domingo, 31 de outubro de 2021

Ansiedade sem motivo? O que fazer …

"Às vezes, por nenhuma razão aparente, chegam e começamos viver de repente sentimentos desagradáveis: ansiedade, angústia, medos, pensamentos ruins: ... algo de caótico e confuso, que tira a paz, e que também nós mostra como conseguimos lidar e reagir. Mas cuidado! nestes casos, se podem cometer erros que transformam um episódio em algo de duradouro; em um sofrimento por longo tempo.

As supostas causas da ansiedade nunca são as reais.

O erro que mais as pessoas cometem quando chega uma desmotivada ansiedade, é tentar compreendê-la, explicá-la. O caos irrompeu de repente dentro de nós e imediatamente tentamos dar-lhe uma ordem, para "normaliza-lo“, para curá-lo, a fim de fazê-lo desaparecer em breve.

Como fazemos isso? Em duas maneiras erradas:
Primeira, procuramos uma causa que esteja a base dessas sensações desagradáveis; Em segundo lugar, a identificamos em um evento, ou em uma pessoa, ou em uma situação que não ocorreu ou, até mesmo, em nós mesmos, alanceando uma nossa deficiência e nós cobrando por isso. "Algumas brigas com meu filho me dão angústia: e se eu estivesse errada? Talvez sou muito egoísta? Talvez não sou uma boa mãe. Nunca vou me perdoar ", Ou. “Desde que ele me deixou, nunca fui mais a mesma. Ele era minha luz. Minha ansiedade decorre de lá”.

E assim por diante. Como podemos ver a partir dos exemplos, identificar "a causa do mal-estar“ significa colocar nossas vidas no banco dos réus para julgar o que está errado. Nós olharmos com o olhar frio de uma análise racional. Na verdade procurar a causa da dor da alma pode nós machucar mais do que as mesmas dores. A "causa" nada é senão uma simplificação brutal de complexidade do mundo interior, que não se baseia na lei de causa e efeito.

Quer parar com a ansiedade? Aceite-a.

Mesmo o sofrimento tem a sua utilidade.

O que sofre de ansiedades, medos e assim por diante, está passando por um momento especial: por um lado, está agarrado a uma imagem de si mesmo, a uma ordem muito rígida de sua vida; de outro lado, a sua “alma”, a partir de dentro, está tentando arranhar essa ordem, para destruí-la através do caos. Este, portanto, desempenha um papel positivo: o desconforto interno vem porque quer que voltemos ao jogo da vida com o nosso caminho; escutando-o, irá embora. Nós permitindo para nós mesmos, as ideias, impressões e imagens que são formadas em nós, tomaremos consciência de como a dor passa mais rapidamente do que o esperado. Se perdermos tempo a explicar nossas dificuldades, nós apenas as tornaremos inúteis, e também ficarão mais crônicas.

Para evitar que isso aconteça, tentamos dizer o que nós sentimos com muitas, muitas poucas palavras: o que não pode ser dito em uma palavra, é sempre uma criação mental. "Minha ansiedade vem de longe, é uma longa história ...." Se você diz "é uma longa história", isso significa que na sua cabeça, há sempre o mesmo episódio, uma reprodução infinita. Você quer continuar a jogar assim, transformando-o em um companheiro de viagem. Apaga de sua mente a ideia de que há uma sequência de experiências que nos marcaram uma após a outra, e deixa de se sentir especial, apenas porque tem um deságio."

**********
Estas afirmações não são muito simples para compreendermos...
Durante muito tempo eu agia e pensava desta forma com relação aos problemas e dificuldades... Pra mim eram intransponíveis, e não via outra saída, a não ser conviver com elas. Já faziam parte de minha trajetória.

Não era nada simples conviver com elas, pois o gasto energético era enorme, e as consequências não demoravam a surgir: dores físicas, indisposições e rupturas de relações, e toda a gama de dificuldades que eu já nem percebia como tal, pois a "incorporação" que fiz em um padrão de respostas ao qual me habituei, já "normal" viver assim.

Às vezes fazia um curso, um workshop, ou encontrava uma excelente terapeuta... e saia dali carregada de alternativas, motivações e vibração, mas com 1 mês...mais nada daquilo existia! E eu seguia com o mesmo padrão e me perguntando o porquê daquele retorno às dificuldades e dores de toda natureza.

Aí, há três anos , me deparei com um método que trazia a chave para lidar com estes enigmas... e, está sendo uma grande descoberta com transformações inacreditáveis. O método Synergy Place apresentou-me esta chave chamada frequência, onde o propósito é que cada pessoa encontre, ative e saiba nutrir o que já existe dentro de todos nós: o nosso Potencial Pleno!
Inicialmente não acreditei, mas ofereceram à mim, a possibilidade de experimentar o método por 30 dias gratuitos, numa oportunidade chamada Sinergia. E foi o que fiz. Fiquei muito surpresa com os benefícios... e optei por dar continuidade aos meus estudos.

Hoje sou Orientadora do Método Synergy Place e permaneço com as transformações de todos os dias, pois continuo aluna também...
Mudou TUDO - potencializei minhas outras atividades profissionais, pessoais, etc...
Se você interessou-se por esse meu depoimento, poderás experimentar também.
Vá até minha plataforma (recorte e cole o endereço em seu navegador), https://tais.synergyplace.com.br/ e faça seu cadastro/matrícula na SINERGIA .
A seguir, a plataforma é auto explicativa, e, se você precisar de auxílio é só me chamar através do email tais.fittipaldi@gmail.com, encaminhando seu telefone que faço contato.

Boa semana para vocês!
Taís

domingo, 10 de outubro de 2021

Co-dependência


Co-dependente é uma pessoa que tem deixado o comportamento de outra afetá-la, e é obcecada em controlar o comportamento dessa outra pessoa.
A outra pessoa pode ser uma criança ou um adulto, amante, cônjuge, irmão, irmã, avô o avó, pai ou mãe, cliente ou um melhor amigo ou amiga. Essa pessoa pode ser alcoólica, viciado em drogas, física ou mentalmente doente, uma pessoa normal que ocasionalmente se sinta deprimida, ou uma das pessoas mencionadas antes.

Contudo, o centro da definição da recuperação não está na outra pessoa - por mais que acreditemos que esteja. Está em nós mesmos, nas formas com que deixamos que o comportamento de outras pessoas nos afetam e nas formas com que tentamos afetá-las: a obsessão, o controle, o "ajudar" obsessivo, tomar conta, a baixa autoestima beirando o ódio a si próprio, a auto repressão, a abundância de raiva e culpa, a dependência peculiar em pessoas peculiares, a atração e tolerância pelo bizarro, outros desvios que resultam no abandono de si mesmo, problemas de comunicação, problemas de intimidade, e uma viagem em círculos através do processo de tristeza de cinco estágios.

A co-dependência é uma doença ? Alguns especialistas dizem que não; dizem que é uma reação normal em pessoas anormais.

Outros especialistas dizem que a co-dependência é uma doença ; uma doença crônica e progressiva. Sugerem que os co-dependentes querem e precisam de pessoas doentes e em volta deles para estar felizes de uma maneira não saudável. Dizem por exemplo, que a mulher de um alcoólico precisa casar-se com um alcoólico, e escolheu porque percebeu em conscientemente que ele era alcoólico ponto além disso, ela precisava de que ele bebesse e ao mata a maltratasse para se sentir satisfeita.

Esse último julgamento pode ser demasiadamente duro. Estou convencida de que os co-dependentes precisam de crueldade em suas vidas. Outras pessoas já foram cruéis o bastante conosco. Já fomos cruéis do bastante com nós mesmos. Amigos, já sofremos bastante. Temos sido vítimas de doenças e de pessoas. Cada um de nós deve decidir qual papel devemos em nossa transformação em vítimas.

E não sei se a co-dependência é ou não uma doença. Não sou especialista. Mas para dizer o que acredito, deixe-me completar a breve história da co-dependência que iniciei antes.

Embora os primeiros grupos de Al-Anon tenham sido formados nos anos 40, estou segura de que poderíamos voltar ao começo dos tempos e dos relacionamentos humanos e encontrar vislumbres de comportamento co-dependente. As pessoas sempre tiveram problemas, e outras pessoas sempre cuidaram dos amigos e parentes perturbados. As pessoas certamente estiveram presas aos problemas de outros desde que os relacionamentos começaram.

A co-dependência provavelmente tem acompanhado o homem desde muito antes de Cristo até "estes tempos geralmente desgraçados do século 20", como disse Moler Safer no programa de TV Sixty Minutes desde que as pessoas existem, elas têm feito todas as coisas peculiares que chamamos de "co-dependente". Têm-se preocupado à exaustão com outras pessoas. Têm tentado ajudar de formas que não ajudam ponto tem dito sim quando querem dizer não. Têm tentado que outras pessoas façam as coisas à sua maneira. Têm feito de tudo para evitar ferir o sentimento das pessoas e, fazendo isso, têm ferido si mesmos. Têm tido medo de confiar em seus sentimentos. Têm acreditado em mentiras e depois se sentido traídas. Têm desejado vingar-se de outros e puni-los. Têm sentido tanta raiva que desejaram matar ponto tem lutado por seus direitos enquanto outros diziam que não tinham nenhum. Têm usado sacos de estopa, porque não acreditam que mereciam seda.

Os co-dependentes sem dúvida também têm feito coisas boas. Por natureza, são benevolentes-preocupados e dedicados com as necessidades do mundo. Thomas Wright escreveu no livro Co-dependency, An Energing Issue: "suspeito que historicamente os co-dependentes têm atacado injustiça social e lutado pelos direitos dos mais fracos pontos os independentes querem ajudar. E creio que ajudaram. Mas provavelmente, morreram achando que não fizeram o bastante e sentindo-se culpados.

"É natural desejar proteger e ajudar as pessoas que nos são caras. É também natural sermos afetados e reagimos aos problemas das pessoas à nossa volta. Quando um problema se torna mais sério e continua insolúvel, ficamos ainda mais afetados e reagimos mais intensamente a ele. "

A palavra reagir é importante aqui. Seja de que maneira se aborde a co-dependência, como se defina isso, e de qualquer enquadramento ou referência que se escolha para diagnosticá-la e tratá-la. Co-dependentes são reacionários. Eles reagem demais. Reagem de menos. Mas raramente agem. Eles reagem os problemas, as dores, a vida e ao comportamentos de outros. Reagem aos seus próprios problemas, as suas dores e ao seu comportamento. Muitas reações de co-dependentes São reações atenção e a incerteza de viver ou crescer com alcoolismo ou outros problemas. E é normal reagir à tensão. Não é necessariamente anormal, mas é heróico e é um salva-vidas aprender a não reagir agir, e agir de formas mais saudáveis. A maioria de nós, entretanto, precisa de ajuda para aprendermos a fazer isso.

Talvez uma das razões de alguns especialistas chamarem a co-dependência de doença é porque muitos co-dependentes estão reagindo a uma doença como o alcoolismo.

Outra razão para a co-dependência ser chamada de doença é porque ela é progressiva. A medida que as pessoas à nossa volta se tornam mais doentes, nós começamos a reagir mais intensamente. O que começou como um pouco de preocupação pode causar isolamento, depressão, doenças físicas ou emocionais ou fantasia suicidas. Uma coisa leva a outra, e as coisas ficam piores. A co-dependência talvez não seja uma doença, mas pode fazer de você um doente. E pode contribuir para que as pessoas à sua volta continuem a ficar doentes.

Outra razão pela qual a co-dependência é chamada de doença é porque os comportamentos do co-dependente - como  muitos comportamentos autodestrutivos -  tornam viciosos. Repetimos os vícios sem pensar. Os vícios tem vida própria

Seja qual for o problema que a outra pessoa tenha, a co-dependência envolve um sistema vicioso de pensar sentir e comportar-se com relação a nós mesmos e aos outros que nos pode causar dor. Comportamentos co-dependentes ou viciosos são auto-destrutivos. Frequentemente, reagimos a pessoas que se estão destruindo; reagimos aprendendo a destruir a nós mesmos. Esses vícios podem levar-nos, ou manter-nos, em relacionamentos destrutivos, em relacionamentos que não funcionam. Esses comportamentos podem sabotar relacionamentos que poderiam, de outra forma, ter dado certo. Esses comportamentos podem impedir que encontremos paz e felicidade com a pessoa mais importante de nossa vida - nós mesmos. Esses comportamentos pertencem à única pessoa que cada um de nós pode controlar, a única pessoa que podemos modificar: nós mesmos. Esses problemas são nossos.

Atividade:
  • Como você definiria a co-dependência?
  • Você conhece alguém que tenha afetado sua vida significativamente, alguém com quem você se preocupa e quem desejaria poder mudar? quem? Escreva vários parágrafos sobre essa pessoa e seu relacionamento. Depois, leia o que escreveu. Quais são os seus sentimentos?
Excertos do cap 3- Co-dependência nunca mais, Melody Beattie.
**********
Estive com esse livro em mãos por várias vezes e não me interessei pela leitura. Porém, em uma aula, o mesmo foi mencionado e despertou minha curiosidade.

Iniciei a leitura, e, a cada página, fui me surpreendendo. É o tipo de leitura recomendável a qualquer pessoa, pois todos temos co- dependências... E ter noção disso - muda tudo.
Mudar é possível e trazer a responsabilidade para si é importante. Talvez seja necessário buscar ajuda...
Faça uma pequena análise de seu exercício e perceba...
Pergunte-se: Preciso de ajuda?
Recomendo fortemente essa leitura.

Boa semana!

Tais

domingo, 3 de outubro de 2021

As três Leis do Amor - um novo olhar sobre os relacionamentos



As Ordens do Amor é um conjunto de “Leis” que regem a estrutura familiar, como uma força invisível que tem a função de manter o equilíbrio do Sistema. Toda vez que ela é desorganizada, surge o desequilíbrio, através de um ou mais membros que compõe o sistema.

Bert Hellinger, através de sua observação do processo das Constelações nos sistemas familiares, concluiu que estes tem uma espécie de consciência que exige que o mesmo esteja em ordem.

Para manter a ordem, esta consciência segue a risca três princípios básicos: Pertencimento, Hierarquia e Equilíbrio entre Dar e Receber.

Se o sistema está em desequilíbrio ´´e porque pelo menos uma das ordens está sendo desrespeitada (este desrespeito acontece de forma inconsciente).

Essas leis nada tem a ver com ética ou moral, tampouco se orientam pela compreensão. Quando infringidas provocam sofrimentos emocionais, mas também físicos. Trata-se de leis universais que chamou Ordens do Amor.

AS Ordens do Amor foi precedida por outro conhecimento revolucionário: os diferentes tipos de consciência – a coletiva e a pessoal.

Consciência pessoal é aquela vivida no sentido por meio da qual percebemos diretamente o que é necessário para pertencermos a família ou a um grupo. È como um senso de equilíbrio: assim que nos afastamos do equilíbrio sentimos tontura. Essa sensação nos leva a tentar corrigir nossa postura de imediato, para que possamos recuperar o equilíbrio e a estabilidade.

Algo semelhante faz a consciência pessoal. Quando alguém se afasta do que é válido em sua família ou em seu grupo, ou seja, que precisa temer que poderá ser excluído do grupo devido à sua ação, fica de consciência pesada

Como essa situação é muito desagradável, a consciência pesada o leva a mudar seu comportamento, para que ele possa voltar a fazer parte do grupo.

Desse modo vivenciamos a consciência como boa e má consciência. Na boa nos sentimos bem, na má nos sentimos mal.

Ficamos com a má consciência quando pensamos, sentimos e fazemos alguma coisa que não corresponde às expectativas nem as exigências daquelas pessoas daqueles grupos aos quais queremos e, muitas vezes até precisamos pertencer e que são muito importantes para o nosso bem estar e até a nossa sobrevivência.

A sensação de proteção que esse pertencimento nos proporciona é boa e nos faz bem. Não precisamos nos preocupar em ficar sozinhos ou desprotegidos de um momento para o outro. Portanto, de certo modo, nossa consciência fica atentas para que continuemos ligados a essas pessoas e grupos.

Quando percebe que esse pertencimento é ameaçado e nos afastamos dos outros, nossa consciência reage e ficamos com medo.

Por nos unir apenas a determinados grupos e pessoas, excluindo outros, essa consciência é limitada. Por conseguinte, as distinções de bem e mal também valem para ela. Sentimos como consciência tudo que nos assegura nosso pertencimento.

De nosso próprio ponto de vista, não refletimos se ela é realmente boa ou se pode até ser ruim para nós e para os outros. Sem pensar, sentimos e defendemos o que consideramos bom, uma vez que só é percebido como boa consciência – mesmo quando, para um observador fora desse campo espiritual, pareça estranho ou até ameaçador à vida de muitos.

A mesma coisa vale para o mal. Porém nesse caso, ele é sentido por nós com maior intensidade do que o bem, pois está ligado ao medo de perdermos o nosso pertencimento e, com ele, esse vínculo é afrouxado e, com ele, também a consciência.

Contudo os fracos permanecem fiéis porque estão ligados. Em uma família, são as crianças; em uma empresa, os funcionários de baixo escalão; em um exército, os soldados rasos; em uma igreja, os fiéis;

Para o bem dos fortes, arriscam conscientemente, a saúde, a inocência, a felicidade, e a vida, mesmo quando os fortes os exploram sem nenhum escrúpulo, por aquilo que chamam de “fins superiores”.

Toda a diferenciação entre bem e o mal, entre eleito e rejeitado ou entre céu e inferno vem da consciência.

A consciência nos mantém no grupo, assim como o cão mantém as ovelhas no rebanho. Porém quando mudamos de grupo, como um camaleão, ela também muda de coloração para nos proteger.

Agora com uma percepção do que é consciência pessoal e consciência coletiva, segue as Ordens do Amor, que são três:

1. O Direito de Pertencer

2. A Hierarquia

3. O Equilíbrio entre o Dar e Receber


O Direito ao Pertencimento

A consciência coletiva ou de clã é uma consciência de grupo, pois todo ser humano está ligado aos seus pais em uma comunidade de destino. Partilhamos também com nossos pais, aos seus clãs: do pai e da mãe, nossos avos, bisavó, tataravós etc... Existe um senso de ordem e equilíbrio que une todos os membros do clã, por exemplo: tios, avós, primos, ex-companheiro, crianças abortadas, alguém que morreu e beneficiou a família, etc...

Então, às vezes, uma pessoa sente que é excluída da família, e na verdade, a consciência dela está sendo fiel a um bisavô que foi excluído também.

Ao apresentar uma dificuldade, leva a família atual a “olhar para isso de forma mais ampla”.

Esse assunto é muito profundo e tem muitas outras variáveis que interferem nesse direito de pertencer. Mas algo é claro: todos tem direito de pertencer, independente daquilo que tenham feito, representado etc...

Este direito, segundo as Ordens do Amor, é um direito inalienável e todos têm.

Quando um membro de um clã reclusa a um membro anterior seu direito de pertencimento - seja porque desprezam, seja porque não querem reconhecer que ele abriu espaço para seus dependentes – ou quando não reconhecem algo pelo qual, ao contrário, deveriam ser-lhes gratos, um descendente da família se identifica com ele e o imita sem perceber nem conseguir evita-lo, pressionado pelo que é pelo senso de compensação da consciência de família. Muitas vezes ele nem sequer conhece o excluído e nada sabe sobre sua existência.

Sempre que um membro for negado o pertencimento haverá nos descendentes um ímpeto irresistível para restabelecer a integralidade perdida e compensar a injustiça ocorrida.

Segunda Ordem do Amor: A Hierarquia

Em toda a família predomina uma ordem arcaica e hierárquica. Quem veio primeiro tem precedência sobre quem veio depois. Portanto é determinada pelo tempo de pertencimento. Assim os que vem primeiro, em posição inferior.

Quem já foi membro de uma família tem preferência em relação aos que vem depois. Assim, os que vêm primeiro tem uma posição elevada em relação aos que vem depois, em posição inferior.

Desse modo, um avô tem precedência sobre o seu neto, assim como os pais tem precedência sobre seus filhos, e o primogênito, sobre seu irmão mais nosso, e assim por diante.

Na consciência da família os antepassados não estão em pé de igualdade. Muitas dificuldades manifestadas por crianças, com um comportamento agressivo ou estranho, e até mesmo doenças estão relacionadas ao fato de elas se encontrarem no lugar errado. Quando se acha o lugar para elas, na constelação familiar por exemplo, elas acabam mudando.

Terceira Ordem do Amor: O Equilíbrio

A ordem de dar e receber nos é determinada por meio da nossa consciência. Quando tomamos ou recebemos alguma coisa de alguém, sentimo-nos obrigados a compensá-lo de maneira correspondente.

Somente depois que fazemos isso é que nos sentimos livres novamente. A dependência deixa de existir, e ambos podem seguir seu caminho. Porém quando a restituição é insuficiente, a relação continua a existir em duplo sentido: o primeiro beneficiário sente-se em dívida com o segundo, que por sua vez ainda espera algo dele.

Algo diferente ocorre no relacionamento de casal, pois além da necessidade de compensação, nesse caso, o amor desempenha um papel. Isso significa que quando recebo algo de alguém que amo, restituo-o mais do que o equivalente. Assim, o outro se sente novamente em dívida comigo e me restitui um pouco mais. Surge um movimento crescente positivo, e o relacionamento ganha profundidade e amor.

Contudo ocorre desordem quando sempre dou mais que o outro do que ele pode restituir. Desse modo, a relação perde seu equilíbrio. Como consequência aquele que recebeu em excesso se aborrece e deixa a relaçao com desculpas esfarrapadas.

Apenas na relação entre pais e filhos a compensação entre dar e receber é anulada. Os filhos não podem compensar o que os pais lhe dão, pois receberam deles a vida, que é maior que tudo...

Essa ordem também pode ocorrer de maneira invertida, onde em vez de receber de quem veio antes e honrá-lo por isso, quer dar-lhe algo, como se fosse igual ou superior a ele.

Aqui tem algo importante com relação a inversão de papeis. Quando um filho infringe o ato de dar e receber ele é fortemente penalizado, em geral com o fracasso e a ruina e não tem noção da culpa no contexto.

Posso ilustrar com um exemplo simples: aquele filho que assume o lugar do pai e, além de prover a casa, dá ordens à todos e quer que tudo seja conforme a sua vontade.
Bert Hellinger - Meu Trabalho Minha Vida
********
Essas três Leis regem todos os relacionamentos, seja na família, nas empresas, em grupos de estudos, com chefias, com empregados...em toda relação elas atuam. E, todos nós, a todo momento, estamos infringindo alguma delas, porém o fato de tomarmos ciência de sua existência, podem nos levar a uma reflexão maior acerca das relações e de tudo que interfere nelas.

Espero que cada um tenha sido tocado de alguma forma, e que isso os leve a curiosidade de buscar um pouco mais sobre as Constelaçoes Familiares. Estas proporcionam grandes mudanças em todas as relações, principalmente nas famílias.

Bom dia, boa semana
Tais