domingo, 27 de agosto de 2017

Somos ou não responsáveis por nossas decisões?

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Temos a pretensão de imaginar que controlamos as decisões que tomamos em nossa vida. Entretanto, aqueles que se aprofundam no conhecimento sobre as dinâmicas sistêmicas vão descobrir que tudo afeta a todos no passado, presente e no futuro. Temos responsabilidade individual sobre a nossa vida, mas ela está a serviço de algo maior, a serviço da nossa espécie. As nossas grandes decisões vão estar sempre a serviço do Sistema familiar. Nossa liberdade está limitada a isto. Ou fluímos aceitando, ou não. Dizer sim ou não é nossa única liberdade.

As decisões importantes que tomamos são eco de algo anterior. Tudo é espelho de desordens anteriores: não ter família, bloqueios, doenças, dificuldades no trabalho, perdas financeiras, depressões etc. Comportamentos repetitivos muitas vezes são um sinal de que uma pessoa esta vivenciando algo que algum antepassado não terminou de viver.

Em cada geração um dos mais jovens terá que compensar até que tudo se coloque em ordem. Todos estamos a serviço das forças de coesão e vamos receber “problemas espelhos” de desordens anteriores. 

E o que causa as desordens no sistema?

Em primeiro lugar excluir, rejeitar, esquecer, desprezar. Nada disto é tolerado. Não importa o que o individuo tenha feito. Todos têm direito de pertencer. Os sistemas são amorais. Depois, ocupar o lugar de outra pessoa. Excluir obriga a ocupar o lugar de outra pessoa. Quando alguém substitui um excluído, provoca uma desordem em cadeia. Quando a pessoa recupera seu lugar todo o sistema se ordena. 

E por ultimo não terminar algo, ou seja, o ciclo de uma experiência. Isto ocorre por que tudo tem sua polaridade: se cometo um dano tenho que reparar, se perco alguém tenho que me despedir...

O Sistema familiar é composto de todos os membros das varias gerações anteriores à nossa e é submetido às três forças das ordens do amor (leis sistêmicas). É também submetido à memória dos campos morfogenéticos que força a que tudo seja vivido como foi vivido no passado. Para reequilibrar o que ficou desequilibrado no passado a consciência familiar se utiliza dos membros mais “jovens” do sistema. Os vínculos dos mais jovens com os mais velhos se originam nas tragédias, nos traumas, nos danos não assumidos nas exclusões enfim, nas “desordens” ocorridas no sistema.

Estes vínculos são chamados de lealdades, emaranhamentos ou intrincações. Correspondem à um mecanismo ou dinâmica denominado como de “compensação arcaica”. Os seres humanos, desde que são concebidos, se vinculam a algo que precisa ser ordenado em seu sistema familiar. O ser recém concebido, se enreda, por amor, neste passado e aceita o encargo. No seu amor infantil ele não consegue dizer NÃO. Quando estamos no estado adulto podemos dizer não ou sim apenas ao que nos cabe.

Na compensação arcaica identificam-se duas dinâmicas: Ou o novo ser diz a um ancestral (inconscientemente): “Eu como você” ou “eu por você”. “Eu levarei por você”, “eu pagarei por você” “eu sofrerei como você”, “eu matarei por você”, “eu me vingarei por você”. Ou um ancestral diz a um descendente mais jovem: “você por mim” ou “você como eu” (na culpa, na dor, no sofrimento, na vingança, no luto, na vergonha, no fracasso...). 

Quando estamos na compensação arcaica ficamos presos à ressonância de campos de informação que registram todo o passado da espécie e dos sistemas familiares ao qual não podemos escapar. Apenas imitamos a informação. Sair da compensação arcaica é escolher a vida. Quando estamos na compensação adulta podemos ter consciência desta atração e “prisão”. O campo em realidade nos pede que soltemos o sofrimento.

A consciência familiar nos pede para soltar o vitimismo para nos transformar em adultos. Para amar o que existe. Com isto começamos o processo de cura. A consciência familiar vai ajudar ao descendente que diz sim. Pela comunidade de destino tudo que afeta um, afeta a todos. As constelações permitiram olhar para estas desordens, identifica-las, aceitar o espelho que nos cabe e dizer SIM. 

Quando fazemos isto mudamos de status. Deixamos de ser vitimas e nos transformamos em adultos. Honrando e agradecendo a tudo com é.

(1) Este texto foi baseado em Material escrito por Brigitte Champetier des Ribes para a formacão on line do Instituto de Constelación Familiar, http://insconsfa.com/online
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"Embora Berne acredite que a origem dos scripts, que são estes “roteiros” de vida que assumimos, seja na relação parental, quer dizer, papai e mamãe, ele admite que esta origem possa remontar de antes do nascimento. Como? Geneticamente? Talvez… 
E Hellinger diz, em palavras diferentes, isso: nos identificamos com algum membro do nosso sistema familiar do passado que tenha sido excluído, e por amor a ele, inconscientemente passamos a viver uma vida em busca da inclusão, de ser aceito… Isso detona relacionamentos, as vezes a saúde e a possibilidade da realização pessoal. Como esta identificação ocorre? Hellinger gosta da teoria da ressonância mórfica, que diz que os membros de um mesmo grupo tem acesso a um arquivo de idéias, inconscientes, que são acessados por pessoas que não tiveram contato com a “origem” destas idéias. Podemos também pensar na teoria do inconsciente coletivo, de Jung, ou da transmissão genética de fatores emocionais, aceito por Daniel Goleman.

A constelação ajudando na cura do script

Fato é que ninguém deseja permanecer com um “roteiro” que o conduza à infelicidade. Pelo menos os clientes que procuraram um trabalho terapêutico, significa que cansaram do sofrimento, e desejam a felicidade.

É possível mudar este script? É possível mudar a identificação? Sim, mais uma vez, tanto a análise transacional como a constelação familiar sistêmica concordam. Partindo por métodos diferentes, as duas propõem que o poder de mudança está na vontade do cliente.

Concordo com isso. Percebo, nos trabalhos de constelação, que aquele cliente que assume a responsabilidade pela própria felicidade, já deu o maior passo para a libertação e mudança. As curas acontecem. E graças ao método sistêmico trabalhar com a mente inconsciente, o script é mudado sem a necessidade exata de analisar ele exaustivamente. O cliente, rapidamente percebe o seu envolvimento emocional com este roteiro de sofrimento, e percebe que pode e deseja mudar. Por isso, considero a constelação familiar sistêmica um ótimo apoio à análise transacional, por trazer os scripts à tona, de forma imediata, permitindo uma reprogramação da vida do cliente, libertando a criança interior da identificação com idéias e emoções conflitivas." 

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Quinta feira, dia 31/08/17 estaremos Constelando mais uma vez. Você é meu convidado (segue link com informações)
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