domingo, 28 de outubro de 2018

O aborto - O que vem depois?

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Por ser a constelação familiar um método fenomenológico, os conceitos, julgamentos e valores culturais não se faz presente. A observação é o instrumento de compreensão do que se revela. O aborto é um fato.

Quando dentro de um sistema ocorre um aborto, não é levado em consideração as causas ou motivos do aborto. Não se busca um culpado. O aborto é um fato, isso é suficiente, desnecessário saber se ocorreu espontaneamente ou se foi provocado.

A constelação familiar compreende o abortado como um membro da família que tem o direito de pertencimento. Culturalmente os abordados são excluídos do sistema, não se faz menção a eles ao falar dos filhos e são desconsiderados como pessoa.

Para a constelação familiar basta a consciência da gravidez para se afirmar que houve um aborto, não sendo necessário meses de gestação ou que essa tenha se tornado de conhecimento público.

Quando o abortado é excluído, ocorre o desrespeito a lei do pertencimento. Geralmente alguém que nasce depois vai seguir o abortado e então essa pessoa passa a ter dificuldade que pode se revelar como depressão; doenças, hiperatividade, rebeldia, dentre outros aspectos.

É o amor inocente que busca resgatar o excluído, porém isso não é o suficiente para restabelecer o fluxo do amor.

A pessoa que segue o excluído, no caso o abortado, necessariamente não precisa fazer parte da mesma geração, pode ser alguém da geração seguinte.

O impacto do aborto na relação conjugal

O aborto gera sentimento de culpa e acusação entre os pais, e por muitas vezes a relação conjugal fica abalada e finda o casamento.

A culpa gera enfraquecimento espiritual que impede o culpado de ter novas atitudes e o aprisiona na condição de sofredor. É importante assumir a responsabilidade e aguentar as consequências.

O aborto como vínculo

O abortado é também a evidência de um vínculo entre um homem e uma mulher. Quando de uma relação sexual surge uma gravidez o vínculo aconteceu. E o aborto não desfaz esse vínculo, então se cada um segue seu caminho; quando casar-se com outra pessoa deverá lembrar de incluir essa pessoa a quem se vinculou anteriormente e o filho abortado.

A inclusão do abortado

O aborto é assunto que diz respeito apenas aos pais, por isso não é necessário contar aos filhos ou outras pessoas o que houve. O ato de contar aos filhos sobre o aborto não é suficiente para inclui-lo na família.

A inclusão é um gesto de amor que flui da alma e alcança o abortado. A inclusão pode ser alcançada através de uma constelação familiar ou de uma meditação acompanhada de uma vontade genuína.

Dicas e orientações

Se você teve um filho abortado, independente das circunstâncias e deseja inclui-lo na família você pode procurar por um serviço de constelação familiar.

Também é possível fazer a inclusão através de meditação "(para isso precisa estar consciente e segura)": imagine você, com a criança pequena no colo, pense no pai ou mãe dessa criança ao seu lado e diz a essa criança: – eu te dou um bom lugar em meu coração. Assumo a minha responsabilidade e por amor a você farei algo de bom. Você faz parte de nossa família.

Quando a inclusão acontece, você sente paz e a culpa ou sofrimento deixa de existir.

Se você está em outro relacionamento, diferente do que houve o aborto, é importante você lembrar-se que seu atual relacionamento não é o primeiro, o relacionamento que originou o aborto tem precedência e deve ser honrado!
Elane Pereira
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Para completar esta informação, busquei um este vídeo abaixo - link- da Isabela Couto. Um olhar esclarecedor e complementar.

⇓Ninguém Esconde Um Aborto, o que vem depois? 
(Uma experiencia pessoal da terapeuta)https://youtu.be/i-0Y2K6LO8c

domingo, 21 de outubro de 2018

“Ateie fogo em sua vida. Procure aqueles que gostem de você em chamas. ” (Rumi)



“Ateie fogo em sua vida. Procure aqueles que gostem de você em chamas. ” (Rumi)
Para os mais desavisados, a afirmação de Rumi pode soar como uma incitação à paixão. Por um lado, pode ser compreendida desta maneira, mas nada tem a ver com as delícias da carne, senão da própria alma.

Rumi nos incentiva a olhar para dentro, ele afirma que todas as respostas estão dentro de nós mesmos, ainda que passemos a vida buscando do lado de fora.

Ele também diz: “Esqueça segurança. Viva onde você tem medo de viver. Destrua sua reputação. Seja notório. ”
As palavras do poeta nos motivam a sermos nós mesmos, independentemente do medo, dos riscos e do que isto possa vir a ser, pois somente nós temos a capacidade de entender para o que viemos nesta vida. Cada um é único, especial e possui a força para viver sua própria jornada, com a essência e fonte em si mesmo.

Nada nos supera quando acreditamos em nós mesmos, quando sabemos que não somos apenas uma onda, mas o oceano inteiro, conectados numa energia sem fim, que se transforma e se renova a todo instante, construindo nossos sonhos a cada passo de nossos pensamentos.

Sabe aquela pessoa que aos olhos de muitos parece obcecada por um sonho ou alguma coisa específica? É disto que Rumi está falando. De sermos pessoas que acreditamos em nossos sonhos e desejos, independente do mundo inteiro desacreditar daquilo que almejamos. Isto é confiança e verdadeira autoestima.

Os grandes nomes da história são de pessoas comuns, que sofreram e foram descreditadas por muitos, antes de atingirem seus objetivos. Antes deles alcançarem suas vitórias, sofreram inúmeros fracassos. Dentre eles, nomes como Walt Disney, Henry Ford, Ludwig van Beethoven, Charles Darwin, Thomas Edison, Albert Einstein, Abraham Lincoln e Steve Jobs. Grandes nomes que, antes de se tornarem reconhecidos, foram desacreditados pelas pessoas à sua volta e, por vezes, ridicularizados e humilhados.

Primeiro somos considerados loucos. E depois heróis de nós mesmos e de muitos. Se seguimos o que desejamos seguir, corremos o risco de sermos sim desacreditados e ridicularizados, mas também corremos o sério risco de nos tornamos exemplo para os que vierem depois. Corremos o risco de virar história. Além do prazer de percorrer um caminho único, dando ao mesmo vida própria.

Mais importante do que pensar em como seremos vistos pela sociedade que nos cerca, é pensar sobre como eu me verei no espelho se abrir mão daquilo que eu acredito.

“Ateie fogo em sua vida”, fuja do lugar comum, faça o que tem de fazer, siga seus sonhos, seus ideais. E “procure aqueles que gostem de você em chamas”.

Não há nada mais recompensador do que acreditar em si mesmo, a sensação que se tem por dentro é inigualável, nem mesmo uma paixão correspondida proporciona tamanha força. O amor que vem de dentro de si mesmo, para si e para a vida.

Se junto a isso encontrarmos aqueles que acreditam em nossos sonhos, nos apoiam e motivam o nosso caminhar, muito melhor.

O grande escritor Honoré de Balzac quando escrevia seus romances, se apaixonava tanto por seus personagens, a ponto de interpretá-los durante jantares, através de gestos, roupas e dos próprios diálogos que escrevia. Ele se transformava na frente de seus amigos. Certamente esses acreditavam nele!

Seja você, procure toda e qualquer resposta em você. Seja você a fonte de si mesmo. Sinta-se. Acredite-se. E siga! E se puder, cerque-se de pessoas que creem em você, por mais loucas que elas e você pareçam!

E então, você terá compreendido do que se trata o fogo e as chamas de Rumi.
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domingo, 14 de outubro de 2018

Orgulho de proprietário

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Nós gostamos de mostrar as nossas conquistas. Deixamos que outros participem da nossa alegria por elas. Se eles se alegram, então nós nos alegramos ainda mais.

Estamos fazendo alarde com isso? É claro que sim. Uma árvore também o faz quando, no outono, abundantemente carregada com a conquista do ano, suas frutas caem servindo com sua vida assim mesmo e a muitas outras.

Preferiríamos uma árvore parcialmente murcha com uma colheita escassa? Ela ainda pode nos dar alegria? Ela pensa realmente nisso? Nós nos alegramos quando outros mostram sua pobreza ou a negligência com que deixam que algo malogre, sem cuidados, seja arruinado? Isso seria um estímulo para nós? Isso nos convida a imitá-lo?

Quem se orgulha de suas conquistas, cuida delas. Cuidar de seus êxitos, os conserva e os multiplica, sendo estimulado a conquistas maiores.

É diferente quando alguém esconde seus êxitos de outros porque tem medo que tenham inveja deles. Ele ainda vai multiplicá-los? Ele somente os possui e ficar sentado em cima disso como Fafner, o verme, na ópera Siegfried de Wagner, sobre o tesouro dos Nibelungos. Ele o desfrutava? Causava alegria aos outros com isso? Era realmente rico com isso?

Quem tem orgulho de suas posses e daquilo que conquistou permite que os outros também participem delas. Gasta em abundância. Atrai outros com seu orgulho e com o que tem a oferecer e oferece. Eles o admiram.

Uma outra pergunta é: o que acontece conosco quando ficamos orgulhosos com as nossas conquistas?

Por dentro nós sentimos amplos, abundantes, tanto mas quanto partilharmos com outros. Esse orgulho de proprietário é alegria de viver que arrebata, e alegria de viver que transborda.

Existe também um orgulho espiritual de proprietário, com o qual nos alegramos, do qual deixamos que muitos outros participem. É um orgulho de uma habilidade especial. Por exemplo, quando alguém consegue fazer uma obra de arte ou um músico domina completamente o seu instrumento. Somente porque se orgulha de sua capacidade atrai outros quando toca, orgulhoso de poder tocar algo para alegria de todos.

Especialmente belo é o orgulho de proprietário nos pais, quando o mostram pelo seus filhos. Eles são a maior conquista. Seu orgulho de proprietário é amor. Não porque sejam melhores do que outros pais. Todos os pais são igualmente bons. Eles têm o mesmo motivo para ter orgulho de seus filhos.

O que passa com os filhos quando seus pais se orgulham deles? Ficam radiantes e 60 e mais intimamente ligados a eles, ligado com êxito.

Na Bíblia se diz de Deus: " Deus viu tudo o que fez e viu que tudo era muito bom." que orgulho de proprietário, quanto amor!

Podemos imitar-lo, sendo orgulhosos em seguir a sua imagem? Para sermos orgulhosos de forma transbordante, com amor por tudo o que conseguimos? Sermos orgulhosos e gratos, felizes, unidos com sua criação e com seu orgulho de proprietário?

Ordens do sucesso-Bert Hellinger
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Muito interessante a afirmação de que , por medo da inveja, escondemos nossos êxitos. 
Afirmação mais que suficiente para refletirmos. O segredo está em não contestar, mas sim - deixar amadurecer - mas... o que é que em mim "pula" e contesta de imediato?
Boa reflexão.
Tais

domingo, 7 de outubro de 2018

Sobre o perdão

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"Segundo a tradição dos Kuhunas, o perdão gera um bloqueio nos fios “Aka” e o acesso a fonte do Ser, isto é, o caminho de acesso ao Eu Superior fica bloqueada, é como um cano que esta obstruído, não passa toda a energia que seria possível, caso estivéssemos de coração totalmente purificado, então é necessário fazer “Kala”, que significa limpeza ou desbloqueio da senda para receber as bênçãos do “Eu Superior”.

Dentro da própria filosofia Huna, temos o Ho’oponopono, prática para o perdão e liberação de todos os envolvidos, alcançando a cura através do amor.

Para os Kahunas, o perdão libera o fluxo de energia entre o Eu Médio e o Eu Superior e libera as memórias do Eu Básico. Enfim, maior crescimento para todos os envolvidos.

Na pratica do Ho’oponopono, basta você dizer: – Eu te amo, Eu sinto muito, por favor me perdoe, obrigada!, Ao fazer essa afirmação, puxamos a luz amorosa de “Poe Aumakua” e liberamos o fluxo da energia amorosa através dos cordões de luz, que os kahunas chamam de fio Aka, e com isso, a cura através do amor chega aos desafetos, aos magoados e aqueles que foram feridos por nossas ações inconscientes, ou mesmo resultado de vidas passadas ou qualquer outra coisa que você sente que impende o feliz entendimento entre partes.

Agora, para o trabalho em Constelação Familiar, segundo Bert Hellinger é diferente, segundo essa Terapia, nós não podemos perdoar. Pois quando nos colocamos no lugar de quem vai perdoar, nos colocamos acima do perdoado, gerando um desequilíbrio.

Hellinger diz: – Não temos esse direito e nem esse poder. É contrario as leis sistêmicas e a ordem do amor. Isso é uma postura arrogante de querermos perdoar o outro.

Vejam que é uma forma completamente diferente do sistema Kahuna e talvez de qualquer outra doutrina filosófica, não melhor nem pior, é diferente. Por que isso?

Por que faz parte de um conjunto de “saberes”, um método de trabalho, onde as pessoas aprendem uma maneira de lidar com o Amor, e resulta numa maneira diferenciada de curar as feridas dos seus sistemas, isto é, dos relacionamentos.

Então, dentro das Constelações Familiares, para que a cura possa ser possível, olhamos para a pessoa que causamos dor e sofrimento e ao invés de dizer eu te perdôo, eu digo, olhando nos olhos:

– Eu sinto muito.

Ao olhar para a pessoa e dizer que sentimos muito, reconhecemos o nosso lugar na relação, oferecemos um espaço de igualdade, consideramos perante o outro que falhamos que assumimos isso, e que estamos nos submetendo a esse acerto de contas e levamos em consideração a pessoa e respeitamo-la, e deixamos com ela o tempo que for necessário para que a reparação possa se dar. Assim, a pessoa culpada, conserva a sua dignidade e tem oportunidade de sentir-se respeitada. E sem nenhuma cobrança. Deixamos livre.

Através dessa postura, quando sentimos muito, trazemos de volta para dentro de si a compreensão do que aconteceu, a responsabilidade do que aconteceu e ao mesmo tempo, deixamos o outro livre para aceitar ou não, nosso pedido de reparação.

Ocorre que, esse gesto de humildade, comove o outro e libera o amor da alma, que coloca em movimento “as forças curativas”, que possibilita: – que o que foi interrompido, volte a fluir…

É outro caminho.

Temos sempre que ter clareza do Sistema de Crenças que estamos vinculados, e saber que em cada um deles existem regras e possibilidade de chegar ao Divino, pois, o amor que flui em nossos relacionamentos, significa o divino agindo em nós e a partir de nós, sendo o amor em ação.

Precisamos só avaliar se aquilo que temos como certo se esta de fato dando resultados.

Se não, podemos abrir novas possibilidades e experimentar outras formas.

Perdoar é uma difícil tarefa, exige de nós uma profunda reflexão.

Pois tem pessoas que perdoam com a mente, mais não com o coração.

E dai o corpo adoece, como um sinal que “algo” não está tão bem como o esperado.

Fica aqui a reflexão.

Com gratidão."
Por Cida Medeiro
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Sentimentos intensos como a raiva originam-se frequentemente em que um movimento de amor que fora interrompido precocemente, no qual a criança não pôde prosseguir. A raiva protege a criança da dor do amor. É somente o outro lado do amor.
Uma separação ( as vezes "apenas" no coração da mãe ou do pai), a criança sente-se só... e para não sofrer tudo novamente, ela "não consegue estabelecer um vinculo d amor, seja ele qual for."

E o que o perdão tem a ver com raiva? A raiva nos prende ao agressor. A vítima está livre do agressor com sua própria alma e seu destino. Isso é uma forma de respeito. Dessa forma, a vítima fica livre. Esse afastamento daquilo que fez, para um lugar sem esse sentimento(raiva) - centro vazio - digamos assim, dá força e, de vítima, nos transformamos em protagonistas.

Mas aqueles que perseguem e ficam indignados, os moralistas e os inocentes são, na alma, criminosos. As fantasias que se criam aí ( de vingança, por exemplo), são frequentemente piores do que os atos dos agressores.

No dia de hoje, pense nisso com os olhos voltados ao nosso querido Brasil , e, como filhos dele, naquilo que vamos decidir "com amor". Bom dia 
Tais