Domingo preguiçoso... acordo muito cedo e gosto de ficar agarrada aos meus livros, sempre aprendendo, me colocando no lugar do outro.
Me deparei com este texto , da mesma Martha Medeiros da postagem anterior, e lembrei muitas pessoas nesta situação (menos eu é lógico, quá, quá, quá...). Então...aí vai mais um presente que tive oportunidade de ter contato.
A foto é do meu amigo Jerson Rodarte
A foto é do meu amigo Jerson Rodarte
A vida que pediu a Deus
Se fosse feita uma enquete nas ruas com a pergunta “você tem a vida que pediu a Deus?”, a maioria responderia com um sonoro quá quá quá. Lógico que alguém desempregado, ou que tenha sido vítima de uma tragédia pessoal não estará muito entusiasmado. Mas mesmo os que teriam motivos para estar – aqueles que possuem um bom emprego, saúde e alguma relação afetiva, que é considerada a tríade da felicidade – também não têm achado muita graça na vida.
O mundo é habitado por pessoas frustradas com o próprio trabalho, pessoas que não estão satisfeitas com o relacionamento que construíram, pessoas saudosas de velhos amores, pessoas que gostariam de estar morando em outro lugar, pessoas que se julgam injustiçadas pelo destino, pessoas que não aguentam mais viver com o dinheiro contado, pessoas que gostariam de ter uma vida social mais agitada, pessoas que gostariam de ter um corpo mais em forma, enfim, os exemplos se amontoam. Se formos espiar pelo buraco da fechadura de cada um, descobriremos que estão todos relativamente bem, mas poderiam estar melhor.
Por que não estão? Ora, a culpa é do governo, , do papa, da sociedade, do capitalismo, da mídia, do inferno zodiacal, dos hormônios e demais bodes expiatórios dos nossos infernizantes dilemas. A culpa é de tudo e de todos, menos nossa.
Um amigo meu, psiquiatra, costuma dizer uma frase atordoante.Ele acredita que todas as pessoas possuem a vida que desejam. Podem até não estar satisfeitas, mas vivem exatamente do jeito que acham que devem. Ninguém os força a nada, nem o governo, nem o papa, nem a mídia. A gente tem a vida que pediu sim. Se ela não está boa, quem nos impede de buscar outras opções?
Quase subo nas paredes quando entro neste papo com ele porque respeito muito as fraquezas humanas. Sei como é difícil interromper uma trajetória de anos e se arriscar no desconhecido. Reconheço os diversos fatores – família, amigos, opinião alheia – que nos conduzem ao acomodamento.
Por outro lado, sei que este meu amigo está certo. Somos os roteiristas de nossa própria história. Podemos dar o final que quisermos para nossas cenas. Mas temos que querer de verdade. Querer pra valer.É este o esforço que nos falta.
A mulher diz que adoraria se separar, mas não o faz por causa dos filhos, no fim não quer se separar. O homem diz que adoraria ganhar a vida em outra atividade, mas já não é jovem para experimentar, no fundo não quer tentar mais nada.
É lá no fundo que estão as razões verdadeiras que levam as pessoas a mudar ou a manter as coisas como estão. É La no fundo que os desejos e as necessidades se confrontam. Em vez de se queixar, ganharíamos mais se nadássemos até lá embaixo para trazer a verdade à tona. E, então, deixar de sofrer.
" A vida que pediu a Deus".
ResponderExcluirLeitura interessante que aborda realidades do cotidiano das pessoas em geral.
As justificativas apresentadas no texto são realmente comuns às pessoas inseguras.
A vida que pedimos a Deus só acontece quando realmente queremos...
Realmente nadar até o fundo é a única maneira de conhecer as nossas limitações e poder traçar objetivos reais pra sair do que podemos chamar de "zona de conforto" e como disse a Marilda a Vida que pedimos a Deus só acontece quando realmente queremos....
ResponderExcluirLi e adorei!
ResponderExcluirSó fiquei com uma dúvida técnica... existe algum lugar para receber as atualizações do blog via rss?
Queria colocar no meu google reader para que ele me avise sempre que sair um novo conteúdo.
Beijão e uma semana maravilhosa,
Rodrigo