Você já se sentiu em desequilíbrio emocional?
Quem nunca, não é?
Quando em desequilíbrio emocional você tentou voltar ao bem-estar rapidamente e sentiu dificuldade?
Sim, não é? Esforçar-se pode não ajudar em nada e até piorar o quadro emocional. Alguns recorrem aos exercícios mentais, que, isoladamente, também, podem não ser totalmente eficazes.
Sobre a mente racional por sinal há algo interessante a se apontar: desde o século XVII começamos a endeusar a Razão, achando que ela sozinha nos libertaria de nossos piores instintos, do emocionalismo, da escravidão pessoal e coletiva. De lá para cá a ideia era submeter a emoção e os instintos à razão, que seria a grande administradora do ser.
Sabemos bem que a emoção desacompanhada da razão pode levar à loucura, e há exemplos terríveis de pessoas que cometem desatinos quando tomadas por fortes emoções, como as que cometem assassinato numa crise de cólera. Assim, fez sentido, quando no século XVII, após longo período de obscurantismo e ignorância brutal, buscou-se na razão a luz necessária para tirar a civilização do caos em que vivia, sujeita a tiranias, miséria e péssimas condições de vida.
Mas ao olharmos para o século XX constatamos que não adiantou apenas a razão para nos libertar e trazer felicidade social, pois, assistimos e sofremos, no século passado, a ação de líderes tão cultos e inteligentes quanto frios e sanguinários, como Hitler e Sadam Hussein, para citar apenas dois dentre tantos lideres com semelhante perfil.
A partir dos avanços da psicologia e da neurociência descobriu-se que era preciso equilibrar a emoção e a razão, porque a razão desacompanhada de sensibilidade emocional torna-se fria, ácida e desumana.
Pois bem, até um tempo atrás, eu mesma entendia que isto bastava, ou seja, que deveríamos alcançar equilíbrio por meio desse binômio razão/emoção: de um lado a razão pondo ordem e sentido à emoção, e de outro lado a emoção levando inspiração e sensibilidade à razão.
Mas o equilíbrio muitas vezes, ainda assim, tornava-se distante. Uma vez que, razão e emoção buscam alívio de formas diferentes e precisam de recursos diversos para se estabilizar. O sofrimento mental ou emocional tende a persistir, bem como traumas tendem a permanecerem ativos e mágoas agitam o interior humano, mesmo que se busque o equilíbrio entre a razão e a emoção.
Mas o equilíbrio muitas vezes, ainda assim, tornava-se distante. Uma vez que, razão e emoção buscam alívio de formas diferentes e precisam de recursos diversos para se estabilizar. O sofrimento mental ou emocional tende a persistir, bem como traumas tendem a permanecerem ativos e mágoas agitam o interior humano, mesmo que se busque o equilíbrio entre a razão e a emoção.
Veja só, a linguagem utilizada pela razão e a linguagem utilizada pela emoção são muito diferentes, e esse ponto é crucial para a compreensão a respeito da dificuldade em se obter o equilíbrio emocional através do binômio: razão/emoção. A linguagem racional busca a lógica e esta não é uma linguagem que a emoção entenda. Cito um exemplo: se é fácil fazer um exercício mental e dizer para si mesmo: ”acalme-se!”, é difícil para a emoção acompanhar o raciocínio lógico e obedecer. A linguagem da emoção é a arte, a poesia, mostra-se através das expressões faciais e corporais, do tom de voz e não necessariamente do que é dito. Olha só a encrenca aqui armada. É preciso um intérprete entre as duas para que se entendam e possam se equilibrar e fortalecer.
É preciso conhecer e educar as emoções para que a mente as reconheça e discrimine. Isso facilita a busca do equilíbrio. Para tanto é necessário que nos dediquemos a perceber o que sentimos, a fim de ampliar nosso vocabulário emocional.
O meio adequado é parar de só olhar para fora e mergulhar intimamente, descortinando o universo interior, mas não numa perscruta mental, precisamos de novos recursos aqui, como a meditação e a arte em todas as
suas expressões, por exemplo. Além de dedicar tanta atenção educacional às emoções quanto dedicamos à razão. E veja só, nós dedicamos boa parte da nossa infância, adolescência e início da vida adulta frequentando instituições de ensino que se propõem a educar a mente. Buscamos educação para nos profissionalizarmos. Falta-nos o mesmo empenho com relação às emoções. Essa é uma dimensão interna desconhecida da maioria das pessoas.
suas expressões, por exemplo. Além de dedicar tanta atenção educacional às emoções quanto dedicamos à razão. E veja só, nós dedicamos boa parte da nossa infância, adolescência e início da vida adulta frequentando instituições de ensino que se propõem a educar a mente. Buscamos educação para nos profissionalizarmos. Falta-nos o mesmo empenho com relação às emoções. Essa é uma dimensão interna desconhecida da maioria das pessoas.
Boa parte de nós, no que concerne ao, autoconhecimento emocional é ignorante de si e, quando em sofrimento procura os consultórios de coaching, de psicólogos, ou remédios para tentar calar a voz emocional, mas não pratica um exercício constante de autoeducação emocional. Sequer há escolas especificamente destinadas a esse tipo de ensino desde a infância, e no que concerne ao autoconhecimento, esse é um empenho que deve ser constante e desde o início da vida.
Mas mesmo sendo imprescindível, o autoconhecimento emocional é apenas mais um passo na busca do equilíbrio emocional, pois, além dele e do desenvolvimento paralelo da mente é preciso estabelecer a comunicação ideal entre eles e ela ocorre em outro ponto do ser, no “coração”.
Em 1997, comecei a entender esse novo caminho para trazer o equilíbrio emocional almejado, acessando este novo ponto, para além do binômio razão/emoção.
Participei, naquele ano, de um curso chamado A Alquimia do Coração, ministrado no Brasil pelo Steve Johnson, produtor das essências florais do Alaska.
Nesse curso ele apresentava o conhecimento de que as forças do “coração”, quais sejam: o amor, o perdão, a gratidão, a generosidade, a compaixão, são como um dínamo curador de toda mazela emocional, além de serem importantes “nutrientes” para o processo da mente, humanizando-a. Era o coração afetivo e amoroso abrindo alamedas para o bem-estar e atuando como interlocutor da mente e da emoção.
Nesse curso ele apresentava o conhecimento de que as forças do “coração”, quais sejam: o amor, o perdão, a gratidão, a generosidade, a compaixão, são como um dínamo curador de toda mazela emocional, além de serem importantes “nutrientes” para o processo da mente, humanizando-a. Era o coração afetivo e amoroso abrindo alamedas para o bem-estar e atuando como interlocutor da mente e da emoção.
Esse aprendizado trouxe uma guinada à minha vida profissional e ao meu entendimento sobre cura e saúde.
Naquela época eu ainda era Fiscal Federal, e foi a partir desse curso sobre a cura através do “coração”, que decidi mudar meus rumos profissionais e pessoais, passando a usar as Essências Florais, que eu já estudava há anos, na rotina de meu trabalho, para pouco tempo depois, desligar-me do funcionalismo público federal e dedicar-me exclusivamente à pratica do uso das essências florais dentro de um programa de promoção da saúde e prevenção de doenças, como Terapeuta Floral, atendendo em consultório, dando aulas, e mais tarde formando novos terapeutas.
A partir daquele curso onde o “coração” era apresentado, em sua dinâmica afetiva, como a sede do sagrado e aonde a alquimia da vida florescia, foi mais fácil entender as premissas do Dr. Edward Bach, criador das primeiras essências florais, os conhecidos Florais de Bach, de que quem ama verdadeiramente a si e a sua vida, a algo ou alguém, amplia sua possibilidade de estar feliz e entusiasmado e estas são condições centrais para o desenvolvimento de uma boa saúde geral.
Lembrando que amar é verbo transitivo direto e exige ação direta no mundo para sua completa expressão.
Dali para frente, a percepção só ficou mais clara de que o movimento mais interessante a se criar, para haver equilíbrio emocional, precisava ter quatro dimensões que se interligassem num ponto comum e não apenas duas, razão/emoção, como eu inicialmente pensava, pois, o equilíbrio melhor se faz na ação de quatro instâncias interiores: emoção, razão, afetividade e espiritualidade, tendo como ponto convergente o “coração”.
E a linguagem do “coração” é acolhedora, amável, universal e passível de ser plenamente compreendida tanto pela mente quanto pela emoção, só requer treino .
Para termos a razão e a emoção em comunicação perfeita, o “coração” deve ser preenchido com expressões de afetividade amorosa, e de todas as demais dela decorrentes: gratidão, altruísmo, compaixão, generosidade, sensibilidade, capacidade de perdoar, fraternidade, humildade e, esta afetividade, só pode ser conquistada se nos espiritualizarmos, pois, o amor é, também, profundamente espiritual, e impossível de se expandir, plenamente, cerceado por crenças e desejos céticos e materialistas.
O amor que se prende numa proposta racional
e materialista de se ver e viver a vida, rapidamente se confunde com apego, medo, angustias, aflição, ansiedade, tensão, e quando contrariado enfurece, deprime, adoece, perde-se o foco do seu desenvolvimento, e sem sua participação ativa, não há como serenar as emoções em turbulência.
e materialista de se ver e viver a vida, rapidamente se confunde com apego, medo, angustias, aflição, ansiedade, tensão, e quando contrariado enfurece, deprime, adoece, perde-se o foco do seu desenvolvimento, e sem sua participação ativa, não há como serenar as emoções em turbulência.
Espiritualizar-se significa aqui perceber que a vida material, bem como Aquele que a criou e o espírito que a anima, tem um sentido e uma direção para além do nascer, viver e morrer. Que há um sentido transcendente e inteligente em toda vida e que este sentido é o próprio Amor em ação.
Quando a razão e a emoção, a afetividade e a espiritualidade, estão em equilíbrio, percebe-se que a mente está a serviço do “coração”, bem como as emoções, e que o “coração” está a serviço não dos instintos e paixões, mas do amor espiritualizado, onde a interlocução de todas as partes de nosso ser acontece.
Temos aqui o surgimento da inteligência afetiva trazendo um novo sentido às experiências vividas e sentidas, e um renovado senso de pertencimento, nos resgatando como seres humanos dos desequilíbrios emocionais e mentais, elevando nossa condição pessoal para a de maturidade e equilíbrio pessoal, levando-nos à lucidez e à sabedoria, e consequentemente a uma melhor autoestima também.
O caminho requer comprometimento com o autoconhecimento, com a escolha de desenvolver-se emocionalmente, conhecendo-se, descobrindo como se sente, fazendo sempre uma ponte com o “coração”, que deve se desenvolver nas áreas de generosidade, da compaixão e das magnitudes dos afetos humanos.
Nessa jornada eu conto com o apoio da respiração ritmada e com a atenção plena, com a observação serena da natureza, com a meditação em compaixão, com o uso das essências florais apoiadoras do processo de desenvolvimento da inteligência afetiva, com as orações e a reflexão, juntamente com a busca de ações éticas e amorosas e com a correção daquilo que em mim percebo que está fora do objetivo de minha busca por um bem-estar integral.
Os exercícios físicos e a alimentação mais natural e adequada são, também, bem-vindos.
É bom saber que a conquista do equilíbrio emocional, praticado dessa forma, é libertador.
Um caminho que vale a pena trilhar!
Thais Accioly
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Por diversas vezes me perguntam: "Mas de novo essa questão em minha vida"? E eu respondo: Sim, provavelmente ainda não está resolvida...
Outras vezes perguntam: "Mas eu tive uma percepção fantástica, mudei muitas coisas, compreendi outras, e agora parece que aquilo era pouco e veio mais?" E eu respondo: Só compreendemos até onde nos é possível...o crescimento espiritual e conhecimento de si não acaba nunca. A evolução do ser é uma constante. Se não, qual seria nosso objetivo nesta vida?
Existe até uma metáfora interessante, ondo se diz que somos como cebola - cheios de camadas, e elas vão saindo e gerando/proporcionando assim, um maior aprofundamento.
Que bom não é? Crescimento constante... depende apenas de nossa busca, e chegando a hora, elas acontecem mesmo quando não queremos, seja através de uma doença, de uma situação inesperada etc...
Bom dia!
Tais
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