domingo, 31 de março de 2019

A vida é um todo indivisível.- como olho para ela?

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"Dependendo de como se olha para o futuro, elas podem ser saudáveis ou doentes em qualquer idade.

De acordo com a cultura de cada país que ensina diferentes maneiras de olhar o futuro, temos a indiana que acredita na reencarnação e respeita os mais velhos.

No Egito ensinam o respeito às palavras do Senhor Maomé e entregam o futuro a Aláh. Nos países ocidentais ensinam que as pessoas com mais de quarenta anos começam a ter problemas nas vistas; que é mais difícil arrumar emprego; que as mulheres correm riscos se quiserem engravidar, etc.

Se observarmos a Índia e o Egito quase não vemos pessoas usando óculos, mas se observarmos o Brasil, Eua, Europa e outros países ocidentais, percebemos que a cada cinco pessoas que passam, uma usa óculos.

Notem que no país onde a cultura que impõe crenças limitantes e medo, faz com que as pessoas olhem para o futuro com pensamentos negativos e até temem fazer planos por acreditarem que o futuro rejeita as pessoas com mais de 40 anos.

Santo Deus, quanta bobagem ensinam às pessoas do mundo ocidental, tirando-lhes a fé e a esperança!

No livro Os fundamentos do Budismo, de Elena Roerich, representante oficial da Ordem Rosacruz no Tibete, encontramos: “Carma é a ação de consequências do que é feito pelo homem em atos, pensamento e palavra... Daí, a responsabilidade do homem diante de tudo que existe e, sobretudo, diante de si mesmo...” “O que chamo de carma não é mais que pensamento, pois, tendo pensado, o homem agiu com seu corpo, sua palavra e sua mente”.

Você, que aceita essa verdade, discipline-se e queira ser feliz. Reconheça, em si mesmo, que seu comportamento pode ser melhorado e que alguns hábitos negativos de sua personalidade devem ser mudados.

Se sua visão enfraqueceu e você já não consegue ler ou enxergar como antes, ou mesmo se você trouxe essa deficiência desde o nascimento, está na hora de refletir sobre seus pensamentos e atitudes passados. Consulte o “arquivo” das emoções e procure aquele sentimento de recusa e inflexibilidade em acreditar que tudo pode mudar.

Provavelmente algum fato, ou a própria vida, o feriu fazendo com que você prefira não ver tal ou tais coisas ou pessoas que o fizeram sofrer.

Você diz que já esqueceu o problema e que até já perdoou. Entretanto, seu inconsciente não mente e você pode estar sendo vítima de sua consciência orgulhosa. Há muitas maneiras de “negarmos” a visão:

-quando estamos em estado de depressão constante;

-quando um fato desagradável em família nos “cega” de raiva ou ressentimento;

-quando passamos certos momentos em nossa vida que não nos agradam, ou teimamos em não ver o outro lado das questões ou, ainda quando não queremos mais cruzar com a pessoa ou situação que nos atormenta e até por ter perdido alguém para a morte.

Para exemplificar, vou contar um fato:

Certa ocasião, conversando com uma mulher, que havia perdido a visão repentinamente, ouvi dela que ficou cega do olho esquerdo por causa do rompimento do nervo óptico, segundo diagnóstico dos médicos. Perguntei-lhe há quanto tempo o fato havia acontecido. “Há cinco anos”, respondeu-me. Passei, então, a fazer-lhe novas perguntas para que, através de suas próprias respostas, eu pudesse auxiliá-la em sua reabilitação.

Perguntei-lhe se guardava mágoa de alguém ou não queria ver algum homem que lhe fizera tanto mal.

Ceticamente respondeu-me que não tinha problemas com homem algum. Resolvi ir mais fundo e direto na questão: perguntei-lhe qual o fato marcante que lhe ocorreu há cinco anos envolvendo algum homem.

A essa pergunta sua reação foi imediata: deixou vir à tona suas emoções escondidas. Era o que eu buscava. Ressentida, revelou-me que naquela época seu pai havia falecido e que isso fez com que ela sofresse muito.

As cenas descritas e a sequência de detalhes sobre a morte de seu pai mostraram-me que carregava em seu coração o trauma de sua perda. Disse-lhe, então, que enquanto ela não perdoasse o pai por tê-la deixado e não passasse a aceitar os acontecimentos da vida com compreensão e gratidão, sua vista não voltaria ao normal.

Se o cérebro dessa mulher estiver com o hemisfério cerebral esquerdo mais desenvolvido — cética, analítica, fechada, repetitiva, etc. — com certeza terá de esperar muito tempo até que outras pessoas lhe digam o mesmo, fazendo-a entender o quanto é importante o auto-conhecimento para a solução de muitos problemas. Mas, se seu hemisfério cerebral direito for o mais desenvolvido — amplo, receptivo, aberto, intuitivo, emocional, meditativo, — ela, pelo menos, pensará no assunto e encontrará uma forma de “conversar” com seu próprio coração e descobrir porque ainda sofre inconscientemente.

É muito fácil para a mente restaurar um nervo óptico! Difícil é mandar uma mensagem simples e direta para que ela trabalhe objetivamente, pois a mente consciente desconhece que a comunicação com a mente subconsciente (parte mais rasa do inconsciente onde podemos usar hipnose, sugestionamentos, falar com pessoas em coma etc) deve ser clara e simples.

Todo e qualquer esforço no sentido de exteriorizar a força interior através de rituais, alegorias, frases longas, orações, etc., esbarra na dificuldade da realização total, ou seja, quanto mais complicamos a mensagem que deve ser dirigida à mente subconsciente, menos ela assimilará o objetivo que você deseja.

Ela responde com maior rapidez às frases simples, curtas, objetivas, firmes (positivas) e coerentes com as emoções.

Interiorize-se, concentre-se e mande à sua mente desejos e emoções com absoluta convicção, caso contrário ela preferirá manter como resposta o pedido anterior, ou seja, os sentimentos convictos que você mais frequentemente manifestou, mesmo que tenham sido negativos. Para sua mente inconsciente (parte mais profunda do ser e que comanda o subconsciente) basta pensar com emoção e crença para que ela se manifeste psicossomaticamente ou através do ambiente em que vivemos.

Portanto, se algo em nossa vida causou-nos sensações fortes de tristeza, medo, ódio, desgosto, o corpo servirá como porta-voz da nossa mente, para nos mostrar que estamos saturando nosso coração, guardando tantos “lixinhos” do passado ou medos do futuro.

Por isso, será necessário dar outro comando para nosso subconsciente de forma clara positiva e com autoliderança. Reprogramar o cérebro é uma arte que requer disciplina, perseverança e força para nunca mais falar nem pensar no passado dolorido e sim repetir palavras, pensamentos e atitudes novas de alegria, esperança e fé. Isso cura todo o corpo.”

Linguagem do Corpo vol. 1 - Cristina Cairo

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