domingo, 17 de novembro de 2013

Quem é esse eu?


Gosto imensamente das parábolas e fábulas das tradições orientais. Li dia desses num texto budista uma indagação interessante: quando me sinto magoado, quem é esse “eu” que se magoou? Afinal, é possível não ser magoado? 

Todos nós construímos uma imagem que tomamos como “eu”. Por isso a Sociologia, em seus primórdios, chamava o ser social de “ator”. A palavra prósopon, em grego, significava tanto máscara quanto personagem. Assim, a “pessoa” era a “máscara” que utilizava em sua atuação no palco social. 

A partir de nossas relações com as pessoas e as coisas, desde crianças vamos construindo uma imagem de nós mesmos cujas partes tentamos mostrar aos outros ou esconder dos mesmos. Claro que quando alguém “desmascara”, isto é: identifica, uma parte de nós da qual gostamos, nos sentimos envaidecidos; quando é uma parte de nós que procuramos esconder, ficamos magoados. Mas isso só ocorre se confundirmos nosso “eu” com a máscara que ostentamos. 

É possível, então, não ser magoado? Parece que sim, na medida em que compreendemos que por detrás dessa máscara multifacetada que construímos encontra-se um “eu” real que deve compreender o porquê de aquela máscara ter sido construída e estar sendo mantida com tanto empenho. Daí, a máscara não será mais meu eu real e as pessoas que falarem dela estarão me ajudando a compreender-me melhor, não mais me magoando. Qual é sua máscara?"
Texto recebido por email de autor deconhecido

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Somos vários? 

Sim! Somos os vários que nossa multiplicidade nos permite ser, somos vários diante de nossas constantes metamorfoses, somos vários de acordo com nossos processos de significação, mas também somos vários de acordo com os papéis que escolhemos exercer na vida. Assim, a questão que se coloca não é mais: quem sou eu? A questão colocada agora é: como convivo comigo mesmo?
A reflexão sobre este tema pode ser muito interessante dependendo daquilo que vivemos neste momento.
Boa semana
Tais



4 comentários:

  1. Minha máscara caiu...Obrigado

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  2. Simples...direta...Injeção de animo para olhar! Obrigada

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  3. Rosélia Bello Obladen18 de novembro de 2013 às 12:03


    Legal@ Gostei!

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  4. Ótima reflexão Tatá!

    Por isso é que em nossos grupos (G) pode-se falar mais abertamente dessas máscaras e ter relativo sucesso em não "magoar-se". E também tratar de não envaidecer-se... Gostei.

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