domingo, 10 de março de 2019

Freud explica o Carnaval


“Segundo Freud, a nossa mente é como uma casa em que vivem três habitantes. No térreo, mora um sujeito simples e meio atucanado, chamado Ego. Ele não é propriamente o dono da casa, mas cabe-lhe pagar a luz, a água, o IPTU, além de varrer o chão, lavar a roupa e cozinhar. Estas tarefas fazendo parte da vida cotidiana, Ego até não se queixaria. O pior é ter de conviver com os outros dois moradores.

No andar superior, decorado em estilo austero, com estátuas de grandes vultos da humanidade e prateleiras cheias de livros sobre leis e moral, vive um irascível senhor, chamado Superego. Aposentado – aos pregadores de moral não resta muito a fazer em nosso mundo – Superego dedica todos os esforços a uma única causa: controlar o pobre Ego. Quando liga, se lembra de alguma piada boa e ri, ou quando o Ego se atreve a cantar um sambinha, Superego bate no chão com o cetro que carrega sempre, exigindo silêncio. Se Ego resolve trazer para casa uma namorada ou mesmo uns amigos, Superego, de sua janela, adverte: não quer festinhas no domicílio.

No porão, sujíssimo, mora o terceiro habitante da casa, um troglodita conhecido como Id. Id não tem modos, não tem cultura e na verdade mal sabe falar. Em matéria de sexo, porém, tem um apetite invejável. Superego, que detesta estas coisas, exige que o Ego mantenha a inconveniente criatura sempre presa. E é o que acontece durante todo ano.

No Carnaval, porém, Id se solta. Arromba a porta do porão, salta para fora e vai para a folia, arrastando consigo o perplexo Ego que, num primeiro momento, resiste, mas depois acaba aderindo. E aí são três dias de samba,bebida, mulheres.

Quando volta para casa, na quarta-feira, a primeira pessoa que vê Ego é o Superego, olhando-o fixo da janela do andar superior.
Ele não precisa dizer nada, Ego sabe que errou. Humilde, enfia-se em casa, abre a porta do porão, para que o saciado Id retorne a seu reduto, e aí começa a penitência, que durará exatamente um ano.

De vez em quando, Ego tem um sonho. Ele sonha que os três fazem parte de um mesmo bloco carnavalesco, e que, juntos, se divertem a valer – o Superego é, inclusive, o folião mais animado. Mas, isto é, naturalmente, sonho.”

Por Moacir Sciliar - facecebook de Thais Marques

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Existem pessoas que criticam muito esta festa, e dizem que é uma festa profana. Que esta é patrocinada pela escória moral de nosso país e que , somente desfrutam do "bem bom", permanecendo durante a festa nos camarotes com a alta sociedade, regados a champanhe importada, empregados, droga etc.... E, que na verdade, o que se passa na coxia, é degradante: maus tratos, fantasias pesadíssimas, "feitores" que só faltam dar chicotadas para que "os escravos" obedeçam as ordens.
Trafico de mulheres, exploração de menores, pedofilia, e venda de um Brasil onde só o sexo é que importa...

Mas tem quem goste, ou quem somente olhe para o que vemos na TV, como tudo neste planeta de "Meu Deus, somos "teleguiados" (hahahahahah...)
  
Outros dizem ser o céu, um produtor de divisas para o nosso país.  A beleza das mulheres e homens, aumento do turismo, ganho de muito dinheiro, movimentação dos hotéis etc...

Mas, afinal, o que penso? Alguma vez ponderei com este olhar crítico?

Achei que o Moacir Sciliar ( não o conheço - mas é inegável o conhecimento e a facilidade que tem pra escrever) narrou tão bem e de forma divertida, o que se passa internamente em cada um de nós, que resolvi trazer pra vocês.
Uma excelente semana!
Tais

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