domingo, 9 de março de 2014

A Entrega




"A razão nos leva a querer controlar as nossas vidas, através de conhecimentos acumulados por nós nessa e em outras encarnações, do estudo sistemático que fazemos de tantos assuntos diferentes, de todas as informações que nos chegam intensamente e sem parar...

Mas a Vida nem sempre aceita este roteiro e nos faz ver que existe um comando muito maior e mais sábio que modifica constantemente os nossos planos e muitas vezes o faz de forma drástica, chegando a nos assustar.

Em nós existe uma Fonte de Sabedoria, que muitos denominam de Eu Superior e que procura sempre uma oportunidade de nos enviar conselhos luminosos sobre uma forma diferente de viver, tornando o que normalmente pensamos numa via contraditória e nos deixando inseguros do que fazer, de como agir. A Luz nos chega através do canal intuitivo - ponte de acesso a este manancial que temos em nós, muitas vezes atrofiado pelo viver frenético de todos nós. É principalmente quando conseguimos fazer um pouco de silêncio na mente, que esta ajuda chega. Mas, às vezes, isto acontece quando menos esperamos e estamos no meio de uma atividade qualquer.

Como aprender a confiar na orientação que nos chega tão pura, tão simples, de forma tão pueril? Como viver uma entrega à Vida que é soberana e sabe infinitamente mais do que nossas mentes limitadas podem jamais supor?

Não é fácil, mas precisamos tentar ir treinando, à medida que os dias vão passando. Por mais que queiramos controlar os acontecimentos, sabemos que isto é impossível. Por que não vivermos com mais atenção, com mais humildade, observando mais os sinais que estão chegando, relaxando mais e nos preocupando menos com o futuro? Acho que podemos viver assim, se acreditarmos na existência do Guia Cósmico - tenha o lá o nome que tiver - que harmoniza e equilibra todo o Universo.

Quando passo por problemas emocionais que revolucionam o meu interior, levando-me a me sentir como se estivesse no meio de um furacão, procuro me aquietar e olhar o céu acima e em torno de mim, ouvir os pássaros cantando, o barulho costumeiro do meu ambiente existencial e... como por encanto, vou me acalmando, sentindo que sou também parte desta harmonia maior que faz o Sol nascer sempre no mesmo horário, que leva as flores a se abrirem, as sementes a germinarem e me entrego a esta maravilhosa energia, por um tempo, pequeno que seja. Tudo vai se equilibrando e eu consigo respirar calmamente de novo.

A mente controladora e que se considera a grande Mestra não aceita muito a entrega. Mas a sabedoria dos seres que já privaram de momentos assim nos diz que precisamos acreditar mais nesta Força Primária e Amorosa que permeia tudo e todos... pois ela nos sustenta e sempre o fará!

Mas, para que isto seja real, é preciso que acreditemos e pratiquemos a entrega. Verdadeira, sem restrições. Fazendo nossa parte e entregando... sabendo esperar... respirando pausadamente, pois toda a Natureza em torno de nós age assim. Somos parte dela. Não somos alienígenas, como teimamos em nos considerar. O mal que fazemos a qualquer coisa viva -e existe vida em tudo- estamos em verdade fazendo a nós mesmos.

Se nos percebemos guiados e fazendo parte intrínseca de um Todo muito maior, também nos sentimos apoiados e protegidos, aceitos! Esta é uma incrível sensação que nos leva a um bem-estar sem limites.

Onde estivermos, com quem estivermos, sempre estaremos em casa! Mesmo que a língua falada seja incompreensível pra nós, mesmo que os costumes daquele lugar sejam estranhos pra nós, podemos nos conectar com tudo e todos e sentir apoio e completude.

Ficamos apartados de todos e da Força que nos criou apenas quando teimamos em querer saber tudo, controlar tudo. Quando relaxamos um pouco e nos entregamos, quando nos deixamos levar, sentindo o que nos chega, realmente vivemos!

Somos o Todo, mas nada somos sem Ele! Viver é se relacionar, é se deixar conduzir de forma consciente pelos caminhos que se vão abrindo pra nós, sem resistências de ego e agradecendo às oportunidades de real conhecimento que nos chegam.

A gente teima em querer saber tudo, explicar o inexplicável e deixa 
muitas vezes de viver, de sentir, de realmente aprender..."
Maria Cristina Tanajura

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Os metassentimentos são sentimentos nos quais podemos confiar e eles tem características particulares: sem emoção e totalmente claros. E quais são esses metassentimentos?
Humildade, coragem, sabedoria - sendo este último - a capacidade de diferenciar se algo é possível ou não. Podemos fazer essa diferenciação, se estamos em conexão/harmonia com algo maior. Vivenciamos essa harmonia como quando se nada em um rio calmo onde percebemos imediatamente a menor correnteza ou, quando içamos a vela de um barco e ao menor movimento percebemos o vento. 
Os metassentimentos são sentimentos de harmonia, de leveza, não havendo nada de tumulto ou falta de confiança. São totalmente simples.
Uma das formas de se chegar a isso é liberta-se dos próprios emaranhamentos. Nas Constelações Familiares podemos vivenciar como libertar-se disso.
Aproveitem os grupos de Constelações Familiares/Empresariais, assistam, participem...muita sabedoria passa a integrar nossa vida e muitos conceitos são totalmente modificados - e sempre para melhor! Muitas vezes só de participar assistindo, ja somos "tocados" por algo maior percebendo uma determinada situação de outra forma: com mais respeito, mais amor e maior compreensão.
Boa semana!
Tais

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