"Para viver no coração, isso seria viver com saúde.
Toda vez que julgo, rejeito ou desprezo alguém, desencadeio uma reação do campo de pertencer para corrigir essa exclusão: o mesmo campo retornará (para mim ou para meus descendentes), num espelho, essa intenção de exclusão usando uma metáfora minha. rejeição
Vou experimentar a exclusão que desejo ao outro fisicamente, em mim, no meu corpo, até perceber e voltar a amar por essa pessoa e por mim.
Este fenômeno, a serviço da reinclusão, é a doença, à qual rejeitarei com a mesma intensidade com que rejeito essa pessoa.
A primeira experiência de exclusão remonta aos primeiros meses de vida, quando o nosso amor incondicional e mágico tropeçou na primeira falta ou no primeiro trauma. E, como um bebê inocente, nós tropeçamos na primeira violação dessa confiança cega na vida.
O encontro inesperado com essa dor, com aquela primeira dor do amor, é demais para aquele bebê: ele não pode viver, não sabe como chorar a dor. E eles suplantam a dor emoções secundárias de medo, raiva, culpa e vergonha que permitirão uma proteção pseudo à criança.
Lá o NÃO é gestado para a mãe, o NÃO para a vida, o NÃO para o amor. NÃO que eles se tornem nosso recurso dominante em situações que nos pegam de surpresa novamente, enganando nossa confiança cega. O medo, a agressividade e a rejeição tornam-se fortes a cada vez que enfrentamos um conflito que quebra o equilíbrio que alcançamos. E por autodefesa, expulsamos de nossas vidas o conflito - isto é, a vida como ela é - e a pessoa que a promove.
Quando decidimos ver o que rejeitamos como iguais, quando aceitamos a presença desse conflito em nossa vida, a doença é transformada.
Antes de aceitar a vida como ela é, tendemos a passar por uma etapa complementar da anterior, uma fase de reparação física e mental. Nos identificamos com os excluídos, estamos na vítima e às vezes até renunciamos à vida.
Novamente seguindo o padrão dos primeiros meses, estamos agora procurando dependência e proteção, arrogando-nos nas reclamações, denúncias e doença. NÃO novamente para a vida como ela é, com o seu cortejo de desamparo, medo, auto-piedade, inveja, ressentimento, culpa, manipulação. E o sofrimento do nosso corpo, que será o reflexo da nossa vitimização.
Até aceitarmos novamente amar a vida como ela é, amar a nós mesmos como somos, amar a doença, conflitos de amor e crises. Nesse momento o campo nos devolve essa energia do amor em forma de saúde.
A missão da saúde é nos reconciliarmos com a vida, com a mãe, com os outros e conosco mesmos.
A doença está a serviço da saúde. Doença é amor."
Brigitte Champetier de Ribes novembro 2012 em GuíaGente
************
Como a terapia das Constelação Familiar pode ajudar no tratamento de doenças?
"As constelações familiares têm um enfoque sistêmico para as doenças. Dentro de uma rede familiar, considerando todos os acontecimentos que ocorreram até a geração atual, pode ser que a doença apareça nas gerações posteriores através da identificação, lealdade, repetição de uma situação, exclusão ou dificuldade passada.
Um exemplo disso foi dado pela Dra. Ursula Franke-Bryson, no artigo “Comendo para os ancestrais.”
Neste texto, ele transcreve a constelação de um homem, europeu, que havia encontrado respostas e ferramentas para lidar com grande parte de seus desafios pessoais. Na busca de um vida mais equilibrada e saudável, faltava resolver um grande problema, seu excesso de peso corporal.
A terapeuta investigou que umas das primeiras reações que o cliente sentia era de nervosismo ao menor sinal de fome. Uma fome que não chegava a incomodar, pois era suprida de comida ao seu primeiro sinal.
Úrsula conduz o cliente através da constelação e descobre, após algumas perguntas e exercícios corporais, que ele está identificado com seu avô, que foi um soldado e morreu de fome em um campo para prisioneiros de guerra. Ao comer, o neto trazia à tona, de forma inconsciente, a existência, o pertencimento e a dor do avô pela privação de comida. Ao reconhecer a dinâmica oculta da sua compulsão por comida, ele pode se fortalecer para honrar seu familiar de forma menos destrutiva.
Essa é o local valioso onde a Constelação Sistêmica pode nos ajudar a perceber dinâmicas ocultas e que nos levam a tomar decisões baseadas em lealdades que não trarão nenhum resultado senão a repetição do sofrimento. Nossa lealdade e nosso amor nesse caso, são cegos. Através da constelação, vemos realmente esses destinos sofridos e os honramos, como adultos que reconhecem seus lugares e seus reais papéis dentro da rede familiar.
É fundamental frisar que as constelações jamais trabalham de forma exclusiva em relação à Medicina, aliás, é exatamente o contrário – a proposta é, através das constelações, oferecer mais uma possibilidade para o cliente olhar para sua doença e mais uma ampliação de olhar para os médicos e terapeutas".
Boa semana com inclusões de seus antepassados no sistema familiar atual.
Tais
Nenhum comentário:
Postar um comentário