domingo, 2 de junho de 2013

Não seja uma pessoa boa com estreiteza mental



         Há pessoas muito honestas e boas que, apesar dessas qualidades, não conseguem manter um bom relacionamento humano. São pessoas muito inteligentes, capazes e corretas, mas não conseguem ter êxito na vida por causa da incapacidade de ter bons amigos. Convencidas de que são honestas, boas e corretas, não nos deixam à vontade, sendo difícil mantermos uma amizade sincera com elas. Acontece isso porque elas se enquadram dentro de uma moldura do bem, e não dão um passo fora dela.

Tais pessoas possuem uma mentalidade muito estreita e gostam de criticar severamente as atitudes alheias. Mesmo que não as critiquem verbalmente, estão sempre condenando-as mentalmente. Por isso quando estamos diante delas, sentimo-nos como se estivéssemos diante de um juiz recebendo  sentença de nossos atos. Uma pessoa por mais boa e correta que seja, se faz o outro sentir-se assim, jamais conseguirá ter amigos de verdade.

          Enquadrando-se dentro de uma moldura do bem instituída por ela mesma, procura não extrapolá-la, por mínimo que seja, e fica a julgar a conduta das pessoas como se fosse um juiz. É obvio que ninguém consiga ficar à vontade diante de uma pessoa assim.

          Precisamos ser boas pessoas, mas devemos esquecer totalmente que possuímos esta qualidade, para não nos enquadrarmos dentro de um molde do bem. Dizem, "Isto é um bem", "Aquilo é um mal" , mas não podemos enquadrar o bem e o mal numa determinada fôrma. A mesma conduta transforma-se em bem ou mal conforme a adequação  entre a pessoa o tempo e o lugar.
          Um indivíduo bom de estreita mente coloca o mal dentro de uma forma definida e, vive preso a um quadro do bem criado por ele, não consegue cativar as pessoas. Se a pessoa não lhe agrada, trata-a bem superficialmente e no fundo da mente rejeita-a; e, assim, não consegue manter uma boa amizade com ninguém. Normalmente as pessoas rejeitadas por ela, são as que , alem de ter um pensamento diferente do dela, em sua mente lhe oferece "perigo" por não se enquadrar em sua moldura...O ego desta pessoa não suporta conviver desta forma.

          Quem se esquece de que é um homem bom, não cria um quadro do bem  nem fica enclausurado nele; por isso, é muito liberal, não critica nem rejeita as pessoas e, assim, mantém amizade sincera com muita gente.

          Só quem é bom e correto, mas que não se envaidece disso, consegue muitos colaboradores e amigos.

         Ser uma pessoa boa sem se enquadrar dentro de um padrão do bem parece algo muito difícil. Porém basta que a pessoa não se esqueça de que é boa, ou melhor, basta que encare o bem como uma coisa mais natural da vida. Quem se orgulha de ser uma pessoa boa, com certeza esforça-se para se mostrar assim. Tal pessoa vive sob tensão, sem ter a tranquilidade de praticar o bem espontânea e naturalmente. E as pessoas ao seu redor não se sentem à vontade.
          Devemos ser pessoas boas e corretas naturalmente, sem tomarmos consciência disso, praticando o bem com alegria e espontaneidade. Com certeza teremos bons amigos e colaboradores e conseguiremos alcançar muito êxito na vida.

Livro - A prosperidade está na mente - Katsumi Tokuhisa

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Quando temos idéias preconcebidas de que "é assim" dificilmente conseguiremos descobrir novas facetas nas  outras pessoas.
Deixar o julgamento, mesmo que seja apenas interno, é tarefa árdua e apenas para àqueles que têm a coragem de "enxergar em si o que vê nos outros" ...afinal reconheço apenas e tão somente aquilo que já existe em mim!
Como vou reconhecer algo que nunca experimentei? Isso também é sábio. É uma forma de olhar para nós mesmos e diminuir sensivelmente o julgamento.
Muitas vezes, nem consigo perceber a característica do julgamento em mim. É preciso iniciar uma busca, um caminho que leve ao autoconhecimento.
Coragem...para nos tornarmos pessoas melhores. Estamos aqui neste planeta de passagem e para cumprirmos  o aprimoramento  planejado por nós mesmos.
Uma vez que temos o livre arbítrio...é só escolher !!!!!!
Uma ótima semana
Taís          

4 comentários:

  1. Quem não age conscientemente, mas sim reage automaticamente, não tem livre arbítrio.

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    1. É verdade Plinio...mas se acreditarmos firmemente que temos o Eu Superior dentro de nós, e formos muito positivos...teremos sim o livre arbítrio. Graças pela sua participação em meu Blog

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  2. Adorei... coloquei várias pessoas aí e me coloquei também.

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  3. Este texto me lembrou imediatamente de uma frase de Dom Helder Camara: Rezo, cada vez mais, pela conversão do irmão do filho pródigo. Tenho no ouvido o aviso impressionante: “O primeiro despertou de sua vida de pecado. O segundo quando despertará de sua virtude?”.

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