domingo, 29 de setembro de 2019

Crenças são coisas emprestadas, a confiança é sua

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 A confiança só pode existir se, primeiro, você confia em si mesmo. Tudo aquilo que é mais fundamental precisa acontecer primeiramente em seu interior. Se você confia em si mesmo, poderá confiar na existência. Porém, se não confia em si mesmo, nunca poderá confiar em nada.

A crença e teórica.
A confiança é existencial.
Você pode trocar de crenças sem nenhum problema; é como trocar de roupa. Você pode deixar de ser hindu e se tornar cristão; pode deixar de ser cristão e se tornar muçulmano; de muçulmano, pode se tornar comunista - não importa, pois a crença é algo que existe apenas na sua mente. Se, por acaso, aparecer algo mais convincente, mais lógico, você pode substituí-la facilmente. Ela não tem raízes no seu coração.

As crenças são como flores de plástico, que se parecem com o as flores de verdade apenas quando vistos de longe. Elas não tem raízes, não exigem nenhum cuidado - não precisam de adubo, de fertilizante, de podas, de irrigação; não precisam de nada.  E ainda por cima são eternas; elas podem permanecer com você por toda vida - afinal, como elas nunca nasceram, nunca morrerão. Elas foram fabricadas. E, a menos que alguém as destrua, continuarão sempre existir.

   A confiança é uma rosa de verdade. Ela tem raízes, e essas raízes penetram profundamente no seu coração e no seu ser.
   A crença está apenas na cabeça.
  A confiança está no coração, no núcleo mais profundo do seu ser. É praticamente impossível substituir a confiança por outra coisa-isso nunca aconteceu, não se sabe de um caso assim em toda história da humanidade. Quando você confia, você confia; não tem como mudar isso. E a confiança continua sempre a crescer, pois ela tem raízes. Ela nunca permanece estática; ela é dinâmica, é uma força viva, que segue desenvolvendo novas folhagens, novas flores, novos ramos.

A coisa mais difícil na vida é abandonar o passado - porque abandonar o passado significa abandonar toda a nossa identidade, toda a nossa personalidade. Significa renunciar a si mesmo. Porque você é o seu passado; você não é nada mais do que o seus condicionamentos.

Largar o passado não é tão simples como trocar de roupa - na verdade, é como se a sua própria pele estivesse sendo arrancada. O seu passado é tudo o que você conhece desse. E abandoná-lo não é fácil, é um trabalho árduo - é a coisa mais difícil que existe. Mas somente quem se atreve a fazer isso é que vive de verdade. Os demais apenas fingem que vivem, eles simplesmente vão se arrastando de alguma forma por aí. Não tem nenhuma vitalidade, nem poderiam ter. Eles vivem no mínimo, e viver assim é desperdiçar a coisa toda.

 O florescimento só acontece quando você vive o seu potencial ao máximo. Deus só se manifesta quando o seu ser e a verdade atingem a sua máxima expressão - aí, sim, você começa a sentir a presença do divino.
Quanto mais você desaparece, mais você sente a presença do divino. Mas essa presença só é sentida mais tarde. A primeira condição a ser cumprida é esta: que você desapareça. É uma espécie de morte.

 Por isso é tão difícil. Veja bem, os seus condicionamentos estão arraigados de forma muito profunda - desde sempre você vem sendo condicionado; bastou você nascer, e o condicionamento começou. Então, no momento em que você fica um pouco mais alerta, em que começa a se dar conta das coisas, os condicionamentos já se instalaram no âmago do seu ser. Nesse sentido, enquanto você não penetrar no núcleo mais profundo do seu ser - o centro que não foi condicionado, que é anterior aos condicionamos -, enquanto não recuperar o seu silêncio e sua inocência, você nunca vai saber realmente quem você é.

Você pode até saber que é hindu, cristão, comunista: pode saber que é indiano, chinês, japonês, e tantas outras coisa s -mas tudo isso são apenas condicionamentos que lhe foram impostos. Você veio ao mundo como um ser profundamente silencioso, puro, inocente. Sua inocência era absoluta.

 Meditação significa penetrar nesse núcleo, o centro mais essencial do seu ser. Os praticantes do zen chamam isso de conhecer o seu "rosto original".
Osho-Vivendo perigosamente aventura de ser quem você é.
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A meditação é um estado de clareza, e não um estado mental. A mente é só confusão. Nunca há clareza na mente, isso é impossível.Os pensamentos são como nuvens sutis a seu redor. Eles vão criando uma névoa em torno do seu ser, até o ponto em que a clareza se perde. É preciso acabar com essa névoa. 
Quando os pensamentos desaparecem, quando não há mais nuvens ao seu redor, quando você está simplesmente sendo quem você é... aí, sim, a clareza pode se manisfestar. E quando isso acontece, é possível enxergar bem longe, e é possível enxergar até os confins da existência - seu olhar se torna penetrante, chegando ao âmago  do ser.

Inicie sua caminhada... esteja aberto e queira... 
Somente assim você conseguirá enxergar aquilo que necessitas... e que sempre esteve disponível.
Boa "mirada" nesta semana.
Taís

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