor Maté. Ele acredita que nossa abordagem sobre a dependência química está errada e precisa mudar. Também explica o porquê, e defende que se procure causas da dor emocional que leva ao abuso de substâncias e outros vícios.

Qual é a sua opinião sobre dependência química?
O médico canadense Gabor Maté acredita que precisamos repensar nossa abordagem ao assunto.

O especialista e escritor best-seller ficou conhecido por seu trabalho sobre saúde mental com pacientes que sofrem com abuso de substâncias na área central de Vancouver.

Essa região da cidade canadense apresenta a maior concentração de uso de drogas na América do Norte. Em 2018, ele recebeu a Ordem do Canadá, a mais alta condecoração civil do país, por seu trabalho.

No centro de sua abordagem, está a ideia de que todo vício tem origem em um trauma — e nem sempre é possível identificá-lo.
Maté elenca, em suas próprias palavras, cinco pontos que nós não entendemos sobre o problema.

'Nós não estamos tratando a causa real do problema'


Falta de vínculos, sentimento de isolamento, excesso de estresse são alguns dos estados emocionais que Gabor Maté relaciona ao alcoolismo .

Para entender o que leva ao vício, é necessário observar seus benefícios. O que ele faz por você?

As pessoas costumam dizer que o vício "oferecia um alívio para a dor, uma saída para o estresse, dava um senso de conexão, uma noção de controle, de significado, a sensação de estar vivo, entusiasmo, vitalidade".

Em outras palavras, o vício preencheu uma necessidade humana que era essencial, mas que não tinha sido satisfeita na vida daquela pessoa.

Todos esses estados — da ausência de conexão e do isolamento até o estresse no dia a dia — eram de dor emocional.

Então, o que se deve perguntar sobre dependência química não é "qual é o vício?" mas sim "qual é a dor?".

Quando se olha para uma população de dependentes químicos, o que se observa é que quanto mais adversidades na infância, maior o risco de dependência.

Então, o vício está sempre relacionado ao trauma e às adversidades na infância — o que não significa que todas as pessoas traumatizadas se tornarão dependentes, mas que todos os dependentes passaram por traumas.

O tratamento para isso exige muita compaixão, muita ajuda e muita compreensão, em vez de consequências severas, medidas punitivas e exclusão.

Você imaginaria que, com a falha da maioria dos tratamentos, nós tomaríamos consciência e nos perguntaríamos, "será que entendemos de fato essa condição?".
Mas isso não acontece muito no mundo médico.
Nós não estamos encarando sua real natureza, como resposta ao sofrimento humano.

Não estamos ajudando as pessoas a lidar com seus traumas e resolvê-los. O típico estudante de medicina nos Estados Unidos não participa de uma aula sequer sobre trauma emocional.
Nós continuamos a perguntar "o que está errado com você?", quando deveríamos perguntar "o que aconteceu com você?".

O vício não é uma escolha

Gabor Maté afirma que 'ninguém escolhe sentir dor'

Outro mito sobre dependência química é de que seria uma escolha das pessoas que sofrem com ela.
Todo o sistema legal baseia-se nessa ideia, então vamos puni-las para impedir outras de fazer essa escolha.
Ninguém que eu conheça acordou em uma manhã e disse "meu objetivo é me tornar um dependente químico".
O vício não é uma escolha que se faça, é uma resposta à dor emocional.
E ninguém escolhe sentir dor.

O vício não é genético

Um dos maiores mitos sobre dependência é de que seria algo genético. Sim, isso vem de família. Mas por quê?

Se eu sou alcoólatra e grito com meus filhos, que crescem e também recorrem ao álcool, eu transmiti isso a eles geneticamente?
Ou isso se trata de um comportamento que eles desenvolveram porque eu reproduzi as mesmas condições em que cresci?
Ter algo do tipo na família não diz nada sobre uma causa genética.

Pode haver uma predisposição genética, mas isso não é o mesmo que uma predeterminação — ou seja, não significa que você seja geneticamente programado para ter um vício.

Dependência química é comum

A dependência química é comum e alarmante em nossa cultura, diz Gabor Maté 

Outro mito é o de que o vício está restrito ao dependente químico, ou a alguns fracassados na nossa sociedade. Mas ela é comum e alarmante em nossa cultura.

Quando observo essa sociedade, vejo vícios em quase todos os níveis, diversas compulsões. Mais do que isso, vejo toda uma economia baseada em atender a esses vícios.

Você pode se viciar em praticamente qualquer coisa — até mesmo em música clássica

'Em um único dia, gastei 8 mil dólares em CDs', admite Maté 

A dependência se manifesta em qualquer comportamento em que a pessoa encontre um prazer ou alívio temporário, e que passe a desejar intensamente. A pessoa, então, sofre as consequências negativas como resultado, mas não para — ou não consegue parar — apesar dos desdobramentos ruins.
Isso pode incluir drogas, álcool, substâncias de todos os tipos.

Também pode se relacionar a sexo, a jogos de azar, a compras, ao trabalho, a poder político, a jogos online... Praticamente todas as atividades podem ser viciantes, dependendo da nossa relação com elas. Contanto que haja constante desejo e alívio, com consequências negativas a longo prazo, e dificuldade de simplesmente parar, você tem um vício.

Eu tive dois grandes vícios. Um deles era o trabalho, que me levou a ignorar minhas próprias necessidades e as da minha família para buscar sucesso e satisfação profissional.

Essa dependência baseava-se em um sentimento profundo de que eu não era bom o bastante, de que precisava me provar, e em uma crença inconsciente de que eu não poderia ser amado e querido.
O mundo, então, recompensa esse "workaholic altruísta".
Eu também tive um vício em compras, em especial de CDs de música clássica. Em um único dia, gastei 8 mil dólares em CDs.

Meu vício não era a música em si. Sim, eu amava a música, mas era viciado no ato de comprar.
Não importava quantas coleções eu tivesse de um determinado compositor, eu tinha de comprar outra e mais outra.
Por esse vício, eu cheguei a deixar uma das minhas pacientes em trabalho de parto, fui comprar um CD e perdi o nascimento do bebê. Esse era o impacto que a dependência tinha em mim.

Talvez você pense que essa comparação é risível — como poderia comparar tal vício ao de pacientes dependentes de heroína?
Mas meus próprios pacientes não riam quando eu contava a eles sobre isso. Eles balançavam a cabeça e diziam "é, doutor, a gente entende, você é como todos nós".

O ponto é que assim somos todos nós.
Fonte - BBC News
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Talvez esteja acontecendo muitas perguntas dentro de você, principalmente se existe um dependente químico em sua família...

O que posso dizer com base nos conhecimentos que tenho das Constelações Familiares, é que devemos ser gratos ao dependente de nosso sistema familiar.

Oi? Como assim?????

Sim... graças à ele que carrega este "fardo", estou livre disso. Ao olhar com respeito e gratidão para o dependente, muita coisa se altera. Mas este não é um processo simples...e exige de todo contexto familiar um respeito sincero, uma compaixão verdadeira.
E, que cada um, olhe para os seus ancestrais e dê um lugar à todos, independente daquilo que fizeram, praticaram etc... eles têm o direito de pertencer ao sistema familiar .

As Leis do Amor, segundo Bert Hellinger explica muito bem todas as relações humanas, são elas:
1ª Lei: Todos têm o igual direito de pertencer
2ª Lei: O equilíbrio entre o dar e receber
3ª Lei: Hierarquia de tempo, os mais antigos vêm primeiro 

Quando qualquer uma dessas Leis são quebradas, teremos dificuldades. E todos quebramos, muitas vezes... a diferença é que ao aprender sobre essas Leis, podemos estar atentos e corrigir nossas posturas diante da vida. Em meu blog tem muitas matérias sobre este assunto, se te interessar. A internet está repleta de informações e também existem grupos, onde você poderá assistir constelações de outras pessoas, iniciando uma compreensão a respeito.
Espero que as devidas reflexões tenham lhe "tocado", e que inicies tua busca, com amor, sempre!
Tais

domingo, 5 de janeiro de 2020

O pertencimento em vida e para alem da morte

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Tenho recebido muitas perguntas sobre pertencimento. Por exemplo:


* Se a pessoa morreu, acabaram os problemas? Ou, se podemos deixar pra lá...afinal ja morreu; não devemos ficar lembrando porque isso faz mal pra eles e pra nós ...

* Como honrar alguém que ja morreu? 

* Como estabelecer o vínculo, "dar um lugar no coração", se ela já morreu? 

* Como pode influenciar nos descendentes , se não estão mais aqui na terra? Etc...

Não se trata de acreditar ou não em reencarnação. Se você não acredita, pense apenas como seus antepassados... e tenha clareza que a morte não os exclui da família, independente daquilo que tenha acontecido em vida ( assassinos, estupradores, suicidas)...
Eles pertencem! 
Aí atuam as consciências pessoal e coletiva. Busque aqui no blog as várias matérias sobre este assunto, e, permanecendo a dúvida , me escrevam (tais.fittipaldi@gmail.com). Não esqueçam de identificar-se para que eu possa responder de maneira pessoal (por emai também).
Então , vou seguir aqui com este assunto, cem texto extraído do livro de Bert Hellinger ( O amor do espírito - Editora Atmann). 
Boa leitura!


O pertencimento além da morte

"Podemos reconhecer quais são as pessoas que são influenciadas e conduzidas pela consciência coletiva quando percebemos que são atraídas ou não para representar membros familiares excluídos. Aqui precisamos considerar que ninguém perde o direito de pertencer através da sua morte. Isto significa que os membros familiares mortos são tratados pela consciência coletiva da mesma forma que os vivos. Ninguém é separado de sua família através de sua morte. Ela abrange igualmente seus membros familiares vivos e mortos. Essa consciência também traz de volta os membros mortos para a famílias se foram excluídos. Sim; E, principalmente esses. Portanto, uma pessoa perde a sua vida através de sua morte, mas nunca o seu pertencimento à família.

Quem pertence?

Agora está na hora de enumerar quem pertence ao sistema familiar, que é conduzido por uma consciência coletiva comum vou começar com os que estão mais próximos. Os membros familiares que estão sujeitos a essa consciência, pertence:

1- Os filhos. Portanto, nós mesmos e nossos irmãos e irmãs. Não somente os que vivem, mas também os natimortos, os abortados e frequentemente também os abortos espontâneos. Justamente aqui existe muitas vezes a ideia de que podemos exclui-los. E é claro que pertencem também a família os filhos que foram ocultados ou dados.
Para a consciência coletiva todos eles fazem parte completamente, são lembrados por ela e trazidos de volta a família, trazidos cegamente, sem levar em consideração as justificativas e desejos.

2- O nível acima dos filhos. Deste nível fazem parte os pais e seus irmãos biológicos. Aqui também todos os irmãos irmãs deles, como já enumerei antes para os filhos.
Também os parceiros anteriores dos pais fazem parte. São rejeitados excluídos, mesmo que estejam mortos, são representados por um dos filhos, até que sejam lembrados e trazido de volta família com amor.

Só o amor libera

Agora gostaria de interromper a enumeração falar como os excluídos podem ser trazidos de volta. Só o amor é capaz disso.

Que é amor? O amor preenchido. Ele é sentido como dedicação ao outro, como ele é. Ele é também sentido como luto pela perda. É sentido especialmente como dor por aquilo que porventura fizemos de mal para o outro.
Sentimos também que esse amor alcança o outro, se o reconcilia, se o deixa em paz, se ele assumiu seu lugar, permanecendo nele. Então essa consciência coletiva também encontra a paz.
Aqui nós vemos que essa consciência está `a serviço do amor por todos que fazem parte dessa família.

Quem mais pertence à família?


Agora vou continuar com a enumeração de quem pertence à família, porque todos eles também são abrangidos e protegidos por essa consciência.

No próximo nível acima dos pais pertencem os avós, mas sem seus irmãos, a não ser que tenham tido um destino especial. Os parceiros anteriores dos avós também fazem parte.

*Bisavós
Um outro dos bisavós também pode fazer parte, mas isso é raro.
Até agora, e número e sobretudo os parentes consanguíneos e ainda parceiros anteriores dos pais e dos avós.

*Aqueles com cuja morte ou destino, a família teve vantagem. 
Além dos parentes consanguíneos e parceiros anteriores, também fazem parte de nossa família aqueles através dos quais, a família teve vantagem. E, por exemplo, através de uma herança considerável. Também fazem parte aqueles através dos quais, à custa de sua saúde e vida, a família enriqueceu.



*Vítimas 
Aqueles que foram vítimas de atos violentos através de membros de nossa família tornam-se parte dela, especialmente aqueles que foram assassinados. A família preciso olhar também para eles, com amor e dor.

*Agressores
Por último algo que para alguns pode ser um desafio. Quando membros de nossa família são vítimas de crimes, especialmente se perdem a vida, os assassinos passam a fazer parte da nossa família. Se foram excluídas um rejeitados, a consciência coletiva pressionara para que sejam representados, mais tarde, por membros de nossa família.

Talvez eu deva que chamar atenção de que tanto os assassinos se sentem atraídos para suas vítimas como também as vítimas para o seus assassinos. Ambos se sentem totalmente inteiros quando se encontram. A consciência coletiva não faz diferenciações aqui."

Acho que por hoje as informações já foram profundas e consistentes… aqui vocês têm muitos motivos para ponderar e repensar seus conceitos e atitudes. 
Na semana que vem darei continuidade falando sobre o equilíbrio de tudo isso que aqui foi apresentado, ou seja, como todo este conteúdo pode se manisfestar nos descendentes para compensar  o que foi eventualmente excluído pela família.
Boa semana!
Tais