domingo, 31 de janeiro de 2021

O medo de se expor


Osho, por que eu ainda fico tão assustada ao me expor?

"Quem não fica? Expor-se cria um grande medo. É natural, porque expor-se significa expor todo o lixo que você carrega em sua mente, o lixo que tem sido amontoado por séculos, por muitas vidas. Expor a si mesma significa expor todas as suas fraquezas, limitações, falhas. Expor-se significa, por fim, expor sua vulnerabilidade. Morte... Expor a si mesma significa expor o seu vazio.

Por trás de todo esse lixo e barulho da mente existe uma dimensão de completo vazio. Sem Deus a pessoa é oca, é um simples vazio e nada, sem Deus. Ela quer esconder essa nudez, esse vazio, essa fealdade. Então ela cobre isso com belas flores e decora essa cobertura. Ela pelo menos finge que é alguma coisa, que é alguém. E isso não é algo pessoal para você. Isso é universal. Esse é o caso de todo mundo.

Ninguém consegue ser como um livro aberto. O medo toma conta: "O que as pessoas pensarão de mim?" Desde a sua infância foi-lhe ensinado a usar máscaras, belas máscaras. Não há necessidade de se ter uma bela face, só uma bela máscara é o bastante, e a máscara é barata. É árduo transformar a sua face, mas pintá-la é muito simples.

Agora, de repente, expor a sua face verdadeira lhe dá um arrepio no mais profundo centro do seu ser. Uma tremedeira surge: as pessoas gostarão disso? as pessoas irão aceitá-la, as pessoas continuarão a amá-la e respeitá-la? quem sabe?Porque eles amavam a sua máscara, eles respeitavam o seu caráter, eles glorificavam o seu vestuário. Agora o medo aparece. "Se eu, de repente, ficar nu, eles irão continuar a me amar, a me respeitar, a me valorizar, ou todos eles irão fugir para longe de mim? Eles podem retornar para seus caminhos e eu posso ficar só."

As pessoas, então, seguem representando. Devido ao medo há o fingimento, devido ao medo todas as falsidades. Para ser autêntica, a pessoa precisa não ter medo.

E essa é uma das leis fundamentais da vida: tudo aquilo que você esconde, se for errado, continuará crescendo. Aquilo que você expõe, se for errado, desaparece, evapora ao sol, e se for correto será nutrido. Exatamente o oposto ocorre quando você esconde alguma coisa correta, ela começa a morrer porque não está sendo nutrida. Ela precisa do vento, da chuva e do sol. Ela precisa de toda a natureza disponível para ela. Ela consegue crescer somente com a verdade, ela se alimenta com a verdade. Pare de lhe dar seu alimento e ela começa a diminuir.

E as pessoas estão acabando com aquilo que é real nelas e reforçando aquilo que não é real. A sua face não verdadeira se alimenta com mentiras, por isso você tem que continuar inventando mais e mais mentiras. Para dar sustentação a uma mentira você terá que mentir cem vezes mais, porque uma mentira só pode ser sustentada por mentiras ainda maiores. Assim, quando você se esconde atrás de fachadas, o real começa a morrer e o não real prospera, torna-se mais robusto. 

Se você expuser-se, o não verdadeiro irá morrer, ele estará pronto para morrer, porque o não verdadeiro não consegue permanecer no aberto. Ele consegue permanecer apenas em sigilo, na escuridão, nos túneis da sua inconsciência. Se você o trouxer à consciência, ele começará a evaporar. (......)

Se você conseguir expor-se religiosamente, não na privacidade, não com seu psicanalista, mas simplesmente em todos os seus relacionamentos, isso é o que significa o sannyas. Isso é auto-psicanálise. Isso é vinte quatro horas de psicanálise, todos os dias. Isso é psicanálise em todo tipo de situação: com a esposa, com o amigo, com os parentes, com o inimigo, com o estranho, com o chefe, com o seu funcionário. Por vinte e quatro horas você está se relacionando.

Se você continuar se expondo.... No começo vai ser ser realmente muito assustador, mas logo você começará a ganhar força porque uma vez que a verdade é exposta, ela se torna mais forte e a não verdade morre. E com a verdade tornando-se mais forte, você se tornará mais enraizado e centrado. Você começa a se tornar um indivíduo. A personalidade desaparece e o indivíduo aparece.

A personalidade é falsa e a individualidade é substancial. A personalidade é simplesmente uma fachada e a individualidade é a sua verdade. A personalidade lhe é imposta de fora, é uma persona, uma máscara. A individualidade é a sua realidade, ela é como Deus a fez. A personalidade é uma sofisticação social, um polimento social. A individualidade é crua, selvagem, forte e com tremendo poder.

Somente no começo, Gita, haverá medo. Por isso a necessidade de um Mestre, para que no começo ele possa segurar suas mãos, para que no começo ele possa lhe dar suporte, para que ele possa levar-lhe a dar alguns passos com ele. O Mestre não é um psicanalista. Ele é muito mais. O psicanalista é um profissional e o Mestre não é um profissional. Não é sua profissão ajudar as pessoas, é a sua vocação, é o seu amor, é a sua compaixão. E por causa dessa compaixão ele a conduz apenas o tanto que você precisa dele. No momento em que ele sente que você pode ir por si mesma, ele começa a soltar as suas mãos. Embora você quisesse continuar agarrada, ele não pode permitir isso.

Uma vez que você esteja pronta, corajosa e desafiadora; uma vez que você tenha experimentado a liberdade da verdade, a liberdade de expor a sua realidade, você poderá seguir por si mesma. Você conseguirá ser uma luz para si mesma.
Mas o medo é natural porque desde o início da infância, lhe foram ensinadas falsidades, e você se tornou tão identificada com o falso que abandoná-lo quase parece cometer suicídio. E o medo surge porque uma grande crise de identidade aparece.

Por cinqüenta, sessenta anos, você tem sido um certo tipo de pessoa. Agora a Gita deve estar atingindo os sessenta. Por sessenta anos você tem sido um certo tipo de pessoa. Agora, nesta última fase de sua vida, abandonar aquela identidade e começar a aprender a respeito de si mesma desde o ABC é assustador. A cada dia a morte está se aproximando mais. Será esse o tempo para aprender uma nova lição? Quem sabe se você será capaz de completá-la ou não? Quem sabe? Você pode perder a sua velha identidade e pode não ter tempo suficiente, energia suficiente, coragem suficiente para alcançar uma nova identidade. E, nesse caso, você iria morrer sem uma identidade? Isso será uma espécie de loucura, viver sem uma identidade. O coração desmonta e se encolhe. A pessoa pensa: "Agora, tudo bem levar isto adiante por mais alguns dias. É melhor viver com o velho, o que é familiar, o seguro e conveniente." 

Você se torna competente para lidar com isso. E isso foi um grande investimento: você colocou sessenta anos de sua vida nisso. De alguma maneira você administra isso, de alguma maneira, você criou uma idéia de quem você é, e agora eu digo a você para abandonar tal idéia porque você não é isso. Nenhuma idéia é necessária para conhecer-se. Na verdade, todas as idéias têm que ser abandonadas, somente então você poderá saber quem você é.
O medo é natural. Não o condene e não sinta que ele é algo errado. Ele é apenas parte de toda essa educação social. Nós temos que aceitá-lo e ir além dele. Sem condená-lo, nós temos que ir além dele.

Exponha pouco a pouco, não há qualquer necessidade de você dar saltos que você não possa administrar. Vá passo a passo, gradualmente. Mas logo você irá descobrir o sabor da verdade e você ficará surpresa de que todos esses sessenta anos foram puro desperdício. Sua velha identidade será perdida e você terá uma concepção totalmente nova. Não será, na verdade, uma identidade mas uma nova visão, uma nova maneira de ver as coisas, uma nova perspectiva. Você não será capaz de dizer "Eu" novamente, com alguma coisa por trás. Você usará essa palavra porque ela é útil, mas você estará sabendo todo o tempo que a palavra não carrega qualquer significado, qualquer substância, definitivamente qualquer substância existencial. Por trás desse "Eu" está escondido um oceano infinito, vasto e divino.

Você nunca alcançará uma outra identidade. A sua velha identidade terá ido embora e, pela primeira vez, você começará a sentir-se como uma onda no oceano de Deus. Isso não será uma identidade porque você não estará ali. Você terá desaparecido. Deus terá se apoderado de você.
Se você colocar em risco o falso, a verdade poderá ser sua. E ela vale isso, porque você coloca em risco apenas o falso e ganha a verdade. Você nada arrisca e ganha tudo.

Todo o meu trabalho é para, de alguma maneira, persuadir você, seduzir você, desse jeito ou daquele, para que abandone a velha identidade. Muitos medos virão. Muitas coisas você fez no passado e foi capaz de esconder com sucesso. Agora, sem qualquer propósito, de novo abrindo os capítulos fechados, os espaços fechadas e liberando os fantasmas do passado....

Você pode não ter sido fiel ao seu marido uma vez ou outra, mas você foi capaz de manter uma certa face de sinceridade e de fidelidade. Agora, expor-se desnecessariamente vai lhe criar medo. Você pode não ter sido fiel, mas qual é a razão de expor isso agora? Ou você tem sido leal em ações mas não em pensamentos. Mas, qual é a razão de expor isso? A mente lhe dirá: 'Não há qualquer necessidade! Já existem tantos problemas, porque criar mais um?'

Você pode ter sido bem sucedida ao contar muitas mentiras e espalhando tais mentiras como verdades. Você pode ter sido bem sucedida e, para os outros, aquelas mentiras são quase verdades agora, e mesmo para você. Agora, voltando lá atrás e olhando de novo, é muito natural ficar com medo e não querer olhar para trás e não voltar àqueles pesadelos. (...)
É melhor ficar quieto, diz a mente. É melhor não trazer todos os velhos fantasmas, não liberá-los. É melhor deixá-los sentados lá. Por sessenta anos você tem sido capaz de manter uma certa conduta, uma certa graciosidade, uma certa personalidade - polida, civilizada, respeitável - agora, de repente, expor-se sem qualquer razão? Você ficou maluca?
 A mente lhe dirá: 'você já agüentou tanto tempo, você pode agüentar um pouco mais.' (....)

Depois de sessenta anos de vida, a idéia simplesmente surge em sua mente: 'você já agüentou tanto tempo, por que você não pode agüentar alguns dias mais? Por que criar perturbações? Por que criar agitações desnecessariamente?' As coisas estão acomodadas, todo mundo respeita você, as crianças, o marido, toda a sociedade respeita você. Tem sido uma luta árdua, uma luta com o mundo externo e com o mundo interno. De alguma maneira você reprimiu tudo aquilo que era selvagem dentro de você. Você reprimiu sexo, raiva, ambição, inveja; você reprimiu tudo o que a sociedade condena. Você, de alguma maneira, desenvolveu um belo caráter. Agora, na última fase de sua vida, por que expor isso? Com que objetivo? O que você vai ganhar com isso?
A mente lhe dará todas essas razões astutas, essas racionalizações.

Se você viveu por sessenta anos de uma maneira falsa, então chega! Já foi o bastante. Já é hora de abandonar toda essa falsidade. O que as pessoas podem tirar de você agora? Mais cedo ou mais tarde você vai estar morta e todo o respeito, todo o caráter, tudo irá se perder e logo você será esquecida. Algumas poucas pessoas irão se lembrar de você por uns poucos dias, e depois elas irão morrer. Então, até mesmo a sua memória vai desaparecer da Terra. (...)

Quantos milhões de pessoas viveram na Terra? Ninguém nem mesmo sabe seus nomes agora. Na época em que elas viveram elas devem ter se gabado de suas personalidade, caracteres, força, verdade, coragem, religiosidade, santidade, e disso e daquilo. Agora, ninguém nem mesmo sabe os seus nomes. (...)

Agora, o que você tem a perder, Gita? Você nada tem a perder e tem tudo a ganhar. Você foi afortunada por, na última fase de sua vida, ter entrado em contato com este campo de energia. Você foi afortunada pois no final da tarde de sua vida uma porta está aberta e a pessoa que volta para casa, ainda que no final da tarde, não deve ser considerada perdida.

Existe um provérbio na Índia: 'mesmo no final da tarde, quando o sol está se pondo, se alguém volta para casa, ele não é considerado perdido.' Ele chegou, finalmente ele chegou.

Não perca essa última fase da vida. E a última é a mais importante fase, porque ela lhe trará a morte. E se você conseguir morrer como verdade, você não nascerá novamente. Se você puder morrer com todas as falsidades abandonadas, com todas as falsas identidades desconectadas de você, renunciadas, se você puder morrer completamente nua diante de Deus, absolutamente nua diante de Deus como uma criancinha diante de seus pais, a sua morte será a mais bela experiência que você jamais conheceu.

Aqueles que conheceram a morte sabem que a vida é nada comparada a ela. A vida tem uma extensão, setenta, oitenta anos, ela se espalha por todos esses anos. Daí, ela não conseguir ter a mesma intensidade que a morte pode ter, e que somente a morte consegue ter, porque a morte acontece num momento. Por oitenta anos você vive e num momento você morre. A morte tem intensidade, não extensão mas intensidade. Ela tem profundidade.

A vida é um longo caminho para viver. Você pode adiar para amanhã e viver de uma maneira sem entusiasmo. Mas a morte é tão total... E se você puder morrer conscientemente... E você só pode morrer conscientemente se você expor-se totalmente, de modo que tudo o que o inconsciente estiver carregando seja colocado para fora, tudo o que o inconsciente estiver reprimindo seja liberado, e assim o inconsciente se torna vazio e nada há para esconder. Você pode se expor no momento da morte e morrer conscientemente.

Lembre-se, uma pessoa que tiver qualquer repressão não poderá morrer conscientemente. A repressão cria o inconsciente. Quanto mais reprimido você for, maior o inconsciente que você tem. O que na verdade é o inconsciente? Ele é aquela parte de sua mente que fica de lado, é aquela parte de sua casa onde você nunca vai, o porão. Você vai atirando ali todo tipo de coisas e nunca você vai lá. (...)

O inconsciente é uma criação da civilização. Quanto mais civilizado você for, mais inconsciente você será. Se você for absolutamente civilizado, você será um robô, você será absolutamente inconsciente. Isso é o que está acontecendo. Esta calamidade está acontecendo em todo o mundo. Isso tem que parar. E a única maneira de parar isso é ajudando as pessoas a colocar para fora os seus inconscientes nas meditações.

Gita, exponha-se. Isso será um alívio. E eu estou aqui. Não fique preocupada e não tenha medo. Eu estou indo com você. Eu vou lhe fazer companhia até o ponto em que você não precise mais de mim. Eu só deixarei você no desconhecido quando eu sentir que agora você pode caminhar por si mesma. E aí não haverá mais medo.

Mas não perca esta oportunidade. Desta vez, morra conscientemente. Mas você tem que começar neste exato momento a viver conscientemente. Somente então você poderá morrer conscientemente. Mesmo que você consiga viver conscientemente por poucos anos, isso será o suficiente. Mesmo alguns meses ou mesmo alguns dias, se a intensidade for grande, mesmo alguns minutos serão suficientes para viver conscientemente. Então a pessoa se torna capaz de morrer conscientemente. E morrer conscientemente é ressuscitar numa dimensão totalmente diferente, a dimensão do divino.
Eu gostaria que todos os meus sannyasins morressem tão profundamente que eles nunca nascessem de novo, assim eles poderiam desaparecer no cosmos e se tornar parte do todo. "
Nartan, Guatemala 1996 
OSHO - The Guest - discourse nº 8
tradução: Sw.Bodhi Champak
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Boa semana
Tais


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Fenomenologia das Constelações Familiares


“Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: Infinito” – William Blake

A abordagem da Constelação Familiar é Fenomenológica. A Fenomenologia é uma área da filosofia Humanista, de tradição alemã e tem como precursor, Edmund Husserl. 

Este filósofo se interessou muito pela psicologia e estudando a psicologia nascente foi também a criticando como ciência. A psicologia nasceu como ciência que tem como objeto de estudo a Consciência (memória, aprendizagem, atenção, etc.). A ciência elege um objeto de estudo, que parte, divide, se espreita, vai fragmentando para delimitar este objeto. 

Ao contrário, a Fenomenologia traz uma proposta do ser humano como ele se apresenta, sem interpretações, sem uma teoria à priori. Ela vai criticar toda ciência reducionista aplicada ao homem, não dando interpretação ao que acontece, apenas esperando o que surgir do “campo”.

A Fenomenologia é então o que se revela, é o que se mostra, é um princípio de transparência onde o observador e o observado são um só, não estão separados. Cabe então, ao terapeuta ficar atento ao que o "campo" revela para ele, “campo” este criado na Constelação Familiar, com o objetivo de perceber o fenômeno, nos abrindo para uma percepção maior. Isto pode ser mostrado através de um gesto, de um olhar, de uma palavra e o terapeuta então, percebe o que acontece naquele sistema familiar muitas vezes revelado pelo próprio “campo” e não com o que é verbalizado pelo cliente.

Segundo Heiddeger (Filósofo alemão), “o artista revela a escultura que se encontra ali, na técnica”. Percebemos então que já estava ali, pois se revela, se mostra. Então o importante é o terapeuta se colocar disponível para o fenômeno surgir por ele mesmo.

Revelar-se = deixar o véu = desocultar (do grego = aletheia = revelar).

Fatos são histórias, são narrações e na fenomenologia você não está fora, você está implicado, junto, fazendo parte, influenciado com o que aparece, e não um observador neutro. 

Por isso para a Constelação não é importante uma explicação do que acontece ali, e sim uma compreensão, captada através de um sentido mais amplo, que chamamos de insight (percepção ampliada). É um aprendizado significativo dos sentidos, numa compreensão vivencial onde trabalhamos a experiência do existir.

A fenomenologia é contemplativa, quebra paradigmas, pois é a quebra do mundo sedimentado, quebra da certeza do conhecido. Aguardamos , ampliamos nossas percepções e a verdade surge, aparece se revelando através do “campo”. Voce então, se vê de uma maneira diferente . O que se faz não é um diagnóstico, e sim a revelação que ela tem com a vida. Ela vai se apropriar da revelação que ela tem com a vida, aí ela pode se transformar.

Para entendermos melhor o significado de “campo”, utilizamos as concepções de Rupert Sheldrake, onde ele afirma que algumas capacidades humanas não são paranormais, mas sim capacidades que qualquer ser humano, que faz parte de nossa natureza biológica. Segundo Sheldrake, essas capacidades são amplamente difundidas em todo o reino animal. Fomos nós que com o tempo fomos perdendo e esquecendo estas capacidades que a evolução nos legou.

“Os campos perceptivos constituem uma espécie de campo mórfico. Estes campos perceptivos têm sua raiz no cérebro e são afetados pelos padrões de atividade dentro do cérebro, mas se projetam para fora de modo a nos ligar ao mundo que percebemos ao nosso redor” ( Rupert Sheldrake).

Na Constelação Familiar nos abrimos através de uma percepção ampliada, para que o “campo” do cliente, nos mostra, se revele, o que era antes desconhecido. Este “campo” é o campo energético do sistema familiar dele, sistema este que pode ser o atual ou o de origem, contando aí, toda a ancestralidade da pessoa. 

Por isso , muitas vezes através de uma Constelação podemos perceber segredos de família tais como casos de adoção em que a pessoa não sabia, abortos escondidos, filhos bastardos de um dos progenitores ou outro ancestral. Porque coisas que antes estavam ocultas surgem na Constelação para clarear e tornar verdadeiro o que estava escondido.

Todos os segredos são nocivos, nada que aconteceu em alguma geração de nosso sistema familiar fica impune. Alguém um dia irá pagar um preço por isso e como sempre a corda arrebenta na parte mais fraca, as crianças, elas acabam levando toda carga negativa do que estava escondido.

Por isso o cliente que vai fazer uma Constelação não precisa trazer muita história, muita “tagarelice” de sua vida. Basta o terapeuta entrar em sintonia com ele, observar o que vai além das palavras e deixar o “campo” revelar o que precisa ser anunciado para a verdade aparecer e o quebra cabeças ser montado e aí a solução é encontrada.

A solução é o resultado final de uma Constelação. O que é necessário para a saúde se restabelecer.

Celma Nunes Villa Verde - http://www.constelacaofamiliar.com.br
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Simples e dificil ao mesmo tempo.
Para constelar o cliente precisa estar de "copo vazio", sem preconceitos, histórias, justificativas... Apenas abrir-se para o que está oculto  permitindo que seja revelado.
Normalmente o cliente que "explicar" tudo o que está acontecendo... e quando sinalizamos que não precisamos das explicações, eles ficam surpresos. Mas é assim...
Quando for constelar, vá sempre com o mínimo. É bom para o cliente e para o faciltador, pois o "campo" revelará o que é essencial e necessário para aquele sistema .
Abraços
Tais

domingo, 10 de janeiro de 2021

O Budismo e o Coronavírus

*Discípulo*:

Mestre, é tão difícil entender o por que de um vírus tão agressivo. 
Qual é o propósito?

*Mestre*:

Aprendizado. 
Essa pandemia foi gerada pelo homem através das constantes violações das leis universais.

*Discípulo*:

Mas algo tão ruim vai causar muita destruição.

*Mestre*:

O coronavírus não é ruim. Também não é bom. 
É necessário, o que é muito diferente.
Não há nada errado com o universo. Se o coronavírus está presente, é porque a Divindade permitiu, de outra forma ele não poderia existir.
A idéia de bem e mal é gerada em sua mente, que julga a partir da sua ignorância um evento que por si só é neutro.

*Discípulo*:

Mas tantas pessoas estão sendo infectadas no mundo, tantas outras ficarão sem comer. Muitos idosos, homens e mulheres. Isso é muito injusto.

*Mestre*:

O injusto não existe no amor universal. Isso existe apenas em sua mente que não entende o propósito profundo.
O que existe é o justo, o preciso, o exato, o correspondente e a sintonia. 

Existe um processo evolutivo necessário que consiste em uma coleta constante de informações. Um aprendizado enfrentando as dificuldades que a vida nos apresenta, para que, em meio ao caos e ao sofrimento gerado, descubramos o princípio do amor que se encontra na própria vida.

E esse princípio de amor é o que nos libertará das limitações humanas e nos fará corresponder às experiências com muito mais satisfação e harmonia.

Você precisa entender que ninguém experimenta uma experiência que não corresponde a ela. E se corresponder a ela, ele a viverá, seja na resistência, na cura ou na morte física. 

O coronavírus não é ruim.
É uma boa oportunidade, pois muitas pessoas estão aprendendo com isso. 

O nível de consciência do planeta está subindo, estamos sentindo a necessidade de desenvolver grandes ferramentas de amor, como a aceitação, a apreciação e a adaptação. A paciência, a tolerância, o respeito por nós e por todos os seres vivos.

Pode ser um teste difícil, mas não é ruim. Você poderá crescer graças a ele. 

Se você parar de ver o coronavírus através dos medos e começar a vê-lo pelo seu entendimento poderá reconhecer o valor que existe nele.

Então você passará neste teste que a vida está lhe apresentando.

A decisão está em você.

Você recebeu o poder de tomar decisões através do seu livre-arbítrio, e estas serão respeitadas por todo o universo.

Você pode escolher o medo ou escolher o amor. A decisão é sua. 

Neste momento, qual a decisão que você está tomando? 

Você escolheu medo ou o amor?

A escolha é sua, mas terá um resultado, que também é seu e você terá que assumir.

Se você decidiu pelo medo, irá gerar destruição na sua paz, na sua energia vital, nos seus relacionamentos e na sua saúde.

Se você decidiu amar, passará no teste que a vida lhe apresenta e não precisará mais sofrer para o aprendizado dessa, importante, lição.

Tenha como opção o amor, porque ele é sempre o melhor caminho.

*Discípulo*:

E como faço para trilhar o caminho do amor e não do medo?

*Mestre*:

1. Torne-se um ser imperturbável, invulnerável. Busque a sua força interior e trabalhe a sua transformação, para que sua paz e felicidade não dependam do externo.

2.Pare de ver problemas e comece a ver oportunidades, as quais você pode aproveitar para fazer o crescimento interior.

3.Desenvolva a aceitação. 

“Tudo o que acontece é perfeito, e se existe e acontece é porque tem um propósito".

"Pai, faça sua vontade, e não minha." "Mostre-me como posso servi-lo melhor."

4.Aprenda a fluir, superando os obstáculos e os desafios. Desenvolva a sua capacidade de adaptação às novas situações e circunstâncias. Aja com sabedoria em vez de reagir com a incompreensão.

5.Observe seu pensamento para que ele vibre apenas na alta frequência do amor. Isso lhe trará clareza de espírito e serenidade. 

6.Não compartilhe seus medos com os outros. Compartilhe apenas seu entusiasmo, otimismo e a sua alegria.

7.Vigie seu verbo para que as suas palavras criem harmonia e faça com que os outros se sintam confiantes e seguros.

8.Faça amizade com o coronavírus. Não o veja como algo ruim, mas como algo necessário. E fale com ele: "O que você está me ensinando?" "

“Você é valioso para mim e estou disposto a aprender o que você pode me ensinar."

"Assim que eu aprender, você pode ir porque não vou mais precisar de você."

9.Aproveite a oportunidade que a vida lhe apresenta neste momento, para fazer um trabalho interior, talvez um dos mais importantes dessa experiência." 

Que a felicidade esteja sempre em sua caminhada.

Om Shanti Om 🕉
Texto retirado da internet-dez/20
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Isso vem ao encontro do meu atual pensamento. Não é simples, mas tenho treinado muitoooooo essa postura em relação as minhas dificuldades e feridas inconscientes ... E a compreensão, através da educação frequencial (https://conectarandaluz.com.br/ ), faz com que mude tudo!🙏
Um belo início de ano à voces.
Tais