domingo, 31 de julho de 2016

Caminhos

"Quando seguimos numa certa direção, surgem caminhos. Progredimos neles à medida em que deixamos para trás aquela parte do caminho que já trilhamos. Contudo, o caminho trilhado permanece. Podemos retornar a ele – para buscar algo esquecido, para olhar melhor algo que não observamos bem, para visitar alguém que deixamos para trás ou, ainda, para buscar alguém e levá-lo conosco.

Nesse retorno, porém, podemos perder o antigo caminho. Então talvez fiquemos caminhando para baixo e para cima no caminho costumeiro e nos orientando por ele. Aí, em vez de nos fazer progredir, ele se torna uma armadilha, transformando-se em meta.

Alguns caminhos nos deixam extraviados. Depois de algum tempo, percebemos que nos extraviamos ou demos em becos sem saída. Para chegar à meta, precisamos, então, empreender o retorno até a encruzilhada onde nos desviamos para a direção errada.

Para muitas pessoas tal retorno parece bem difícil, sobretudo depois de terem trilhado por longo tempo o caminho errado. Então elas param e se orientam pelo que lhes resta, mesmo que não ofereça saída. Dessa maneira, o caminho, mesmo errado, torna-se um fim para elas.

Ao lado do caminho direto também existem desvios. Muitos deles, com a aparência de simples desvios, revelam-se mais tarde como os melhores caminhos, por nos proporcionarem perspectivas e experiências novas que, no caminho direto, ficariam escondidas ou inacessíveis.

Algumas pessoas, porém, ficam nos desvios por um tempo mais longo do que o conveniente. Passam a depender deles e fracassam, porque o caminho e meta se inter-relacionam em função de um tempo conveniente e limitado, e essa relação só é bem sucedida no tempo devido.

Frequentemente visamos a uma meta bem profissional, por exemplo – à qual se chega por um caminho predeterminado. Nesse caso, basta conhecer a meta para saber o caminho. Pode haver obstáculos a superar, mas o caminho já pode ser descortinado por nós.

Outras vezes, porém, seguimos por caminhos onde a meta e o fim nos permanecem ocultos. Um deles, o nosso caminho de vida; somente em retrospecto podemos reconhecer para onde ele nos levou. Essa meta é, por vezes, muito maior e mais ampla do que no início acreditávamos ou secretamente esperávamos. Muitas vezes, um caminho como esse nos leva a uma tarefa ou a um desafio que preferíamos ter evitado. Olhando para trás, reconhecemos, porém, que nesse caminho crescemos além de nossa própria estatura ou, mais precisamente, percebemos que nele fomos levados, impelidos e tomados a serviço por algo mais poderoso do que nós mesmos. Esse caminho nos leva à nossa meta verdadeira."
  Bert Hellinger
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Quando encontramos algum problema, o importante para a sua solução é o correto discernimento e a determinação para agir. Se a pessoa sabe qual é a melhor solução, mas fica demorando para agir, acaba perdendo a oportunidade. Mesmo a melhor das soluções, se não for executada na hora oportuna, acaba perdendo a oportunidade. mesmo a melhor das soluções, se não for executada na hora oportuna, não conseguirá bom resultado.
"Tomar a decisão é renunciar a algo."
Ao saber disso, que decidir por A significa renunciar a B, entendemos perfeitamente o que seja tomar decisão. Decidir "levantar cedo de manhã", significa renunciar a "dormir até tarde". Sem dúvida, é difícil tomar decisão. Quem não tem capacidade de decisão é aquele que não consegue renunciar a algo.
          Para desenvolver a capacidade de decisão, devemos formar o hábito de resolver rapidamente pequenos problemas que surgem no cotidiano. resolver rapidamente os pequenos problemas do dia a dia, tão logo surjam, não é tarefa tão difícil. Mas aquele que, ao se defrontar com um grande problema, fica adiando indefinidamente a tomada de decisão, é quem negligencia as tomadas de decisão rápidas diante de pequenos problemas do seu dia a dia. Em última análise, é aquele que não consegue abrir mão até de pequenas coisas. Ter sucesso é agarrar a oportunidade.
Capacidade de decisão não é inata nas pessoas. É plenamente possível ser desenvolvida com treinamentos. Pessoas sem capacidade de decisão, não conseguem decidir rapidamente, por possuir temor "Que farei se fracassar"? Oportunidade é agarrar aquilo que virá no futuro, portanto não se pode dizer que seja totalmente seguro.
É também, muitas vezes, uma insegurança para assumir o preço de ter tomado uma decisão...
Essa conscientização de ser responsável pelas suas ações, significa que a própria pessoa se responsabiliza por todo fracasso que sofrer...Portanto é muito mais penoso em comparação ao ato de responsabilizar o outro pelo próprio fracasso.
Existem muitas "vertentes" para reflexão, no simples ato de decidir por alguma coisa, ou não!
Boa semana
Taís

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