domingo, 27 de outubro de 2013

Marido e Mulher - trabalho de compensação da Natureza

Gosto muito de ler sobre Verdades, independente de um credo religioso...Creio que na Verdade não existe o  sectarismo religioso e isto nos dá liberdade para sentir qual é o caminho a seguir. Tudo que não "prega" o sectarismo me agrada. 
Práticas de gratidão à família e a Deus, afinal ganhamos muitas coisas que normalmente esquecemos de agradecer...
Me deparei com este "pequeno livro" que é uma joia em termos de Verdade, e, especificamente esta Revelação nos diz com tanta simplicidade sobre o relacionamento homem/mulher e sua complementaridade. Ela é profunda . 
Quis dividir com vocês na intenção de levá-los a uma reflexão.
Bom proveito!
Tais


Revelação Divina Sobre O Viver Religioso

          "O viver religioso não é um viver despreparado. É o viver no qual há preparo completo em tudo. Provavelmente não existe um viver tão completamente preparado quanto um viver religioso. Não é apenas a mente que está completamente preparada, mas também a parte material está completamente preparada. 

Porque a matéria é sombra da mente, quando a mente estiver completamente preparada é que a matéria será concedida completamente, conforme a necessidade. A família é um corpo vivo e, por isso, quando o marido não faz os preparativos para o dia de amanhã, a mulher passa a providenciar para o dia de amanhã. 

Quando a mulher não providencia para o dia de amanhã, o marido o faz. Isso é o mesmo que a mão esquerda começar a funcionar quando a mão direita fica inutilizada. Isto porque existe uma providência no sentido de que assim ocorra através do trabalho de compensação da Natureza. Isso é uma providência da Natureza digna de gratidão; portanto, é bom que o casal se agradeça mutuamente um ao outro. 

Existem famílias profundamente religiosas nas quais o casal vive discutindo pelo fato de pensar que o viver religioso deva ser um viver em que não se providencia para o dia de amanhã e que seja descrente o seu cônjuge que faz preparos para o dia de amanhã. Porém tudo isso é crença errada. 'Não te preocupes com o dia de amanhã' não quer dizer 'não te prepares para o dia de amanhã'. 

Viver religioso não é o viver que, por exemplo, manda costurar o agasalho após a chegada do inverno. Mesmo que se deixe costurado, no outono, o agasalho necessário para o inverno, isso não é 'sofrer por coisas que não chegaram ainda'. Se a mente estiver controlada, saber-se-á perfeitamente desde o outono o que virá a ser necessário no inverno, e espontaneamente se desejará preparar essa coisa necessária. Esse 'espontaneamente' não se refere somente àquelas coisas que são dadas naturalmente através do exterior; existe espontaneidade também nas solicitações que brotam naturalmente do interior. 

É também espontaneidade o fato de um doente, que adoeceu por causa de um descontrole da mente, desejar o alimento adequado para a cura da doença quando a sua mente se torna controlada. O passarinho do campo quererá naturalmente construir o ninho antes da postura. Mesmo que o passarinho construa o ninho antes da postura, não quer dizer que ele esteja sofrendo por uma coisa futura. 

Embora se diga que 'o viver da Seicho-No-Ie' seja um viver que não se apega à matéria, não é um viver que abomina a matéria. É também mente apegada à matéria aquela que não tem tranquilidade por pensar que "precisa jogar fora o dinheiro porque ele é coisa abominável'. A matéria é sombra, por isso nela não há beleza nem fealdade. 

Assim como o passarinho sente vontade de construir o ninho antes da postura, o homem deseja naturalmente fazer o preparo. Quando isso acontecer, é bom deixar-se orientar pela solicitação que surge do interior. Se a mente estiver controlada, sentir-se-á, como manifestação dessa mente, no momento adequado, o desejo de preparar o que se deve. Não penses que todo aquele que se prepara seja pessoa de pouca fé. Há o viver em que, sem se estar preparado, está-se apreensivo pelo futuro; e também há o viver em que, sem apreensões pelo futuro, naturalmente se está preparado."

(Revelação Divina de 5 de dezembro de 1931)

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