domingo, 19 de julho de 2015

Renascimento: acreditar ou não?


"As sucessivas existências numa serie de renascimentos não são como as pérolas de um colar, presas por um cordão, a "alma", que passa através de todas as pérolas; são mais como dados empilhados uns sobre os outros. Cada um dos dados é separado, mas suporta o que está sobre ele, e está funcionalmente conectado com ele. Entre os dados não há identidade, mas condicionalidade.
Nas escrituras budistas há um relato muito claro sobre esse processo de condicionalidade. O sábio Nagasena dez uma explanação disso ao rei Milinda num famoso conjunto de perguntas que o rei lhe fez.

        O rei perguntou a Nagasena: "Quando alguém renasce, ele é o mesmo que aquele que acabou de morrer ou é diferente?"
        Nagasena respondeu: "Ele nem é o mesmo, nem é diferente ...
Diga-me uma coisa, se o homem acendesse uma lamparina, ela poderia fornecer luz durante a noite?"
         - "Sim".
         - "É a cham que brilha na primeira vigília da noite a mesma da segunda... ou da última?"
         - "Não".
        - "Isso quer dizer que há uma lamparina na primeira vigília , outra lamparina na segunda, e outra na terceira?
         -"Não."
      -"Não, é a de uma única lamparina  a luz que brilha a noite toda".
      - "No renascimento é a mesma coisa": um fenômeno surge e outro cessa, simultaneamente. Assim, o primeiro ato de consciência na nova existência não é o mesmo do último ato de consciências da existência prévia, mas tampouco é diferente.

       "O rei pediu outro exemplo que explicasse a natureza precisa desa dependência, e Nagasena fez a comparação de leite; a coalhada, a manteiga, feitos de leite, nunca são o mesmo que o leite, mas dependem totalmente dele para serem produzidos.
       Mas o rei perguntou: "Se há um ser que passe de corpo para corpo, não estaríamos livres então de toda ação negativa realizada em vidas passadas?"

      Nagasena deu outro exemplo; um homem roubou mangas do pomar de alguém. As mangas roubadas não são exatamente os mesmas que a outra pessoa originalmente adquiriu e plantou; assim, por que ele merece ser punido? A razão da punição - explica Nagasena - é que as mangas roubadas só cresceram por causa daquelas que o seu dono plantara em primeiro lugar. Do mesmo modo, é devido às nossas ações em uma vida, puras ou impuras, que estamos ligados a outra vida e não estamos livres de seus resultados."
Sogyal Rinpoche
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Os resultados de nossas ações parecem comumente com atraso, até mesmo em futuras vidas; não podemos apontar porque cada evento pode ser a soma extremamente complexa de muitos carmas amadurecendo juntos. Por isso, em nossos dias, tendemos a acreditar que as coisas que nos acontecem "por acaso", e quando tudo vai bem é simplesmente porque temos "sorte". 
Mas, como diz Buda: "O que você é, é o que você foi; o que você será, é o que você faz agora."
         Nas constelações podemos constatar exatamente isso nos sistemas familiares. Situações concluídas de determinada forma influenciarão diretamente nos descendentes. 
Diante disto aprendemos, de mais uma forma, através das constelações, o quanto podemos traçar nossas vidas e de nossos descendentes. 
Venha conhecer as Constelações Sistêmicas e Organizacionais, um trabalho amoroso e de resgate para os sistemas de cada um, tanto dos "constelados"como dos representantes.
Dia: 21 de julho de 2015 - terça feira
Horário: 19:30
Local: Capitão Souza Franco 881 15 andar - Curitiba -Pr
Para assistir é gratuito e para constelar um tema é necessário contato: (41) 9962-3302 
Tais

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