domingo, 29 de março de 2020

Um olhar sobre o novo virus

Chuva traz 800 milhões de vírus por metro quadrado; e não é o fim ...
"Bem, como não há como não pensar sobre o assunto, decidi registrar e compartilhar com vocês alguns questionamentos, analogias e, talvez, maluquices.

“Corona” vem de coroa, do divino, ou seja, a palavra tem uma relação com o espiritual. Posso pensar dentro de um contexto mais amplo e buscar compreender, entender, ou mesmo, me perder nos pensamentos, olhando por este viés.

Mas fico aqui pensando que nada é ao acaso, mas um propósito. E o que estamos vivendo tem um propósito muito grande, que acredito que é o de limpeza, purificação de valores, crenças, e mudança de modelos de mundo tão materialistas e pouco consequentes. É o que penso quando ecologicamente conceituo isso.

Para quê a compra desenfreada de álcool em gel e até mesmo o papel higiênico? Não seria a tradução metafórica da limpeza necessária? Da limpeza da alma, da mente, do espírito.

E neste contexto, será que estamos aprendendo mesmo? Quando estocamos, tiramos do outro o direito de também se proteger e de comer. Será que estamos olhando para o vírus e para tudo o que ele quer nos dizer e ensinar? Ou tentamos excluí-lo, no sentido sistêmico, quando queremos limpar ou matar o vírus – e, assim, sistemicamente, dar mais força ao excluído?

Já houve outras epidemias e muitas outras surgirão. O que aprendemos espiritualmente? Estamos todos convocados a pensar. Alias, já havíamos sido há muito tempo.

A Terra já gritava por socorro, já se mostrava não conseguindo respirar de tanta poluição e aquecimento global. Mas não a escutamos.

Então, o que a natureza por si criou?

Sim, um vírus que nos ataca no pulmão. Órgão que, devido ao medo da morte, adoece. E isto é científico, biológico. Assim, faz-nos recolhermos em casa. E isso gera uma limpeza e despoluição do planeta, que volta a respirar.

Se olharmos sistemicamente, num equilíbrio entre o dar e receber, esse vírus escolhe os mais idosos para morrer, preservando os novos. Velhos estes que, numa boa parte, favoreceram para a destruição desenfreada de uma ecologia, dando lugar à nova geração que tem um olhar mais igualitário e menos agressivo, que mostra ter uma consciência espiritual mais elevada. Por acaso?

É, estamos em pânico. Sem preparo para olhar para o nosso interior. Não fomos preparados para isso, mas fomos para olhar para fora. Para competir, para consumir.

Agora, obrigados a pensar para dentro, o que fazemos?

Brincamos como crianças fazendo piadas, criando estatísticas falsas, charges. Não conseguimos ser adultos para lidar com as responsabilidades. Buscamos culpados. Culpamos. Valorizamos as informações que geram mais pânico, e vamos criando um campo quântico, um campo mórfico, e nos emaranhamos nele. Sabemos que pensamento é energia e aquilo que pensamos criamos. Então, onde vamos parar com esses pensamentos infantis e hipnóticos? Basta que lembremos como isto é fato. Quando cai um avião, o mundo fica em transe com este fato. E o que acontece na sequência? Sim, comumente, cai outro e outro. Até que se inicie um outro campo de informação. Materializamos também quando desejamos muito alguma coisa. Sabemos disso.

Ainda me dei conta de que a quarentena iniciou com a quaresma. E quaresma tem um significado de busca da purificação. Seria por mero acaso?

Também vi uma constelação do vírus e ouvi sobre outras. Mas, na que assisti com Sophie, ficou claro o quanto não estamos olhando para o futuro, o quanto estamos em transe hipnótico, vivendo como se fosse o fim do mundo. Mantendo e dando força ao caos. Daí lembrei o que havia lido no livro Cartas de Cristo, página 30:

Você quer saber de onde veio o vírus HIV que ataca o tão prezado sistema de autodefesa humano – o sistema imunológico, e também sua capacidade para procriar? Este vírus, se não for controlado – não com remédio, mas pela CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL – exterminará os imprudentes.

Acorde! Perceba o perigo! Seus próprios e fortes “impulsos de consciência” são impulsos de vida. São impulsos eletromagnéticos altamente criativos! Quando seus impulsos de consciência são de uma natureza virulenta – violenta – agressiva e homicida – eles emitem partículas elétricas de CONSCIÊNCIA virulenta, violenta, agressiva e homicida que tomam forma de vírus venenosos no ar propagando-se de uma pessoa inocente a outra.

O que nasce e se nutre em uma mente doente, acaba por tomar forma no mundo físico. E isso não é castigo de Deus, como igrejas podem ensinar. É um fato CIENTÍFICO DA EXISTÊNCIA. Portanto é um assunto de extrema urgência que todas as pessoas espiritualizadas mantenham distância das imaginações “infantis” para perceber, claramente, a VERDADE da criação da existência.

Não seria o momento de olharmos e sermos gratos pela oportunidade que estamos tendo de, finalmente, olharmos e fazermos mudanças? De limparmos e esterilizarmos a alma, o espírito dos vírus sociais, econômicos, religiosos, familiares, profissionais, pessoais?

Quem sabe, ainda tenhamos tempo para olharmos nos olhos de quem está confinado em casa, juntinho, mas quem nem prestamos atenção e dizermos “ei, cara, eu vejo você!”.

Quem sabe possamos olhar para o futuro que vem depois disso com gratidão pelo que teremos que fazer, aprender, adaptar, criar, dividir, compartilhar, e também dizermos “ah, finalmente eu vejo você!”.

A vida é dual. Tudo o que se mostra, tem o seu oposto.

Podemos olhar para o oposto de tudo isto?

Temos alcance para isso?

Como podemos iniciar?

Qual o meu menor primeiro passo a ser dado para isso?

Quando posso dá-lo?

E você?"
Texto extraído de - https://veraboeing.com.br/

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Podemos "escolher" como olhar para tudo isso...
Apenas uma catástrofe? Não.
Eu vejo como algo necessário à humanidade. Uma oportunidade de revermos a vida como um todo. 
A educação precisava ser revista... e protelávamos. Agora teremos que usar as alternativas forçosamente. As relações precisavam ser diferentes...agora obrigatoriamente teremos que revê-las.
Alguns se prepararam pra isso, outros não...
Percebo que agora é hora de nos unirmos da melhor maneira que sabemos. 
Meditação, pra quem se acostumou a receber os benefícios dela, é uma alternativa que nos dá equilíbrio. Estar "no centro", com seu potencial ativo, focando a energia que todos temos, para as soluções.
Cada um faz aquilo que sabe, e da melhor maneira.
Eu sugiro a Escola de Educação Frequencial. Estamos nos reunindo duas vezes ao dia ( às 8 e às 18 h) , através do link:

http://meet.google.com/kru-pgiu-hrw

Neste dois horários , praticamos a fórmula de ativação do nosso potencial , ativando o campo pessoal eletromagnético , o que dará início a um processo de autodescoberta e vai explorar e reconhecer potencialidades que até agora estavam adormecidas dentro de nós.
O campo coletivo também se beneficia com o fluxo natural da existência, fortalecendo a todos.
Que cada um escolha a sua alternativa, na certeza de que juntos somos mais!
Um boa dia pra vocês.
Tais




segunda-feira, 16 de março de 2020

O vírus da consciência

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Um alerta para uma maior consciência - dentro de você e do planeta. Embora talvez não seja visível para a maioria, esse surto evidencia a rapidez com que a consciência já está despertando em todo o mundo.

Quando mergulhado no medo, você entra no modo de sobrevivência, onde deve confiar nos impulsos e demandas do seu ego versus os instintos da sabedoria da sua alma em evolução. Embora eu afirme que o "medo da pandemia" é a real pandemia ... Felizmente, será incapaz de retardar o progresso de uma consciência desperta que não pode ser contestada ou negada.

Quanto mais rápida a consciência desperta, mais ela acelera o tecido do tempo. Quanto mais rápido o tempo acelera, menos oportunidades há para o medo operar com qualquer grau de influência sobre a nossa consciência desperta.

Usando essa noção de distorção do tempo, ... A única maneira pela qual o tecido do tempo diminui é quando a evolução da consciência é interrompida de alguma maneira. E, é claro, o único meio pelo qual isso ocorre é quando os seres humanos se alinham com o medo.

Não estou dizendo que não há um vírus.

O tecido do tempo é um mecanismo constante de medição ...

Isso significa que um relógio nunca para de marcar, mas você pode diminuir ou acelerar o tempo para permitir que os dias passem como segundos .... ou a lentidão no tempo pode ocorrer, se a humanidade estiver mais alinhada com o medo pelo pior, em vez de utilizar esse clima de incerteza como um espaço através do qual a consciência de todos continua a se unir e despertar como Um.

Então, como você usa essa pandemia de medo como um catalisador para uma maior consciência?


Assim como muitos estão usando remédios à base de plantas para lidar com o aparecimento de qualquer sintoma, de uma perspectiva vibracional, nossa primeira linha de defesa é a Gratidão. Visto que o medo é a retenção de sua luz, a Gratidão é a disposição de compartilhar sua luz para o benefício de si mesmo e o bem-estar dos outros.

Essa mudança ocorre através do cultivo da coragem. Assim como a coragem é o sentimento de possuir o seu próprio poder inerente, o medo é uma sensação de quando seu poder é dado a algo externo à sua vontade.

Como a Gratidão contém uma sensação de celebração, você está, de fato, despojando qualquer coisa do poder que, mesmo sem saber, deu, e reivindicando a presença corajosa incorporada de sua alma. Para ancorar a vibração da Gratidão, ela deve ser autêntica em sua expressão.

Aqui estão alguns exemplos do mundo real de como você pode escolher autenticamente a Gratidão, mesmo em momentos incertos como estes:

- podemos ser gratos por esse vírus ter inspirado uma maior atenção em nos purificar e estar conscientes do espaço e da experiência de outras pessoas;

- dá às famílias oportunidades de se reunir e receber o apoio emocional neste momento tão crucial na Ascensão da Terra;

- embora exista uma forte vibração da histeria em massa, muitos estão parando para fazer perguntas existenciais mais profundas que despertam cada um da narrativa de uma matrix moribunda, movendo-se rapidamente para linhas de tempo de rápida expansão.

- nosso ritmo diário de “fazer, fazer, fazer” foi interrompido por uma oportunidade de mergulhar em uma dimensão interior do ser, onde não há para onde ir, ninguém para estar, além de conectar, alinhar, crescer e expandir durante esse momento crucial de renascimento.

Se não desejamos reagir com medo a qualquer forma específica, implementamos a vibração da Gratidão para reconhecer corajosamente o valor da consciência dentro dela...

Para apoiar seu sistema imunológico acorde da matriz do medo e recupere a glória de sua coragem, clareza, consciência e poder, repetindo as seguintes palavras:

“Obrigado coronavírus por ser o alerta que este mundo precisa; pela atenção plena sendo instilada em tantos seres.

Obrigado por me mostrar como criar relacionamentos com consciência em todas as formas, para não ser hipnotizado pelo poder que, sem saber, dou às coisas fora de mim.

Gratidão por me mostrar que o poder da minha percepção é mais forte do que qualquer pandemia de medo. Ao saber disso, permito que todos os padrões, personagens e agendas de escassez, vitimização, medo, abuso, modo de sobrevivência, ganância e corrupção sejam eliminados do meu campo de energia, e retornados à Fonte de sua origem, transmutados completamente agora.

Deste momento em diante, como co-criador da minha realidade, ordeno que todo poder que sem saber doei seja rapidamente devolvido ao meu campo de energia, fortalecendo meu sistema imunológico com frequências mais altas de luz incorporada.

Como a consciência de todos é a consciência que EU SOU, permito que cada momento de Gratidão retorne em perfeição da luz eterna.

Que essa intenção cure meu ser, exalte cada circunstância e transforme a realidade para mim, minha família, meus relacionamentos, meus amigos e vizinhos, e a humanidade.

Obrigado por transformar o coronavírus novamente em luz.

Obrigado por lembrar o poder que está sempre dentro de mim. E assim, sou curado, transformado e renascido como a luz da consciência que EU SOU agora."

A palavra "Corona" significa coroa, e lembramos que estamos passando por um processo radical para garantir que o tempo permaneça acelerado para restaurar o equilíbrio e a consciência em todos os corações. Enquanto cada um de nós recupera o poder de nossas coroas, estamos recuperando o trono do reino dos céus de um padrão de desequilíbrio inconsciente e viciante, que foi projetado.

A consciência é o próprio catalisador do Despertar dentro de você. Não precisa ser feito com agressão ou medo, mas com a coragem da sua verdade mais elevada que se relaciona com a consciência nas coisas, não importa como algo pareça.

É isso que significa Despertar da matrix.

Se você está lendo estas palavras, você acordou bem.

Em vez de interagir com medo, sentimentos desconfortáveis, sintomas físicos ou manchetes assustadoras, vamos empregar o poder da Gratidão para nos unir à consciência em cada forma, para transformá-la novamente em luz honrando o valor que ela oferece.

Em nome do Universo, os Registros Akáshicos que supervisionam a Ascensão da Terra, e todos os Conselhos Galácticos, mantendo espaço para a soberania do despertar de cada ser senciente, estou aqui com vocês a cada passo do caminho.


Vitória da Luz EU SOU agora.
Tudo por amor.

Matt Kahn.  www.decoracaoacoracao.blog.br
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domingo, 15 de março de 2020

Medos: como vencer os seus

(Arte SUPER/Superinteressante)
Você acorda, escova os dentes, se veste, sai para a rua. Pode ser atropelado, assaltado, empurrado no metrô. Se estiver de carro, pode sofrer um acidente de trânsito – ou ficar preso no meio de uma enchente. A geladeira pode ter um curto e incendiar sua casa enquanto você está fora. Aliás, será que você se lembrou de trancar a porta? Sua cara-metade pode ter decidido trair você. O clima do planeta pode ter desandado de vez, com consequências terríveis para a humanidade. Você pode apanhar da polícia – ou ser vítima de um arrastão. Pode pegar gripe suína e morrer em dias. Os agrotóxicos da comida podem estar envenenando você. O seu avião pode cair. Você pode ser rejeitado. Fracassar na vida. Aquela dorzinha na barriga… pode ser câncer. E, pior ainda, tudo isso pode acontecer com as pessoas que você mais ama.

Nunca houve tantos motivos para sentir medo. E isso está nos afetando. Segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, 20,8% das pessoas têm transtorno de ansiedade, ou seja, passam o tempo inteiro com medo de alguma coisa (pois a ansiedade nada mais é do que medo antecipado, de algo que pode ou não ocorrer). É dez vezes mais do que na década de 1980. Mesmo que você não seja uma delas, certamente já se sentiu incomodado por algum tipo de medo. Ele se tornou o maior problema psicológico do nosso tempo – e virou parte do dia a dia de todo mundo.

Ter medo não é ruim. Nós só estamos aqui, afinal, porque nossos antepassados eram medrosos e viviam fugindo do perigo. O cérebro humano evoluiu para ser extremamente sensível a ele. Mas isso aconteceu há milhares de anos, quando a vida era muito diferente. Hoje, a quantidade de situações e estímulos que podem nos causar receio é incalculavelmente maior. Daí a explosão de medo na cabeça das pessoas. Não precisa ser desse jeito. Mas, primeiro: por que isso aconteceu? 
– (Arte SUPER/Superinteressante) 
Um cérebro, duas mentes 

O cérebro humano quase triplicou ao longo da evolução. Passou de 600 cm3 no Homo habilis (há 2 milhões de anos) aos 1.400 cm3 do Homo sapiens, 150 mil anos atrás. Nossa massa cinzenta foi crescendo e ganhando camadas, cada uma mais complexa que a anterior, até chegar ao neocórtex – sua parte mais externa, enrolada como uma linguiça, responsável por funções mentais como pensamento e linguagem. Tudo o que você tem de racional está ali. Só que mais para dentro, no miolo do cérebro, existe outra coisa: o chamado sistema límbico. É uma parte mais primitiva, que coordena reações instintivas. Seu pedaço mais importante é a amígdala, que detona as sensações de medo. “Você está caminhando por um bosque, vê uma cobra, se assusta e imediatamente pula para trás, sem sequer pensar a respeito. A amígdala é a responsável por essa resposta”, explica Raül Andero, neurocientista da Emory University, nos EUA. Como as cobras eram um perigo constante para nossos ancestrais, a evolução moldou o cérebro para ter medo delas. Prova disso é que macacos criados em laboratório, que nunca viram uma cobra, se assustam se forem colocados diante de uma (em compensação, se eles tiverem a amígdala retirada, deixam de sentir todos os tipos de medo). Os medos são disparados pela parte primitiva do cérebro. 

Quando você anda pela rua pensando nas férias, o seu cérebro avançado está decidindo para onde quer viajar. Mas o cérebro instintivo, sem que você perceba, também está a todo o vapor, de olho nas ameaças imediatas (um buraco no chão, por exemplo). Os dois são interligados, se comunicam, influenciam um ao outro. Por isso, os psicólogos preferem dividir a mente em dois sistemas: o Sistema 1 e o Sistema 2. Cada um é um conjunto de processos mentais envolvendo várias regiões do cérebro. 

O ser humano só usa 10% do cérebro. Verdade ou mentira?

O Sistema 1 é intuitivo, rápido, emotivo, inconsciente, automático. Sabe aquele pressentimento que você tem quando conhece alguém? É o Sistema 1 em ação. Ou quando volta para casa de forma automática, sem precisar relembrar o caminho? Sistema 1. Tudo o que você faz sem pensar – inclusive sentir medo – é obra do Sistema 1. Já o Sistema 2 é o contrário: ele é o pensamento, lento, consciente, racional. A sua consciência mora dentro dele. “Mas o Sistema 1 é o autor secreto de muitas escolhas e julgamentos que você faz”, explica o psicólogo israelense Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia e autor de Rápido e Devagar, livro que discute a relação entre os dois sistemas. 

O Sistema 1 é essencial para a sobrevivência. É o instinto que nos permite reagir rapidamente a ameaças – seja uma cobra ou um ônibus que avança sobre a faixa de pedestres bem na hora que você está atravessando. O problema é que o Sistema 1 usa regras rudimentares, muitas vezes erradas, para dosar o medo que vamos sentir das coisas. Por exemplo. Quanto mais você se lembra (ou é lembrado) de uma ameaça, mais medo o Sistema 1 produzirá, independente do real perigo envolvido. E ele também é fortemente influenciado pelo medo que outras pessoas sentem (medo é contagioso). Tudo isso nos leva a receios exagerados e errados. 
– (Arte SUPER/Superinteressante) 

Após os atentados de 11 de Setembro, por exemplo, os americanos ficaram com medo de andar de avião. Muito mais gente decidiu viajar de carro. E, por isso, morreram 1.600 pessoas a mais em acidentes de trânsito nos EUA ao longo de um ano. Avião era, e é, estatisticamente muito mais seguro do que carro. Só que as pessoas se lembraram dos atentados, que tinham sido exaustivamente mostrados pela imprensa, e tomaram a decisão errada. Se tivessem superado o medo, e andado de avião, praticamente todas estariam vivas. “Temos pavor de morrer de repente, junto com outras pessoas”, diz o psicólogo Gerd Gigerenzer, do Instituto Max Planck, na Alemanha, que analisou números fornecidos pelo Ministério dos Transportes dos EUA. “Aí tomamos a decisão errada, e pulamos da frigideira para o fogo.” 

Há inúmeros exemplos assim, de medo irracional. Como a mãe que tem medo que seu filho fume maconha, mas não vê problema se ele encher a cara – sendo que o álcool é comprovadamente mais prejudicial à saúde. A pessoa que tem medo de usina nuclear, mas adora ir à praia se expor à radiação solar, algo muito mais arriscado (só o Brasil registra 120 mil casos de câncer de pele por ano). E você tem mais medo de diabetes, aids, ou acidentes de trânsito? No Brasil, a aids (71%) e os acidentes (58%) lideram com folga. E a diabetes nem é citada em pesquisas sobre temores. Mas, pensando racionalmente, é dela que você deveria ter mais medo: em 2010, essa doença matou 54 mil brasileiros, o mesmo que os acidentes de trânsito (42 mil) e a aids (12 mil) somados. Ocorre que os acidentes aparecem todo dia na TV e nos jornais. E o que você acha que terá mais destaque na imprensa, uma celebridade morrer de diabetes ou de aids? 

A mídia escolhe as coisas para chamar sua atenção. (Por exemplo: esta foto que publicamos aí abaixo.) E as coisas que mais chamam a atenção do cérebro são, justamente, as que mais assustam. 
– (Arte SUPER/Superinteressante) 
O marketing do medo 

É por isso que existem tantos programas policiais e notícias sobre violência. “Vivemos num mundo onde somos convocados a sentir medo. Na mídia, é como se estivéssemos em perigo constante, podendo ser assaltados em cada esquina”, diz Luís Fernando Saraiva, do Conselho Regional de Psicologia (CRP) de São Paulo. O marketing também é muito baseado no medo. Bancos e empresas de seguro usam esse argumento abertamente, mas, se você observar bem, verá que outros anunciantes também manipulam nossos temores para vender. Só que usam mensagens mais sutis. 

“A moda joga com o medo de não pertencer ao grupo”, diz o publicitário dinamarquês Martin Lindstrom, autor de cinco livros sobre as táticas de manipulação usadas pelas empresas. “Aposto que você teria vergonha de sair com a roupa do seu pai, pois se sentiria desconectado da sua tribo”, afirma. “O desodorante traz outro medo, de que você não vai conseguir namorada com seu cheiro. A mesma lógica vale para xampus, branqueadores de dente e academias de ginástica. Afinal, malhamos para estar saudáveis, ou por medo de ficar flácidos?”, questiona Lindstrom. Se você não comprar o carro X, seu filho vai ficar com vergonha quando você for buscá-lo na escola. E por aí vai. Boa parte da propaganda explora o medo da rejeição social. 

E esse medo nunca foi tão forte. Nunca estivemos tão ligados uns aos outros, mas, ao mesmo tempo, nunca sentimos tanto medo de não sermos aceitos. Você já deve ter percebido isso quando postou alguma coisa nas redes sociais – e imediatamente ficou ansioso sobre quantos likes aquilo iria ter ou deixar de ter. Um estudo feito pela agência de publicidade JWT com 1.270 americanos e ingleses constatou que 40% dos usuários do Facebook têm medo de não serem incluídos nas conversas online dos amigos. “O mundo exige cada vez mais de nós. Não conseguimos nos desconectar, e aí sentimos mais ansiedade”, diz o psicólogo Saraiva. 

Políticos espalham temores para arrebanhar votos, jornalistas faturam em cima de catástrofes, biólogos citam vírus letais quando querem obter fundos para desenvolver vacinas… Todo mundo propaga o medo. Mas não faz isso só por maldade ou interesse próprio. “Se eu disser que há uma doença mortal se espalhando na sala onde você está, você sairá dela mesmo sem saber se é verdade. E vai avisar as outras pessoas”, diz Lindstrom. “Milhares de anos atrás, também espalhávamos a notícia de uma planta venenosa, porque isso aumentava a chance de sobrevivência do grupo.” Ou seja: conforme cada pessoa absorve mais medo, ela também se torna propagadora, espalha esse medo para os outros. É uma reação instintiva. 

Ok, sentimos cada vez mais medo porque nosso pobre cérebro é imperfeito – e o mundo moderno explora seus defeitos como nunca. E agora? 
– (Arte SUPER/Superinteressante) 
Como vencer o medo 

Você certamente já se arrepiou vendo filmes de terror. E gritou dando piruetas na montanha-russa. Estranho: você estava aterrorizado, mas adorou cada segundo. Isso acontece porque em situações normais, como no cinema ou no parque, a parte avançada do cérebro permanece no comando. Você se diverte porque mantém o controle. O seu instinto de medo é ativado, mas a consciência sabe que não se trata de um perigo real. Então acontece uma descarga de adrenalina acompanhada de dopamina – neurotransmissor associado ao prazer. E você sente aquele gostoso friozinho na barriga. 

Mas, em situações de perigo real, como um assalto, isso não acontece. A amígdala passa por cima de todo o resto e impõe um temor incontrolável. Quando alguém desenvolve medo crônico, fobias ou transtorno de estresse pós-traumático, situações cada vez mais comuns no mundo moderno, a amígdala fica disparando o tempo inteiro. “Por isso, a pessoa apresenta grande ansiedade no dia a dia”, explica o neurocientista Raül Andero, da Universidade Emory. Já estão sendo criados medicamentos que podem aliviar ou suprimir o medo (mais sobre isso daqui a pouco), mas, na maioria dos casos, a principal solução é terapia. Não só a terapia feita em consultório. Há coisas que você mesmo pode fazer. 

A principal delas se chama terapia cognitivo-comportamental (TCC). Ela nos ensina a mudar os pensamentos ruins que ficam estimulando a amígdala e gerando ansiedade. “A forma como pensamos influencia a maneira como sentimos. Portanto, mudar o modo como pensamos pode mudar como nos sentimos”, resume o psiquiatra Aaron T. Beck, pai da TCC, no livro The Anxiety and Worry Workbook (“O Manual da Ansiedade e da Preocupação”, inédito no Brasil). Se antes da entrevista de emprego você pensa “Não tenho ideia do que dizer; eles acharão que sou um idiota”, vai se sentir tenso e ansioso. Mas se em vez disso você pensar “Estou bem preparado para a entrevista e vou causar uma boa impressão”, ficará mais calmo e confiante. Pode parecer banal, mas funciona. Tem efeitos neurologicamente comprovados. 

Ainda é possível conseguir mudar nosso olhar sobre aquilo que nos dá medo, com um procedimento bem conhecido: a hipnose. “Vivemos tão condicionados no dia a dia que usamos nossa mente de forma muito limitada. Em geral, não comemos quando temos fome, e sim quando está na hora de comer”, diz o psiquiatra italiano Leonard Verea, especialista em hipnose. “A hipnose auxilia a pessoa a estimular a própria mente, para sair da acomodação e ultrapassar obstáculos.” 

Segundo Verea, o medo é a dificuldade de lidar com uma coisa desconhecida. Isso pode gerar tensão suficiente para ultrapassar os limites da pessoa e fazer com que ela entre numa espécie de curto-circuito mental. Quem tem ataques de pânico, por exemplo, perde a capacidade de imaginar situações. “E quanto menos ela consegue imaginar, maior a sua ansiedade e menores os seus limites de tolerância frente à situação”, diz ele. “A hipnose ajuda o indivíduo a imaginar que pode sair disso e viver com tranquilidade. Ele sai do pânico aproveitando seus próprios recursos, conscientes e inconscientes.” 

A psicanálise e diversas outras terapias também têm se mostrado eficientes para lidar com o medo e a ansiedade. O sucesso não depende da linha terapêutica em si, até porque tudo depende da relação entre o terapeuta e o paciente. Mas existe uma condição básica para que uma terapia dê certo. “O bom atendimento é aquele que não se limita a combater os sintomas. É o que procura entender a causa do problema no cotidiano de cada pessoa”, diz o psicólogo Luís Fernando Saraiva. Faz sentido: você pode tomar calmantes para dormir. Mas se não entender o que está tirando seu sono, pouco adianta.

O fim dos medos 

A maioria de nós passa por algum trauma na vida – assalto, sequestro, acidente, desastre natural, abuso ou a perda repentina de alguém querido. E cerca de 10% dos que vivem um trauma (até 14% no caso das mulheres) vão desenvolver o chamado transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Eles revivem a cena em pesadelos e flashbacks aterradores. Sentem tanto medo que chegam a se isolar do convívio social. Muitos conseguem se curar total ou parcialmente com terapia. 
Imagine um mundo onde ninguém tivesse medo de nada, nunca. Ele poderia evoluir de modo imprevisível, com explosões de violência e ondas de solidão. “Faz parte da vida sentir medo e ficar ansioso. O que temos que avaliar é o limite, ou seja, quando essas sensações se tornam insuportáveis. Aí sim merecem intervenção”, diz Saraiva. Para ele, a sociedade nunca teve tão pouca tolerância a emoções negativas. Terminou o namoro? Tem que estar bem no dia seguinte. A mãe morreu? Precisa levantar o astral. “Frente a qualquer sensação ruim, as pessoas já procuram tratamento, como se não pudessem sentir o que sentem”, diz. Nunca sentimos tanto medo – e, pior, nunca tivemos tanto medo dessa sensação. Talvez a chave do problema, e sua grande solução, morem justamente aí. Perder o medo do medo.
Por Eduardo Szklarz e Bruno Garattoni- Superinteressante
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Isto tudo é para o momento atual, embora o medo sempre esteve presente em todos nós.
Eu acrescentaria ainda, uma alternativa para lidar com a vida de uma outra maneira, com a qual tomei contato há um ano e meio: 
Escola de Educação Frequencial Andaluz https://andaluz-educacao.eadbox.com/
Nela você é único e o propósito é te apoiar no reconhecimento dessa tua unicidade.
Há uma ferramenta disponível que vai ativar a frequência do teu potencial plenamente e de forma espontânea, você vai passar a experimentar e expressar essa singularidade no teu cotidiano e nas relações. Como?

"DESPERTANDO
Com a prática da fórmula – nossa ferramenta – fortalecendo o teu campo eletromagnético e com você participando dos encontros e orientações no caminho ANDALUZ, você vai iniciar um processo de autodescoberta e vai explorar e reconhecer potencialidades que até agora estavam adormecidas dentro de você.
RECONHECENDO
Ao experimentar como é viver o potencial plenamente no dia-a-dia, você vai reconhecer a tua singularidade, o Ser único que você é; vai experimentar o que é estar em sintonia com o fluxo da vida e perceber como os benefícios se mostram de forma espontânea por conta dessa tua escolha: convicção, força interna, concentração, discernimento, clareza, desidentificação com circunstâncias que normalmente te tomam, criatividade, sincronicidade, aumento da percepção, curas físicas, psíquicas e nas relações, mudanças de comportamento, são alguns dos efeitos de se viver em sintonia com o Campo Unificado.
TRANSFORMANDO
Na disponibilidade de se permitir ser quem você é e expressar essa singularidade no teu cotidiano e nas relações, espontaneamente o dar e receber se expandem e as transformações nos níveis pessoal e coletivo acontecem de forma natural." (Fonte: site Andaluz)

Faça a sua escolha, sempre lembrando que o importante é ter vontade de transformar-se... 
A partir daí as oportunidades aparecerão , para que você faça suas escolhas.
Boa semana (com mais compreensão sobre o  medo)
Tais

domingo, 8 de março de 2020

O que é constelação sistêmica?

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A constelação sistêmica é um conhecimento que tem aplicação em diversas áreas de atuação. Ela foi estudada e observada por mais de 30 anos pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger e tem encontrado um excelente resultado em suas aplicações na terapia familiar, na consultoria organizacional, na saúde e no direito, entre outras áreas.

Esse conhecimento tem sua origem na terapia familiar e na observação da influência exercida em todos os integrantes de um sistema familiar por meio de um campo inconsciente de cada família.

Isso pode parecer óbvio se considerarmos os relacionamentos diretos, como pais e filhos. Afinal, é comum que eles convivam juntos até uma certa idade.

O que Hellinger descobriu é que, na verdade, há uma influência invisível que se dá por meio da existência do vínculo, independentemente da convivência.

Dessa forma, um filho recebe a influência do pai ou da mãe que o abandonou, por exemplo. Ou um bisavô que nunca conviveu com seu bisneto pode ter questões difíceis de sua vida incidindo sobre a vida do bisneto pelo fato de estarem ligados pelo vínculo familiar.

O campo familiar

Essa influência, que não necessita de palavras ou convivência, se dá pelo campo familiar, que é um conjunto inconsciente de acontecimentos, conhecimentos e experiências que agrupa tudo o que aconteceu dentro de uma rede familiar.

Nós, hoje, somos o elo mais recente dessa rede, que remonta a muitas gerações anteriores. Cada geração, com suas dores, vivências, amores, perdas, ganhos, sucesso, fracasso, saúde ou doença, contribuiu com tudo o que hoje faz parte da nossa história familiar. Está tudo neste inconsciente.Essa ideia é apoiada pela teoria dos campos morfogenéticos, de Rupert Sheldrake, biólogo inglês.

O olhar da constelação sistêmica traz que, motivados por nosso vínculo, podemos estar conectados a esses destinos, principalmente os difíceis, e repeti-los em nossa vida. E isso ocorre em função daquilo que Hellinger denominou “as 3 leis da vida”.

As leis dos relacionamentos

No seu trabalho com as constelações sistêmicas, Hellinger observou que todos os relacionamentos, sejam eles entre familiares ou não, estão sujeitos a três parâmetros. São eles a ordem, o pertencimento e o equilíbrio.

Esse conhecimento surgiu da observação empírica no trabalho sistêmico de Hellinger. E como o psicoterapeuta traz, esses três aspectos incidem sobre todos os relacionamentos, quer as pessoas envolvidas saibam da existência dessas leis ou não, quer elas concordem ou não.

Apenas para facilitar a compreensão, duvidar ou desacreditar dessas leis é como duvidar ou desacreditar da lei da gravidade. A pessoa sofrerá os efeitos da mesma maneira.

A ordem fala que no sistema familiar – e de forma geral em todos os sistemas – cada pessoa possui seu lugar. Assim, um avô vem antes do pai, que vem antes do filho. E quem vem antes tem precedência em relação a quem vem depois. 

Um filho é sempre menor que seu pai, no sentido anímico. Porém, é comum que haja uma disfunção, e o filho se coloque como maior que seu pai, por exemplo, quando lhe dá conselhos. Ou mais difícil ainda, quando se coloca no movimento de compensar algo por ele. Quando essa transgressão da ordem acontece, o inconsciente familiar se tensiona para recuperar o lugar de cada um. 

Nós, como integrantes deste sistema, sentimos este tensionamento através das nossas dificuldades na vida.

O pertencimento e o equilíbrio

O pertencimento fala que todos aqueles que nascem em um sistema familiar têm o direito de ter seu pertencimento garantido nele. Logo, não há motivo possível para exclusão. Porém, se observa de forma comum que em quase todos os sistemas familiares há algum tipo de exclusão, seja por alguém que não agiu conforme as regras familiares, seja por qualquer característica não aceita.

Quando o pertencimento de um integrante é transgredido, o sistema se tensiona para exercer pressão a fim de garantir o retorno do excluído ao seu lugar. E nós experimentamos esse tensionamento como dificuldades em nossa vida.

A terceira lei é a do equilíbrio nas trocas entre os relacionamentos, que devem sempre tender para o equilíbrio para se manterem positivas e existentes. Quando numa troca o dar e receber é desequilibrado, com um lado dando muito e recebendo pouco, ou mesmo se negando em receber de volta o que está dando, o sistema se tensiona. E mais uma vez, nós, como integrantes deste sistema, percebemos o tensionamento por meio de dificuldades em nossa vida.

A tensão no sistema

Uma dinâmica comum que é utilizada por esta inteligência familiar que busca garantir a ordem, o pertencimento e o equilíbrio de todos ao seu sistema é a repetição.

A constelação sistêmica diz que, motivados por nossa lealdade familiar e o vínculo que nos liga a essa grande rede, nos colocamos inconscientemente – através de um amor infantil – à disposição do sistema para resgatar acontecimentos difíceis e repeti-los, como forma de alcançar uma cura sistêmica.

Ao mesmo tempo, nos emaranhamos nesses destinos, e experimentamos em nossa vida essas dificuldades. Estamos fora de nosso lugar, presos ao nosso amor infantil que deseja fazer algo pelo nosso sistema.

A constelação sistêmica e seu trabalho auxiliam a trazer essa dinâmica oculta para a consciência, e com amor e respeito, nos ajudam a nos liberar dessas repetições. Dessa forma, podemos seguir para a vida sem estar presos em outros destinos. Ficamos livres para viver nosso próprio caminho.

Além do sistema familiar

Ao longo dos anos desde o início dos estudos de Hellinger e também de outros estudiosos que vieram antes, como Virginia Satir, Ruth McClendon e Les Kadis, foi sendo observado que essa dinâmica de influência não fica restrita aos sistemas familiares. De fato, onde houver um grupo organizado de pessoas, com relacionamento entre si (um sistema), poderá haver influência entre seus integrantes.

Ainda que o campo familiar é o que mais nos influencia de forma pessoal, a constelação sistêmica e sua aplicação organizacional, no direito sistêmico e na pedagogia, nos convida a ampliar esse olhar.

Por exemplo, no campo das empresas, o grupo de trabalhadores que compreendem todo o quadro de uma instituição também formam o campo empresarial de atuação daquela organização. Mesmo o relacionamento entre as áreas funcionais poderá ter suas dinâmicas observadas por meio do trabalho da constelação organizacional.

No campo do direito sistêmico, a dinâmica trazida por Hellinger tem auxiliado em processos no caminho da pacificação e do acordo entre as partes, com resultados processuais surpreendentes.

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Este artigo é muito esclarecedor para aqueles que julgam a Constelação Sistêmica de maneira errônea, e aqueles que querem ter contato mas tem receios dos mais diversos: medo ( por achar que é manifestação espiritual), crença de que não temos ligação com os acontecimentos ligados aos nossos antepassados, etc...
Ele é simples, objetivo e finalizador: A constelação é um trabalho que chegou para modificar vidas, para uma maior compreensão dos emaranhados nos quais estamos envolvidos , e, com isso, aprendermos a julgar menos e a ter uma vida mais livre.
O constelação não julga e, por isso, Leis do Amor: pertencimento, hierarquia e equilíbrio.
Mas também não faz "milagres". Ela mostra e o cliente faz suas escolhas e mudanças de acordo com aquilo que foi permitido vir à tona.
Boa semana
Tais

domingo, 1 de março de 2020

O perdão e a visão de Bert Hellinger

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Nós somos passíveis de cometer erros.

Geralmente nossos erros afetam a vida de outras pessoas. Todos os erros geram consequências que muitas vezes, inclusive, não podem ser percebidas imediatamente. 

É um equívoco pensar que podemos perdoar alguém se entendemos o perdão como algo que livra o outro da responsabilidade pela consequência do que fez. Perdoar, nesse contexto, é um ato de arrogância, pois aquele que perdoa toma para si a ilusão de que pode eliminar as consequências do ato do outro através do seu perdão. Essa posição de superioridade priva o agressor da alternativa de crescer através do próprio erro, e pode gerar consequências nefastas para as próximas gerações. 

Em um diferente entendimento do perdão, podemos deixar com o outro a responsabilidade pelas consequências do que fez, e assumir a consequência dos nossos próprios atos. Muitas vezes alguém faz algo de mau para nós com a nossa permissão inconsciente - em alguns casos como resultado de um emaranhamento. 

Por exemplo, uma mulher que nunca consegue separar-se de um homem abusivo pode estar permitindo o abuso por amor e lealdade a uma avó que também teve um homem abusivo. Há, portanto, muitos possíveis motivos ocultos para que os agressores estejam agressores e as vítimas estejam vítimas.

O mundo dividido entre bons e maus ganha força através do perdão que não enxerga toda essa totalidade. Todos nós temos nossa parcela de responsabilidade na relação com o outro. Quando nos damos conta disso, por amor, paramos de querer perdoar e olhamos a realidade com a clareza que ela exige para que possamos nos tornar mais capazes de lidar com ela. 

Se repararmos bem, o perdão também tem o papel de nos aliviar da nossa própria culpa. E muitas vezes isso não dá certo, porque em diversos casos esse perdão que toma para si um direito que não tem, joga também para o outro toda a responsabilidade pelo que aconteceu. Olhar a vida dessa maneira nos torna, com o tempo, fracos e desconectados da realidade. Esse é um movimento para o menos.

Na prática, quando dizemos ao outro "desculpe-me pelo que fiz a você", nós não só estamos fazendo um pedido que está além do que a "vítima" pode realizar, como também estamos atribuindo a ela a responsabilidade de nos livrar das consequências dos nossos próprios erros.

Para a vítima, esse é um peso a mais. Esse pedido de desculpas mantém o conflito, pois não respeita o equilíbrio de trocas, fundamental nas relações humanas. Se, no entanto, o perpetrador diz: "Eu sinto muito", ele abre um espaço interno em que ele mesmo pode crescer através do acolhimento da sua própria responsabilidade e culpa. Ao mesmo tempo em que ele cresce, ele pode também deixar o outro livre para assumir sua eventual responsabilidade. Só assim o campo se abre de forma a permitir que os dois possam negociar uma compensação justa que traz de volta a dignidade e a força dos dois e, junto com isso, a paz. Esse é um movimento para o mais.

Bert Hellinger observa que podemos seguir leves nas nossas relações se praticamos a indulgência, ou seja, permitimos internamente que o outro cometa erros e viva em plenitude a sua imperfeição e busca.

 Só podemos fazer isso na medida em que nós, também, nos damos essa permissão interna, e olhamos de forma amorosa para as nossas próprias imperfeições. Nesse contexto, já não precisamos mais perdoar, pois os erros são vistos como possibilidades de crescimento. Com TODAS as suas consequências e com toda a grandeza que isso envolve.

Leo Costa . Terapeuta e Educador Sistêmico- https://sabersistemico.com.br
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Quando sentimos muito, trazemos de volta para dentro de si a compreensão do que aconteceu, a responsabilidade do que aconteceu e ao mesmo tempo, deixamos o outro livre para aceitar ou não, nosso pedido de reparação.
Ocorre que, esse gesto de humildade, comove o outro e libera o amor da alma, que coloca em movimento “as forças curativas”, que possibilita: – que o que foi interrompido, volte a fluir…
É outro caminho.
Temos sempre que ter clareza do Sistema de Crenças que estamos vinculados, e saber que em cada um deles existem regras e possibilidade de chegar ao Divino, pois, o amor que flui em nossos relacionamentos, significa o divino agindo em nós e a partir de nós, sendo o amor em ação.
Precisamos só avaliar se aquilo que temos como certo está realmente dando resultados. Se não, podemos nos abrir à novas possibilidades e experimentar outras formas.
Quem sabe, antes de contestar essa nova forma de "olhar" o perdão, poderemos experimentar e sentir o que  nos dá uma maior liberdade... Experimente!
Tais