terça-feira, 18 de janeiro de 2022

As feridas emocionais

 As feridas emocionais se propagam através dos laços familiares


As feridas emocionais se estendem através dos laços familiares de forma quase implacável. São como uma sombra que se camufla nas palavras, no modelo educacional, nos silêncios, nos olhares e nos vazios. Até que alguém maduro e consciente detém o processo para dizer basta e fugir dessa teia de aranha.


Todos nós, em algum momento de nossas vidas, já lançamos uma pedra na superfície de um lago ou um rio. Imediatamente, quando esta cai e afunda, é gerada uma perturbação. As partículas de água variam a sua posição inicial e desenha-se na superfície o que se conhece como frentes de ondas.

Cada um tem a sua história, cada um sabe quanto lhe doem as suas feridas, seus vazios, seus cantos quebrados…

Se o impacto foi muito forte, serão geradas muitas ondas. São como o eco de um grito silenciado, como a própria metáfora de uma ferida emocional, a mesma que impacta sobre o membro de uma família para depois se estampar no restante das gerações com maior ou menor intensidade.

Foi Oscar Wilde quem uma vez disse que poucas esferas eram mais misteriosas e herméticas do que as famílias. Trancados no isolamento dos próprios lares, quase ninguém sabe com plena ciência o que acontece entre essas quatro paredes onde uma ou duas gerações de pessoas compartilham um espaço em comum e os mesmos códigos.

As feridas de uns impactam sobre os outros como ondas invisíveis, como fios que movem fantoches e como ondas carregadas de raiva que corroem as rochas das praias. Então, vamos falar de uma coisa complexa, dolorosa, e às vezes dilacerante.

A íntima arquitetura das feridas emocionais
Quando falamos da origem dessas feridas emocionais que são transmitidas ao longo dos laços familiares é comum pensar em fatos como abusos sexuais, violência física ou a perda traumática de um ser querido. De forma semelhante, também não podemos descuidar dos conflitos bélicos e do impacto que, por exemplo, terão todas as crianças refugiadas que a sociedade está descuidando nos limites de nossas fronteiras.

Contudo, mais além destas dimensões já bem conhecidas de todos, também se abrem “lacerações” emocionais causadas por outras dinâmica, por outros processos talvez muito mais comuns que as apontadas anteriormente. 
Ter crescido sob uma criação baseada no apego inseguro ou em um contexto baseado na contenção emocional gera, sem dúvida, diversas feridas e inclusive transtornos emocionais. 
Fazer parte de uma família onde a ira sempre está presente é outro responsável. São contextos onde abundam os gritos, as censuras entre os seus membros, a toxicidade emocional, o desprezo e a desvalorização constante. 
Outro aspecto que pode ocasionar um grande impacto no seio de uma família é o fato da mãe ou o pai viver mergulhado em uma depressão crônica e não tratada. A impotência, os códigos de comunicação e as dinâmicas estabelecidas entre pais e filhos deixam marcas permanentes. 

“As feridas emocionais são o preço que todos temos que pagar para sermos independentes.”-Haruki Murakami-

Os traumas e a epigenética
Conrad Hal Waddington foi um biólogo do desenvolvimento, geneticista e embriologista que criou um termo tão interessante quanto impactante. Falamos da epigenética, a ciência que se encarrega de estudar o conjunto de processos químicos que modifica o DNA sem alterar a sua sequência, e onde os traumas têm, sem dúvida, uma grande importância. Por exemplo: 
Sabe-se que quando uma criança está rodeada de um entorno de confusão, caos emocional e vulnerabilidade, experimenta níveis exorbitantes de estresse. 
Imediatamente, seus mecanismos cerebrais, endócrinos e imunológicos reagirão para encontrar um necessário equilíbrio, mas a longo prazo, ficarão saturados até desenvolver sérios efeitos secundários implacáveis: aumento do cortisol no sangue, taquicardia, enxaquecas, dermatite e até asma. 
Sabe-se, por exemplo, que a expressão do genoma, isto é, o fenótipo, mudará segundo as experiências estabelecidas com o ambiente (nutrição, hábitos, estresse, depressão, medos…) 

Desta forma, todas estas mudanças epigenéticas irão se refletir também nas novas gerações, a ponto do trauma pontual em uma pessoa afetar até 4 gerações posteriores.
As feridas emocionais e a sua abordagem

Já ouvimos falar que a dor faz parte da vida, que o sofrimento nos ensina e que é preciso perdoar para avançar. Na verdade, todas estas ideias têm importantes nuances que é preciso detalhar e inclusive reinterpretar.

Vejamos alguns aspectos em detalhe.

Não é preciso sofrer para aprender; de fato, o verdadeiro aprendizado nos é dado pela verdadeira felicidade. É ela quem coloca os fundamentos de um apropriado equilíbrio emocional, e ela também que nos coloca em contato com aquilo que realmente é significativo para nós. É por essas coisas que vale a pena lutar.

Não deixe que as suas feridas transformem você em alguma coisa que VOCE NÃO É.

Por outro lado, perdoar é uma opção, mas nunca uma obrigação. A reconciliação mais importante que teremos que realizar é com nós mesmos. Uma ferida emocional nos transforma em uma coisa que não nos agrada: em alguém que sofre, que se enxerga como frágil, pouco habilidoso, em alguém cheio de ira e rancor e que ainda é prisioneiro de quem o prejudicou. Devemos aprender a nos curar, a reconciliar-nos com nosso ser ferido para fortalecê-lo, cuidá-lo e atendê-lo…


Por fim, e não menos importante, é preciso dispor de estratégias adequadas e protocolos para detectar logo cedo as feridas emocionais das crianças. As escolas deveriam disponibilizar mecanismos práticos para detectar o quanto antes esses hermetismos ou essas condutas desafiadoras que com frequência escondem dinâmicas familiares problemáticas ou disfuncionais.


Não podemos esquecer que, apesar de nenhum de nós poder escolher nossos pais ou família em que nascemos, todos temos o pleno direito de ser felizes, de levar uma vida digna e com um adequado equilíbrio psicológico e emocional. Devemos lutar por isso.
Imagens cortesia de Balbusso Anna e Elena.

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Podemos observar nas Constelações, que uma família se comporta como se tivesse uma alma em comum. Por isso há uma compensação. Se, por exemplo, , um membro da família é excluído (independente dos motivos...), um outro, para compensar, assume o seu destino. Na família, atua, portanto, uma alma em comum, pode-se também dizer uma consciência em comum.

Muitas vezes as feridas emocionais são carregadas por muitas gerações, até que seja feita a inclusão...
O conhecimento da causa das doenças nas famílias e de sua cura provêm das constelações familiares. Através delas foi possível entender que muitas doenças estão relacionadas com emaranhamentos nos destinos de outros membros da família.
Bom dia e boa semana.
Tais

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Ação sempre dissimulada do ego

Estado de Suspensão

"Para muitas das almas buscadoras este é um momento de suspensão. É um tempo de estar sem estar. Com Presença ativa e intensa, aguçada em suas percepções e extrema sensibilidade ao mundo, mas sem envolvimento, sem se misturar energeticamente, sem se perder nos velhos jogos de poder, sem se perder de si mesmo, apesar de "ainda estar na dualidade". É consciência em manifestação, expansão e expressão, enquanto o ego nada entende do que está ocorrendo e se aflige por não saber, por não ter controle através do entendimento racional tão controlável por ele. É estar consciente de sua manifestação física, que precisa estar mais intensa, aceitando (gostando ou não) a condição física, como humano, e as limitações que isto traz. É momento de foco, sem dispersão e distração da mente, sem racionalizações, sem a intensa e extrema atividade da mente que sempre conduz à perturbação.

Não há muito o que "fazer" neste tempo. Não há decisões a serem tomadas se elas forem provenientes das necessidades do ego. É tempo de quietude para se acolher em suas aflições, para estar Presente em si, para desenvolver a capacidade interior de se dar continente e ouvidos a todas as perturbações da mente. Se a própria pessoa não se escuta e não está presente para se perceber e se conduzir ao equilíbrio, nunca conseguirá aproveitar as ajudas que busca tão desesperadamente no mundo.

Muitos estão em desespero e graves perturbações. Este é um período em que as condições ocultas no inconsciente humano, que os egos teimosos tentam reprimir e negar, estão vindo à tona, devido às forças Cósmicas que estão se manifestando ativamente no Planeta, provocando condições gerais para que estes conteúdos aflorem e para que os egos não possam mais controlá-los, mas sim, para que possam aceitá-los e encontrarem caminhos para aprenderem a se aceitar na totalidade de seu Ser, para desenvolver a autonomia real, a automaestria.

Se, apesar de tudo o que é oferecido hoje em termos de ajudas terapêuticas e materiais de autoajuda, os egos ainda insistem em "curtir suas dores", para tentarem serem salvos por alguém, estes egos serão "deixados em um nível inferior", para que não atrapalhem aqueles que estão tão ativa e responsavelmente buscando a autonomia e o verdadeiro desenvolvimento sagrado. Ninguém pode cuidar de ninguém, ninguém salva ninguém. Aqueles que se dizem "curadores" estão muito equivocados, pois eles apenas são condutores de outros seres, iluminando os caminhos para as almas, para que as pessoas possam encontrar a sua verdade interior, para que possam resgatar sua luz, sua força e seu poder pessoal. Alimentar e estimular um ego em seu coitadismo traz uma extrema carga de responsabilidade a todos aqueles que assim o fazem: seja um terapeuta, um escritor, um palestrante, uma pessoa ou equipe que ofereça/favoreça esse tipo de apoio a todos, ou, ainda, todos aqueles, que de alguma forma, ficam sempre buscando "alguém para ajudar" (se envolvendo na vida dos outros). Todo ego quando busca ajuda, adora encontrar alguém que acredite em suas dores e lhe "dê a energia de cura". Estas pessoas ajudam a perpetuar essa condição de vitimismo no Planeta.

Aqueles que tem a coragem de fazer diferente e não dão aos egos o que eles tanto querem, são sempre vistos como pessoas frias, estranhas. Somente as almas buscadoras é que são capazes de reconhecer a magnitude da expressão das Almas que se empenham em manifestarem-se da forma realmente necessária às outras Almas e que não se deixam manipular, intimidar ou limitar por egos mesquinhos, vaidosos, orgulhosos e ameaçadores. Estas Almas corajosas enfrentam a extrema rejeição dos egos teimosos e não se deixam abalar.

Enfim, por vários motivos, além desses, é que este é um momento de suspensão para as Almas buscadoras e empenhadas em "fazer o que vieram fazer", pois estas almas conseguiram levar seus egos a um nível mais elevado para que eles comecem a se entregar ao seu poder e deixar fluir através da Alma.

Se a grande massa de egos, dentro do inconsciente coletivo, está em luta contra as mudanças verdadeiras, na tentativa de se protegerem do Sagrado que se impõe, não há outra saída a não ser aceitar que o Planeta ainda vibra essa densidade, que aumentou, justamente porque os egos agora estão mais espertos. Não há como lutar contra a massa. Infelizmente, uma grande maioria do meio espiritualista, estudiosos dos "mistérios sagrados", até mesmo alguns inúmeros terapeutas e escritores, atingiram um certo nível de despertar da consciência e pararam ali, se acomodando a um lugar de conforto onde se sentem mais fortes e mais lúcidos, por saberem e fazerem coisas que os outros ainda não sabem e não fazem, mas acham que tem mais controle sobre sua vida e sobre o mundo ficando instalados num lugar que podem "controlar". Não querem avançar, pois seus egos os impedem e, mesmo que suas vidas não estejam tão agradáveis como imaginavam que estaria após suas buscas, em suas ilusões, estão ainda tentando buscar nos velhos lugares, os velhos recursos, como paliativos para aplacarem a dor das aflições e perturbações, que o autoengano promove.

Muitos avançaram em sua missão de vida, dentro de uma etapa dela. Agora as almas estão convocando a todos para as próximas fases, que são muito mais "misteriosas e ocultas" do que tudo o que já viveram até agora, desde a inconsciência total, até este ponto de mais consciência. Mas ainda estão muito abaixo dos verdadeiros níveis superiores que suas almas podem e desejam alcançar, estão prisioneiros do medo. E paralisam e fazem de conta que estão bem e continuam buscando e buscando, sem nunca encontrarem e sem nunca se sentirem verdadeiramente satisfeitos e em paz com seu coração, pois esta paz só se alcança quando se entende que mesmo tendo muita consciência e mesmo atingindo os novos níveis e novos ciclos, estando na dualidade a experiência de vida ainda será dolorosa, ou seja, é preciso que ACEITEM a vida "como ela ainda se manifesta", é necessário DESISTIR de querer as coisas do jeito que os egos compulsivamente querem e buscam. Está na hora de reconhecerem: por mais que você "faça", sua vida continua a mesma.

Ao desistir e aceitar que a vida está assim, há um relaxamento interior, um alívio das aflições. Este estado permite que a pessoa entre em suspensão. É aqui que começa a verdadeira vida, pois se começa a enxergar a vida com os olhos focados na realidade. Há um alívio maravilhoso quando se compreende com o coração, além da mente, que não há saída, não há solução, que há apenas uma mudança interna que promove a aceitação e que nos conduz de forma suave para prosseguirmos na jornada. Somente a partir deste ponto, é que a vida começa a fazer sentido, a ser mais prazerosa.

Mas para chegar a este ponto, é necessário estar presente em si, assumindo a plena responsabilidade por tudo em sua vida. É necessário parar de acreditar que encontrará uma solução através de um livro, de uma meditação, de uma terapia. Não, não irá. Somente encontrarão meios de aceitarem a vida e enfrentarem a realidade e assumirem, definitivamente, a responsabilidade por sua cura. Muitos querem "espremer o terapeuta" achando que ele "tem o que buscam" e querem "arrancar dele a solução ilusória". Há uma grave distorção que os egos fazem do papel do terapeuta. E também distorcem o que acreditam que encontrarão ao lerem algo que lhes caia no coração ou na busca da meditação. Meditar para SE encontrar é divino, mas meditar para fugir de sua realidade interna, de seus conteúdos do inconsciente, é perpetuar as aflições.

Então, se você chegou ao máximo de suas perturbações, pare, recolha-se e acolha-se. Encerre-se em seu Espaço Sagrado, um Lugar de Poder que lhe pertence. Para isso, você pode apenas desejar expandir a energia do seu coração com a intenção de que ela se transforme numa bolha de luz que lhe envolve plenamente, em todas as camadas do seu ser, em todas as suas dimensões. Isto é dizer sim ao seu Ser Sagrado e Total. Esteja em posse de sua vida, inclua todas as suas feras internas, todos os seus demônios, todas as suas dores e tristezas. Não há como fugir disso, esta é sua realidade interna, aceite. Ao dizer sim ao lado "sombra", você diz sim ao lado luz.

Assim, é você em si mesmo, cuidando de você. Estamos sozinhos na jornada, tudo o que há externamente são apenas ajudas para nos conduzir a desenvolver essa capacidade sublime de darmos conta de nós mesmos. Quando não se espera mais nada do mundo e se assume plenamente, tudo o que vier de benéfico do mundo é absorvido e utilizado pela nossa alma. O ego tem a tendência de descartar e desprezar tudo o que é recurso sagrado para a alma e está compulsivamente sempre buscando mais, na tentativa de encontrar os recursos que ele, em seu achismo, acredita que é a solução de verdade. Isso o prende em um círculo vicioso e ele está tão obcecado pela busca da perfeição, que não sabe mais viver de outra maneira a não ser dentro desse vício de "buscar para nunca encontrar". Isso trava qualquer pessoa.

Este caminho de interiorização consciente e responsável conduz a um estado de paz que, se for mantido por uma firme determinação - é preciso alcançar este estado e sustentá-lo, se achar que alcançar já basta, com certeza logo perderá e "cairá" novamente -, com Sua Presença amorosa e compassiva manifestada dentro de Seu Espaço Sagrado, naturalmente conduzirá ao estado de suspensão.

Este é um estado prazeroso, mas estranho para o ego. Por isso, é preciso firmeza e determinação para sustentar este estado, enquanto se passa por um período de adaptação a esta nova condição, lembrando que ainda estamos na dualidade. Não há muito o que "fazer", mas há muito o que se observar, tanto de si mesmo, quanto do mundo. Observar é apenas isso. Não há interpretações, não há conclusões, não há julgamentos. Entendam, quando um ser alcança este estado de suspensão, inicia-se todo um processo de mudanças internas, há todo um trabalho que a alma faz, na reestruturação de todos os corpos, há mudanças até mesmo nas trilhas neuronais, no DNA. Não há magia, não espere mudar num estalar de dedos, as mudanças são profundas, significativas, mas não necessariamente percebidas pelo ego, pois se ele ainda não está muito evoluído, é preciso que muitas coisas venham e aconteçam em "códigos" que ele não consegue decifrar, para que não fique racionalizando as mudanças.

Se você está se sentindo meio "fora do ar", observe se não é um recurso do ego o levando ao alheamento para você se perder e se desorientar para não se conectar com sua alma. Todos os seres humanos são potencialmente autistas, uns manifestam o autismo de forma patológica, mas a grande maioria tem seu mundinho particular, um lugar para onde fogem e ficam em seu torpor, até que tenham coragem de voltar "à guerra da vida" novamente. Portanto, é necessário observar bem se você não criou este estado de fuga, para que saiba bem a diferença entre este "lugar autista" e o verdadeiro Estado de Suspensão.

Se perceber-se em Suspensão, que esta seja Sagrada. Esteja muito Presente, para poder viver esta suspensão.

Este não é um tempo de renovações de velhos contratos e velhos hábitos para aqueles que estão em Suspensão. Renovar significa continuar se limitando a um velho modelo, padrão e determinações externas, é continuar dizendo sim a velhos acordos que, um dia "foram bons", mas que agora não são mais; quando se atinge um novo estado, não há mais possibilidades, para estas almas em suspensão, de continuarem se limitando e se deixando prender, literalmente prender, por egos equivocados e vaidosos que não querem ir além. Porém, o mais grave, é que esses egos não querem deixar que essas almas determinadas e empenhadas em irem muito além, continuem em sua trajetória sagrada.

Este é um momento de "encerramento de acordos antigos", encerramento de um ciclo na trajetória de inúmeras almas que assim escolheram para este específico momento e, por isso, é fundamental que se recolham, em suspensão, para que suas manifestações aconteçam agora a partir de outros níveis de consciência. Criando esta condição em sua realidade, ajudarão outras almas que tem esta mesma sintonia e afinidade de propósitos, a criarem as suas próprias condições. Assim, se cada pessoa encerra-se em si, com a intenção de buscar seus próprios caminhos, naturalmente uma nova egrégora de força, informações sagradas e de luz, começa a se formar. Não é preciso que fiquemos "ligados e conectados uns aos outros", mas é preciso que nos conectemos a essa nova egrégora que já vem se formando e está se potencializando, principalmente por aqueles que, na Suspensão, assumem sua total responsabilidade e não precisam puxar alguém ou se segurar em alguém para "subir", é a conexão com sua alma, com seu Ser mais Sagrado, que naturalmente os conduz "para cima".

Os egos imediatistas e preguiçosos que estão sempre à espera de uma oportunidade para jogarem suas cargas pesadas nos que estão mais elevados e para "tirarem" destes os recursos que há tanto tempo vêm criando e lapidando, não conseguirão se aproveitar para pegar carona nessa nova onda de luz, ou "roubarem" destes seus potenciais para a suspensão. Não vão pegar carona e não irão "roubar" o que estes conquistaram. Num tempo anterior, estes "roubos de potenciais" foram "possível" - nas dinâmicas ocultas -, mas quando se atinge este nível, a própria Alma se impõe e não se pode "roubar" potencial que está em posse de Alma. Só é possível que haja vampirismo e "roubos de potenciais", quando estes estão em posse dos egos, mas quando a Alma assume seus potenciais, é impossível que isso saia de suas posses.

Qualquer um pode acessar este estado e estes lugares sagrados, mas é fundamental que parem de se sentir os eternos coitadinhos enraivecidos porque ninguém os salva. Cada um se assume. E quem se assume se empenha em sua transformação pessoal, é somente com estes níveis de responsabilidade e consciência que se atinge um novo estado.

Portanto, você, que está em busca destes níveis, tenha a certeza de que conseguirá encontrar dentro de si as ferramentas e recursos para este processo de suspensão. Busque sua sabedoria interior, sem precisar de entendimento racional.

Não "espere" informações dos próximos passos, deixe acontecer. Você tem a reorientação interior em sua Alma. Saiba que está aprendendo a se encontrar com sua Presença Sagrada. Se buscar e encontrar um apoio externo porque sua Alma assim deseja para lhe firmar neste processo, isto será perfeito, mas desde que fique bem claro que É VOCÊ quem cria e gera as condições necessárias. Faça seu caminho, foque em você e em suas forças. Tenha a certeza de que sua alma saberá conduzi-lo, se permitir que ela o guie. Entregue-se a Ela e tudo fluirá. É tempo de autonomia e automaestria!"
Tereza Cristina Pascotto
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Achei tão forte esta reflexão que provocou em mim um Estado de Suspensão...a respiração ficou mais curta, a cabeça zonza...por alguns segundos apos o término da leitura.
Eu aprendo muito toda semana quando sento à frente do computador para encontrar algo que me toque e que possa, de alguma maneira, levar também uma reflexão aos meus leitores.
As vezes fico horas com uma ideia vaga de algo que é necessário e nada encontro...Aí entro em suspensão e espero! De repente, "do nada" surge o que é necessário.
E na vida é assim: tudo acontece como deve acontecer...e eu preciso saber esperar o momento oportuno, discernir, escolher, ponderar...e então...agir!
Uma semana maravilhosa para vocês que me motivam toda semana com um click em meu blog.
Muito Obrigada.
Tais