sábado, 20 de setembro de 2014

Uma boa reflexão em tempos de campanha política


LIDERANÇA – Bert Hellinger


Quem lidera vai na frente como numa competição e é seguido por outros que querem ultrapassá-lo e assumir a liderança. Quem lidera é superior, mesmo que por pouco tempo.


A luta pela liderança e pela superioridade é essencial para o desenvolvimento em muitos setores. Ela possibilita o progresso.


Há pessoas que preferem seguir e apoiar a liderança, em vez de assumi-la. Elas ganham com a liderança de outros ou se identificam com ela, sem interferir pessoalmente nessa luta. É o caso dos espectadores, que dizem “estamos na frente” ou “ganhamos”, sem que tenham colaborado pessoalmente para isso.


Liderar também significa estar à frente de um grupo ou de um movimento. Um primeiro ministro ou um presidente lideram uma nação, um general lidera um exército, um patrão lidera sua empresa.

Liderar significa, ainda, levar a alcançar uma meta, por exemplo, através de um caminho ou um método ou levando outras pessoas a atingirem um objetivo.

Liderar também significa influenciar: por exemplo, liderar a opinião pública.

Liderar significa igualmente determinar a meta a ser alcançada, por exemplo, através de um plano. Significa também propor metas mais amplas através de uma religião, uma filosofia, uma visão do mundo, uma imagem da ordem.

Muitos que lideram sentem-se liderados, como acontece com os grandes fundadores de religiões. Lideram porque se sentem chamados e convocados. Há outros que também se sentem chamados, como muitos políticos, para quem a sua liderança é legitimada por uma força superior. Já ficou demonstrado como isso pode ser perigoso.

Existe, porém, uma condução interior silenciosa, por exemplo, através da compreensão. Quando permanecemos modestos e sem reivindicações, ela conduz outros através de nós, sem que se sintam liderados do exterior. Essa é uma forma de condução em que todos se sentem sintonizados com uma alma comum.

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Quem tem a verdadeira liderança?
"O Brasil precisa de líderes políticos transformadores, capazes de empreender reformas e assim ampliar o potencial de crescimento e bem-estar. São pessoas aptas a mobilizar a sociedade e a classe política para enfrentar e resolver problemas, o que implica em motivar, seduzir, agregar, organizar, orientar, focalizar. O líder virtuoso precisa ter visão de futuro, habilidade para construir maiorias no Congresso e capacidade para identificar e atacar os problemas mais relevantes.
Rever opiniões, reconhecer erros e considerar novas realidades são igualmente atributos do líder sensato e verdadeiro. Fluência verbal, carisma e capacidade de se comunicar são características requerida nas modernas democracias de massas, pois é assim que o líder transmite mensagens, idéias e estímulos para o exercício do cargo de presidente. Isso seria o mesmo que menosprezar a boa política.
Não creio que a experiência administrativa seja condição imprescindível...
O presidente precisa ter qualidades de gestor, mas estas diferem radicalmente da associadas ao cotidiano da administração pública.
Cuidar diretamente de obras, programas e outras atividades governamentais não é, definitivamente, a característica esperada de quem exerce o maior cargo do pais. Essa é a responsabilidade de seus ministros, e na maioria dos casos, das pessoas escolhidas para gerir os órgãos da administração direta e indireta da União."
Revista Veja - Mailson da Nóbrega

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