domingo, 24 de fevereiro de 2019

Solidão e solitude

A solidão é um estado mental em que você está constantemente sentindo falta do outro; a solitude é um estado mental em que você está constantemente deliciado consigo mesmo. 

A solidão é infeliz. A solitude é um estado muito agradável. 

A solidão está sempre preocupada, sentindo falta de alguma coisa, ansiando e desejando algo; a solitude é um profundo preenchimento sem sair para fora, imensamente contente, feliz, celebrativo.

Na solidão você está descentrado; na solitude você está centrado e enraizado. 

A solitude é bela, tem uma elegância à sua volta, uma graça, um clima de imensa satisfação. 
A solidão é mendiga; ela gira em torno da medicância e nada mais, não há graça em sua volta e, na verdade, ela é feia.

 A solidão é uma dependência; a solitude é pura independência. Na solitude, a pessoa se sente como sendo o próprio mundo, a própria existência.

Ora, se você entrar em um relacionamento quando estiver se sentindo solitário, então explorará o outro. O outro se tornará um meio para satisfazê-lo; você usará o outro, e todos se ressentem por serem usados, pois ninguém está aqui para se tornar um meio para uma outra pessoa. Todo ser humano é um fim em si mesmo, e ninguém está aqui para ser usado como um objeto; todos estão aqui para serem venerados como reis. Ninguém está aqui para preencher as expectativas de uma outra pessoa; todos estão aqui para serem simplesmente o que são.

Dessa maneira, sempre que você entra em qualquer relacionamento a partir da solidão, o relacionamento já está arruinado. Mesmo antes de ele ter começado, já está arruinado; mesmo antes do nascimento, a criança está morta. Ele irá criar mais infelicidade para você.

E lembre-se, se você vive em função da sua solidão, cairá em um relacionamento com alguém que está no mesmo apuro, pois ninguém que está vivendo em solitude será atraído por você; você estará muito abaixo dessa pessoa. No máximo ela pode sentir compaixão por você, mas não pode amá-lo. Quem está no auge de sua solitude somente poderá ser atraído por alguém que também está vivendo na solitude.

Assim, sempre que vive em função de sua solidão, você encontra uma pessoa do mesmo tipo , encontra seu próprio reflexo em algum lugar. Dois mendigos se encontrarão, duas pessoas infelizes se encontrarão. E lembre-se: quando duas pessoas infelizes se encontram, não acontece uma simples adição, mas uma multiplicação. Elas criam muito mais infelicidade uma para a outra do que poderiam criar em sua solidão.

Primeiro fique sozinho, primeiro comece a desfrutar a si mesmo, primeiro ame a si mesmo, primeiro se torne tão autenticamente feliz que não importa se ninguém vier. Você está repleto, transbordante; se ninguém bater à sua porta, está perfeitamente bem, você não está sentindo falta de nada, não está esperando que alguém venha e bata à porta. Você está em casa; se alguém vier, bom, belo; se ninguém vier, isso também é bom e belo. Depois, entre em um relacionamento, pois agora você caminha como um mestre, e não como um mendigo; agora você caminha como um imperador, e não como um mendigo.

E a pessoa que vive em sua solitude sempre será atraída por uma outra pessoa que também está vivendo em sua solitude de uma maneira bela, porque semelhante atrai semelhante.

Quando dois mestres de seus seres e de suas solitudes se encontram, a felicidade não é apenas somada, mas multiplicada e se torna um imenso fenômeno de celebração. E eles não exploram, mas compartilham; eles não usam um ao outro; pelo contrário, tornam-se um só e desfrutam a existência que os circunda.

Duas pessoas solitárias estão sempre se encarando, se confrontando; duas pessoas que conhecem a solitude estão juntas e encaram algo mais elevado do que ambas. Sempre dou este exemplo: dois amantes comuns que são solitários sempre se olham; dois amantes verdadeiros, em uma noite de lua cheia, não se olham, mas podem se dar as mãos e olhar a lua cheia no céu. Eles não se olham, mas estarão juntos olhando uma outra coisa. Às vezes eles ouvirão juntos uma sinfonia de Mozart, Beethoven ou Wagner; às vezes ficarão sentados ao lado de uma árvore e desfrutarão o magnífico ser da árvore os envolvendo; às vezes ficarão sentados perto de uma cachoeira escutando a música selvagem que está continuamente sendo criada ali; às vezes, ao lado do oceano, estarão olhando para a mais distante possibilidade que os olhos podem enxergar.

Sempre que duas pessoas solitárias se encontram, elas olham uma para a outra, pois estão constantemente em busca de maneiras e meios de explorar a outra, de como usar a outra, de como ser feliz por meio da outra. Mas duas pessoas profundamente satisfeitas consigo mesmas não estão tentando usar uma à outra; em vez disso, tornam-se companheiras de viagem e caminham em uma peregrinação. O objetivo é superior, é distante; seu interesse comum as une.

Normalmente o interesse comum é o sexo. O sexo pode unir duas pessoas momentânea e casualmente, mas muito superficialmente. Já os amantes verdadeiros têm um grande interesse comum. Não é que não haja sexo; poderá haver, mas como parte de uma harmonia superior. Ao escutar uma sinfonia de Mozart ou Beethoven, eles podem se aproximar tanto que podem fazer amor um com o outro, mas na harmonia maior de uma sinfonia de Beethoven. A sinfonia era a coisa real, e o amor acontece como parte dela. E, quando o amor acontece espontaneamente, sem ser procurado, sem ser pensado, e simplesmente acontece como parte de uma harmonia superior, ele tem uma qualidade totalmente diferente de si. Ele é divino, e não mais humano.

A palavra happiness (felicidade, em português), vem da palavra escandinava hap. A palavra happening (acontecer, em português) também vem da mesma raiz. Happiness (felicidade) é aquilo que happens (acontece). Você não pode produzi-la, não pode comandá-la, não pode forçá-la. No máximo você pode estar disponível a ela. Sempre que ela acontece, acontece.

Dois amantes verdadeiros estão sempre disponíveis, mas nunca pensam a respeito, nunca tentam encontrar a felicidade. Então eles nunca ficam frustrados, porque sempre que acontece, acontece. Eles criam a situação; na verdade, se você estiver feliz consigo mesmo, você já é a situação, e, se a outra pessoa também estiver feliz com ela mesma, ela também é a situação. Quando essas duas situações se aproximam, uma situação é criada. Nessa situação maior muito acontece e nada é feito.

O ser humano não precisa fazer nada para ser feliz, apenas fluir e se entregar.

Dessa maneira, a questão é: “Antes de se envolver em um relacionamento, a pessoa deveria primeiro entrar em acordo com a própria solidão? Sim, absolutamente sim. Precisa ser assim: do contrário você ficará frustrado e, em nome do amor, fará uma outra coisa que de maneira nenhuma é amor.”
(Alegria - a felicidade que vem de dentro – Osho)
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domingo, 10 de fevereiro de 2019

A saude é espelho do que pensamos

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O famoso médico indiano afirma que os pensamentos interferem na maneira como o organismo funciona e defende que o melhor caminho para uma vida saudável é saber ouvir o próprio corpo

Antes de perguntar ao médico o que fazer para viver mais e com melhor qualidade de vida, faça essa pergunta ao seu próprio corpo. Descobrir como ele se sente antes da tomada de decisões é um dos segredos para conseguir adotar hábitos saudáveis e chegar a um estado de perfeita saúde. Essa é uma das principais posições do médico indiano Deepak Chopra, 65 anos, autor de livros como “As Sete Leis Espirituais do Sucesso” e “Conexão Saúde” e admirado por celebridades como a cantora Madonna e a apresentadora Oprah Winfrey.

O endocrinologista radicado nos Estados Unidos usa como base de seus tratamentos os princípios da medicina ayurvédica, criada há mais de cinco mil anos na Índia. Ela preconiza a prevenção das doenças por meio de uma sintonia entre o corpo e a mente que poderia ser obtida, por exemplo, com a prática da ioga e da meditação.

Em sua clínica na Califórnia, no entanto, o médico também se utiliza dos instrumentos da medicina ocidental quando acha necessário. É, por excelência, um defensor da medicina integrativa, uma corrente cada vez mais forte que prega a união entre os conhecimentos da medicina praticada no Ocidente com os recursos oferecidos por terapias como a acupuntura. “É preciso caminhar para uma integração de tratamentos”, defende.

Embora o sr. tenha nascido na Índia, aprendeu a meditar em Boston, nos Estados Unidos. Também foi médico em tempo integral em um hospital de Massachusetts. Como foi sua transição da medicina convencional para a ayurvédica?

Por meio da meditação, percebi que havia muitos mecanismos que a medicina não explicava porque olhava na direção errada. Ela, às vezes de modo eficaz, se concentra em um estado de doença, e não de saúde. Mas cheguei à conclusão de que a experiência da Ayurveda é simples, integrada. É um caminho de volta para o pleno funcionamento biológico.

Mas seus princípios podem ser aplicados hoje, para o homem ocidental, com os mesmos efeitos?

Não só podem como estão sendo usados para isso. Os meus pacientes seguem as recomendações, são capazes de analisar a própria vida, ouvir o próprio corpo, controlar a hipertensão, a diabetes. Eles aprendem a prestar atenção no funcionamento do organismo. E hoje temos aparelhos de biofeedback que dão uma medida do quanto um pensamento e uma atitude podem determinar uma resposta fisiológica e controlar uma doença. Essa tecnologia comprova o que o corpo já sabia e que pode ser percebido em um estado de atenção.

De que maneira isso melhora a saúde?

A saúde é o espelho da nossa consciência, do que pensamos. Atualmente, estudos comprovam que pensamentos geram respostas fisiológicas correspondentes, que podem ser positivas ou negativas. Cada estado de humor fica impresso em nossas células. Mas temos a capacidade de controlar algumas reações do organismo por meio do domínio dos pensamentos.

Como fazer isso?

Pode-se voltar a atenção para si mesmo, pensar na qualidade dos relacionamentos, questionar o próprio corpo e relacionar o bem-estar com as escolhas diárias. Tudo isso não é feito de uma maneira estritamente racional, mas com o pensamento que passa pela intuição do organismo sobre o que é a saúde ou simplesmente nos perguntando se estamos bem ou não.

O que significa não pensar de uma maneira racional? O que é esse pensamento? Intuitivo?

É um processo que nos livra dos condicionamentos. É preciso alguma inocência para ouvir o corpo.

Uma técnica descrita em um dos seus livros para auxiliar a prática de uma vida saudável é justamente perguntar ao corpo, antes de uma tomada de decisão, se ele se sente confortável com aquela escolha. De que modo isso é benéfico?

A resposta de conforto é uma medida do que nos é caro, do que nos é saudável, do que irá produzir uma sensação de bem-estar. Ela nos livra da dúvida, de um peso e nos coloca na direção da saúde.

Para o tratamento de muitas doenças crônicas, como a diabetes e a hipertensão, os médicos frisam a importância de adotar hábitos mais saudáveis. Mas muitos não conseguem. O que poderia ajudá-los?

Posso dar alguns mecanismos: atenção, repetição, foco no presente e o entendimento de que o novo hábito a ser instaurado é bom. Quando ele se instaura, a consciência consegue encontrar um canal para se sentir bem. Sem o hábito, o corpo se esforça para atender a consciência e, numa mente voltada para o cigarro e o álcool, por exemplo, vai se flexibilizar ao máximo até chegar à exaustão, dando espaço a doenças.

Qual a sua opinião sobre a medicina ocidental?

Há muitos tratamentos válidos que ajudam o corpo físico a combater uma enfermidade já instaurada, mas eles obtêm comprovadamente mais sucesso quando integrados a outras terapias. É preciso caminhar para uma integração de terapias. O problema é que algumas vezes a ciência do Ocidente se pauta em modelos reducionistas e a natureza não funciona dessa maneira. É preciso entender quando há outros mecanismos relacionados que, de algum modo, também podem intervir no processo de uma cura. É o que a medicina integrativa, na tentativa de unir essas terapias, está querendo mudar.

Pode citar exemplos de comprovação científica de bons resultados dessa integração?

Um estudo publicado na revista científica “The Lancet Oncology” mostrou que técnicas de meditação e ioga podem aumentar a quantidade de telomerase, enzima associada à proteção contra o envelhecimento precoce. Ela é responsável pelo aumento do comprimento dos telômeros, estruturas presentes nos extremos dos cromossomos cujo encurtamento está ligado ao envelhecimento e ao surgimento de males como o câncer. Em um outro extremo, uma pesquisa divulgada no “The New England Journal of Medicine” mostrou que a cirurgia de ponte de safena feita apenas como um recurso de prevenção em pacientes estáveis só conseguiu aumentar a expectativa de vida em 3% dos indivíduos que passaram pelo procedimento.

Qual seria o tratamento indicado para doenças crônicas?

Hoje, sabe-se que 95% dessas enfermidades são motivadas por fatores que envolvem um estresse sobre o organismo. A medicina ocidental é capaz de dar uma resposta positiva imediata para médicos e pacientes com drogas e tratamentos comprovadamente capazes de reduzir um tumor, por exemplo. Essa intervenção mais urgente é necessária em alguns casos, mas em outros ela é dispensável porque é preciso fazer uma análise mais profunda sobre as origens da doença e ter uma atitude de cura, de saúde, com alimentação adequada e bons relacionamentos.

No seu livro “Cura Quântica”, o sr. descreve o caso de uma paciente com câncer de mama que acabou curada submetendo-se à quimioterapia e às técnicas da medicina ayurvédica. E, embora o câncer dela tenha tido remissão, ela continuou com a quimioterapia. Por que isso aconteceu?

As pessoas tomam decisões baseadas naquilo que confiam, no que acreditam ser válido para a situação que enfrentam. É uma avaliação difícil. Eu faria uma análise diferente.

O sr. não teme que seus pacientes deixem de seguir os tratamentos convencionais, abandonando os remédios, por exemplo?

Não é essa a minha orientação.

Em “As Leis Espirituais do Sucesso”, o sr. descreve a necessidade de não darmos importância aos resultados. Este seria o caminho para que eles, os resultados, de fato sejam obtidos. Pode explicar isso?

É o que chamo de lei do desprendimento. O desprendimento dá espaço para a fé enquanto o apego aos resultados abre caminho ao medo e à insegurança. Quando você se prende ao resultado, opta por um símbolo que limita a natureza. A ordem natural tem uma ação que vai muito além de variáveis usadas para quantificar o efeito de um tratamento, por exemplo. O desprendimento dá espaço para uma busca profunda pelo bem-estar.

Hoje a medicina sabe sobre o peso das emoções na nossa saúde. Mas, de alguma maneira, não estamos conseguindo chegar a uma vida sem estresse. Onde estamos falhando?

É um caminho que cada um precisa trilhar, questionar de que modo algumas escolhas se refletem na saúde. Há pessoas conseguindo fazer isso com muito sucesso.

Para alguns de seus pacientes que sofrem de insônia, o sr. recomenda, como tratamento, permanecer acordado de 48 a 56 horas. Como isso funciona?

Essas pessoas estão em desequilíbrio biológico. Ficar em vigília por mais tempo comprovadamente renova o organismo e proporciona um recomeço.

* Deepak Chopra nasceu no ano de 1947 em Nova Deli, na Índia. Graduado em Medicina pela Universidade de Nova Deli, Chopra também escreve sobre espiritualidade e medicina corpo–mente, tema conhecido como ayurveda.
Origiaslmente publicado pela Revista "Isto É".
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domingo, 3 de fevereiro de 2019

Ensinamentos da prática das constelações

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Os Bloqueios, As Doenças ou Distúrbios

"Nessa prática, documentada em DVDs, Hellinger sistematizou um modo de ver os distúrbios e as doenças. Observou que as dificuldades e conflitos são da família, na comunidade de destino onde nascemos e estamos, portanto sempre “emaranhados” nessa história. A história de cada um dentro do contexto peculiar.

As doenças são olhadas como sinais de “desordem” na alma da família. Alguém está fora de seu lugar. A mesma dinâmica básica dos sintomas dos distúrbios resulta em diversas doenças. Não interprete como DNA, não conclua como “Ah! Tá bem. É assim mesmo” e não diga que não tem importância. As ordens do amor dizem respeito a cada um de nós que lê esse artigo.

Na Constelação o que se aprende é que todo distúrbio procede de um nível espiritual. O que acontece são processos inconscientes, ocultos, invisíveis e imateriais.

A manifestação do distúrbio representa uma parada do fluxo energético e o órgão atingido mostra o tipo de bloqueio. O bloqueio aparece em geral entre dois a quatro anos após o distúrbio espiritual (perdas ou fracassos no sistema). 

O órgão corporal atingido está em conexão com alguém excluído, não reconhecido e o órgão então trabalha em dobro - por dois ou três excluídos (ele estressa - entra em falência). Se olhar com o coração vê que o órgão está em outra dimensão mais alta.

Não há desconexão entre a pessoa, seu distúrbio e o sistema familiar. E não pode haver mesmo. Somos uma ressonância de nossas experiências. Em geral tais distúrbios apresentam saídas tais como: muito trabalho e agitação, na profissão pela dedicação extremada; com a racionalidade pensando muito...; ou com negligência corporal... Ou ainda na supervalorização... Na depressão e melancolia.

O que está escrito a seguir são “notas” do livro “O amor do espírito” de Bert Hellinger e dos ensinamentos do Seminário de Lindóia, 2009. Terapeutas de família “sabem“ “sentem” “já viram” “lembram”... São fenômenos que ocorrem nas Constelações e foi observado repetidamente, que:


A GAGUEIRA - São duas pessoas tentando falar ao mesmo tempo; distúrbios da fala mostram atitudes conflitantes; existe um segredo na família. Significa que alguém foi mantido em segredo; não podia estar presente ou não teve a palavra. O gago olha primeiro para um lado, como que perguntando se pode falar.

ALCOOLISMO ou DROGAS - Esse é um assunto que tem a ver com as mulheres; O que falta ao filho ou filha? Algo falta = o pai. Pergunte-se: o que leva o homem ao bar? Hellinger aconselha a terapeutas que quando quiserem ajudar um alcoólico ou drogado acolha o pai do cliente no seu coração. A solução, nas constelações, é que o pai seja trazido de volta respeitado e considerado – mesmo bandido – não há julgamento. Um homem que tem a rejeição e desprezo de sua mulher. ... Será que uma mulher (terapeuta) pode ajudar um alcoólico? Onde o pai é desprezado pela mulher aí a criança é levada para o vício.

PSORIASE – DERMATITES – HERPS - Um parceiro anterior fica de mal com a pessoa e o sentimento ruim é deslocado para um filho do segundo casamento e esse filho tem dermatites. Então como fazer as pazes com esse parceiro abandonado? Na Constelação a representante da segunda mulher deve pedir pelas suas crianças - "olhe com benevolência para os nossos filhos”

TRANSPLANTES - O órgão transplantado não morreu, pois senão como poderia entrar e funcionar em outro corpo? A doação liga as duas famílias - do doador e quem recebe. Nas Constelações os “representantes” dos órgãos gritam... Observe uma cena de sala cirúrgica. Volte sua imaginação para cenas primitivas de canibalismo. O que sente? No canibalismo comer os órgãos dos inimigos de guerra trazia força e coragem aos vencedores. Não julgue. Era uma homenagem.

Quanto à doação de sangue: parece que como é renovado freqüentemente há menores conseqüências, mas já foi observado mudança de personalidade.

A PSICOSE – ESQUIZOFRENIA – BIPOLARIDADE – Hellinger diz que “todos nós somos psicóticos”. Chamar o outro de psicótico nos qualifica como incluídos e excluímos o “louco”.

Observa-se sempre na Constelação que houve uma cena violenta e há um assassinato na linhagem dos ancestrais da família do pai ou da mãe. Sempre aparece um agressor e existe a vítima. O cliente “psicótico” que apresenta os sintomas ou distúrbios exerce ambos os papéis alternados – e mostra que a paz não foi selada nas gerações anteriores. O distúrbio pode passar de geração em geração. Nos grupos de constelação “o agressor” e a “vítima” demonstram desagrado com a vingança desejada por ambas as famílias. A solução e o alívio acontecem quando a vítima concorda com uma frase dita pelo agressor: “Sinto muito”. Isso libera as famílias do peso da vingança.

A EPILEPSIA - Há um impulso assassino em direção a membros da família e a convulsão impede o impulso.

OBESIDADE – o terapeuta corre perigo. Está entre a mãe e o cliente. E essa posição é inviável (vejam o DVD do Seminário com Bert Hellinger sobre Saúde e Doença – Ed Atman)

DESTINOS, PROFISSÃO E SUCESSO

NA PROFISSÃO EXERCIDA TODO O PASSADO SE REVELA

Por quê? Porque talentos e habilidades são herdados – são heranças, são “dons”, presentes de nossos antepassados (gostamos de ser o que somos por nós mesmos. Os pais gostam disso. Sim, houve empenho, mas olhe à volta. Estamos sós?)

Quando o trabalho é um peso ou alegria? Quem pode viver sem sucesso? Quem não tem sucesso como se sente? Depois do sucesso o homem pode alimentar a família; o homem foi feito para isso – sem julgamentos, olhe à volta.

Como se sente o homem em casa e a mulher trabalhando?

Para o homem o trabalho vem em primeiro lugar (as mulheres pedem o impossível – que o homem coloque a família em primeiro lugar ) – eles concordam, mas sabem que o trabalho é mais importante; sabe que pode alimentar e ter a sua família. E até várias famílias! As mulheres sabem disso. Pergunte se gostam de ter o homem sem trabalho em casa.

O DINHEIRO

O dinheiro deve ser empregado a serviço da vida, pois o dinheiro é uma imagem da vida e quem desrespeita o dinheiro desrespeita a vida. O dinheiro é sempre representado nas Constelações por uma mulher – por quê? Porque o dinheiro é fértil.

O sucesso dos negócios e na profissão vem com a bênção da mãe. Sem isso só há fracassos, pois o dinheiro tem a imagem da mãe; quem rejeita a mãe permanece pobre.

A mulher segue o marido e o homem serve ao feminino; nas organizações quando a mulher organiza e o homem segue, dá errado. Um genro que usa o dinheiro do sogro em geral leva o negócio à falência. O homem que vai morar na casa dos pais da mulher em geral leva o relacionamento ao fracasso. Pois é.

O dinheiro é adquirido através de algo que fazemos; dinheiro vindo pelo nosso empenho nos faz feliz e serve a vida, mas, como a vida, o dinheiro quer ser gasto a serviço da vida. O dinheiro herdado não foi por empenho ou trabalho - por isso acontecem falências. É mais fácil de gastar.

Por isso despedir-se do campo da pobreza e movimentar-se em direção ao campo da riqueza é uma conquista espiritual.

E o Movimento do Espírito, aquele do título inicial? Para mim aparece quando os representantes da família do cliente expressam exatamente os sentimentos dos seus membros sem nada saber do cliente e de sua história pessoal!"
Dr Marcio de Amorim - http://www.drmarcioamorim.com.br
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Às vezes, não importa o quanto andamos, algo sempre nos puxa para trás. Um assunto não resolvido, um problema que foi jogado para debaixo do tapete, um medo irracional ou, até mesmo, uma dor sem explicação: tudo pode ser o emaranhamento de uma vida entrelaçada. Ou de várias vidas. É assim que pensam os consteladores sistêmicos, indivíduos que seguem uma linha filosófica espiritual baseada nos ensinamentos do terapeuta alemão Bert Hellinger, que identificou forças naturais que agem sobre as pessoas e podem interferir na trajetória delas. Essas interferências, acredita, podem ter causas intrínsecas nas gerações atuais ou até em encarnações passadas.

Na teoria, o assunto é complexo. Mas, quando aplicado na prática, as coisas simplificam, A constelação familiar muda vidas.
Ela cura de dentro para fora, em um processo de autoconhecimento. Compreendemos que nascemos com memórias celulares e em sistemas familiares, nos quais assumimos, muitas vezes, papéis que não são os nossos.
É uma abordagem sistêmica e fenomenológica, que, em um único encontro, pode vir a descortinar uma dinâmica muitas vezes oculta no sistema familiar. 
Sempre enfatizo que "não há mágica"... Há sim um descortinar do sistema familiar, onde o cliente trás ao consciente as histórias familiares. A constelação é atemporal.
Mas cabe sempre ao cliente, de posse daquilo que emergiu, fazer a sua parte no pós constelação: Tomar, aceitar, acolher, transformar...
A constelação familiar é uma filosofia profunda, que atua no nível de alma.
Boa Semana!
Taís