domingo, 31 de outubro de 2021

Ansiedade sem motivo? O que fazer …

"Às vezes, por nenhuma razão aparente, chegam e começamos viver de repente sentimentos desagradáveis: ansiedade, angústia, medos, pensamentos ruins: ... algo de caótico e confuso, que tira a paz, e que também nós mostra como conseguimos lidar e reagir. Mas cuidado! nestes casos, se podem cometer erros que transformam um episódio em algo de duradouro; em um sofrimento por longo tempo.

As supostas causas da ansiedade nunca são as reais.

O erro que mais as pessoas cometem quando chega uma desmotivada ansiedade, é tentar compreendê-la, explicá-la. O caos irrompeu de repente dentro de nós e imediatamente tentamos dar-lhe uma ordem, para "normaliza-lo“, para curá-lo, a fim de fazê-lo desaparecer em breve.

Como fazemos isso? Em duas maneiras erradas:
Primeira, procuramos uma causa que esteja a base dessas sensações desagradáveis; Em segundo lugar, a identificamos em um evento, ou em uma pessoa, ou em uma situação que não ocorreu ou, até mesmo, em nós mesmos, alanceando uma nossa deficiência e nós cobrando por isso. "Algumas brigas com meu filho me dão angústia: e se eu estivesse errada? Talvez sou muito egoísta? Talvez não sou uma boa mãe. Nunca vou me perdoar ", Ou. “Desde que ele me deixou, nunca fui mais a mesma. Ele era minha luz. Minha ansiedade decorre de lá”.

E assim por diante. Como podemos ver a partir dos exemplos, identificar "a causa do mal-estar“ significa colocar nossas vidas no banco dos réus para julgar o que está errado. Nós olharmos com o olhar frio de uma análise racional. Na verdade procurar a causa da dor da alma pode nós machucar mais do que as mesmas dores. A "causa" nada é senão uma simplificação brutal de complexidade do mundo interior, que não se baseia na lei de causa e efeito.

Quer parar com a ansiedade? Aceite-a.

Mesmo o sofrimento tem a sua utilidade.

O que sofre de ansiedades, medos e assim por diante, está passando por um momento especial: por um lado, está agarrado a uma imagem de si mesmo, a uma ordem muito rígida de sua vida; de outro lado, a sua “alma”, a partir de dentro, está tentando arranhar essa ordem, para destruí-la através do caos. Este, portanto, desempenha um papel positivo: o desconforto interno vem porque quer que voltemos ao jogo da vida com o nosso caminho; escutando-o, irá embora. Nós permitindo para nós mesmos, as ideias, impressões e imagens que são formadas em nós, tomaremos consciência de como a dor passa mais rapidamente do que o esperado. Se perdermos tempo a explicar nossas dificuldades, nós apenas as tornaremos inúteis, e também ficarão mais crônicas.

Para evitar que isso aconteça, tentamos dizer o que nós sentimos com muitas, muitas poucas palavras: o que não pode ser dito em uma palavra, é sempre uma criação mental. "Minha ansiedade vem de longe, é uma longa história ...." Se você diz "é uma longa história", isso significa que na sua cabeça, há sempre o mesmo episódio, uma reprodução infinita. Você quer continuar a jogar assim, transformando-o em um companheiro de viagem. Apaga de sua mente a ideia de que há uma sequência de experiências que nos marcaram uma após a outra, e deixa de se sentir especial, apenas porque tem um deságio."

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Estas afirmações não são muito simples para compreendermos...
Durante muito tempo eu agia e pensava desta forma com relação aos problemas e dificuldades... Pra mim eram intransponíveis, e não via outra saída, a não ser conviver com elas. Já faziam parte de minha trajetória.

Não era nada simples conviver com elas, pois o gasto energético era enorme, e as consequências não demoravam a surgir: dores físicas, indisposições e rupturas de relações, e toda a gama de dificuldades que eu já nem percebia como tal, pois a "incorporação" que fiz em um padrão de respostas ao qual me habituei, já "normal" viver assim.

Às vezes fazia um curso, um workshop, ou encontrava uma excelente terapeuta... e saia dali carregada de alternativas, motivações e vibração, mas com 1 mês...mais nada daquilo existia! E eu seguia com o mesmo padrão e me perguntando o porquê daquele retorno às dificuldades e dores de toda natureza.

Aí, há três anos , me deparei com um método que trazia a chave para lidar com estes enigmas... e, está sendo uma grande descoberta com transformações inacreditáveis. O método Synergy Place apresentou-me esta chave chamada frequência, onde o propósito é que cada pessoa encontre, ative e saiba nutrir o que já existe dentro de todos nós: o nosso Potencial Pleno!
Inicialmente não acreditei, mas ofereceram à mim, a possibilidade de experimentar o método por 30 dias gratuitos, numa oportunidade chamada Sinergia. E foi o que fiz. Fiquei muito surpresa com os benefícios... e optei por dar continuidade aos meus estudos.

Hoje sou Orientadora do Método Synergy Place e permaneço com as transformações de todos os dias, pois continuo aluna também...
Mudou TUDO - potencializei minhas outras atividades profissionais, pessoais, etc...
Se você interessou-se por esse meu depoimento, poderás experimentar também.
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Boa semana para vocês!
Taís

domingo, 10 de outubro de 2021

Co-dependência


Co-dependente é uma pessoa que tem deixado o comportamento de outra afetá-la, e é obcecada em controlar o comportamento dessa outra pessoa.
A outra pessoa pode ser uma criança ou um adulto, amante, cônjuge, irmão, irmã, avô o avó, pai ou mãe, cliente ou um melhor amigo ou amiga. Essa pessoa pode ser alcoólica, viciado em drogas, física ou mentalmente doente, uma pessoa normal que ocasionalmente se sinta deprimida, ou uma das pessoas mencionadas antes.

Contudo, o centro da definição da recuperação não está na outra pessoa - por mais que acreditemos que esteja. Está em nós mesmos, nas formas com que deixamos que o comportamento de outras pessoas nos afetam e nas formas com que tentamos afetá-las: a obsessão, o controle, o "ajudar" obsessivo, tomar conta, a baixa autoestima beirando o ódio a si próprio, a auto repressão, a abundância de raiva e culpa, a dependência peculiar em pessoas peculiares, a atração e tolerância pelo bizarro, outros desvios que resultam no abandono de si mesmo, problemas de comunicação, problemas de intimidade, e uma viagem em círculos através do processo de tristeza de cinco estágios.

A co-dependência é uma doença ? Alguns especialistas dizem que não; dizem que é uma reação normal em pessoas anormais.

Outros especialistas dizem que a co-dependência é uma doença ; uma doença crônica e progressiva. Sugerem que os co-dependentes querem e precisam de pessoas doentes e em volta deles para estar felizes de uma maneira não saudável. Dizem por exemplo, que a mulher de um alcoólico precisa casar-se com um alcoólico, e escolheu porque percebeu em conscientemente que ele era alcoólico ponto além disso, ela precisava de que ele bebesse e ao mata a maltratasse para se sentir satisfeita.

Esse último julgamento pode ser demasiadamente duro. Estou convencida de que os co-dependentes precisam de crueldade em suas vidas. Outras pessoas já foram cruéis o bastante conosco. Já fomos cruéis do bastante com nós mesmos. Amigos, já sofremos bastante. Temos sido vítimas de doenças e de pessoas. Cada um de nós deve decidir qual papel devemos em nossa transformação em vítimas.

E não sei se a co-dependência é ou não uma doença. Não sou especialista. Mas para dizer o que acredito, deixe-me completar a breve história da co-dependência que iniciei antes.

Embora os primeiros grupos de Al-Anon tenham sido formados nos anos 40, estou segura de que poderíamos voltar ao começo dos tempos e dos relacionamentos humanos e encontrar vislumbres de comportamento co-dependente. As pessoas sempre tiveram problemas, e outras pessoas sempre cuidaram dos amigos e parentes perturbados. As pessoas certamente estiveram presas aos problemas de outros desde que os relacionamentos começaram.

A co-dependência provavelmente tem acompanhado o homem desde muito antes de Cristo até "estes tempos geralmente desgraçados do século 20", como disse Moler Safer no programa de TV Sixty Minutes desde que as pessoas existem, elas têm feito todas as coisas peculiares que chamamos de "co-dependente". Têm-se preocupado à exaustão com outras pessoas. Têm tentado ajudar de formas que não ajudam ponto tem dito sim quando querem dizer não. Têm tentado que outras pessoas façam as coisas à sua maneira. Têm feito de tudo para evitar ferir o sentimento das pessoas e, fazendo isso, têm ferido si mesmos. Têm tido medo de confiar em seus sentimentos. Têm acreditado em mentiras e depois se sentido traídas. Têm desejado vingar-se de outros e puni-los. Têm sentido tanta raiva que desejaram matar ponto tem lutado por seus direitos enquanto outros diziam que não tinham nenhum. Têm usado sacos de estopa, porque não acreditam que mereciam seda.

Os co-dependentes sem dúvida também têm feito coisas boas. Por natureza, são benevolentes-preocupados e dedicados com as necessidades do mundo. Thomas Wright escreveu no livro Co-dependency, An Energing Issue: "suspeito que historicamente os co-dependentes têm atacado injustiça social e lutado pelos direitos dos mais fracos pontos os independentes querem ajudar. E creio que ajudaram. Mas provavelmente, morreram achando que não fizeram o bastante e sentindo-se culpados.

"É natural desejar proteger e ajudar as pessoas que nos são caras. É também natural sermos afetados e reagimos aos problemas das pessoas à nossa volta. Quando um problema se torna mais sério e continua insolúvel, ficamos ainda mais afetados e reagimos mais intensamente a ele. "

A palavra reagir é importante aqui. Seja de que maneira se aborde a co-dependência, como se defina isso, e de qualquer enquadramento ou referência que se escolha para diagnosticá-la e tratá-la. Co-dependentes são reacionários. Eles reagem demais. Reagem de menos. Mas raramente agem. Eles reagem os problemas, as dores, a vida e ao comportamentos de outros. Reagem aos seus próprios problemas, as suas dores e ao seu comportamento. Muitas reações de co-dependentes São reações atenção e a incerteza de viver ou crescer com alcoolismo ou outros problemas. E é normal reagir à tensão. Não é necessariamente anormal, mas é heróico e é um salva-vidas aprender a não reagir agir, e agir de formas mais saudáveis. A maioria de nós, entretanto, precisa de ajuda para aprendermos a fazer isso.

Talvez uma das razões de alguns especialistas chamarem a co-dependência de doença é porque muitos co-dependentes estão reagindo a uma doença como o alcoolismo.

Outra razão para a co-dependência ser chamada de doença é porque ela é progressiva. A medida que as pessoas à nossa volta se tornam mais doentes, nós começamos a reagir mais intensamente. O que começou como um pouco de preocupação pode causar isolamento, depressão, doenças físicas ou emocionais ou fantasia suicidas. Uma coisa leva a outra, e as coisas ficam piores. A co-dependência talvez não seja uma doença, mas pode fazer de você um doente. E pode contribuir para que as pessoas à sua volta continuem a ficar doentes.

Outra razão pela qual a co-dependência é chamada de doença é porque os comportamentos do co-dependente - como  muitos comportamentos autodestrutivos -  tornam viciosos. Repetimos os vícios sem pensar. Os vícios tem vida própria

Seja qual for o problema que a outra pessoa tenha, a co-dependência envolve um sistema vicioso de pensar sentir e comportar-se com relação a nós mesmos e aos outros que nos pode causar dor. Comportamentos co-dependentes ou viciosos são auto-destrutivos. Frequentemente, reagimos a pessoas que se estão destruindo; reagimos aprendendo a destruir a nós mesmos. Esses vícios podem levar-nos, ou manter-nos, em relacionamentos destrutivos, em relacionamentos que não funcionam. Esses comportamentos podem sabotar relacionamentos que poderiam, de outra forma, ter dado certo. Esses comportamentos podem impedir que encontremos paz e felicidade com a pessoa mais importante de nossa vida - nós mesmos. Esses comportamentos pertencem à única pessoa que cada um de nós pode controlar, a única pessoa que podemos modificar: nós mesmos. Esses problemas são nossos.

Atividade:
  • Como você definiria a co-dependência?
  • Você conhece alguém que tenha afetado sua vida significativamente, alguém com quem você se preocupa e quem desejaria poder mudar? quem? Escreva vários parágrafos sobre essa pessoa e seu relacionamento. Depois, leia o que escreveu. Quais são os seus sentimentos?
Excertos do cap 3- Co-dependência nunca mais, Melody Beattie.
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Estive com esse livro em mãos por várias vezes e não me interessei pela leitura. Porém, em uma aula, o mesmo foi mencionado e despertou minha curiosidade.

Iniciei a leitura, e, a cada página, fui me surpreendendo. É o tipo de leitura recomendável a qualquer pessoa, pois todos temos co- dependências... E ter noção disso - muda tudo.
Mudar é possível e trazer a responsabilidade para si é importante. Talvez seja necessário buscar ajuda...
Faça uma pequena análise de seu exercício e perceba...
Pergunte-se: Preciso de ajuda?
Recomendo fortemente essa leitura.

Boa semana!

Tais

domingo, 3 de outubro de 2021

As três Leis do Amor - um novo olhar sobre os relacionamentos



As Ordens do Amor é um conjunto de “Leis” que regem a estrutura familiar, como uma força invisível que tem a função de manter o equilíbrio do Sistema. Toda vez que ela é desorganizada, surge o desequilíbrio, através de um ou mais membros que compõe o sistema.

Bert Hellinger, através de sua observação do processo das Constelações nos sistemas familiares, concluiu que estes tem uma espécie de consciência que exige que o mesmo esteja em ordem.

Para manter a ordem, esta consciência segue a risca três princípios básicos: Pertencimento, Hierarquia e Equilíbrio entre Dar e Receber.

Se o sistema está em desequilíbrio ´´e porque pelo menos uma das ordens está sendo desrespeitada (este desrespeito acontece de forma inconsciente).

Essas leis nada tem a ver com ética ou moral, tampouco se orientam pela compreensão. Quando infringidas provocam sofrimentos emocionais, mas também físicos. Trata-se de leis universais que chamou Ordens do Amor.

AS Ordens do Amor foi precedida por outro conhecimento revolucionário: os diferentes tipos de consciência – a coletiva e a pessoal.

Consciência pessoal é aquela vivida no sentido por meio da qual percebemos diretamente o que é necessário para pertencermos a família ou a um grupo. È como um senso de equilíbrio: assim que nos afastamos do equilíbrio sentimos tontura. Essa sensação nos leva a tentar corrigir nossa postura de imediato, para que possamos recuperar o equilíbrio e a estabilidade.

Algo semelhante faz a consciência pessoal. Quando alguém se afasta do que é válido em sua família ou em seu grupo, ou seja, que precisa temer que poderá ser excluído do grupo devido à sua ação, fica de consciência pesada

Como essa situação é muito desagradável, a consciência pesada o leva a mudar seu comportamento, para que ele possa voltar a fazer parte do grupo.

Desse modo vivenciamos a consciência como boa e má consciência. Na boa nos sentimos bem, na má nos sentimos mal.

Ficamos com a má consciência quando pensamos, sentimos e fazemos alguma coisa que não corresponde às expectativas nem as exigências daquelas pessoas daqueles grupos aos quais queremos e, muitas vezes até precisamos pertencer e que são muito importantes para o nosso bem estar e até a nossa sobrevivência.

A sensação de proteção que esse pertencimento nos proporciona é boa e nos faz bem. Não precisamos nos preocupar em ficar sozinhos ou desprotegidos de um momento para o outro. Portanto, de certo modo, nossa consciência fica atentas para que continuemos ligados a essas pessoas e grupos.

Quando percebe que esse pertencimento é ameaçado e nos afastamos dos outros, nossa consciência reage e ficamos com medo.

Por nos unir apenas a determinados grupos e pessoas, excluindo outros, essa consciência é limitada. Por conseguinte, as distinções de bem e mal também valem para ela. Sentimos como consciência tudo que nos assegura nosso pertencimento.

De nosso próprio ponto de vista, não refletimos se ela é realmente boa ou se pode até ser ruim para nós e para os outros. Sem pensar, sentimos e defendemos o que consideramos bom, uma vez que só é percebido como boa consciência – mesmo quando, para um observador fora desse campo espiritual, pareça estranho ou até ameaçador à vida de muitos.

A mesma coisa vale para o mal. Porém nesse caso, ele é sentido por nós com maior intensidade do que o bem, pois está ligado ao medo de perdermos o nosso pertencimento e, com ele, esse vínculo é afrouxado e, com ele, também a consciência.

Contudo os fracos permanecem fiéis porque estão ligados. Em uma família, são as crianças; em uma empresa, os funcionários de baixo escalão; em um exército, os soldados rasos; em uma igreja, os fiéis;

Para o bem dos fortes, arriscam conscientemente, a saúde, a inocência, a felicidade, e a vida, mesmo quando os fortes os exploram sem nenhum escrúpulo, por aquilo que chamam de “fins superiores”.

Toda a diferenciação entre bem e o mal, entre eleito e rejeitado ou entre céu e inferno vem da consciência.

A consciência nos mantém no grupo, assim como o cão mantém as ovelhas no rebanho. Porém quando mudamos de grupo, como um camaleão, ela também muda de coloração para nos proteger.

Agora com uma percepção do que é consciência pessoal e consciência coletiva, segue as Ordens do Amor, que são três:

1. O Direito de Pertencer

2. A Hierarquia

3. O Equilíbrio entre o Dar e Receber


O Direito ao Pertencimento

A consciência coletiva ou de clã é uma consciência de grupo, pois todo ser humano está ligado aos seus pais em uma comunidade de destino. Partilhamos também com nossos pais, aos seus clãs: do pai e da mãe, nossos avos, bisavó, tataravós etc... Existe um senso de ordem e equilíbrio que une todos os membros do clã, por exemplo: tios, avós, primos, ex-companheiro, crianças abortadas, alguém que morreu e beneficiou a família, etc...

Então, às vezes, uma pessoa sente que é excluída da família, e na verdade, a consciência dela está sendo fiel a um bisavô que foi excluído também.

Ao apresentar uma dificuldade, leva a família atual a “olhar para isso de forma mais ampla”.

Esse assunto é muito profundo e tem muitas outras variáveis que interferem nesse direito de pertencer. Mas algo é claro: todos tem direito de pertencer, independente daquilo que tenham feito, representado etc...

Este direito, segundo as Ordens do Amor, é um direito inalienável e todos têm.

Quando um membro de um clã reclusa a um membro anterior seu direito de pertencimento - seja porque desprezam, seja porque não querem reconhecer que ele abriu espaço para seus dependentes – ou quando não reconhecem algo pelo qual, ao contrário, deveriam ser-lhes gratos, um descendente da família se identifica com ele e o imita sem perceber nem conseguir evita-lo, pressionado pelo que é pelo senso de compensação da consciência de família. Muitas vezes ele nem sequer conhece o excluído e nada sabe sobre sua existência.

Sempre que um membro for negado o pertencimento haverá nos descendentes um ímpeto irresistível para restabelecer a integralidade perdida e compensar a injustiça ocorrida.

Segunda Ordem do Amor: A Hierarquia

Em toda a família predomina uma ordem arcaica e hierárquica. Quem veio primeiro tem precedência sobre quem veio depois. Portanto é determinada pelo tempo de pertencimento. Assim os que vem primeiro, em posição inferior.

Quem já foi membro de uma família tem preferência em relação aos que vem depois. Assim, os que vêm primeiro tem uma posição elevada em relação aos que vem depois, em posição inferior.

Desse modo, um avô tem precedência sobre o seu neto, assim como os pais tem precedência sobre seus filhos, e o primogênito, sobre seu irmão mais nosso, e assim por diante.

Na consciência da família os antepassados não estão em pé de igualdade. Muitas dificuldades manifestadas por crianças, com um comportamento agressivo ou estranho, e até mesmo doenças estão relacionadas ao fato de elas se encontrarem no lugar errado. Quando se acha o lugar para elas, na constelação familiar por exemplo, elas acabam mudando.

Terceira Ordem do Amor: O Equilíbrio

A ordem de dar e receber nos é determinada por meio da nossa consciência. Quando tomamos ou recebemos alguma coisa de alguém, sentimo-nos obrigados a compensá-lo de maneira correspondente.

Somente depois que fazemos isso é que nos sentimos livres novamente. A dependência deixa de existir, e ambos podem seguir seu caminho. Porém quando a restituição é insuficiente, a relação continua a existir em duplo sentido: o primeiro beneficiário sente-se em dívida com o segundo, que por sua vez ainda espera algo dele.

Algo diferente ocorre no relacionamento de casal, pois além da necessidade de compensação, nesse caso, o amor desempenha um papel. Isso significa que quando recebo algo de alguém que amo, restituo-o mais do que o equivalente. Assim, o outro se sente novamente em dívida comigo e me restitui um pouco mais. Surge um movimento crescente positivo, e o relacionamento ganha profundidade e amor.

Contudo ocorre desordem quando sempre dou mais que o outro do que ele pode restituir. Desse modo, a relação perde seu equilíbrio. Como consequência aquele que recebeu em excesso se aborrece e deixa a relaçao com desculpas esfarrapadas.

Apenas na relação entre pais e filhos a compensação entre dar e receber é anulada. Os filhos não podem compensar o que os pais lhe dão, pois receberam deles a vida, que é maior que tudo...

Essa ordem também pode ocorrer de maneira invertida, onde em vez de receber de quem veio antes e honrá-lo por isso, quer dar-lhe algo, como se fosse igual ou superior a ele.

Aqui tem algo importante com relação a inversão de papeis. Quando um filho infringe o ato de dar e receber ele é fortemente penalizado, em geral com o fracasso e a ruina e não tem noção da culpa no contexto.

Posso ilustrar com um exemplo simples: aquele filho que assume o lugar do pai e, além de prover a casa, dá ordens à todos e quer que tudo seja conforme a sua vontade.
Bert Hellinger - Meu Trabalho Minha Vida
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Essas três Leis regem todos os relacionamentos, seja na família, nas empresas, em grupos de estudos, com chefias, com empregados...em toda relação elas atuam. E, todos nós, a todo momento, estamos infringindo alguma delas, porém o fato de tomarmos ciência de sua existência, podem nos levar a uma reflexão maior acerca das relações e de tudo que interfere nelas.

Espero que cada um tenha sido tocado de alguma forma, e que isso os leve a curiosidade de buscar um pouco mais sobre as Constelaçoes Familiares. Estas proporcionam grandes mudanças em todas as relações, principalmente nas famílias.

Bom dia, boa semana
Tais

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

O controle



Sinto confiança quando renuncio ao controle. Com confiança deixo algo meu para outra pessoa. Ela o aceita, porém à sua maneira especial. Não posso interferir enquanto confio. Tenho me adaptar. Assim que começo a duvidar e a tomar providências, para que ocorra algo além do que eu havia imaginado, assume eu mesmo o controle e a confiança cessa. Aquele ou aquilo que eu antes houvera confiado acaba por afastar-se de mim.

Contudo, às vezes tenho de assumir as rédeas da situação, por exemplo, quando alguém em quem confiei, assume as rédeas do que lhe confiei, como se a situação lhe pertence e, assim, ele pudesse me controlar e me subordinar em vez de, concordância comigo, confiar aquilo que é comum a nós dois.

Portanto, assim como eu, ele também terá de renunciar o controle e confiar em algo superior em nós. Então, minha confiança se revelará justificada. Ela vai crescer, aprofundar-se e unir-nos em uma missão comum, em um objetivo comum, conectando nos com humildade a algo que também nos unirá a muitas pessoas em favor do progresso delas. Essa confiança será recompensada.

No entanto, naquilo que faço e no que me dado como tarefa. Eu mesmo também tenho confiança na liderança de algum culto que me engaja em prol dos outros e de algo que me é superior.

Por isso, muitas vezes tenho de ficar em silêncio, ouvir interior- mente, esperar por um estímulo que, por assim dizer, chegue até mim vindo de fora. Preciso ser conduzido e carregado por ele em uma direção que talvez me cause medo, pois tenho que superar minhas forças, meu conhecimento e a  percepção adquirida até o momento. 

Essa é autêntica confiança. Abrangente e verdadeiramente humilde, nunca é frustrada.
Bert Hellinger - Meu Trabalho Minha Vida
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Percebo que , na verdade, o excesso de controle reside em achar que se pode tudo...ou que as coisas tem que ser como EU quero!

A vida nos mostra várias vezes que precisamos largar o controle...mas como? Se não tenho nem consciência das emoções que permeiam toda a minha vida...

Sem consciência não temos como fazer outro caminho, mesmo com as situações conflitantes presentes. A tomada de consciência nos trás mais liberdade de ação.
Perceber que erramos não é problema... podemos ter, além do reconhecimento, a humildade para buscar alternativas pra lidar com aquilo que vemos!

E podemos ter sempre presente que às vezes, somente "errando" é que perceberemos. Mas, depois da tomada de consciência, a mudança é natural.

Boa semana!
Tais


domingo, 29 de agosto de 2021

A unidade e a diversidade

 A palavra unidade é somente compreensível, se existe algo diverso. Sem algo diferente não existe unidade, pois a unidade é aquilo que sintetiza e une coisas diferentes. A imagem mais linda da unidade de coisas diferentes é o casal. Não se pode imaginar uma coisa tão diferente como um homem e uma mulher. Eles são diferentes sobre todos os aspectos, mas mesmo assim relacionados um ao outro.


 Essa é uma imagem, creio eu, para completude da natureza, que a diversidade atua conjuntamente para uma unidade, para algo maior. O universo, a terra ou a natureza são unidade de coisas diferentes. quando se tem isto em vista pode se ver daí como é que um relacionamento o amor pode dar certo: quando o diferente continua sendo diferente e mesmo assim se funde numa unidade. O reconhecimento da diversidade produz essa profunda unidade e é  justamente a diferença e também o contraditório vivenciado que atuam de modo criativo.

 Tão logo se nivela umas diferenças e diversidades não sei tem unidade, mas a monotonia. Mas isso tem pouca força criativa. Somente esse contraste e a sua atenção produzo novo e o terceiro. Por isso, no relacionamento a dois é importante que o homem permaneça homem, mesmo que algumas vezes não agrade a mulher que os homens sejam diferentes. E, ao contrário, que a mulher permaneça mulher, mesmo que algumas vezes não agrade aos homens que as mulheres sejam  como elas são.

Porque o homem é diferente da mulher e a mulher é diferente do homem, existe em alguns relacionamentos o empenho de nivelar as diferenças depois de algum tempo, que o homem queira puxar a mulher para o seu lado, para que ela se torne como ele é o que é mulher queira puxar o homem para o seu lado, para que ele se torne como ela é. Por um lado, isso é mais cômodo, mas depois de um certo tempo faltam ao relacionamento atenção e força. Por isso sou defensor da manutenção da diversidade e do cultivo das diferenças.

Para que o amor de certo

O amor dá certo de muitas formas, e essas formas dependem uma das outras. A base para que o amor entre o homem e a mulher de certo é o amor da criança pelos pais e dos pais pela criança. Quando existem dificuldades no relacionamento a dois, isto frequentemente está ligado ao fato de que aquilo que antecede o amor entre o casal ainda precisa de uma solução. Isto porque no relacionamento a dois queremos alcançar algo que talvez não tenhamos conseguido no amor pelos nossos pais. Mas isso não dá certo sem que, primeiramente, o amor pelos pais comece a fluir.


Algo mais precisa ser observado para que o amor de certo. O amor dá certo preliminarmente ponto é uma fase em todo maior e aspira uma completude. A completude do amor e a despedida no final. O amor entre o casal-Nas desilusões que algumas vezes traz, nas crises que algumas vezes traz hífem uma preparação para despedida. Quando a despedida no amor é vivenciada desde o começo, o amor recebe, face a despedida, algo precioso. Exatamente porque a limitado. Isso também tem que ser com considerado.


Por isso olhamos para as crises no relacionamento de casal com calma e serenidade e tratamos delas com calma e serenidade. Nesse sentido, espero que encontramos boas soluções, tanto no que se refere ao relacionamento entre homem e mulher, entre pais e filhos e em relação ao todo maior, no qual amor está inserido e no qual também, mais tarde se completa.
Bert Hellinger - A fonte não precisa perguntar pelo caminho
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Bert é genuíno em seus escritos, e, para mim, a cada leitura/estudo algo especial é compreendido e percebido. 
Sinto em meu trabalho o quanto o conhecimento sobre as Constelações, a psicologia , o Synergy Place,... potencializa , fortalece e agiliza as soluçoes.

Se o cliente está aberto para dar permissão ao seu sistema - para que a dificuldade oculta se mostre - a solução vem junto, 
"abraçadinha" com a dificuldade...e algo novo surge!

Na verdade a Unicidade e a Separatividade sempre estão presentes, e quando se consegue perceber o que atua, o cliente pode tomar outra direção - vista por ele mesmo - através de seu livre arbítrio. Isso é mudança de referencial.

"A inação, também é uma ação, renunciar ao mundo é uma fuga de suas responsabilidades.
Você deve agir, mas agir sem apego aos resultados"
Bom dia e boa semana.
Taís
tais.synergyplace.com.br

domingo, 8 de agosto de 2021

Par nada perfeito


O isolamento nos fez descobrir outras facetas de quem mora com a gente e de nós mesmas. Com isso, o número de separações disparou no último ano, mas dá mesmo para culpar a pandemia ?

Num domingo de abril de 2020, a professora carioca Luanda e o marido assistiam a uma live de música sertaneja na televisão. Estavam ambos calados olhando para os próprios celulares, sem trocar uma palavra. Incomodada ela quebrou o silêncio: "você consegue se enxergar daqui uma semana nessa mesma situação?".

A resposta do parceiro, com quem vivia há três anos, foi negativa. Ali ao som de Henrique e Juliano, resolveram dar um ponto final no relacionamento. "Ainda estávamos no início da quarentena, mas já não nos suportavamos mais. Um respirava, outro se irritava ", conta Luanda.

A pandemia tem sido apontada como a grande vilã nas estatísticas de separação, que explodiram no último ano. "A vida a dois já é um desafio numa situação normal. Envolve equalizar valores e costumes diferentes, é uma negociação que vai ficando cada vez mais refinada com o passar dos anos. No confinamento os problemas relacionais se agravam. É provável que as questões conjugais já existentes tenham se tornado mais óbvias com as mudanças na rotina. O ponto de atrito entre os casais aumentou .Antes, o dia era quebrado pela reunião de trabalho, academia, happy hour, mas agora há mais oportunidades de observação de si mesma e do par.

Luanda concorda: "Nosso relacionamento vinha se arrastando há meses. No corre-corre do dia a dia, não parávamos para refletir, mas a quarentena me deu a oportunidade de rever o meu casamento e percebi que nossos projetos de vida eram diferentes."

É inegável o peso da pandemia sobre as relações humanas. O excesso de convivência, o medo da contaminação, as consequências econômicas e o luto, presentes de forma mais brutal, influenciam no cotidiano familiar. Tudo isso é gatilho para gerar estresse, mal-estar e conflito. Porém, o determinante na decisão de se separar ou não depende do ponto em que a relação está, se há comunicação efetiva, intimidade e afinidades. O casal precisa ter as ferramentas para solução de conflitos, assim, não necessariamente a separação será consequência dos desentendimentos.

Na casa da advogada Renata a desconexão entre o casal era evidente. "Antes da pandemia, tínhamos uma vida social agitada, o que nos distraia das diferenças entre nós. A gente vai se ocupando, evitando olhar muito para dentro de casa. Era fácil culpar a falta de tempo pela ausência de diálogo, mas, no último ano, essa justificativa não valeu mais." Juntos há 10 anos, o casal não brigava, mas a irritação mútua era constante. Foram meses difíceis. Ambos ficaram em home office e o filho, de quatro anos, passou a ter aulas online. "Foi enlouquecedor, pois toda a carga da educação do nosso filho e dos cuidados da casa ficaram sob minha responsabilidade", lembra Renata. Para completar, o marido perdeu o emprego e a separação teve de ser postergada. "Adiei a decisão porque não queria desestruturar emocionalmente ainda mais o nosso filho, que havia regredido no desenvolvimento, voltando a fazer xixi nas calças." 

A gota d'água para a advogada foi quando se deu conta que estava fazendo tudo sozinha, não existia mais companheirismo."No dia 2 de janeiro, pediu a separação. Queria ter certeza de que a decisão não era influenciada por um estresse do momento. Faço terapia ha anos e isso me ajudou a chegar numa decisão lúcida e madura."

A importância da calma

As separações que deveriam acontecer de qualquer maneira e a pandemia exaltou isso. Porém tem também quem tenha reagido a situação  e se precipitando na decisão do divórcio. Alguns casamentos poderiam ser resgatados e prosperar. Antes de qualquer parecer definitivo, uma boa saída é, literalmente, ir embora, se afastar um pouco para dar um respiro na relação. Essa foi a tática adotada pela dentista Alessandra. "No começo da pandemia, achei ótimo ficar em casa. Eu me interessei por jardinagem e, como quase todo mundo, por panificação, conta. O problema começou quando o marido ficou desempregado. O parceiro passou a auxiliar o filho deles, de sete anos, nas tarefas escolares, especialmente durante o expediente de Alessandra. A criança foi recentemente diagnosticada com TDHA, e o homeschooling se provou desafiador para família. A dentista notou a impaciência do marido, que tinha brigas constantes com o filho. 
"Todos os nossos problemas anteriores eu conseguia tentar contornar, mas não aceitaria submeter meu filho a uma situação beligerante". Ela chegou a pedir para o marido sair de casa, depois de 12 anos juntos, mas ele não tinha para onde ir sem renda e suporte. "O jeito foi continuar juntos, porém nem sequer nos falávamos". No momento em que a situação se tornou insustentável, Alessandra fez uma viagem curta com o filho. Na volta, depois das festas de final de ano, o marido começou no novo emprego e ela estava mais tranquila. "Ainda há incertezas e não me vejo capaz de tomar uma decisão de longo prazo hoje". Ela e o marido seguem vivendo juntos.

Álcool em gel versus louça na pia

Se a toalha molhada em cima da cama e a louça suja na pia geravam brigas familiares antes, a pandemia trouxe um novo conflito: como cada um se cuida em relação a covid-19. Há casais que discordam absolutamente sobre como encarar o vírus. A necessidade de distanciamento social é um dos maiores pontos de controvérsia. Michele até que não tinha muitos problemas com a namorado, apesar dele ser negacionista da pandemia. O relacionamento era recente e a paixão, fugaz. Ele entendia o receio da namorada, asmática, de pegar a doença. Ela reclamava que não podia fazer churrasco ou surfar com os amigos, mas conversavam e ele a respeitava. O problema era a família dele, com quem dividia uma casa. Ninguém usava máscara ou praticava distanciamento. Como iria ela dizer ao sogro que discorda de tudo que ele defendia? Todos tomavam kit covid e acreditavam em medicina quântica-achavam que ouvir uma determinada música seria a cura não apenas para a covid, mas todas as doenças. Por alguns meses ela apostou no relacionamento, mas isso tornava impossível ver os próprios pais, por medo de contaminá-los. Eles tinham outros problemas, mas essa diferença fundamental em como encaravam o cuidado com a vida pesou muito na hora do término.  Imagine como lidariam com outras questões de saúde no futuro ou amanhã .

Também a arquiteta Beatriz, enquanto ela faz questão de se isolar, o noivo quer receber amigos em casa toda semana. Brigam constantemente. Ela sente-se angustiada e insegura, mas basta chegar outra sexta-feira para começar tudo de novo. Esse desentendimento acaba levando o casal a embates por outras coisas também. O conflito entre Beatriz e o noivo pode ter outras razões. Muitas vezes a discordância pode ser o bode expiatório de outros problemas. É reducionista dizer que o conflito surge apenas pela discordância acerca das estratégias contra a covid-19. Na verdade, núcleo do problema é a sensação de falta de amor e de cuidado. O contato com a morte é constante atualmente: da TV a rede social, é a maior pauta. Isso leva um desamparo existencial, e é muito difícil se deparar com um parceiro ignorando essa dor e indo para festa, potencialmente colocando a vida dela em risco. Esse sentimento é muito familiar para Beatriz, que agora reconsidera o relacionamento. Sua avó faleceu no ano passado, e ele não deu o apoio emocional que ela precisava. Sentiu-se muito sozinha, e agora está vivendo isso de novo, então se questiona se quer ter um futuro ao lado dele.

A situação se complica ainda mais quando ha crianças envolvidas. Sofia tem três filhas com ex-marido com quem divide a guarda das crianças. Logo no início da pandemia, como ele continuou trabalhando fora, decidimos que elas ficariam o tempo inteiro comigo, mas algumas semanas depois ele quis pega-los para passar a semana com ele. O problema é que ele não segue o isolamento, participa de festas e, no Natal, se reuniu com toda a família. Com direito, ela tentou um acordo, propôs visitas semanais com distanciamento e máscaras. Ele não aceitou e recorreu ao judiciário, que decidiu que as filhas devem passar o final de semana com ele quinzenalmente. Ela sentiu muito medo, até porque sua família está no grupo de risco. Elas ficaram um ano sem ver os avós por causa disso. Aparentemente, porque ela teve filhos com uma pessoa, isso dá a ela o direito de arriscar suas vidas. O que autoriza alguém a colocar em risco a vida de outras pessoas? Nós estamos falando de um cuidado com a saúde, e é claro que a negligência levará pontos de conflito.

Antes tarde do que nunca

Depois de mais de um ano de pandemia, a exaustão é coletiva. Com tantas perdas diárias, seria estranho se as relações conjugais não tivessem sido impactadas. O acúmulo de tarefas domésticas e o cuidado com os filhos estressam e leva a exasperação.  Para evitar o efeito cascata de uma briga iniciada muitas vezes por motivos bobos, o que já valia antes da crise atual é preciso conversar. O diálogo é fundamental, como sempre foi, mas você não pode magoar o outro ao falar sem pensar. O papo deve acontecer quando ambos estão disponíveis e dispostos. Não é só falar, precisamos aprender a ouvir, é uma escuta dupla.

Se antes dava para sair de casa para esfriar a cabeça, agora o jeito é segurar o impulso de falas que podem trazer arrependimento mais tarde, e buscar se acalmar de outras formas - até um banho mais longo ajuda. Caso diálogo realmente esteja difícil, a terapia de casal é mais indicada para tentar apaziguar os ânimos. É o que dá para fazer de imediato, em qualquer nível de conflito, e quanto antes melhor. Quando se percebe estar girando em círculos, o ideal é pedir ajuda de um especialista. Nós temos técnicas e ferramentas de comunicação que vão ajudar a estruturar a tomada de decisão do casal.

Isso não quer dizer que a terapia salvará todos os relacionamentos. Se houver vontade de olhar para relação entender o que está acontecendo, outros desejos podem surgir: de manter, de modificar e também de romper. Esse é um questionamento que a pandemia traz: "eu estou feliz?" Quando se tira as outras coisas que podiam desviar a atenção do problema, você vê duas e individualidades convivendo sob o mesmo teto. A casa funciona? Sim, mas e a felicidade? Se a resposta for não, é possível mudar. Nem sempre a crise é por culpa do outro. E é muito duro dizer isso mas precisamos reconhecer. O amor acaba.
Revista Claudia- Texto de Nádia Lapa
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É tão interessante a forma como cada um lida com a pandemia...
O mais importante é respeitar-se mutuamente, porem existem situações que realmente levam a um desentendimento grande, acessando dores profundas e que acabam desestruturando casais e famílias inteiras.
Parece que aquilo que estava submerso veio à tona, expondo todas as feridas ocultas e as diferenças entre as pessoas. 
Mas, se existe diálogo, amor e respeito, na maioria das vezes é possível chegar a um denominador comum. 
As vezes tenho a sensação de que tudo isso chegou até nós, para que fizéssemos uma mudança profunda em nosso estilo de vida, valores etc... e, sem muita alternativa para usar subterfúgios... e ignorar aquilo que acontece nos relacionamentos.
Boa semana para vocês...
Tais

domingo, 18 de julho de 2021

Mitos e verdades sobre a Constelação Familiar de Bert Hellinger

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"Muitas pessoas que não têm conhecimento sobre Constelação Familiar acabam passando uma visão errônea sobre essa postura terapêutica para quem nunca participou criando uma barreira sobre essa terapia contemporânea.

Vamos lá desmitificar o assunto, mostrando o que é verdade e o que é mito sobre essa terapia que tem curado várias pessoas pelo mundo. A Constelação Familiar é método terapêutico difundido em vários países pelo seu criador, o alemão Bert Hellinger. Nessa terapia se utiliza da teoria dos Campos Morfogenéticos de Rupert Sheldrake, um biólogo inglês e tem como objetivo principal localizar e remover bloqueios nas áreas : financeira, amorosa, de saúde, de trabalho, psíquica de qualquer geração ou membro da família que possuam emaranhados de alguma forma estão obstruindo os campos de energia dessa pessoa.

Esclarecido que Constelação Familiar é um método terapêutico, agora vamos entender que não se trata de adivinhação, o que é colocado no campo não parte de uma ideia ou sugestão do terapeuta, nem do cliente. A percepção do terapeuta é o que guia o cliente numa constelação, mas o que surge não parte, de forma alguma, do profissional. A informação que aparece é o que é acessado pelos representantes do campo familiar do cliente que traz o tema da constelação.

Não se trata de religião ou sessão espírita. A Constelação é um processo que faz parte da ciência fenomenológica, embasada em teorias científicas e pela filosofia percebida e aplicada pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger. O fato de falar sobre os antepassados e a influência que eles exercem sobre nós, mesmo depois de mortos, faz com que pessoas que não entendem como funciona acreditem ser ligado ao espiritismo. Vale esclarecer que antepassados: São todas as pessoas que viveram e tiveram parte no nosso sistema familiar. Nossos pais são nossos antepassados, assim como nossos avós, bisavós e assim por diante.

Bert explica que nossa alma clama por pertencimento, clama por ordem e clama por equilíbrio.

Constelação não é mágica ou sobrenatural, ela trabalha com a ciência dos fenômenos e com informações bem concretas. O cliente chega com algo concreto que gostaria de olhar, como um problema de relacionamento com o pai, ou dificuldade em prosseguir em sua vida profissional. Em poucas palavras, e de forma bem direta, ele coloca o assunto para qual gostaria de olhar. Ao colocar os representantes no campo, o terapeuta e o cliente observam os movimentos que se originam do sistema familiar do cliente, chegando a uma nova imagem e informação da dinâmica que atua.

Quais os efeitos da constelação familiar? Muitos casos as leis da constelação estarão atuando assim que sai do campo em que quem participou ganha percepções e compreensões totalmente novas. A constelação traz ao cliente novas informações que fazem o processo de mudança ocorra.

Com a constelação você consegue ver além do aparente levando a vida com mais leveza, mostra uma possibilidade que de outra forma não perceberíamos, mostra o problema por outro ângulo, mostra sentimentos não processados do nosso sistema, voltamos para nosso lugar, percebemos o que é nosso e o que não é e por fim a constelação fornece uma grande força para que possamos seguir no caminho da cura e da volta ao nosso lugar de pertencimento dentro da família.

Vale a pena participar e conhecer essa técnica, mas vale um alerta, a constelação familiar para ser realizada tem que ser feita com profissionais que tenham curso e estejam habilitados para conduzir o processo."
Autor desconhecido- (recebi por email)
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Então...é tudo muito simples. O essencial vem à tona para que seja visto e, possivelmente, trabalhado pelo próprio cliente.

Às vezes percebo que falta energia para a solução, mas é importante frisar que todos temos o potencial  dentro de nós.... e se não temos disponivel, é porque estamos usando toda nossa energia  para nos defendermos de feridas inconscientes.

Como psicóloga sistêmica, sempre percebi essa questão e o caminho foi clareando na medida da minha busca. Ha 3 anos tomei contato com um método totalmente novo (Synergy Place), onde acessamos todo esse processo de maneira relativamente simples, e, iniciamos a caminhada de Volta Para Casa. 
O método é tão puro que passei a adotá-lo como postura de vida e, gostaria de convidá-los para uma Experiencia Livre por 30 dias, totalmente gratuito, para que você experimente o metodo e tire suas conclusões. 
É o Retorno Para Casa...
O caminho é feito com a prática de uma fórmula que vai fortalecendo seu campo eletromagnético e através de sua participação nos encontros e orientações do caminho Synergy Place, você iniciará um processo de autodescoberta podendo explorar e reconhecer potencialidades que até agora estavam adormecidas.

O que você irá experimentar é a experiência de estar
em sintonia com o fluxo da vida e perceber como os benefícios se mostram de forma espontânea por conta dessa tua escolha.
Vá até a plataforma https://tais.synergyplace.com.br/, faça seu cadastro, sinta a proposta e decida. Querendo experimentar de que se trata, temos a matricula na Experiência Livre por 30 dias. Estou disponível para orientá-lo(a). Envie email com sua solicitação e eu prontamente responderei
Boa semana
Tais

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Emoção: a reação do corpo à mente


..."E quanto às emoções? Elas me dominam muito mais do que a minha mente.

    A mente, no sentido em que emprego o termo, não é apenas pensamento. Ela inclui nossas emoções, assim como todos os padrões de reações mentais e emocionais inconscientes. A emoção nasce no lugar onde a mente o corpo se encontram. É a reação do corpo à nossa mente ou, podemos dizer, um reflexo da mente no corpo. Por exemplo, um pensamento agressivo hostil vai acumulando, aos poucos, uma energia no corpo - a raiva. O corpo está se preparando para lutar. Já ideia de que nos encontramos sobre uma ameaça física ou psicológica faz com que o corpo se contraia, o que é manifestação física daquilo que chamamos medo. As pesquisas têm demonstrado que as emoções fortes causam até mesmo mudanças na bioquímica do corpo. Essas mudanças bioquímicas representam o aspecto físico ou material da emoção. Em geral, não temos consciência de todos os nossos padrões de pensamento. Só é possível trazê-los à consciência quando observamos nossas emoções.

    Quanto mais identificados estivermos com o nosso padrão de pensamento, com as coisas que nos agradam ao não, com os nossos julgamentos em interpretações, ou seja, quanto menos presentes estivermos com nossa consciência observadora, mais forte será a carga de energia emocional, tenhamos ou não consciência disso. Se você não consegue sentir as suas emoções, se as mantém à distância, terminará por senti-las em um nível puramente físico, como um sintoma ou um problema físico.

    É possível que um forte padrão emocional inconsciente venha a ser manifestar como um acontecimento externo, algo que parece acontecer só com você. Por exemplo, tenho observado que as pessoas que guardam muita raiva dentro de si mesmas - mesmo sem ter consciência e sem falar sobre o assunto - são mais propensas a ser atacadas verbalmente, ou até mesmo fisicamente, por outras pessoas cheia de raiva. Com frequência, sem qualquer motivo aparente. A razão é que elas despendem uma raiva tão forte que acaba sendo captada de forma subconsciente por outras pessoas, e isso aciona a raiva latente que essas trazem dentro de si.

    Se você tem dificuldade de sentir suas emoções, comece concentrando a atenção na área de energia interior do seu corpo. Sinto seu corpo lá no fundo. Essa prática colocar a você em contato com as suas emoções.

O poder do agora - Eckart Tolle

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Todos nós temos um campo energético que normalmente é gasto com situações onde nos sentimos atingidos,atacados, fragilizados (identificados). Esse é um processo inconsciente, onde as feridas internas ficam expostas e, até por uma questão de sobrevivência, nos defendemos... E isso é normal.

Como você sentiria se soubesse que existe um método totalmente novo onde é proporcionada a oportunidade de trabalhar sobre essas feridas, aumentando seu campo energético, se desidentificando das situações conflituosas e tendo maior liberdade de entrar em contato com a sua essência, com o seu verdadeiro potencial? Ou seja, exercer realmente o seu livre arbítrio?


Então... se você interessou-se sobre o tema, entre em minha plataforma   https://tais.synergyplace.com.br/ , e poderás experimentar gratuitamente, por 30 dias, o método Synergy Place.

Comprove por si mesmo tudo o que acontece, e se te motivar, poderás, após a experiência livre, dar continuidade à sua educação frequencial.  Eu os aguardo, e se precisar de alguma orientação para realizar sua inscrição na Experiência Livre (sinergia), me chamem por aqui mesmo ( email) ou através do (41)99962-3302 .

Boa semana

Tais

domingo, 30 de maio de 2021

Entender a doença para compreender a vida


" Vamos entender a doença para compreender a vida.

“Ter saúde significa muito mais do que não apresentar nenhuma doença física.” Johnny De Carli

Nosso corpo é um depósito de memórias. Ele conta a história. É o resultado de todas as experiências, emoções, traumas e dores vivenciadas ao longo da nossa vida, desde o nosso nascimento. Tanto os lembrados como os não lembrados. E também nos habita a história que nossos ancestrais viveram ao longo das gerações. Levamos conosco os registros dos ocorridos e, mesmo que nos separemos da família de origem, levamos junto, e isso nos condiciona, nos determina em silêncio, no nosso interior. E essas informações se mostram, na superfície, nas mais variadas e impensadas maneiras.

Daí a importância de aprendermos a conhecer e, sobretudo, escutar o corpo. Porque ele fala e somos falados por ele. E nessa expressão se manifestam sintomas múltiplos, indo até a enfermidade, e o que vem à luz é aquilo que carregamos, muitas vezes, sem saber.

“O que é calado na primeira geração, a segunda leva no corpo!” Françoise Dolto

A doença traz a mensagem, e o caminho da cura só pode ser transitado através de um trabalho interior, buscando decifrar o que é que nos vem sendo dito, de que se trata e o que necessita ser escutado.

E as constelações familiares são uma das ferramentas de mudança neste contexto. Não é nada mágico. Não curam nem resolvem por si só para ninguém. É um recurso para iniciar uma visão sobre nós mesmos e sobre nossa vida, e essa mudança é de responsabilidade do indivíduo. Só ele tem o problema e a solução dentro dele.

Também não substituem nem se opõem ao que a ciência médica tem ofertado. E o fantástico é que, ao mesmo tempo, a ciência médica começa a se abrir ao olhar sistêmico e transgeracional na hora de tratar sintomas e enfermidades.

“A medicina do corpo está prestando atenção nas compreensões sobre os efeitos e dos campos espirituais em relação às razões de fundo de muitas doenças.” Bert Hellinger

Então, conhecer e compreender nossa história pessoal como o resultado de uma história ancestral, é nosso direito. Um novo olhar pode iluminar uma nova verdade.

E, retomando a lei da pertinência, do direito de pertencer, a exclusão ou a falta de reconhecimento de uma parte do sistema pode ser a origem de uma diversidade de problemas e travas na vida: desde o simples obstáculo e doenças menores ou maiores, enfermidades, até tragédias que se repetem sem que a mente possa dar uma explicação lógica. A transgressão dessa lei sempre aparece em enfermidades, o que não exclui que as demais também podem fazê-lo ou não são tão importantes. Mas no caso de uma doença ou transtorno físico, a pergunta que deve ser feita é relacionada a quem falta, ou que falta é primordial.

Só quando um sabe onde está preso, pode avançar com segurança e força para onde quer estar e o que quer fazer. Muitas vezes a exclusão afeta a ordem.

Assim, para melhor compreender e navegar, experimentando, neste oceano de informações, vamos falar um pouco de sintomas, enfermidades e suas dinâmicas.

Sintomas, enfermidades e suas dinâmicas

O que se nota é que nas constelações que tratam de temas de sintomas e doenças, as dinâmicas que mais se apresentam são: “Eu te sigo”, “Eu em seu lugar” e “Eu também”.

O “Eu te sigo” ocorre, habitualmente, quando a mãe ou o pai morre, numa idade muito pequena do filho. É assim que o amor profundo que os unifica é exposto, e que acompanha toda a vida desse filho, mesmo que ele já esteja adulto. Então, internamente o filho pode dizer “te sigo”, já que deseja morrer também, seja adoecendo ou em um acidente. Também quando uma mãe que perde o filho e logo depois desenvolve um câncer de mama e segue o filho; ou num casal que quando um morre, pouco tempo depois o outro sofre um infarto e segue o companheiro. Em todos os casos, com essa dinâmica termina a angústia da separação.

Já “Eu faço em seu lugar” ocorre quando um integrante do sistema adota um destino que não é seu e adoece ou morre em lugar do outro. E essa é a causa que mais condiciona a nossa saúde.

Nesta dinâmica, quem diz “Eu faço por você”, por um lado, são os filhos com a intenção de salvar um dos pais; nos casais, quando por amor, adotam e levam como próprio o que pertence ao outro; ou um descendente que carrega a carga e o destino de um ancestral.

A dinâmica “Eu também” é comum quando há um irmão abortado, um gêmeo falecido; o que sobrevive diz ao outro “querido irmão, como você não pode tomar a vida, eu também vou”. Nesses casos, a expiação se dá quando os vivos se sentem culpados por viver, frente a outros que morreram.

“Os mortos não querem expiação, senão respeito… o que cura é o respeito. A reverência é uma expressão desse respeito. E o pedido de bênção é uma expressão desse respeito”. Bert Hellinger"

https://veraboeing.com.br/entender-doenca-para-compreender-vida/
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